Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Nilton Bonder
Por: Museu da Pessoa, 28 de junho de 2022

Eu era um grande contador de histórias

Esta história contém:

Eu era um grande contador de histórias

Vídeo

Um rabino surfista

Meus avós, eles emigraram todos da Europa do Leste. Dois deles eram ucranianos, um era russo e a quarta era palestina. Os meus pais tinham vivido no Rio Grande do Sul, no período de Getúlio Vargas. Teve alguns momentos ali em que foi difícil para os judeus, meu pai tinha medo de apanhar, teve uns anos que a gente ficou com uma coisa mais próxima do fascismo aqui no Brasil, a colônia alemã ela era muito pró-nazismo.

Nasci em Porto Alegre e vim para o Rio de Janeiro quando eu tinha seis anos de idade. Meus pais se mudaram para o Rio, e meu pai trabalhava na Petrobrás, ele veio fazer o curso. Nós viemos todos na aventura.

No início, eu fui estudar em uma escola pública e gostava muito do colégio. Eu só tinha um problema, tinha aula de religião. Eu lembro que tinha permissão pra sair da sala, como eu era judeu, a minha mãe tinha orientado a escola que as aulas de religião, catecismo, etc… Eu não faria. Só que aquilo pra mim era um drama, porque na hora que entrava a freira, tinha que levantar e sair da sala. Todo mundo olhava assim: “Por quê? Onde que ele vai? Quem é ele?” Aquilo era esquisito para mim.

Na segunda série, minha mãe me trouxe para uma escola israelita, o Liessin, que ficava no Botafogo, eu cursei essa escola até sair para o cursinho antes do vestibular. Eu chegava do colégio meio-dia, meus pais não estavam, porque estavam trabalhando, eu comia alguma coisa lá e ia para a praia, ia à praia do Leblon,ou praia de Ipanema. Daí que veio essa história, que depois ia ficar conhecida como“o rabino surfista”.

Passei em engenharia mecânica na PUC, que era o que eu queria na época. Na minha turma da PUC, que é a Universidade Católica, só tinha judeus. Enfim, eu comecei a fazer engenharia, mas eu não gostava daquilo, não tinha nenhuma relação com aquilo, e aquilo começou a me angustiar.

Um judaísmo diferente

Quando eu estava no segundo ano da engenharia, o Colégio Liessen fez uma...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Texto

Adam Edward Drozdowicz

"Eu sou um sobrevivente, óbvio"
Tempos cruzados
Texto

Moriz Lax

Tempos cruzados
Samuel Feigenbaum
Texto

Samuel Feigenbaum

Samuel Feigenbaum
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.