Waldenor Costa, o contador de histórias

Eu sou o filho mais velho de Walterly Costa e Dalila Sousa Costa, meus pais. Eu nasci em 1970, em São Luís do Maranhão.

Meu pai tinha 28 anos quando se casou com minha mãe. Ele era soldado da Polícia Militar do Maranhão. Minha mãe era só uma adolescente de origem muito humilde, vinda do Interior, ela tinha apenas 14 anos e para permitir que ela se casasse, minha avó teve que alterar a idade da minha mãe em 2 anos a mais na certidão de nascimento. Um ano depois do casamento, eu nasci.

Quando eu nasci minha mãe era só uma menina de 15 anos, sem a menor experiência. Ela mesma me contou que chegou a pensar em me abandonar, ou me jogar num córrego que passava nos fundos da nossa casa. Ela disse que se sentia incomodada com meu choro e cansada de cuidar de mim. Mas, no momento em que pensou em se livrar de mim, ficou comovida com minha cara de bebê inocente e indefeso. Ela disse que ouviu uma voz no fundo dos pensamentos dela que dizia que eu não tinha ninguém pra cuidar de mim a não ser ela, e esse pensamento a tocou profundamente. Nesse hora ela passou de minha algoz para minha protetora.

Com o passar do tempo eu fui crescendo, tive mais dois irmãos e ajudei minha mãe a cuidar deles.

Quanto mais eu crescia, mais a diferença de idade entre eu e minha mãe parecia menor. Quando eu era adolescente as pessoas nem acreditavam que éramos mãe e filho. Tivemos uma vida cheia de desafios e muitas batalhas. Ela sempre me protegeu, sempre cuidou dos filhos até os últimos dias de vida. Ela é uma parte importante da minha história, mas tem muita coisa que eu ainda não contei. A separação dos meus pais, meu primeiro casamento, meu segundo casamento, meus filhos, minhas profissões, minha faculdade, minhas músicas, meus livros, minha nova esposa (terceiro relacionamento, é a vida).

Talvez eu fale sobre tudo isso em algum momento. Quem sabe? No momento estou escrevendo novos livros e tentando voltar a viver mais perto dos meus filhos.

Nessa vida eu desenvolvi muitos talentos e adquiri um pouco de conhecimento, por isso algumas pessoas já me perguntaram, por que eu não sou rico. A verdade é que, olhando para a minha origem, já é um esforço sobre-humano conseguir sobreviver. Cheguei até aqui com saúde, com integridade moral, sem me revoltar , de bem com a vida, em paz com Deus e comigo mesmo, sem enlouquecer, sem desistir da luta, sem desistir dos sonhos, sem medo de viver, com muito mais amigos do que inimigos, sem perder a fé, sem pisar nos outros, sem dever nada a ninguém a não ser aos cartões de crédito. Devo, não nego, pago quando puder. Sou muito grato a Deus, aos meus pais, à minha família, aos meus amigos e a todos que me ajudaram de algum modo. Minha história talvez seja parecida com a de milhões de pessoas, mas cada pessoa tem sua história. Quem quiser saber mais sobre a minha é só me procurar: Waldeno Costa-escritor, no Youtube e no Facebook. Um Abraço e Deus abençoe a todos!