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Por: Folha Norte SC, 8 de março de 2025

Como uma professora pobre que tinha o salário negado tornou-se símbolo de alfabetização e inclusão

Esta história contém:

Como uma professora pobre que tinha o salário negado tornou-se símbolo de alfabetização e inclusão

Como uma professora pobre que tinha o salário negado tornou-se símbolo de alfabetização e inclusão em Garuva

O forjar de uma mulher perseverante

Pouca era a doçura em uma infância que amadureceu depressa. Sofia Oliveira Pakuszewski nasceu no dia 14 de junho de 1926, em Blumenau, e perdeu o pai ainda cedo. Uma das caçulas, a então menina passou a ajudar a mãe nos afazeres de casa e na lavoura, arrendando a terra e revirando-a para dela tirar o sustento da família.

Seus filhos, hoje, acreditam que a ausência do pai em uma sociedade ainda essencialmente patriarcal forçou Sofia à necessidade de ocupar o lugar vazio, moldando uma mulher empoderada, com senso de liderança, destoando das demais que eram condicionadas ao silêncio. Como o labor consumia quase todos os ponteiros do relógio, não houve tempo para estudos, abandonando a escola assim que se alfabetizou, na quarta série.

Em uma das vezes que foi à cidade vender verduras, conheceu seu marido, Ercílio de Araújo, um carroceiro que lhe ofereceu carona. Dele, herdara o casamento, o sobrenome e os dois primeiros filhos, ainda na cidade natal. Na segunda gestação, um susto: “Ele (Ercílio) sumiu e só apareceu na maternidade”, lembrou a filha Maria Salete de Araújo, de 72 anos, sobre um comportamento do pai que sempre foi o motivo do descontento da mãe.

Um olhar aos esquecidos

Ele queria regressar; ela, ficar perto da mãe. Ercílio, nativo da região de Garuva, insistia no convencimento da mulher. Sofia estava decidida que jamais abandonaria a família materna, mas a decisão do marido prevaleceu. Contrariada, cedeu, deixando a dona de seu primeiro amor.

Foi uma viagem demorada. Primeiro, de carroça; depois, canoa, atravessando os rincões que circundam as águas do rio Palmital, até chegar à localidade de Jaguaruna, de apelido “Jaca”, atual Itapoá. As vivências urbanas da cidade natal destoavam daquela paisagem bucólica, representadas por arbustos...

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Sofia de Araújo ao lado da filha Rosa

Dados da imagem Sofia de Araújo ao lado da filha Rosa. Após a filha contrair sequelas de uma meningite na infância, a professora tornou-se símbolo na comunidade de luta de inclusão social às pessoas com deficiência, na década de 80.

Período:
Década 80

Local:
Brasil / Santa Catarina / Garuva

Imagem de:

História:
Como uma professora pobre que tinha o salário negado tornou-se símbolo de alfabetização e inclusão

Crédito:
Acervo da família

Palavras-chave:
inclusão, sofia de araújo, professora, garuva, santa catarina

Sofia de Araújo ao lado da filha Rosa. Após a filha contrair sequelas de uma meningite na infância, a professora tornou-se símbolo na comunidade de luta de inclusão social às pessoas com deficiência, na década de 80.

Inauguração da Escola Especial Sofia Araújo, em 1999. Município de Garuva.

Dados da imagem Inauguração da Escola Especial Sofia Araújo, em 1999. Município de Garuva.

Período:
Ano 1999

Local:
Brasil / Santa Catarina / Garuva

Imagem de:

História:
Como uma professora pobre que tinha o salário negado tornou-se símbolo de alfabetização e inclusão

Crédito:
Foto/Edevânio Francisconi Arceno

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