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Por: , 23 de agosto de 2019

Artesanato Sustentável

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Artesanato Sustentável

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O artesanato entrou na minha vida cedo, com sete anos de idade, quando eu ainda morava no Jardim Antártica. Minha mãe estava desempregada, e ela ia para casa de uma amiga onde as duas produziam peças em crochê para vender. Minha mãe começou a aprender e eu só ficava olhando, e, claro, também comecei a aprender. E depois fiquei fazendo, né? Com sete eu aprendi, com oito e nove eu fiz. Depois dos dez, onze, eu já não fazia mais, pois foi quando me mudei pro Fontalis, onde era só diversão!

Lembro que a gente fazia bastante tapete, puxa-saco, muita coisa em crochê. Eu trabalhava e minha mãe vendia. Até uns cinco, seis anos atrás eu ainda fazia e quem vendia era ela.

Ah, eu já trabalhei de muita coisa! Já trabalhei em depósito de construção, já fui cobrador de lotação, fui cobrador de ônibus, trabalhei em mercado... Que mais? Trabalhei em lanchonete, como atendente, em shopping, como vendedor... Ajudante de pedreiro, de pintor, de eletricista... Eu sou formado também. Fiz curso técnico em Instalações Elétricas. Também já trabalhei de auxiliar administrativo... Já fiz um monte de coisa.

Eu trabalhava de domingo a domingo e comecei a perceber que estava trabalhando para pessoas que não tinham nada a ver com meu propósito. Não era isso que eu queria para minha vida. Aí larguei tudo pedi demissão e fui para Paraíba.

Tive sonhos, até alguns Dejavu, algumas premonições, foi quando cheguei lá e aconteceu. Conhecer meu pai depois de 25 anos, eu não sabia como ele era. Fiquei dois anos com ele, foi uma experiência boa.

Quando cheguei, a única forma de me manter era sendo artesão. A Paraíba é considerada o berço do artesanato, e eu já sabia fazer o crochê, além disso, passei por maus bocados para conseguir emprego... Então, eu tive que me virar. Foi aí que eu conheci um pessoal lá do Espaço Cultural, na Rua Epitácio Pessoa, lá na avenida. Eles me conheceram, me acolheram e me deram um emprego na lojinha...

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Dados de acervo

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Museu da Pessoa

Depoimento de Emerson de Lima Araújo

Entrevistado por Roseli Flori e Ana Lazzarini

São Paulo, 23/08/2019

PCSH_HV794

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Iara de Andrade Silva (Solis - Transcrição e revisão de texto)

P/1 – Qual é o seu nome, local e data do seu nascimento?

R – Meu nome é Emerson de Lima Araújo... Eu nasci do dia oito do nove de 1988.

P/1 – Qual o local?

R – ... Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Simone Jerônimo de Lima. José Luiz Alves de Araújo.

P/1 – O que seus pais faziam?

R – Minha mãe... Meu pai ele sempre trabalhou como pedreiro, né. Pedreiro e também ele sempre fez uns artesanatos. Minha mãe era diarista, sempre foi diarista. E agora que ela... Agora ela começou a trabalhar no hospital Mandaqui.

P/1 – Como você descreveria seu pai e a sua mãe?

R – É... Minha é uma pessoa esforçada, esforçada demais, né? Que ela criou eu e minha irmã sem a ajuda do meu pai, que eles são separados. E meu pai é uma pessoa bacana. Eu conheci ele agora, depois de velho, né, depois dos meus 20 e poucos anos que eu fui morar com ele. Aí, eu não... É uma coisa nova ainda pra mim, né?

P/1 – Quais eram os principais costumes da sua família?

R – Final de ano a gente se reunia, né? Festa de Natal, aniversário... A gente sempre se reunia bastante. E a gente é uma família grande, né? Minha avó teve 13 filhos... Parte do pai, né? Parte do meu pai. E a gente é uma família grande, complicada... (risos) Sabe como é que é, né? Família grande.

P/1 – Você falou que você conheceu seu pai recentemente, né? E você sabe, assim, a origem da família. Como é que eles se relacionavam?

R – É então... Pelas histórias, né, que eles contam... Foi uma... Como a família era grande, então eles saíram pra trabalhar cedo, né? 12, 13 anos os homens já trabalhavam pra sustentar as meninas. Que tem quatro homens só na família e o...

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