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Por: , 11 de junho de 2015

De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

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De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

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Nasci em 28 de dezembro de 1934, natural do Rio de Janeiro. A lembrança que eu tenho de meu pai é que era um cidadão muito bom, foi um bom pai pra nós, por isso que eu estou com essa idade hoje e seguindo tudo o que ele fazia no Rio de Janeiro. Ele também era um lutador em um bairro no Realengo que chamava Vila Vintém, hoje Padre Miguel. Eu queria ser era marinheiro, a minha avó não queria. Ela dizia que meu pai era bombeiro, a minha família quase tudo era bombeiro e ela não queria, porque ser bombeiro era perigoso, ela tinha medo. “Então vou pra Marinha.” “Não, pra Marinha tu não vai, não, que tu vai viajar e vai ficar fora de casa.” Daí que eu fui para o Exército. Quando eu saí do Exército, me inscrevi no Corpo de Bombeiros, fui chamado e fui pra lá. E tem um detalhe muito interessante. Pedi a meu pai para assinar a carta para eu ser bombeiro. Ele disse: “Eu não vou assinar, não.” “Por que, papai?” “Porque você é muito boêmio e lá tem que ser sério, você tem que estar lá na hora e tu vai ficar preso nesse troço todo dia, eu não vou assinar nada que eu não vou passar vergonha”, que ele era capitão do corpo de bombeiro reformado. Eu: “Tá legal, não tem problema, não”. Fui passando no beco, tinha o meu tio que era dono da oficina: “Ô rapaz, o que tu tá fazendo aí?” “Eu vim pra pedir a papai assinar para ser bombeiro e ele não quer assinar.” “Me dá esse troço aqui!”, e assinou. Fiz as provas, passei. Quando cheguei em casa com a farda de bombeiro, meu pai me disse: “Eu vou te prender! Tu saiu do Exército, está vestindo a farda do teu irmão!”, que meu irmão também era cabo do bombeiro. E eu tirei os 30 anos de bombeiro.

A história mais engraçada que me lembro dos bombeiros foi de um maluco aí, que eu sou Belmiro até hoje por causa dele. Teve um chamado, aí fomos para um bairro e chegou lá o...

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Lançamento do Programa Alumiar 2 - Mais Energia pa

Dados da imagem Sebastião Romeu com o Cristovam Buarque, à época governador do DF, acompanhado do diretor e o presidente da CEB na instalação do Programa Alumiar 2, energia para o produtor rural do Distrito Federal, implantado pela companhia de energia elétrica do DF. O evento aconteceu no Centro Comunitário da Boa Vista.

Período:
Ano 1993

Local:
Brasil / Distrito Federal / Fercal

Imagem de:
Sebastião Romeu da Silva

História:
De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
política, produtor rural, boa vista, energia elétrica, programa alumiar 2, centro comunitário da boa vista, companhia de energia elétrica, cristovam buarque, urbano

Sebastião Romeu com o Cristovam Buarque, à época governador do DF, acompanhado do diretor e o presidente da CEB na instalação do Programa Alumiar 2, energia para o produtor rural do Distrito Federal, implantado pela companhia de energia elétrica do DF. O evento aconteceu no Centro Comunitário da Boa Vista.

Encontro

Dados da imagem Encontro de Sebastião Romeu com Marcia Cirino, Lindinalva Francisca e Paulo Otávio, esposo da neta de Juscelino Kubitschek.

Local:
Brasil / Distrito Federal / Fercal

Imagem de:
Sebastião Romeu da Silva

História:
De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
boa vista

Encontro de Sebastião Romeu com Marcia Cirino, Lindinalva Francisca e Paulo Otávio, esposo da neta de Juscelino Kubitschek.

Período:
Ano 1998

Local:
Brasil / Distrito Federal / Fercal

Imagem de:
Sebastião Romeu da Silva

História:
De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
infância, filhas, boa vista

Iara e Iris, filhas do senhor Sebastião Romeu.

Curso de salgados

Dados da imagem Sr. Sebastião Romeu, Josilene e a professora no curso de salgados.

Período:
Ano 2002

Local:
Brasil / Distrito Federal / Fercal

Imagem de:
Sebastião Romeu da Silva

História:
De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
salgados, professora, boa vista, curso

Sr. Sebastião Romeu, Josilene e a professora no curso de salgados.

Casamento do senhor Sebastião Romeu e dona Raimund

Dados da imagem Seu Sebastião e dona Raimunda na cerimônia de seu casamento.

Período:
Ano 1996

Local:
Brasil / Distrito Federal / Fercal

Imagem de:
Sebastião Romeu da Silva

História:
De agora em diante você vai ser o Belmiro Maluco

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
cerimônia, noiva, noivo, boa vista, casamento

Seu Sebastião e dona Raimunda na cerimônia de seu casamento.

Dados de acervo

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Votorantim Fercal-DF

Depoimento de Sebastião Romeu da Silva (Belmiro)

Entrevistado por Marcia Trezza, Alexandre Gomes e Caio Gomes

Fercal, 11 de junho de 2015

Realização Museu da Pessoa

VOF_HV015_Sebastião Romeu da Silva (Belmiro)

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Seu Belmiro, nós vamos começar. O senhor fala o seu nome completo, por favor?

R – Sebastião Romeu da Silva.

P/1 – O senhor é chamado também por outro nome.

R – Belmiro.

P/1 – Depois a gente vai saber por quê. Em que data o senhor nasceu?

R – Vinte e oito de dezembro de 1934.

P/1 – Onde?

R – Sou natural do Rio de Janeiro.

P/1 – E estado?

R – Rio de Janeiro.

P/1 – O senhor pode dizer o nome dos seus pais?

R – É José Romeu da Silva e Carmem Nascimento da Silva.

P/1 – Que lembranças o senhor tem do seu pai, seu Belmiro?

R – A lembrança que eu tenho de meu pai é que era um cidadão muito bom, foi um bom pai pra nós, por isso que eu estou com essa idade hoje e seguindo tudo o que ele fazia no Rio de Janeiro. Ele também era um lutador em um bairro em Realengo que chamava Vila Vintém, que hoje é Padre Miguel.

P/1 – E ele fazia muita coisa lá pelo bairro?

R – Fazia, fazia.

P/1 – Conta um pouco, seu Belmiro.

R – Porque lá começou como cidade de palha. Por quê? Porque o pessoal lá era pobre, então eles cortavam sapê, que é um capim nativo da região, faziam as casas de taipa e cobria com palha. Aí, no decorrer dos anos – meu pai era do bombeiro e meu avô era do exército, então eles conseguiram zinco, que veio a época do zinco, zinco é aquelas folhas grandes, né? E meu avô ganhou. Ele não sabia o que fazia, então o que meu pai fez? Substituiu a palha pelo zinco, então já ficou a Vila Vintém. Por quê? Porque ficou rica, saiu a palha e botou o zinco, entendeu (risos)? E depois essa cidade passou a se chamar Padre Miguel. Porque em Realengo tinha um capelão na nossa igreja, que era a Igreja Nossa Senhora da...

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