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Por: Museu da Pessoa,

Vivendo para a juventude

Esta história contém:

Vivendo para a juventude

Tive uma grande sorte por ser o único filho e ter a compreensão dos meus pais sobre a minha homossexualidade desde cedo, em uma época muito difícil. Na década de 1970, ser um filho homossexual não era como hoje. Ser filho de carpinteiro e de uma dona de casa, o mais novo, e ser filho homossexual em uma época de ditadura militar e ainda ser acolhido. Fui bem criado e justamente por ter sido o único filho tive que aprender a ajudar meus pais cedo e a ter esse limite da compreensão do quanto a família é importante para nós.

Aprendi cedo com meus pais a ter que trabalhar, a ajudar, até porque fui filho de pessoas humildes. Tive que ajudar o meu pai a carregar o material para botar na carpintaria; ajudar a minha mãe a lavar roupa para poder ganhar dinheiro. Uma das primeiras casas que nós moramos fomos nós que construímos. Eu mesmo ajudei quando pequeno. Isso está muito forte em minha memória. Os filhos ajudaram a construir a casa, uma construção da família. Ainda hoje eu passo, de vez em quando, e vejo a casa que ajudei a construir. Lembro das minhas irmãs e irmãos carregando pedra. Isso foi importante para a nossa formação. Isso tudo fez a compreensão do que sou hoje.

Na minha infância, tive que aprender a fazer brinquedos com materiais reciclados para poder brincar com os outros jovens. Fazíamos bola de papelão e o chamado patinete, que era um brinquedo de madeira. Eu acho que isso foi muito forte em mim: criando pipa, indo tirar pilha de coqueiro para poder recortar e fazer aquela pipa com papelzinho, colar, criar cola. Fazíamos cola com água, farinha e sal. Era farinha, um pouco de sal e água quente. Tínhamos que criar até a cola para fazer o brinquedo. Isso foi muito legal. Paralelo a isso, existia o fato de ter que dividir as minhas tarefas de brincadeiras, de jovem com a responsabilidade de casa.

Acho que a partir do momento que tive que dividir essa responsabilidade da construção da casa com os meus pais, de ajudar a...

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Dados de acervo

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Projeto Memórias Histórias de Mudança Depoimento de Marcelo Entrevistado por Luiz Gustavo Lima e Fernanda Prado Aracaju, 03 de Julho de 2012 Realização Museu da Pessoa Entrevista VV_TM007 Transcrito por Liliane Custódio / MW Transcrições (Mariana Wolff) Revisado por Teresa de Carvalho Magalhães Nesta entrevista foram utilizados nomes fantasia para preservar a integridade da imagem dos entrevistados. A entrevista na íntegra, bem como a identidade dos entrevistados, tem veiculação restrita e qualquer uso deve respeitar a confidencialidade destas informações.

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