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Experiências de alteridade no sistema prisional

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Experiências de alteridade no sistema prisional

Meu nome é Verônica Petrelli e sou formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Algumas experiências da época da faculdade foram bastante enriquecedoras e de certa forma acabaram me transformando na pessoa que sou hoje.

Na época da faculdade, eu estagiava na FUNAP (antiga Fundação de Amparo ao Preso), entidade ligada à Secretaria de Administração Penintenciária responsável pela ressocialização dos detentos no Estado de São Paulo. Eu redigia matérias para o informativo deles e fazia assessoria de imprensa. Eles faziam (e ainda fazem) um trabalho muito bonito de ressocialização por meio do estudo e do trabalho na penitenciária.

Nesse meio tempo, duas histórias me marcaram muito. Fui visitar a unidade prisional de Santana, aqui em São Paulo, só de mulheres. Ouvi relatos de reeducandas que contaram o quão grande era a fila de visitas aos finais de semana nas penitenciárias masculinas (algumas pessoas até montavam acampamento), enquanto que no presídio feminino a pequena fila se restrigia a meia dúzia de homens. Muitas mulheres haviam sido presas tentando entrar com entorpecentes no presídio masculino, e depois acabavam passando por esse abandono.

Outra história marcante foi meu trabalho de conclusão de curso da faculdade, um videodocumentário gravado na PII de Sorocaba, penitenciária que abriga apenas presos que cometeram crimes sexuais. É impressionante como tudo funciona perfeitamente nessa unidade prisional, como os reeducandos são articulados e como o nível educacional ali é alto. Isso porque é um crime que não tem relação com nível social. Lembro da história de um preso que contou que se envolveu com uma menina menor de idade. Eles começaram a namorar e ele cometeu um ato de infidelidade. A menina descobriu, ficou muito brava e foi à delegacia prestar queixa de abuso sexual de menor. Ele não conseguiu provar sua inocência e acabou sendo preso. Mas apesar de tudo, ele tinha uma visão...

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