Meu nome é Heitor Pereira Alves Filho, nasci no Rio de Janeiro, no dia 10 de janeiro de 1957.
Para mim, foi uma surpresa. Eu estava me preparando para fazer mestrado na Universidade Federal Fluminense e me inscrevi no concurso da Petrobras para treinar. Acabei passando no concurso antes da realização do teste para o mestrado. Como minha família não tinha muita grana, optei por entrar na Petrobras para ficar, pelo menos, um ano. E esse um ano acabou se transformando em 24 anos.
Fui trabalhar, inicialmente, no Acompanhamento Geológico de Poços e, depois, fui para o Desenvolvimento e para a Interpretação. Eu acompanhava os poços de perfuração em terra, principalmente no Estado de Alagoas, mas também no mar, em Sergipe. Saí do Rio no mês de fevereiro e fui para a Bahia. Fiz um curso, passei seis meses em Salvador e vim para Aracaju. O Acompanhamento de Poços é um trabalho no qual se atua com o pessoal de perfuração, durante a perfuração dos poços. Você acompanha o dia-a-dia da rocha que está sendo perfurada, se está havendo algum indício de óleo. É um trabalho básico da Geologia. Depois que saí desse setor, fui trabalhar na Geologia de Desenvolvimento, de campos já descobertos, conhecer qual a melhor forma de produzir campos, do ponto de vista da Geologia. Saí do Acompanhamento em 1983 e do Desenvolvimento em 1987, quando fui para a Interpretação Exploratória, onde estou até hoje.
Nessa área de [Interpretação Exploratória], a gente propõe as locações para um poço pioneiro. É o trabalho de maior risco da Petrobras, no entanto é o trabalho que nos possibilita descobrir reservas de óleo e gás. É arriscado porque um poço custa, no mínimo, um milhão, dois milhões de dólares, e pode estar seco. A maioria dá seco. Muito embora a Petrobras tenha um índice muito bom de sucesso, ainda assim a gente dá muito poço seco. Em particular, o trabalho da Geologia é muito interessante, porque ela não é uma ciência...
Continuar leituraMeu nome é Heitor Pereira Alves Filho, nasci no Rio de Janeiro, no dia 10 de janeiro de 1957.
Para mim, foi uma surpresa. Eu estava me preparando para fazer mestrado na Universidade Federal Fluminense e me inscrevi no concurso da Petrobras para treinar. Acabei passando no concurso antes da realização do teste para o mestrado. Como minha família não tinha muita grana, optei por entrar na Petrobras para ficar, pelo menos, um ano. E esse um ano acabou se transformando em 24 anos.
Fui trabalhar, inicialmente, no Acompanhamento Geológico de Poços e, depois, fui para o Desenvolvimento e para a Interpretação. Eu acompanhava os poços de perfuração em terra, principalmente no Estado de Alagoas, mas também no mar, em Sergipe. Saí do Rio no mês de fevereiro e fui para a Bahia. Fiz um curso, passei seis meses em Salvador e vim para Aracaju. O Acompanhamento de Poços é um trabalho no qual se atua com o pessoal de perfuração, durante a perfuração dos poços. Você acompanha o dia-a-dia da rocha que está sendo perfurada, se está havendo algum indício de óleo. É um trabalho básico da Geologia. Depois que saí desse setor, fui trabalhar na Geologia de Desenvolvimento, de campos já descobertos, conhecer qual a melhor forma de produzir campos, do ponto de vista da Geologia. Saí do Acompanhamento em 1983 e do Desenvolvimento em 1987, quando fui para a Interpretação Exploratória, onde estou até hoje.
Nessa área de [Interpretação Exploratória], a gente propõe as locações para um poço pioneiro. É o trabalho de maior risco da Petrobras, no entanto é o trabalho que nos possibilita descobrir reservas de óleo e gás. É arriscado porque um poço custa, no mínimo, um milhão, dois milhões de dólares, e pode estar seco. A maioria dá seco. Muito embora a Petrobras tenha um índice muito bom de sucesso, ainda assim a gente dá muito poço seco. Em particular, o trabalho da Geologia é muito interessante, porque ela não é uma ciência exata, embora a gente use a Matemática e a Física como ferramentas auxiliares. A Geologia não é. Não vemos o que estamos perfurando até o momento que vamos perfurar. Nós supomos, interpretamos dados indiretos. Existe um campo de improbabilidade muito grande. Na verdade, é como se você estivesse fazendo uma música que não sabe bem qual vai ser o resultado. E envolve um grau de satisfação e de desafio pessoal para cada um que está envolvido naquilo. É uma coisa que, até antes de ir trabalhar na Petrobras, eu não tinha idéia de que a Geologia me traria esse tipo de desafio. Acho que foi isso que fez com que eu permanecesse na atividade e não fosse fazer meu Mestrado em Geoquímica. Estamos trabalhando tanto na parte terrestre da Bacia, como no mar, a parte de água rasa que vai até uns 100 metros de lâmina d’água. Hoje em dia, já trabalhamos com lâmina d’água de dois mil metros, que são águas ultraprofundas. Os modelos de interpretação que temos criado têm tido sucesso. Não significa que sejamos o melhor de todos. Não vamos cair nesse ufanismo, mas significa que a Petrobras tem evoluído ao longo do tempo, do ponto de vista da tecnologia, da formação do pessoal e dos desafios que são colocados para nós.
O trabalhado do petroleiro é enfrentar desafios, tanto do ponto de vista da técnica, como também dos desafios políticos que temos enfrentado ao longo do tempo. Do ponto de vista da técnica, temos que superar o que acreditamos. Não basta o nosso conhecimento, temos que desconfiar do nosso conhecimento e entender que pode ter alguma coisa nova que ainda não pensamos. Ou seja, podemos estar errados e alguma coisa, ali na frente, pode ser descoberta ao não respeitarmos as nossas convicções. Isso do ponto de vista técnico. Do ponto de vista político, acho que temos que lutar para que a Petrobras volte a ser do povo brasileiro, porque, infelizmente, hoje em dia, ela não é mais. Grande parte das ações da Petrobras já está na Bolsa de New York. A Petrobras sofre um processo de privatização. E isso é uma coisa que dói na gente, porque, quando fazíamos o trabalho, sabíamos que seu fruto se revertia, em grande parte, para o povo brasileiro. Hoje em dia, dá uma certa tristeza quando vemos que, a cada desafio que vencemos, não é o povo que vai usufruir. Eu acho que é um desafio que está colocado para a gente também. Que a Petrobras volte a pertencer ao povo brasileiro
A primeira delas, é uma história triste, mas acho que vale a pena falar. Eu era geólogo de estagiário ainda, no primeiro ano. A gente ficava na casinha de geologia, que é um trailer. Eu estava sozinho, quer dizer, não tive um geólogo mais experiente me acompanhando, saindo do Rio de Janeiro, indo para o interior de Alagoas, uma área, na época, pioneira. Tinha um encarregado de sonda, chamado Baby, que era a figura que me chamava para sair, para almoçar, conversar, que ia no trailer de madrugada, porque a gente não tem horário quando está trabalhando no campo. E num DTM (Desmonte, Transporte e Montagem) de um poço que Baby estava, ele veio a falecer num acidente. Foi num momento em que todo mundo estava na sonda conversando e escutando rádio. A gente ouviu pelo rádio o acidente dele. Faltavam seis meses para ele se aposentar. Com menos de um ano na empresa percebi que o setor petróleo é um setor meio maldito. É uma coisa que te atrai mas, ao mesmo tempo, pode te tomar a vida. Esse foi o fato triste.
O fato feliz é que, recentemente, descobrimos um poço com bastante óleo. Não faz um mês. Então entre ‘N’ fatos significativos que aconteceram na vida da gente aqui, o mais recente é o que está mais na memória. Foi em Alagoas, próximo à cidade de São Miguel dos Campos. É um poço terrestre. Acho que foi a melhor descoberta em terra nos últimos 20 anos na Bacia, e dentro de um modelo alternativo. Aquela história que eu estava falando, de alguma coisa que a gente ainda não tinha visto fora dos modelos convencionais. Significa que pode haver muita coisa semelhante, deve ter muito óleo para a gente descobrir ainda. Esse modelo alternativo é o de furar no bloco baixo, ou seja, o óleo normalmente acumula em relevos mais altos, o óleo e o gás sempre migram para regiões de pressões menores. Estamos atrás de óleo no meio do caminho, porque no meio do caminho tem uma pedra, mas, de vez em quando, tem óleo também. Estamos atrás do óleo de João Pessoa. Em terra, esse seria um desses poços mais importantes desses 20 anos. Houveram descobertas no mar, recentes, significativas também. Mas, em terra, isso tem uma relevância, porque o custo de operação de perfuração é mais barato do que no mar. E, numa área em que já existem instalações da Petrobras, o custo de infra-estrutura é ainda menor. O fato de eu estar envolvido no projeto, um co-participante da história, me transforma em um dos pais da história. Dá uma certa satisfação pessoal nisso.
No caso do geólogo de poço, a gente trabalhava no regime do sobreaviso. Tínhamos um horário de trabalho em torno de oito horas, mas permanecíamos ali por 15 dias na sonda, no mar ou na plataforma. Na época, a jornada era um por um, era um dia de campo por um dia de folga. Agora é dois por um, melhorou um pouco, está 14 por 21. O ideal, na verdade, é que a jornada administrativa fosse em torno de quatro horas de trabalho por dia, ou seis horas, até porque permitiria a geração de mais emprego, e a jornada de campo também fosse reduzida. Essa jornada de 15 dias no campo, ao longo de um tempo muito grande, acaba provocando tanto desajustes sociais como psicológicos. É muito comum, na nossa categoria, o alcoolismo, o desajuste familiar. É uma atividade que requer muita atenção. O trabalho num poço, seja em terra ou numa plataforma, é um trabalho de alto risco. Você acaba se anestesiando para não ficar convivendo com aquele perigo, você cria uma carapaça em torno de si. Isso cria processos psicológicos que vão determinar desajustes que não são reconhecidos pela empresa. Mas a Petrobras não é uma exceção. A maioria das empresas brasileiras não tratam as lesões psicológicas. Hoje em dia, reconhecemos as lesões físicas por esforço repetitivo, as LERs e as DORTs, mas não reconhecemos as lesões psicológicas. Eu percebia que aquele era um tipo de trabalho onde existia uma tensão acumulada nas pessoas, onde elas não exteriorizavam aquilo e criavam, muitas vezes, um clima até meio lúdico, de brincadeira, como se estivessem mesmo se protegendo. Mas a jornada dos trabalhadores que não são da Geologia é uma jornada que, mesmo na plataforma, segue oito horas. Tanto que, na plataforma, de três em três horas há uma refeição, quando você está dormindo ou fazendo sua ceia para ir dormir, tem alguém acordando e tomando café da manhã meia-noite e outro que vai acordar as seis e está tomando café, enquanto você está almoçando. Uma coisa que a gente ganha na plataforma é a obesidade, porque lá tem muita comida boa, muito iogurte, fruta, e de três em três horas tem alguma comida quente saindo. Na sonda de terra tem quentinha. É um trabalho que, olhando, parece uma coisa muito boa, você trabalha um dia e tira um dia de folga. Hoje a gente trabalha 14 dias e tira 21 de folga. Antes, a gente trabalhava 15 dias e folgava 15. Era trabalhar 15 dias e depois viajar 15 dias para Salvador, para o Rio, para ver a mãe. Só que, muitas vezes, a gente acumulava 100 dias de folga, porque, na época, a atividade estava muito grande, então você trabalhava 15 dias, desembarcava para não caracterizar uma jornada superior a 15 dias, ia em casa, levava roupa suja, pegava roupa limpa e passava mais 15 dias. Eu cheguei a acumular 120 dias de folga.
Existem outras situações nas estações de produção, só que essas eu não vivenciei. Vivenciei nas sondas de perfuração. A maior parte dos equipamentos trabalha com uma força muito grande e eles são muito pesados. A coluna de perfuração é de 200 toneladas, aquela roldana que se chama catarina é de cinco toneladas. Não existe acidente pequeno. É muito comum a amputação. Vários são os trabalhadores que têm seqüelas na coluna. Por mais que tenha aparentemente melhorado, a segurança ainda é um trabalho muito violento, talvez comparado com a mineração.
Os riscos numa plataforma, isso é acrescentado com a questão do mar. A gente não tem nenhuma plataforma, na época pelo menos não tinha, que fosse a menos de 15, 10 quilômetros da costa. Em qualquer acidente o que você tem que fazer é pular dentro d’água. E, no litoral nordestino, na água tem tubarão, tem cação. Você estava na plataforma e via os tubarões se alimentando dos cardumes de albacora, que são peixes de 15 quilos. Você via os tubarões comendo as albacoras ali de baixo. Então, você está num ambiente que é uma máquina, você dorme dentro de uma máquina. 15 dias na plataforma e 15 dias dormindo com o zumbido daquela máquina funcionando: “Zuuuuummmmm” Você entra no dormitório, fecha as cortinas, é totalmente escuro, aquelas cortinas blackout e não vê luz alguma. Você consegue dormir pela escuridão e pelo cansaço. Você tem uma mesa de pingue-pongue, tem vídeo, mas nada daquilo te coloca diante de uma circunstância normal de vida. Ainda assim, está a 30 quilômetros da costa, isolado, dentro de uma máquina, obrigado a conviver com 30, 40, 60 pessoas, por melhor que seja essa relação. Mas tem um problema, você não tem escolha, vai ter que ficar ali 15 dias. É diferente, por exemplo, quando estamos trabalhando num escritório ou nessa atividade que vocês estão fazendo. Você trabalhou aquela jornada de seis, oito horas, sai dali e vai para casa, vai fazer outra coisa. Então, mesmo não estando trabalhando, você está no trabalho, está vivendo um ambiente de trabalho, dentro de uma máquina, a 15 quilômetros da costa, com uma lâmina d’água de, no mínimo, 20 metros de profundidade, onde os tubarões se alimentam de albacora. E a gente não fica com medo. A gente joga esse medo lá para dentro, para algum canto, para algum núcleo miasmático, sei lá o quê a gente faz com esse medo. Mas as pessoas se viam como uma espécie de médico, que corta a gente e não sente absolutamente nada, até porque é a gente que está sendo cortado. Eles criam uma carapaça. Acredito que o petroleiro também faça isso. Alguns não conseguem, os mais normais não conseguem criar essa carapaça. Quando desembarcam, não querem nunca mais voltar para uma plataforma. Embarque por corda – Método: “Tarzanzinho” Até hoje o embarque na plataforma dos trabalhadores braçais é feito pelo Tarzanzinho, que é o seguinte: a embarcação se aproxima da plataforma, você pega uma corda e pula em alto mar, da embarcação para a plataforma. E isso na Petrobras, que é a maior empresa da América Latina, uma das maiores do mundo. O embarque de trabalhadores numa plataforma é por uma corda. Ele pula como se fosse Tarzan. Se errar, cai na água, bate com a cabeça no ferro. Se voltar, cai no barco. Nunca pensaram em como melhorar esse processo. Por quê? Porque o presidente da Petrobras embarca de helicóptero, o geólogo embarca de helicóptero. As circunstâncias físicas e emocionais que aquelas pessoas passam não se modificam, porque quem tem poder para modificar as coisas não as vivenciam. E quem as vivenciou esquece o mais rápido possível para não perder o fio da sanidade.
Sempre militei na política sindical, mas só comecei a participar do sindicato na gestão passada. Estou na segunda gestão. Nunca quis participar da direção, porque acho que tem um processo de burocratização que acaba te jogando para a direita. O momento de luta sindical mais interessante foi em 1983, quando as refinarias de Paulínea e Mataripe fizeram uma greve. A gente ainda nem tinha sabido, já que não existia um movimento sindical forte aqui e o sindicato era atrelado à Empresa. Uma tropa do exército ocupou essa área, e a gente não sabia porque eles estavam ocupando. Começou a haver um movimento tímido de pressionar a gerência local para que a tropa do exército fosse retirada daqui. Colocaram ninho de metralhadora naquela área dos eucaliptos. Pouco depois, a gente começou a fazer uma campanha salarial onde o carro do sindicato ficou do lado de fora e a gente fez uma assembléia aqui dentro da cerca. Foi o segundo episódio marcante que me lembro. O terceiro foi quando fomos espancados na vinda do Collor. O Collor, na época, era candidato a presidente e veio aqui em Aracaju. Fomos espancados pelo seu grupo de capangas. A solidariedade que tivemos, dentro da empresa, em relação a isso, foi um fato marcante. Na época, não éramos de diretoria de sindicato nem nada. Ao longo de, pelo menos 20 anos, houve muitos fatos. Agora, alguns não são de grande monta, não são como falar da greve de 1995 que parou tudo, mas fatos muitos simples, de trabalhadores que ligavam das estações para os sindicatos dizendo: “Já começou a greve? Porque eu já parei” As pessoas que compreendiam sua importância fizeram alguma coisa para tentar mudar sua situação. Onde a gente achava que ia ter mais dificuldade, essa participação ocorria de forma espontânea, consciente. Esses fatos foram e ainda são muito comuns entre nós. Por maior que tenha sido o baque de 1995, ainda são muito comuns.
Esta relação mudou, porque quando entrei, o sindicato era um braço da Petrobras, ainda que não existisse uma relação formal, como hoje a maioria dos sindicatos voltaram a ser. A maioria dos sindicatos de petroleiros, hoje, e a Federação dos Petroleiros está se comportando como uma espécie de “peru” da Petrobras. Mas ao longo do tempo, pelo menos no setor de petróleo, houve uma luta muito grande, inclusive dentro de cada um de nós, em cima da visão de autonomia do sindicato. Na verdade, não são os estatutos que garantem autonomia, nem a própria democracia na relação sindical. Não estamos, ainda, numa situação ideal, mas ainda há a persistência de querer que o sindicato seja uma organização autônoma em relação à Empresa e ao governo, e que seja o mais democrático possível. Essas duas coisas são muito difíceis, até porque nascemos e fomos criados pela família, pela escola, pela sociedade, não entendendo o princípio de autonomia e nem o da democracia. A democracia é o pai que diz o que a família tem que fazer, é o professor que está, lá em cima, numa posição de destaque em relação aos alunos que ouvem. O nosso processo de educação social, em relação a isso, é diametralmente oposto. Ainda assim eu acho que, nesses últimos 20 anos, demos passos muito importantes. E não podemos abrir mão. Não é só porque agora tem um governo Lula, que devemos abrir mão dessa autonomia. Muito pelo contrário, devemos ampliá-la mais ainda.
Eu acho muito interessante. É a primeira vez que participo de um projeto desse tipo. Acho muito interessante, porque, no final das contas, a história que a gente conhece é diferente da ótica da história que alguns poucos intelectuais escreveram, alguns escritores. Acho que esse trabalho que está sendo feito vai permitir que, futuramente, essa história seja lida, não pela ótica de um acadêmico ou outro, mas pela ótica de vários trabalhadores, com várias cabeças, várias experiências de vida. Acho que vai criar uma imagem mais próxima do que é o real hoje, para que as gerações futuras possam entender o processo pelo qual estamos passando. Eu acho muito bom, muito legal.
Recolher


.jpg)