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Personagem: Itamar Gomes Vitor
Por: Museu da Pessoa, 12 de junho de 2015

Eu fiz parte dessa história

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Eu fiz parte dessa história

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Nasci em 27 de janeiro de 1964 em Sobradinho mesmo, Distrito Federal. Meu pai é Saturnino Gomes Vitor e minha mãe Vitalina Maria Vitor. O meu pai foi sempre um homem muito lutador, batalhador, trabalhou aqui nessas fábricas no tempo que eu era criança, eu me lembro. Ele sofreu um acidente na Ciplan certa época, ficou impossibilitado de trabalhar, ele se viu obrigado a vender o barraquinho que nós tínhamos e então nós fomos morar na área rural, de onde ele tinha vindo. Eu tinha por volta de 16 anos de idade. Nós éramos em oito irmãos. Nós fomos morar no município de São Francisco de Goiás, a 64 quilômetros de Anápolis. De lá nós fomos morar na região de Formosa, no Vale do Paranã, num assentamento. Minha mãe sempre trabalhou em casa, ela nunca trabalhou fora e é uma mulher batalhadora também. Tenho orgulho de ser filho de um paraibano e de uma baiana porreta mesmo.

Se não foge a memória, com 12 anos eu comecei a trabalhar, engraxar sapato pros outros, ganhar um dinheirinho. Já vendi jornal. Já fiz “N” coisas, e daí pra cá não parei, sempre trabalhando, sempre lutando. Quando eu vendia jornal, acho que vendia mais porque eu lia. Aí quando eu ia vender eu falava as notícias todinhas: “Está acontecendo isso, isso e isso”. Aí a pessoa perguntava. “Eu estou vendo aqui nos classificados tem isso, tem isso, tem isso”. A pessoa se interessava e comprava o jornal. Eu vou vender um produto e não sei o que eu estou vendendo? Eu tinha que saber o que eu estava vendendo. Frequentei a escola até a sétima série. Eu lembro que quando era criança eu via o meu avô plantando mandioca, aí eu plantei uma mandioquinha lá no quintal. Ela nasceu e eu ficava olhando aquilo e perguntava a meu pai direto: “Quando é que vai dar a raiz? Quando é que vai aparecer mandioca?”. Meu pai: “Calma, meu filho, calma”. Aí quando ela estava grande já, mas novinha ainda: “Ó, já tá...

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Itamar Gomes Vitor

História:
Eu fiz parte dessa história

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

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Dados de acervo

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Votorantim Fercal DF

Depoimento de Itamar Gomes Vitor

Entrevistado por Marcia Trezza e Tereza Ferreira

Fercal, 12 de junho de 2015

Realização Museu da Pessoa

VOF_HV016_Itamar Gomes Vitor

Transcrito por Karina Medici Barrella

MW Transcrições

P/1 – Itamar, nós vamos começar a entrevista. Fala o seu nome completo.

R – Itamar Gomes Vitor.

P/1 – Qual a data do seu nascimento?

R – Vinte e sete de janeiro de 1964.

P/1 – E você nasceu onde?

R – Eu nasci em Sobradinho mesmo.

P/1 – Distrito Federal?

R – Distrito Federal.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Meu pai é Saturnino Gomes Vitor e minha mãe Vitalina Maria Vitor.

P/1 – Que lembraças você tem de seu pai?

R – O meu pai, que eu me lembre foi sempre um homem muito lutador, batalhador, trabalhou aqui nessas fábricas no tempo que eu era criança, eu me lembro. Ele trabalhou tanto na Votorantim, aqui na Tocantins, como também na Ciplan. Aí nessas obras ele sofreu um acidente na Ciplan uma certa época, ficou impossibilitado de trabalhar e aí ele vivia, que ele mexe com serviço de pedreiro, pegando uns trabalhinhos de pedreiro onde a gente auxiliava ele. E depois ele se viu obrigado a vender o barraquinho que nós tínhamos e então nós fomos morar na área rural, da onde ele tinha vindo. Ele, desde a Paraíba, que ele é paraibano, veio aqui por indicação, sempre morando em roça, depois que casou que veio morar na cidade, trabalhar na cidade. Aí ele voltou pra roça, nós fomos juntos com ele e nós fomos morar no município de São Francisco de Goiás, a 64 quilômetros de Anápolis. De lá nós mudamos e fomos morar na região de Formosa, no Vale do Paranã, num assentamento. Isso pelo governo do estado de Goiás, pela Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás, fez esse assentamento e levou algumas famílias pra lá, inclusive meu pai foi um. E de lá eu constitui família, casei-me, tenho três filhos. Depois saí de lá, fui pra Cabeceira, de Cabeceira...

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