P/1 – Pra gente começar o senhor pode me dizer o nome do senhor, o nome completo, a data de nascimento e o local?
R – Sim, Luís Reginaldo Fleury Curado, nascido a 22 de agosto de 1940, em Corumbá de Goiás, Estado de Goiás. É uma cidade do interior e eu classifico o correio como um lugar dos mais importantes dentro da cidade, até tenho umas historiazinhas curiosas, vou começar com duas do telégrafo. Naquele tempo as comunicações eram muito difíceis e o correio, vamos dizer, o telegráfico era o mais importante, eu me lembro de um episódio, que eu tio meu recebeu, que morava em Goiânia, recebeu um telegrama, tava escrito assim: “Papel pautado”. Ele achou aquilo muito estranho, tal, voltou, foi no correio, pediu pra eles pra comunicar com o correio pra saber o que que era, aí traduziram: “Papai adoentado”. O outro foi também cômico se não fosse trágico, um viajante tinha saído de Anápolis e comunicou que estava viajando para o norte e mandou o telegrama e quando a família recebeu o telegrama ficou horrorizada: “Cego por um gato”, “Como? O que aconteceu com ele? Cego por um gato?”. Aí pediram pro correio pra ver o telégrafo pra saber qual a confirmação, não, ela dizia o seguinte: “Sigo por Angatu”, Angatu é uma cidade no norte de Goiás.
P/1 – Muito bom.
R – Um outro episódio curioso também, que existia lá na cidade uma senhora muito religiosa e, isso eu presenciei, ela foi na agência do correio pra mandar uma carta para o Lar Católico, que era o jornal publicado, religioso, publicado em Aparecida, e a gente postal lá mostrou pra ela os selos recém lançados com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, aí ela se ajoelhou na frente, se benzeu e beijou o selo (risos). Isso episódio do interior, né, que a gente guarda, fica na lembrança, né?
P/1 – Deixa eu aproveitar então, já que o senhor falou de interior, como que era a...
Continuar leituraP/1 – Pra gente começar o senhor pode me dizer o nome do senhor, o nome completo, a data de nascimento e o local?
R – Sim, Luís Reginaldo Fleury Curado, nascido a 22 de agosto de 1940, em Corumbá de Goiás, Estado de Goiás. É uma cidade do interior e eu classifico o correio como um lugar dos mais importantes dentro da cidade, até tenho umas historiazinhas curiosas, vou começar com duas do telégrafo. Naquele tempo as comunicações eram muito difíceis e o correio, vamos dizer, o telegráfico era o mais importante, eu me lembro de um episódio, que eu tio meu recebeu, que morava em Goiânia, recebeu um telegrama, tava escrito assim: “Papel pautado”. Ele achou aquilo muito estranho, tal, voltou, foi no correio, pediu pra eles pra comunicar com o correio pra saber o que que era, aí traduziram: “Papai adoentado”. O outro foi também cômico se não fosse trágico, um viajante tinha saído de Anápolis e comunicou que estava viajando para o norte e mandou o telegrama e quando a família recebeu o telegrama ficou horrorizada: “Cego por um gato”, “Como? O que aconteceu com ele? Cego por um gato?”. Aí pediram pro correio pra ver o telégrafo pra saber qual a confirmação, não, ela dizia o seguinte: “Sigo por Angatu”, Angatu é uma cidade no norte de Goiás.
P/1 – Muito bom.
R – Um outro episódio curioso também, que existia lá na cidade uma senhora muito religiosa e, isso eu presenciei, ela foi na agência do correio pra mandar uma carta para o Lar Católico, que era o jornal publicado, religioso, publicado em Aparecida, e a gente postal lá mostrou pra ela os selos recém lançados com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, aí ela se ajoelhou na frente, se benzeu e beijou o selo (risos). Isso episódio do interior, né, que a gente guarda, fica na lembrança, né?
P/1 – Deixa eu aproveitar então, já que o senhor falou de interior, como que era a cidade, a sua cidade na sua infância?
R – Olha, era bem sossegada, hoje eu não posso dizer a mesma coisa por causa da proximidade de Brasília, né, mas era assim, bem sossegada, a gente teve uma vida de criança muito divertida e esse colecionismo de selos que depois eu adquiri começou com as balinhas chamadas Balinhas Seleções, vinha embrulhado na balinha uma figurinha.
P/1 – Essa foi a primeira coleção que o senhor fez?
R – Exato.
P/1 – Com quantos anos?
R – Ah, eu devia ter uns dez anos, 11 anos, assim, mais ou menos, né? Eu me lembro que uma vez o meu irmão ganhou 20 cruzeiros, alguma coisa assim, e ele comprou tudo só de balinha, teve uma big de uma intoxicação é claro.
P/1 – Mas a coleção cresceu.
R – Ah, mas então, e como! Aí posteriormente eu comecei a enxergar que havia alguma coisa diferente nesses papeizinhos que era o selo, porque eu ia no correio, pegava as cartas, levava pros meus pais, meus avós e tudo.
P/1 – Então o senhor frequentava o correio desde a infância?
R – Desde a infância, praticamente a partir dos 12, 13 anos de idade já despertava o interesse pelo selo, né?
P/1 – O senhor escrevia cartas?
R – Ah, e muitas, e muitas.
P/1 – Pra quem?
R – Ah, pra os amigos e tudo, principalmente numa primeira fase, a gente tinha colegas que estudavam fora, porque a cidade tinha somente o curso primário, então você precisava, ia pra outros lugares, ou Anápolis ou senão o internato mais próximo, que era em Araguari, o Regina Pacis, e havia também em Goiânia o Ateneu Dom Bosco, era muito limitado o ensino, né? Aí em Anapólis existia o Colégio São Francisco de Assis e lá havia um pequeno clube que era de padres franciscanos e que incentivava também o colecionismo de selos.
P/1 – Então o senhor estudou os primeiros anos em Corumbá?
R – Em Corumbá, depois em Anápolis.
P/1 – E depois em Anápolis, agora, esses primeiros anos, essa escola inicial, né, como é que era a escola, o senhor lembra, tem alguma boa lembrança ou uma má lembrança?
R – Não, tenho boas lembranças, assim, a gente aprendia muito nos sábados, era a aula, vamos dizer, cívica. O que que era aula cívica? Você aprendia o hino nacional, o hino da bandeira, hino da independência, hino do estado, então aquilo ali era praticamente obrigatório e uma das coisas mais curiosas é que a tabuada era cantada, não sei se você sabe como é que é isso.
P/1 – Como é que é? Mostra pra mim.
R – Tabuada cantada é assim: “Um e um, dois, dois e dois, quatro” e aquilo dali a pessoa, os alunos, a gente se entusiasmava e cantava, é claro que quando chegava assim no dez e um, dez e dois, aí todo mundo cantava, por quê? Porque era fácil, né, mas tinha uns números bem complicados, quando era três mais quatro, ou quatro mais cinco, aquilo poucos, aí a professora ficava olhando, né, eram poucos alunos, mas quando chegava no dez aí a classe inteirinha tava cantando, né?
P/1 – O senhor gostava de Matemática?
R – Gostava, gostava, aí gostava muito de História, de Geografia, talvez o interesse que descambou pra filatelia foi que eu descobri que através do selo você tinha um mundo de história, de geografia pra conhecer. Isso daí praticamente foi uma mensagem positiva pra o ensino, tanto que nós estamos empenhados em Goiás, graças ao interesse do diretor de lá, o Sérgio Repolho, na filatelia nas escolas. Porque nós temos uma questão biológica de substituir essa geração que está agora, então é melhor que se faça dentro dos Correios o treinamento para essas crianças, e esse é a filatelia nas escolas, é um plano que a gente acalenta.
P/1 – O senhor falou que quando o senhor foi estudar em Anápolis havia uma intenção, um interesse já dos padres, o incentivo dos padres, é isso?
R – Exatamente.
P/1 – Como é que era isso?
R – Os padres franciscanos, nós tínhamos lá um chamado Clube Americano e nesse Clube Americano havia leilões, e esses leilões eram em inglês, então você ficava desesperado pra aprender por causa que eles ofereciam selos e aquilo dali era um, despertava, se você imaginar que Goiás naquele tempo, pra você conseguir alguma coisa, não existia selo comemorativo, era selo ordinário. Então qualquer coisa que vinha, de interessar, selo estrangeiro, era você pedindo de cartas pra outras pessoas, e os padres franciscanos, tanto lá quanto lá no Regina Pacis, eles incentivavam e faziam pacote de selos e vendiam.
P/1 – Quantos anos o senhor tinha?
R – Ah, dez, 12, 14 anos.
P/1 – O senhor já começou a colecionar daí?
R – Exatamente.
P/1 – O que mais o senhor fazia? Algum esporte, gostava de alguma brincadeira?
R – Ciclismo.
P/1 – Ciclismo?
R – Ciclismo, era boxe e ciclismo, mas boxe era muito complicado porque a gente levava pancada na cabeça, ficava tonto, então era preferível a bicicleta, a bicicleta era o dia inteirinho (risos).
P/1 – Era um internato?
R – Era o colégio, era, vamos dizer, semi-internato, ou seja, você entrava na aula de manhã e só saía à tarde.
P/1 – Com quem que o senhor morava em Anápolis?
R – Eu morei primeiro com meus avós e depois morava na casa de parentes, meus pais residiam em Corumbá, lá na casa de tios.
P/1 – Os seus pais ficaram em Corumbá e os seus tios em Anápolis?
R – Exatamente, em Anápolis e em Ceres também, então a gente estudava e morava lá com eles.
P/1 – São seus irmãos também fizeram esse mesmo?
R – Mesma coisa também, mesma coisa, posteriormente eles mudaram, quando os meus pais mudaram pra Goiânia, né, a gente já morava, já estava morando com eles lá, mas até então era assim, morava na casa de parentes mesmo.
P/1 – Quando acabou a escola o que o senhor fez, quais foram os próximos passos?
R – O meu pai gostava muito de contabilidade, era contador, aí eu fiz pra vontade dele o curso de Contabilidade, mas logo depois eu entrei na faculdade de Direito e me formei, comecei em Goiânia, depois fui pra Brasília e depois de Brasília retornei pra Goiânia. Depois me candidatei numa bolsa de estudos da London School of Economics, na universidade de Londres, e fui estudar em Londres, aí que eu descobri o verdadeiro mundo da filatelia, que era um...
P/1 – Carregou até Londres?
R – Exatamente.
P/1 – Na bagagem a vontade, né?
R – É, e tinha os amigos, tinha reuniões e a gente frequentava aquele meio todo de uma maneira mais sistematizada.
P/1 – Ai o senhor viu outro mundo, né?
R – Outro mundo, porque nós tivemos lá em Goiânia uma grande dificuldade de conseguir selos, então fundamos, o correio até fez homenagem lá no 55 anos da sociedade filatélica. Posteriormente, quando eu fui pra Brasília, fiz também lá, ajudei a formar dois clubes filatélicos, sendo que no segundo, em 66, o Ministério da Aeronáutica pediu pra organizar uma exposição e nessa exposição em outubro nós recebemos a visita de dois astronautas, Neil Armstrong e Richard Gordon, que depois foram à lua.
P/1 – Eu imagino que seja uma pergunta muito difícil pro senhor, meio escolha de Sofia, mas tem algum selo que o senhor prefere, um especial?
R – Olha, o que me toca muito é essa coleção de conquista do espaço, a gente sempre imaginava uma coisa, eu gostava muito de revista de quadrinhos, então via aqueles revista de Flash Gordon, Brick Bradford, tudo, e eu casei essa vontade dessas viagens espaciais com os selos postais dessa coleção de astronáutica.
P/1 – O senhor tem na sua coleção?
R – Tenho, tenho, são não sei quantos volumes, são dez ou 12 volumes, uma coisa assim.
P/1 – Deixa eu fazer uma pergunta. Aonde o namoro e o casamento entraram aí nessa história de selo?
R – A minha mulher, até hoje ela tem sua restrição porque ela fica enciumada em função dos selos.
P/1 – Eu já ouvi isso.
R – É, mas quando nós organizamos uma exposição lá em Goiânia e teve lá, uma ocasião foi o Ministro das Comunicações, presidente da empresa, eu a chamei pra ajudar na montagem do selo, aí ela então descobriu que aquilo ali era uma coisa interessante, mas nunca se empolgou realmente, acompanha, acompanha, ela veio aqui na exposição, olhou tudo, mas os interesses são outros, né, é muito diferente.
P/1 – Mas o amor ficou?
R – Ah, permanente, né?
P/1 – Então o senhor é casado há quanto tempo?
R – Este ano tá fazendo 40 anos.
P/1 – Parabéns!
R – Tamo comemorando 40 anos, é.
P/1 – Mas o senhor conhecia ela antes, como é que o senhor conheceu a sua esposa?
R – Ah, através dos parentes, dos tios, né, que a família dela é uma mistura, ela tem descendência austríaca, alemã, a mãe nasceu na Bolívia, o pai é da Paraíba, uma bela mistura, né, mas deu um resultado muito bom (risos). Exatamente, ela fala fluentemente o espanhol e isso daí ajudou muito, ela tem um espírito assim, muito aventureiro, no bom sentido, e isso influenciou muito os filhos de ter confiança de ter empreendimentos e avançar na vida, né? Eu acho que se você prender muito a criança inibe e, vamos dizer, uma parte fundamental da educação é você inspirar confiança pra que eles possam depois caminhar sozinhos, com confiança evidentemente, né?
P/1 – O senhor chegou a falar que na sua família teve alguém que trabalhou muito no início com correspondências, com o correio postal.
R – Exato.
P/1 – Conta pra mim um pouquinho sobre isso.
R – Isso daí foi até uma coisa curiosa, porque aqui um amigo do Rio Grande do Sul me chamou pra mostrar um selo do, falou: “Da sua cidade, de Corumbá, é um olho de boi com o carimbo de Corumbá”, eu falei pra ele: “Eu já pressentia que existia esse selo” porque o meu bisavô, tataravô já era ligado ao correio, ele mantinha lá, naquele tempo chamava posta, pra trazer a correspondência. E posteriormente o filho dele, que era o meu bisavô, foi agente postal, não ganhava nada, era só pra ter o direito de mandar correspondência e de receber correspondência, ele assinava umas revistas americanas e aquilo dali, então você imagina a dificuldade pra chegar no interior hoje, imagine naquela época. Então eles trabalhavam e a gente sempre teve pessoas ligadas da família, direta ou indiretamente aos Correios, Correios e Telégrafos, esse outro meu tio, inclusive ele foi diretor dos Correios em Ribeirão Preto. E um outro parente também era telegrafista da expedição do Rondon quando ele foi no norte, ele foi estendendo a linha de telégrafo, mas quem era o telegrafista era um parente, era um tio bisavô também lá. Então direta ou indiretamente a família sempre teve envolvida ou no correio ou no telégrafo ou nos dois.
P/1 – Tá no sangue.
R – Exatamente, é a missão (risos).
P/1 – O senhor acompanha os eventos de filatelia?
R – Ah, sim, ah, sempre que possível a gente tá presente nisso daí, até ontem eu tive a oportunidade de cumprimentar o presidente do, o Wagner, e eu vou reproduzir aqui o que eu disse pra ele quando, na realização aqui. Eu falei o seguinte, que a filatelia, a Brasiliana, melhor eu digo, 2013 é a prova da, infelizmente a vista depois não ajuda, maioridade da empresa brasileira dos Correios e Telégrafos para realizar eventos filatélicos mundiais com sucesso. E a gente espera que esse mesmo, essa mesma qualidade seja reproduzida em outros eventos regionais e estaduais pra difusão da filatelia, inclusive na filatelia nas escolas.
P/1 – E sobre o sua coleção, o senhor falou pouco sobre ela, como que é a sua coleção?
R – Olha, tem uma parede inteirinha só de selos, tem umas 60 coleções ou alguma coisa parecida.
P/1 – Nossa!
R – A gente gosta, vai, pesquisa, né, e vai mantendo, vai indo, do Brasil e outros países daí também.
P/1 – Como é que o senhor adquire?
R – Geralmente é no, aqui no Brasil nós temos bons comerciantes que trazem esse material lá da Europa, mas eu adquiro nos Estados Unidos principalmente e praticamente no mundo inteiro e eu tenho com muito orgulho, dizer que a minha coleção foi feita através dos Correios, recebendo isso através dos Correios. As cartas: “Você falou que você escreve?”, “Escrevo”. Então a resposta que eu recebo sempre são essas correspondências e essas coleções e sempre vieram impecáveis, sem problema.
P/1 – Qual é a sensação de expor a sua coleção?
R – A gente tenta ao máximo divulgar aquilo que você gosta pra que os outros compartilhem com você aquele sua alegria e aquele seu gosto, essa é, vamos dizer, é uma missão do filatelista, ele pretende espalhar o hobby, mas sempre ensinando a parte positiva, que é aprendizado através do selo.
P/1 – E na família agora, quem tá herdando essa...?
R – Já tá aparecendo interessados, já tão aparecendo interessados, quando é, de repente se surpreende, eu tenho uma sobrinha com dez anos, 11 anos, que já está toda interessada em pegar selo, em colecionar selo, começa a perguntar e tudo, então acho que é a idade que vai determinar se ela realmente vai virar uma filatelista, né?
P/1 – Que foi muito próxima da do senhor, né?
R – Exatamente.
P/1 – Aos dez anos, né?
R – Agora, a coisa que eu mais me emocionei foi o, numa exposição, essa de 2010, teve uma escola, uma filatelia, com umas 900 crianças, e apareceu um garotinho de quatro anos, aí então a pessoa que tava vendendo selo perguntou: “O senhor quer comprar selo? Você coleciona selo?”, ele falou: “Não, eu sou filatelista” (risos), com quatro anos de idade, então isso emociona a gente, né? E o interessante, as meninas, as mulheres são grandes interessadas, eu acredito que a nossa filatelia do povo aí tá garantida a sobrevivência dela.
P/1 – Nesses clubes vocês fazem palestras, vocês divulgam a filatelia também?
R – Sim.
P/1 – Como é que é o trabalho do clube, associação?
R – Em reuniões, nós temos sempre reuniões aos sábados e eventualmente faz-se exposições em shoppings center, a gente distribui selos pras crianças, sempre pra procurar interessá-las, né, no hobby. Eu classifico hoje como muitíssimo positiva a administração dos Correios no sentido de divulgar a filatelia, principalmente através das exposições e desses clubes, que eles dão força na distribuição de selos.
P/1 – Pra finalizar, o senhor ainda tem a coleção de papel de bala?
R – Não entendi.
P/1 – A coleção que o senhor começou de papel de bala, não era da bala?
R – É, exatamente.
P/1 – O senhor ainda tem essa coleção ou trocou?
R – Boa pergunta, eu não sei onde é que anda, não (risos), eu acho que eu troquei, viu?
P/1 – Por selo?
R – Exatamente, por selo, a gente trocava muito, né, porque você desinteressava por uma coisa e passava pra outra, né, e eu acho que já deve ter ido na base da troca, que eu não me arrependo (risos), troquei o bom pelo melhor (risos).
P/1 – Então tá, muito obrigada pelo senhor participar.
R – Eu que agradeço a oportunidade.
P/1 – Dividir com a gente essa história, bom final de evento pro senhor, com a exibição, com a exposição dos selos do senhor.
R – Graças ao correio.
P/1 – Graças ao senhor também, que todo o esforço, mantém ela, né, com todo o carinho.
R – Exatamente.
P/1 – Pra dividir isso com a gente, muito obrigada, adorei.
R – Eu que agradeço, viu, a gentileza, muito obrigado.
FINAL DA ENTREVISTA
Recolher