1- Qual foi o rompimento que mais te impactou?
Foi um aborto espontaneo quando eu tinha mais ou menos 40 anos, já não tinha mais espernaças de ter filhos, porém engravidei naturalmente e estava muito feliz, afinal ia realizar um sonho.
Até que um sangramento fez meu mundo cair.
Sofri muito, fui literalmente ao chão. Me sentia só, principalmente quando ouvia frases como:-
- foi Deus que quis;
- o bebe tinha problemas, foi melhor assim.
Não sei de onde arrumei forças e fui em busca de respostas, porque perdi??
No meio deste vendaval, encontrie outrras mulheres que também sofreram perdas gestacionais, e juntas a gente sobrevivia, trocava informações, e seguimos até hoje, mais de 20 anos depois.
Seis meses após nova graviodez, mais cuidados, menos festas, mas novamente perdi.
2- Em que você se transformou depois desse rompimento?
Tristeza, desilução, medo, raiva, todos sentimentos juntos e foi então que nasceu o Unidas Pela Dor, um grupo que funcionava perfeitamente no yahoo, e que foi importante no acolhimento as mães que perdiam. O yahoo acabou com os grupos, mas a amizade já estava selada e perdura até hoje, mulheres de todo o Brasil e de fora também participavam.
Conhecemos jornalistas que muitos nos ajudaram, psicologas, médicos, clinicas, montamso um site, o Projeto Ser Mãe, que nos ajudava a divulgar nossas açõs e lutas, conseguimos através de abaixo assinado que o SUS acolhesse também a mulher com mais idade. Que vitória!
Chegamos a mais de duzentas mulheres neste grupo, davamos entrevistas, saiamos em revistas, não tenho medo de dizer que abrimos a discussão sobre o aborto esponatneo no Brasil, e sobre aq humanização do tratamento com as mulheres que perdem por médicos, enfermagem e hospitais.
3- Se você tivesse só mais uma hora de vida, para quem ligaria e o que diria?
Eu ligaria para meu filho e ficaria uma hora lhe dizendo o quanto o amo, falaria da garvidez gemelar e da perda de sua irmã após 20 dias de...
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1- Qual foi o rompimento que mais te impactou?
Foi um aborto espontaneo quando eu tinha mais ou menos 40 anos, já não tinha mais espernaças de ter filhos, porém engravidei naturalmente e estava muito feliz, afinal ia realizar um sonho.
Até que um sangramento fez meu mundo cair.
Sofri muito, fui literalmente ao chão. Me sentia só, principalmente quando ouvia frases como:-
- foi Deus que quis;
- o bebe tinha problemas, foi melhor assim.
Não sei de onde arrumei forças e fui em busca de respostas, porque perdi??
No meio deste vendaval, encontrie outrras mulheres que também sofreram perdas gestacionais, e juntas a gente sobrevivia, trocava informações, e seguimos até hoje, mais de 20 anos depois.
Seis meses após nova graviodez, mais cuidados, menos festas, mas novamente perdi.
2- Em que você se transformou depois desse rompimento?
Tristeza, desilução, medo, raiva, todos sentimentos juntos e foi então que nasceu o Unidas Pela Dor, um grupo que funcionava perfeitamente no yahoo, e que foi importante no acolhimento as mães que perdiam. O yahoo acabou com os grupos, mas a amizade já estava selada e perdura até hoje, mulheres de todo o Brasil e de fora também participavam.
Conhecemos jornalistas que muitos nos ajudaram, psicologas, médicos, clinicas, montamso um site, o Projeto Ser Mãe, que nos ajudava a divulgar nossas açõs e lutas, conseguimos através de abaixo assinado que o SUS acolhesse também a mulher com mais idade. Que vitória!
Chegamos a mais de duzentas mulheres neste grupo, davamos entrevistas, saiamos em revistas, não tenho medo de dizer que abrimos a discussão sobre o aborto esponatneo no Brasil, e sobre aq humanização do tratamento com as mulheres que perdem por médicos, enfermagem e hospitais.
3- Se você tivesse só mais uma hora de vida, para quem ligaria e o que diria?
Eu ligaria para meu filho e ficaria uma hora lhe dizendo o quanto o amo, falaria da garvidez gemelar e da perda de sua irmã após 20 dias de nascida.
Revisitaria nossos anos juntos que foram muitos felizes e o instruiria sobre o que fazer para quando eu não amis estiover ao seu lado.
4- Qual o nome de uma pessoa que morreu você gostaria de honrar neste espaço? Como ela te impactou?
Dandy Carolina, minha filha, gemea do meu filho, que partiu com 20 dias de vida, dentro de uma UTI Neonatal.
Foi tão dificil conseguir a gravidez, fiz ICSI, coloquei 4 embriões e engravidei de trigemeos, perde um no inicio, mas fiquei com meu casalzinho lindo. Nasceram de 32 semanas, muito pequenos, a Dandy com 750 g, Ricardo com 2000 g.
20 dias depois a Dandy se foi, e meu coração se partiu de vez e pra sempre. Mas eu tinha meu filho e por ele eu tive que me manter forte e em pé. Não foi fácil, mas com ajuda das amigas, eu consegui.
Hoje choro menos, mas o coração sangra.
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