P/1: Bom dia Itamar.
R: Bom dia.
P/1: Por favor o seu nome completo local e data de nascimento.
R: José Itamar Alves Farias, eu nasci em Caruaru, Pernambuco, no dia 08 de Novembro de 1963.
P/1: O nome dos seus pais?
R: José Itamar Rodrigues Farias e Maria Alves Farias.
P/1: A origem da sua família?
R: Descendência de portugueses, por parte da minha mãe, de índios mesmo, naturais aqui do país.
P/1: O nome dos seus avós?
R: João Itamar Rodrigues Farias e Maria Aparecida Rodrigues Farias, isso por parte de pai, e Jesuína Alves Rocha, minha avó por parte de mãe e José Alves Ribeiro, também por parte de mãe.
P/1: Então português e indígena?
R: Indígenas exatamente.
P/2: Seus pais vieram de Portugal?
R: Não na realidade quem veio de Portugal foram os avós dos meus avós e alguns tios do meu pai de primeiro grau são portugueses, né, então tá aí o porque do Farias, né, que é um sobrenome português.
P/2: E você sabe porque eles imigraram?
R: Realmente eu não sei o porque da imigração não eu sei que, acho que tem relação com algum ‘boom’ de imigração de Portugal pra cá, porque naquele local onde eles se instalaram em Belém no caso do meu pai é um local onde tem muito português, existem muitos portugueses.
P/1: E atividade profissional dos seus pais?
R: O meu pai foi bancário, né, aposentado no momento e minha mãe sempre foi do lar.
P/1: Agora vamos falar um pouquinho sobre a sua infância. Como era a cidade, o bairro?
R: Olha, o bairro assim, eu nasci, apesar de ter nascido em outro local, eu praticamente cresci no Bairro do Jabaquara depois de dez anos eu me mudei para a Vila Mariana por lá vivi 30 anos e coincidentemente depois de casado voltei para o meu bairro de origem. Então aí voltei a encontrar todas aquelas pessoas que cresceram comigo de um ano de idade pra frente.
P/2: Como é que era esse bairro?
R: Ah, o bairro era muito legal, eu voltei a me sentir super bem...
Continuar leituraP/1: Bom dia Itamar.
R: Bom dia.
P/1: Por favor o seu nome completo local e data de nascimento.
R: José Itamar Alves Farias, eu nasci em Caruaru, Pernambuco, no dia 08 de Novembro de 1963.
P/1: O nome dos seus pais?
R: José Itamar Rodrigues Farias e Maria Alves Farias.
P/1: A origem da sua família?
R: Descendência de portugueses, por parte da minha mãe, de índios mesmo, naturais aqui do país.
P/1: O nome dos seus avós?
R: João Itamar Rodrigues Farias e Maria Aparecida Rodrigues Farias, isso por parte de pai, e Jesuína Alves Rocha, minha avó por parte de mãe e José Alves Ribeiro, também por parte de mãe.
P/1: Então português e indígena?
R: Indígenas exatamente.
P/2: Seus pais vieram de Portugal?
R: Não na realidade quem veio de Portugal foram os avós dos meus avós e alguns tios do meu pai de primeiro grau são portugueses, né, então tá aí o porque do Farias, né, que é um sobrenome português.
P/2: E você sabe porque eles imigraram?
R: Realmente eu não sei o porque da imigração não eu sei que, acho que tem relação com algum ‘boom’ de imigração de Portugal pra cá, porque naquele local onde eles se instalaram em Belém no caso do meu pai é um local onde tem muito português, existem muitos portugueses.
P/1: E atividade profissional dos seus pais?
R: O meu pai foi bancário, né, aposentado no momento e minha mãe sempre foi do lar.
P/1: Agora vamos falar um pouquinho sobre a sua infância. Como era a cidade, o bairro?
R: Olha, o bairro assim, eu nasci, apesar de ter nascido em outro local, eu praticamente cresci no Bairro do Jabaquara depois de dez anos eu me mudei para a Vila Mariana por lá vivi 30 anos e coincidentemente depois de casado voltei para o meu bairro de origem. Então aí voltei a encontrar todas aquelas pessoas que cresceram comigo de um ano de idade pra frente.
P/2: Como é que era esse bairro?
R: Ah, o bairro era muito legal, eu voltei a me sentir super bem assim foi uma, como é que se fala, um reencontro com a felicidade, com os bons momentos, você se reencontrar no local onde você brincava, no local onde você naquela época ainda não existia asfalto, era tudo terra, tinha rios que passavam ao lado, o rio inclusive continuação do Rio Ipiranga dos rios que hoje é um rio que permanece lá, é lógico não com a beleza que existia há um tempo atrás onde a gente até atravessava algumas ruas para ir pescar lá, mas assim eu olho hoje do meu apartamento que é num local privilegiado, bem alto, e falo: “gente olha como isso daqui mudou, né”.
P/2: Vamos voltar lá na sua infância...
R: Ta.
P/2: Descreve um pouquinho como era esse bairro, o que ele tinha, como é que era a rua, do que vocês brincavam?
R: Brincava muito, muito, muito, muito, assim de bolinha de gude, tinha os secos e molhados, naquela época, existia os secos e molhados do Seu Domingos que eu adorava ir lá para comprar doce de amendoim, maria mole, pipoca, ia pegar leite de garrafa para minha mãe e cândida em garrafa, então naquela época ainda tinha isso daí. Até hoje existe assim o local de secos e molhados, lógico não mais como secos e molhados já tem outra atividade comercial, masestá lá também e uma das coisas que eu adorava, isso depois de alguns anos quando começaram já a asfaltar a rua eu era um apaixonado por carrinho de rolimã, eu brinquei muito de carrinho de rolemã cai muito me machuquei muito, joelho esfolado, mas assim era apaixonado, depois bola, aí depois foi diminuindo um pouco foi chegando já a época de cinco, seis anos de idade época de escola, aí era mais empinar pipa, dividia muito o tempo da brincadeira já com o tempo de estudo também.
P/1: Você disse que viveu no Jabaquara, Vila Mariana, se casou voltou para o Jabaquara, encontrou as mesmas pessoas?
R: Algumas pessoas encontrei inclusive, após, voltei...Depois de 30 anos encontrei um pai de um amigo meu, o filho dele não mora mais lá, casou e está na Zona Norte, encontrei ele, ele é dono do mercado de bairro e através dele, ele foi me indicando as pessoas: “Olha tal pessoa ainda mora perto, ou outra mudou e está no bairro ainda, está um pouquinho distante”. E algumas assim até as que eu era muito apegado, muito amigo que, digamos assim até contribuiu, fora o nosso lar, algumas contribuem também para o seu crescimento, para a sua educação eu revi, eu fui atrás, fui lá conhecer ver como é que ‘tava’ e é muito bacana, né, você rever, lembrar de coisas que eu nem lembrava e eles lembravam as vezes.
P/2: Deixa eu te perguntar uma coisa Itamar vamos voltar um pouquinho lá. Você disse que vocês pescavam que peixe você pescava neste rio?
R: Ah lambari, peixinho, exatamente a espécie do peixe eu nem me importava muito, porque era mais pelo lazer mesmo de lá e a brincadeira e o prazer de ir lá e pescar, aquela conquista, né, “Nossa pesquei um peixe, pesquei mais do que você”, não sei o quê.
P/2: E o que vocês faziam com esses peixes?
R: Ah alguns, eu pelo menos nunca levei nenhum sempre jogava lá e deixava lá no rio mesmo, né, ou na represa, tinha uma represa também grande lá que tinha alguns peixinhos...
P/2: Você lembra o nome dessa represa?
R: Eu não lembro o nome dessa represa. Essa represa ela deve ‘ta’ muito pequena hoje até porque aterraram uma boa parte dela para ser feito algumas ruas e algumas construções, então ela ‘ta’ muito pequena, mas eu não lembro o nome dela não. Eu lembro do nome do rio que na realidade é uma continuação do rio Ipiranga, porque ali Jabaquara seguindo a Vila Mariana e indo em frente pela Ricardo Jafet você vai acabar saindo ali no Museu do Ipiranga e é o riacho, né, digamos assim que passa lá.
P/2: E com quem você brincava Itamar?
R: Ah eu brincava com os meus amigos mesmo do bairro, né, o que mais?, alguns coleguinhas de escola depois que eu comecei a estudar, aí houve aquela união dos colegas do bairro com os colegas de escola, né, mas eu sempre fiquei, sempre fui muito mais apegado aos amigos mesmo de bairro, os que cresceram comigo, os de escola assim até hoje é engraçado, teve a época da faculdade, eu cultivei assim essa amizade, mas ficou um pouco restrita só ao tempo do estudo, sempre fui muito apegado assim aos amigos dos bairros, mesmo na Vila Mariana ainda, também fiquei uma boa parte lá do tempo, mas sou apegado a essa turma de bairro, né.
P/2: E você disse que você brincavam de pipa, carrinho de rolimã, quem fazia o carrinho de rolimã?
R: Olha, nossa eu fazia o carrinho de rolimã, era uma coisa de louco, por quê? Primeiro que eu perturbava muito meu pai pra que ele deixar as ferramentas, que eram assim um ciúme que ele tinha das ferramentas dele, eu: “Pai empresta o serrote?”, aí empresta, “Empresta o martelo?”, empresta o martelo, aí o que acontecia a minha mãe coitada que ficava em casa cuidava de mim e das minhas três irmãs tinha que ficar escutando aquela martelada e serra serra o dia inteiro, eu não lembro, mas a minha mãe falou há pouco tempo até que eu demorava, às vezes, uma semana para fazer o tal carrinho, porque o pititico tinha o quê? Quatro ou cinco anos e fazia há minha forma, mas fazia direitinho, já riscava, desenhava, né, já era o designer lá do carrinho eu mesmo me virava e fazia o carrinho, mas assim pessoal, vizinhança tinha que aguentar aquelas minhas marteladas e o serra serra o dia inteiro. As pipas eu fazia mesmo as minhas pipas, nós mesmos é que fazíamos tudo, não tinha muito hoje, como tem hoje os brinquedos já pré- fabricados ou fabricados que a criança brinca, a gente mesmo confeccionava.
P/2: E você nos contou que no seu retorno após de casado para esse bairro, você encontrou com algumas pessoas que eram seus amigos...
R: Exato.
P/2: Quem foi nessa infância tua que te marcou e por quê? Qual a atitude dele que te marcou muito enquanto amigo?
R: Olha eu vou...Uma das pessoas que me marcou muito ela se chama Cícero era uma pessoa extremamente amiga, nós éramos assim como irmãos e eu talvez até não tive irmão, falei tenho três irmãs sempre envolvido com as mulheres, mas assim eu não tinha um irmão e ele era meio que companheirão meu, logo de man cedo, sete horas da man ele ia lá berrava meu nome na porta de casa eu saia lá pra brincar com ele e sempre foi muito companheiro. Lógico perdi o contato com ele depois que eu sai do bairro ele também foi, devido a vida profissional dele, ele foi para o Sul e ficou uns anos lá também então a gente perdeu um pouco o contato, mas depois quando eu voltei lá para o bairro, periodicamente, quando dá para se encontrar ele vai até a casa da mãe dele que a mãe dele ainda mora no bairro, então a gente se encontra bate papo, e marcou assim pela amizade, pelo companheirismo que ele tinha, ele era um cara que nunca assim discutia comigo por nada, nem eu com ele. Tinha também uma outra pessoa chamada Carlos, o filho desse comerciante que está até hoje no bairro também que tem um mercado lá no bairro, esse eu encontro muitas vezes, porque quando eu preciso de alguma coisa, apesar de existir as grandes redes eu prestigio muito o que existe lá no bairro, faço questão de ir lá no Seu Agostinho que é um português mesmo, e vou lá e além de comprar eu vou lá e troco uma ideia com ele, justamente ter as lembranças, lembram dos natais que passávamos naquela época, na época de Natal um saía na casa do outro para ir lá pra cumprimentar, era uma coisa diferente do que é hoje, né, festa junina, nos reunimos, ele como comerciante já na época, cedia vários comestíveis, pino, batata doce, era muito bacana.E o filho dele também marcou muito, éramos os três na realidade eu, o Cícero e o Carlos éramos assim uns amigões mesmo, super apegados, eram os três pra tudo, né, eram os três, um chamando o outro lá para passear, para brincar, era muito bacana.
P/2: Você nos falou desse Natal que era diferente...
R: É verdade.
P/2: Descreva um pouco esse Natal, como era construído?
R: Eu acho que...Eu não sei se os tempos modernos que deixaram as pessoas um pouco mais assim, cada um mais recluso, cada um mais na sua, né, naquela época não, naquela época fim de ano, como falei da festa junina, mais fim de ano nós saímos lá pelo menos, acredito que deveria ser assim talvez em outros bairros, mas nós ali do bairro saiamos pra todos antes do Natal, antes da meia noite até umas seis horas da tarde passávamos a tarde toda todos cumprimentando, comíamos um pouquinho lá da comida do outro era uma confraternização dessa forma, então eu achava muito bacana, então era assim um entra e sai danado um da casa do outro e assim eu lembro que a minha mãe já esperava os vizinhos, os amigos lá com um pratinho de alguma coisa pro amigo, né, e tal, pra oferecer era muito bacana, eu acho que isso fazia muita diferença hoje, era esse, essa, como é que se fala, essa aproximação do vizinho é você saber quem são as pessoas, quem são as pessoas que convivem a sua volta, como elas são, coisas que hoje eu não faço a mínima ideia quem é o meu vizinho. Eu converso hoje, eu não moro mais em casa, eu moro num apartamento, eu conheço lógico os meus vizinhos ali, mesmo assim alguns outros que são um pouquinho do andar ali eu já não conheço e não tem esse costume de você ir lá e “Feliz Natal”, fala assim quando você encontra no elevador.
P/2: O que vocês comiam quando vocês iam na casa pra visitar, para cumprimentar que tipo de comida vocês comiam?
R: Ah doce então como eu falei nesse bairro também tinha muitos portugueses, eu lembro que eu comi um doce português que eu achava fantástico amarelinho, redondo que chamava Filhós é um doce feito pelos portugueses, eu lembro que eu comia muito esse filhós que tinham três portugueses que faziam assim bastante, fios de ovos, pudim de leite, aí tinha nozes, eu nunca fui muito chegado, me ofereciam mais eu não comia, algum bolo, doces em calda, pêssego em calda, figo em calda, nossa era assim muito suco, não tanto refrigerante, naquela época refrigerante não era uma coisa muito, é uma coisa que eu me lembro muito bem de época, um época que eu não era muito chegado a essa coisa industrializada, era uma coisa muito caseira. Ah eu comia também tender, essas coisas, peru, nossa era fantástica assim, muito bacana.
P/1: Itamar, você falou um pouco de amigos de infância, como era Natal no seu bairro e a sua escola como era?
R: Então, eu sempre estudei em escolas estaduais, o meu primeiro grau eu fiz em escola estadual e o segundo grau também e tenho um orgulho muito grande em falar isso. Hoje talvez a escola estadual ou a municipal estejam um pouco, digamos assim, decaindo um pouco o estudo a qualidade talvez não seja igual, mas na minha época era algo muito, muito, muito bom. Estudávamos muito, os professores eram extremamente rígidos conosco é uma coisa, uma rigidez que eu achava benéfica, fazíamos a gente estudar muito, exigiam muito da gente e eu tenho uma recordação assim fantástica voltando ao meu bairro, inclusive uma das primeiras coisas que eu fiz foi ir até a escola onde estudei, foi impressionante. A minha esposa falou: “Onde você estudou?” eu falei: “Eu estudei aqui ó”, Escola Municipal de Primeiro Grau Nelson Pimentel Queiroz, ainda me lembro, existe lá, está até hoje, eles mudaram só a denominação para escola de Ensino Fundamental Nelson Pimentel Queiroz mas está lá, está até hoje, estudamos eu e minhas irmãs, muito bacana, eu pedi autorização pra tia que a gente fala lá que cuidava lá da escola, caseira da escola que toma conta e eu, era um dia que não tinha aula, mas mesmo assim eu fui lá e passei umas duas horas lá andando, fui olhar na hora do recreio, né, não intervalo, recreio (risos), pra lembrar do que a gente fazia e mostrei pra minha esposa: “Pô aqui a gente jogava bola nesse cantinho” Ou a gente trazia algum brinquedo de casa, lembro que levávamos boliche, aquele bolichinho de plástico, tal bem simplesinho pra jogar, muito legal.
P/1: Reencontrou alguém?
R: Olha eu andando lá perto da escola, algumas pessoas eu percebi que ainda moram lá, 42 anos se passaram e são pessoas que estão lá, mas eu não me senti assim a vontade de : “Olha você é tal pessoa?” mas eu me lembro perfeitamente da feição de cada uma. Teve um que eu parei que se chama Maurício, eu parei outro dia, não aguentei, porque assim é engraçado eu lembro que eu conheci ele devia ter de oito para nove anos de idade, entre oito e dez e ele ta com a mesma idade que eu com 42 anos e eu bati o olho e olhei e falei: “Gente, é o Maurício!”, aí eu parei o carro falei: “vem aqui, você não é o Maurício?”, ele ficou meio assustado assim um cara parando o carro e abordando ele na rua, aí ele falou: “Sou” “Você não lembra eu morei na mesma rua que você” Aí ele falou ainda moro na mesma rua e o referencial é sempre o Seu Agostinho, o comerciante, “Da rua do Seu Agostinho” aí ele: “Ainda moro lá”, aí eu: “Tá brincando?” “Casei e continuei morando na mesma casa que eu nasci”, né, aí pergunto também, sempre que eu posso eu pergunto e outra pessoa e tal, ah essa não ta mais, alguns infelizmente já se foram, alguns estão lá ainda, alguns já mudaram, né, mas existem ainda algumas pessoas que, digamos assim, foram os fundadores do bairro que ainda estão lá.
P/2: Voltando para essa questão da escola descreva um pouco como era o dia a dia na escola, o que vocês faziam, você falou um pouco das brincadeiras que vocês levavam brinquedo para escola, mas descreva um pouco como eram as classes?
R: As classes, as carteiras é uma coisa também que eu acho assim que não tem como deixar de esquecer, não tem como não lembrar, cadeiras todas de madeira, a cadeira que você senta tem uma escrivaninha à frente, onde essa escrivaninha também tem a continuação da cadeira de onde vai sentar o próximo aluno. Uma coisa que eu também não esqueço quando o professor chegava todos se levantavam, ele dava bom dia, uma vez por semana, pelo menos, cantava-se o Hino Nacional, o Hino da Bandeira, lembro de todas as datas comemorativas, dia da bandeira, dia do índio, dia do professor, comemorávamos todas essas datas era muito bacana e tínhamos sempre uma atividade ligada a esta data comemorativa, o recreio era muito legal, brincar de pega pega, queimada, ...que mais?. Esconde-esconde, levávamos na lancheira uns lanchinhos, com suco ou leitinho que era uma coisa muito bacana também, que mais? As professoras eu lembro na sua maioria eram mulheres, eu lembro disso pelo menos na minha escola e a primeira professora a gente nunca esquece, a minha foi a professora Ana Maria eu não sei ela me parece que já saiu a algum tempo da escola, se aposentou, mas eu tinha assim um carinho enorme por ela, era um anjo de pessoa, uma paciência terrível, imagina aquela molecada muito pequena e querendo fazer as mesmas coisas que faz em casa querer brincar em sala de aula e ela tendo que te ensinar, tendo que te educar, tendo que passar os fundamentos de educação, de ler e escrever, e eu lembro ela ensinando: “Olha Itamar, pega e faz o A assim”, eu na realidade fui para a escola já era alfabetizado pelo menos na parte de leitura, meu pai sempre foi uma pessoa extremamente esforçada e ele percebeu num certo momento, eu tinha uns quatro anos de idade, eu passei perto de casa e li uma placa, era uma fábrica que tinha de móveis de fórmica e ele viu que eu passei e li as primeiras letras, ele entendeu que talvez eu tivesse uma predisposição a aprender, aí na hora foi muito engraçado ele já começou a me ensinar: “Olha essas são as letras, estes são os conjuntos de letras”. Então quando eu fui pra escola eu já sabia ler, aos cinco anos já lia legal, seis anos, seis pra sete que eu fui pra escola e ficava meio triste porque minha mãe falou pra professora e pra diretora: “Olha ele já sabe ler só que ele não escreve nada, não consegue escrever, tem uma dificuldade”, assim como eu tive facilidade pra ler, eu tinha uma dificuldade muito grande pra escrever e eu achava que uma coisa não tinha muito haver com a outra, e a professora Ana Maria ela, às vezes, me pulava quando tinha que ler, eu ficava chateado, pô, eu sei ler é a única coisa que eu sei, mas aí justamente ele já sabe, então vou dar a oportunidade pra quem não sabe, né, e eu não entendia isso e, às vezes, eu voltava bravo pra casa e falava : “Mãe a professora não deixou eu ler”, né, ela falava: “Não meu filho você já sabe ler, deixa ela ensinar essa parte para as outras pessoas”, mas eu lembro muito, era isso, basicamente era...o que eu me lembro muito era o recreio, as brincadeiras do recreio, a hora da merenda tinha alguns que, eu levava o lanchinho de casa, na lancheira, mas também tinha a merenda pros alunos que quisessem comprar lá, lá tinha um mesão enorme, né, sentava-se lá quarenta, cinquenta alunos, muito bacana.
P/1: Quanto tempo você passava na escola?
R:Olha eu passava um horário, naquela época, eu vejo hoje muito diferente hoje da minha filha, né, a minha filha eu deixo ela nove horas da man na escola e vou buscar às seis da tarde. Então naquela época, ou período da man ou período de tarde, ou entrava de man cedinho sete horas da man e saia por volta das onze, uma média de quatro horas na escola, né, ou entrava-se à tarde uma hora e ficava até às cinco da tarde, né, era mais ou menos esse período que ficava na escola de quatro horas, quatro horas e meia não mais que isso também.
P/1: E o resto do dia bola de gude, pipa?
R: Bola de gude, brincar, estudar, mas assim eu brincava muito, sempre fui muito mais, eu estudava quando necessitava eu estudava, mas não era assim de ficar apegado aos livros aquela coisa, minhas irmãs mais velhas inclusive, as mais velhas, eu tenho duas mais velhas e uma mais nova elas realmente sentavam e ficavam três horas estudando, eu estudava uma hora, uma hora e pouco e pra mim era o suficiente e graças a Deus eu ia bem na escola e tal. Faculdade foi um pouco diferente, né, demandava um tempo maior de estudo, né, do colegial pra frente eu acredito que foi o Segundo Grau já foi um pouquinho diferente eu...aí eu já dedicava mais tempo a estudar e na faculdade realmente era um bom tempo, inclusive na época eu lembro que eu pensava, na faculdade eu pensava assim, ou eu estudo direito ou eu trabalho direito, as duas coisas eram extremamente pesadas eu entrava no trabalho às 8:00 e saia às 18:00 e entrava na faculdade às 19:00, meia hora depois e ficava das 19:00 às 23:10, eu fiz o curso de Matemática que é um curso longo, ele tem várias matérias, então era assim um pouco cansativo, tinha que estar com muita disposição, aí eu até arrumei um trabalho no banco, fui ser bancário, aí eu trabalhava meio período, aí então realmente sobrava um tempo pra poder focar que era uma coisa que eu queria, terminar bem a minha faculdade.
P/2: Voltando um pouquinho. Você fez o primário, o ginásio e o colegial na mesma escola?
R: Não, não foram na mesma escola, foi assim o primário eu fiz até a quarta série na Vila Guarani, no bairro do Jabaquara, Jabaquara você fala ali porque ele é extenso, grande, né, mas eu fiz até a quarta série nessa escola, depois eu estudei na escola estadual de primeiro Grau Waldomiro Collaço Bairão, hoje ela deixou de ser uma escola ela é uma diretoria, como é que se fala, ela é uma regional das escolas ali da Vila Mariana, Vila Clementino, e lá eu estudei da quarta série a oitava série e eu estudei no Brasilio Machado que fica na rua Afonso Celso, ali perto da Domingos de Morais eu fiz o colegial, né, fiz um colégio fantástico, com a história do orkut eu consegui retomar também alguns nomes de colegas meus que estudaram lá, inclusive fiquei admirado de da minha turma o, digamos assim, o administrador lá do Brasílio Machado, que foi do ano que eu estudei que foi de 1979 a 1981 é um colega meu de classe, então lá tem nossa eu olhei relato de vários colegas falando dos professores também, dos professores pra gente que são assim inesquecíveis, né, muito bacana.
P/2: Você colocou agora essa questão do professor referência, que professor foi uma grande referência pra você?
R: Pra mim foi no Segundo Grau o professor Rublo era um professor de física, ele foi uma referência assim um professor extremamente exigente, ele não dava assim folga pra gente, linha dura, mas ele era um ótimo professor, tanto é que eu não gostava muito de física e nos últimos dois anos assim eu tive que aprender e acabei aprendendo física e depois, com o tempo depois, quando eu saí de lá eu tive contato, você entende o porquê daquela forma como ele te trata, você entende que a intenção dele era a melhor possível que você se formasse, que você realmente tivesse, aprendesse. Tinha um professor de química também, Menegon, esse professor é muito famoso ali na região não só no Brasilio Machado, mas em outros colégios, ele era assim também um cara extremamente bravo, nós morríamos de medo dele, mas ao mesmo tempo ele era um paizão, brigava na hora que tinha que brigar, mas também ele aconselhava isso eu achava muito bacana, porque ele era um conselheiro, ele falava: “Vem aqui, olha não faz isso porque eu acho que não é bacana, seria interessante que você fizesse isso”, ajudou muito todos os alunos assim a descobrir qual a sua aptidão profissional na época, eu lembro que ele até implantou isso ele falou: “Não vamos fazer aqui o último ano de vocês um estudo de aptidão profissional, para tentar” Tanto é que eu experimentei Matemática eu sempre fui pelo menos um bom aluno em matemática, então eu achei que poderia continuar pra frente com a matemática, né, e foi isso que aconteceu esses foram dois professores que eu não esqueço, eu nunca esqueço, a minha primeira a professora Ana Maria que foi a que realmente que acho que ajudou na base de tudo, né, algumas outras também, da quarta série a oitava a professora Zenai também eu nunca vou esquecer que era uma mãezona, mãezona mesmo essa daí a gente, às vezes, ficava meio triste, chorava na sala de aula ela queria saber porque, queria saber se estava tudo bem com você, mas nunca, nenhum desse professores esqueciam do fundamental que era te ensinar, te educar e ensinar passar o ensinamento, aquele que era, que sempre foi a proposta deles eu acredito, foi muito, pra mim foi muito bem transmitido isso.
P/1: Itamar, você falou dos professores no Ginásio e os amigos?
R: Alguns amigos, é o que eu falei, tive ótimos amigos ao longo, nesse longo período, aí distante, mas eu fiquei com poucos amigos como eu falei, eu sempre tive muitos amigos mais a minha vizinhança, mas já do colegial pra frente eu tenho amigos assim fantásticos, tenho um que continua sendo amigo meu. Ele tem uma vida assim bastante turbulenta no que diz respeito a vida profissional dele, a minha também não digo que seja tão turbulenta igual a dele, mas é uma vida corrida, os dois, nós dois casamos, ele tem três filhos, eu tenho dois, então ele está com os filhos um pouco na idade já mais avançada que a minha, eu tenho duas filhas uma filha de cinco e uma de seis, ele já tem filhos na fase de adolescência indo para época da faculdade, então ele tem assim um outro tipo já de vida, mas a gente não se deixa de falar, o nome dele é Durval, Durval Hertzman, é um amigo também que ficou assim no coração e vai ser meu amigo até o resto da vida e a gente, e nós nos falamos, ele trabalha como designer gráfico, então de vez em quando, ele usa o MSN pra falar com os clientes, eu sei que é para os clientes, mas eu vou lá e de vez em quando eu:”Oi como é que você tá? Legal cara!!Tudo bem? Como é que ta a vida, o trabalho?”. “Pô ta tudo bem to na Redecard, cara ta super legal”, né, e a gente ainda, nós nos falamos e de vez em quando, é difícil, mas pelo menos duas vezes por ano marcamos aí de ir num restaurante com a família, com os filhos, nós os casais, né, eu e minha esposa, ele e a esposa dele pra bater papo, conversar. Ele também foi uma pessoa que me ajudou no meu segundo emprego, esse foi o primeiro que eu te falei na ________ e quando eu estava no colegial ele me deu uma dica, ele falou :”Olha tô trabalhando em tal local, não sei o que, tão precisando de uma pessoa lá para trabalhar numa área tal” não me lembro, naquela época escritório, não lembro qual era o cargo, mas ele me convidou deu tudo certo, fiz a entrevista, entrei e trabalhamos juntos também, então era legal, saiamos do trabalho e íamos para mesma escola e na mesma sala de aula, isso durou nosso período de colégio, aí na faculdade eu fui fazer uma ele foi fazer outra e ele odiava matemática, ele sempre foi muito chegado a essa parte gráfica de desenho, tanto é que na sala de aula ele ficava olhando para as pessoas assim fazendo o desenho, então perdi infelizmente uma caricatura que ele fez minha, guardava com o maior carinho, né, mudei algumas vezes de casa então aí eu acabei perdendo.
P/1: Mas ainda na juventude o que vocês costumavam fazer, os lugares que vocês frequentavam?
R: Olha eu vou falar assim, a partir dos anos 1970 que eu comecei, no meio dos anos 1970, que foi a minha adolescência pra juventude eu comecei a curtir muito o momento do rock, que aquele boom do rock dos anos 1970, hard rock curti pra “chuchu”, cabelão comprido, chinelão de (risos) a vestimenta era hippie, aquela calçona jeans, boca de sino enorme, _______enorme, ahh, camiseta paz e amor aquela coisa toda aqueles símbolos e talz, né, e sandália de dedo de borracha de pneu de carro era isso daí que a gente andava, eu...As minhas irmãs na realidade curtiam mais, porque eram um pouquinho mais velhas, mas eu já com treze, quatorze já comecei a curtir, essa época aí depois, outro dia tava até contando ao colega da Redecard na hora do almoço aí teve a história, veio a época da Disco, aí do rock eu curti todas as fases, apesar de curtir muito e do pessoal falar que não tem muito haver, mas eu comecei a curtir muito a black music, a época da ___________, ________Records que foi uma gravadora muito legal que lançou assim cantores fantásticos, Marvin Gaye e por aí vai. E aí eu curti essa fase que é fase da black music, funk, soul tudo mais, depois dessa fase veio uma fase, já dos anos 1980 que foi a fase do...como é que era? A fase do, deixa eu lembrar, meu Deus tinha umas bandas, ai eu falei direitinho até para um amigo meu que veio a fase do Hard rock que eu curtia as bandas fantásticas Led Zeppelin, Deep Purple, nossa Pink Floyd eu amava depois veio a fase que eu te falei, a fase da ________, a fase da black music e depois veio a fase, gente a gente usava o cabelinho com gel, __________não lembro, mas depois veio a parte assim que eu curti um pouco, a parte do punk rock também que eu curti muito mais bandas de punk rock, aí depois eu fui meio que acalmando, mas eu sou assim com relação a música eu adoro tudo, eu escuto muito músicas da época do meu pai, Frank Sinatra, Big Bangs, jazz um pouco até hoje eu curto rock pra caramba, shows que eu pude ver da minha época algumas bandas eu fui ver Deep Purple, Black Sabbath os que vieram aqui, mesmo os caras já assim com quarentões, cinquentões e eu fui. Depois uma época também parte mais punk fui ver o show do Ramones, já curtia Metallica, já curtia outras bandas assim diferentes, mas fui skatista também (risos), na época do início a gente só tinha, não tinha muito essa modalidade que existiu hoje, mas tinha o _____________ que era um tipo de estilo de skate, depois que veio essa época do andar nos __________ que a gente fala, que é hoje como a galera divulga o skate, né, mas fui um curtidor assim contumaz de skate, né, foi muito legal.
P/2: Você está falando um pouco dos estilos musicais que você curte, tipo de música de época, vocês iam a algum lugar específico para escutar essas musicas?
R: Olha, ia...
P/1: Vocês dançavam?
R: Tinha um cineminha na minha época do rock que era assim, tinha um cineminha muito, que assim, naquela época não existia o videoclipe, videoclipe é coisa mais recente veio com a MTV, aí foi implantando no mundo todo, mas naquela época o que existia? Filmagens de shows ao vivo, aquela coisa passado o que, acho 8mm, não sei que tipo que era que gravava aquilo, sei lá o que que era, e aí aquilo era reproduzido assim muito ruim assim, eu diria de qualidade mediana e tinha um cinema que eu lembro, se não me engano na Brigadeiro Faria Lima e um no centro, não me lembro o nome, mas eu lembro que era assim, era o antro dos roqueiros e nós íamos nesse dois, aí o pessoal falava assim :”Pô vai ter lá, vai passar o show, sei lá, do David Bowie”, naquela época David Bowie era um cara totalmente, né, assim estranho e a gente ia lá pra poder ver o show do ___________, e era assim utilizando um termo popular, pulgueirinho, né, tinha um lugar assim pra 30, 40 pessoas e aquele monte de roqueiro apertado e a gente vibrava, né, nossa, aparecia o Kiss então, era algo assim, eu peguei o início do Kiss, né, início de Aerosmith, essas bandas, então a gente: “Pô arrumaram um show pirata, tão passando em tal lugar”, e já ia a turma lá. Na época depois da Disco eu lembro mais, porque já tava também um pouco mais velho e aí também ía com esses amigos de bairro eu ia na Disco, era a época da discoteca, também muito legal, alegre, bacana e aí a _________que eu falei que tinha a Papagaio Disco Pub, íamos na São Gabriel que tinha a Banana Power, tinha algumas na Pamplona, que eu não lembro o nome, tinhas a Aquarius Disco Dance que ficava ali onde, na Rui Barbosa e era um essa Aquarius, era uma discoteca copiada da Studio 54 que foi o boom lá em Nova Iorque, veio um cara lá contrataram pra ele desenhar toda, tal, tal, tal a Disco então a gente achava o máximo lá.
P/1: Como ela era, descreva ela?
R: Muito legal, super linda, tudo escuro você mal entrava coisa que a gente adorava era aquele ambiente, né, bem assim não chegava a ser um ambiente de boate, né, tinha algumas boates também que funcionavam como disco, a boate Hippopotamus que tinha ali na Nove de Julho e algumas outras, mas luz muita luz, aqueles globos, aquele globo inesquecível girando o pessoal com a roupa totalmente assim na época, assim da época, né, eu lembro que era o...o pessoal geralmente ia de jeans apertadinho, tudo mais, ia com aquela camisa tipo, como é que se fala o jeans e o calça de ___________ também, que era tipo John Travolta no filme dele, Saturday Night Fever, muito comédia, eu lembro disso e acho assim algo muito engraçado e aquelas luzes, os holofotes, era um ambiente extremamente descontraído, eu achava muito legal, muito legal, né, a pista de dança característica dela, geralmente quadriculada com cores diferentes, iluminadas com fundo iluminado, aquilo piscando e desciam assim colunas coloridas girando em algum momento era muito bacana, muito legal.
P/1: Nessa época você já estava na faculdade?
R: Nessa época não, essa época eu estava ingressando na faculdade, olha acho que já estava morrendo também essa época da disco, né, já ‘tava’ meio que no finalzinho, já estavam acabando, 1981 então já não tinha muito, a época da disco já foi mais de 1978 a 1981, antes era mais o que eu te falei, história do rock, 1979 começou a ter esta mistura do pessoal do rock, do hard rock, mas também surgindo a black music, né, em 1974 e 1978 aí tinha uma turma que gostava, e era legal pelos passeios que a gente fazia, né?
P/2: Você falou pra gente que você acabou escolhendo a matemática como profissão e tinha alguma expectativa da sua família que você seguisse alguma carreira profissional?
R: Tinha aquela história da família achar que médico é muito bacana, engenheiro então é fantástico, né, ou também na, até, na época assim que eu comecei a trabalhar mais assim ___________depois dos anos 1980, nem tanto, mas no passado quem era bancário era uma pessoa bem vista, o bancário era algo assim nossa, o professor, e olha o que se transformou o bancário e o professor, mas pô você conseguir um emprego legal num banco, vai ser muito bacana, se você for engenheiro, ou se você se formar em Medicina isso era algo assim que para os pais é né, mas isso com o tempo foi mudando um pouco e meus pais também, meus pais foram muito se adequando e eu acho isso muito legal de acordo com o tempo, e aí também eles nem falavam mais nessa, nessas, nessa formação,né, aí a minha irmã cada uma seguiu o que queria realmente, eu fui mais assim no que eu achava que eu podia ser engenheiro, mas aí eu acabei escolhendo a matemática eu sempre gostei muito do _______do designer, de construir, eu trabalho hoje, eu até faço um pouco isso, eu trabalho na área de BI eu cuido muito dos SEM que são os relatórios gerenciais que nada, nada é você não deixa de ser um designer naquela ferramenta que você utiliza, você constrói, você desenha e tudo mais, mas a matemática também sempre adorei, gostei muito de número, não levei isso muito a frente também, porque foi assim. Ah me formei e logo que eu me formei, eu entrei na Redecard eu tive uma oportunidade que eu achei muito legal, na realidade ainda existia uma ligação com a minha formação, sou formado na realidade em matemática, porém com ênfase em análise de sistemas então também tive todos esses anos meus da faculdade que eu tive matemática eu também fazia análise de sistemas e na época teve a oportunidade para cuidar de um sistema na área bancos, que foi a primeira na Credicard que eu estou no grupo a 17 anos e foi, teve uma primeira oportunidade na Credicard na época de trabalhar nessa área bancos, cuidando e aperfeiçoando esse sistema que nós mesmos que cuidávamos lá na área, na minha área de sistemas e desenhamos isso eu passei pra uma consultoria na época que desenhou isso pra gente, então eu realmente entrei até mais ou menos direcionado naquilo que eu tinha, estava me formando, mas aí eu comecei a conhecer outras coisas e eu vi que poderia também me dar bem em outras áreas, aí dali fui passando, passando, passando, passando, passando teve a Redecard que foi uma __________, uma felicidade muito grande de participar do nascimento da Redecard, né, literalmente eu diria que cuidei um pouquinho do nenê, balancei um pouquinho no colo porque na época, então que eu te falei já ‘tava’ na área de marketing, era área de comercial e bancos já, era uma junção de duas áreas, quando, em 1996 e a área comercial na nossa área que era uma área que fazia parte da Credicard transformou-se na Redecard e eu cuidei, como estava em marketing, eu cuidei dessa parte institucional, do marketing institucional e também do _________ da empresa que era assim, poxa como é que a gente vai direcionar o lançamento da empresa, né, o nascimento da empresa? Então cuidava lá da parte junto com a agência de publicidade e da criação do nome, depois do relacionamento com a imprensa, como a gente vai reunir a imprensa pra isso, pra divulgar o nome, na época os acionistas e todo os nossos parceiros, né, como é que ia ficar todo esse lançamento pras pessoas que têm essa relação conosco, né, e com a mídia em geral, então eu participei muito, participei inclusive da escolha do nome, da Redecard, né, eu lembro até que o primeiro presidente assim criamos a empresa, tivemos o primeiro presidente,mas ele já entrou na empresa com o nome criado, né, ele até perguntou assim: “Como é que surgiu esse nome Redecard, Por que Redecard? Me traz os croquis aqui dos nomes e tudo mais, me traz aí todos os gráficos como é que vocês chegaram nisso” e levamos tudo, né, mas na realidade não ‘tava’ tanto no papel, foi uma coisa que eu até acredito um pouco rápida a decisão e na época o pessoal falou assim: “Poxa cartão de crédito e rede de estabelecimento, será que ficaria bonito Cardnet? Cardnept?, primeiro eles falaram assim: “redenet”, aí eu lembro que até eu fiz uma observação: “Poxa mas rede é o que a gente quer, mas qual rede que abrange, né, de estabelecimento, junto com a rede de cartões” Mas net também é rede, vai ficar rede rede? Que tal então Cardnet, aí esse net no final está parecendo alguma coisa com o nome do outro lá (risos), do concorrente, Ih!! Não Não vamos tirar. Ai dessa história do Cardnet com redenet, então corta os nets e fica Redecard, e aí legal, então fica Redecard, fica rede de cartões. E aí trouxemos isso pra Redecard e aí eu não lembro ao certo, mas me parece que isso passou por uma votação, o que acha, e aí todo mundo, eu devo até ter quem sabe alguns, ________ talvez eu até tenha, eu guardei. Eu tenho algumas coisas de 1997 pra cá que eu guardei, talvez eu tenha até algum documento que até mostre assim a gente passando pro pessoal, na época o _______ não é o email, mas o _______ era o nosso, era a nossa comunicação interna eletrônica e até fazendo uma votação: “O que vocês acham?” aí ficou Redecard. Eu pelo menos até onde que eu me lembro foi essa a história pelo menos do nome Redecard.
P/2: Voltando um pouquinho você trabalhou na Credicard você entrou para fazer análise de um sistema que existia, com o funcionamento da Redecard, você veio junto. Qual foi o objetivo da criação da Redecard você sabe?
R: Lembro essa, digamos assim, essa criação dessa empresa foi até por uma necessidade de mercado, na época até o Unibanco comprou o extinto Banco Nacional e com isso o Nacional era exclusivo da bandeira Visa e não tínhamos até então algum banco que tinha essa dualidade de bandeiras, ou seja, um banco que poderia emitir a bandeira Mastercard Dinners ou outra, né, ou ele era emissor de Mastercard e Dinners ou ele era emissor de uma outra bandeira, Visa _______ com a compra desse banco, de um banco que era emissor de uma bandeira que emitia Visa como é que ia ficar essa história? O Unibanco emitia Mastercard Dinners era um dos nossos grandes emissores, e aí? E aí nós falamos, poxa, então vamos trabalhar de uma forma também que atenda a essa necessidade, ou seja, a dualidade do banco com as bandeiras, a dualidade de bandeiras, então era uma coisa que já era conhecido, era sabido que lá fora já tínhamos emissores, por exemplo, Citibank emitia bandeira Mastercard, mas também emitia bandeira Visa e sabíamos que essa necessidade, provavelmente chegasse aqui e acabou surgindo com esse evento, né, com a compra de um banco que emitia uma bandeira única que era a Mastercard, com a compra de outra que era exclusiva de outra bandeira, da concorrência, falei, poxa, agora vou ter um portifólio aí de clientes que usam duas bandeiras, então criamos também uma rede de __________, ou seja, de adquirente também que onde você aparte isso, que você atenda só um tipo de bandeira e também a concorrência por sua vez fez isso, lá eles também sentiram a necessidade de ter essa, essa apartar essa área de livre empresa,criar uma empresa pra isso, que atendesse então o seguinte a emissão pode ser feita ou o banco pode emitir duas bandeiras, mas a filiação não tem como a gente fazer isso, eu não vou lá e filio a bandeira Mastercard e a bandeira Visa, então vamos separar isso, vamos trabalhar separadamente, isso dentro da empresa da Credicard que a Credicard ela é uma emissora de cartão também no _______por dia está levando mais pra frente, né, necessidade mesmo do mercado.
P/2: Então a Credicard hoje ela emite cartões de várias bandeiras?
R: Não, na realidade não. A Redecard não é uma emissora, ela é um adquirente de estabelecimentos comerciais que trabalha com as bandeiras Mastercard Maestro e Dinners, a Redecard é responsável pelo tráfego, pela captura de transação feita pelo portador do cartão, então é assim os bancos emitem o cartão, então os bancos são os emissores, existem os bancos emissores, os bancos são responsáveis pela emissão do cartão e nós somos responsáveis pela captura da transação, pelo tráfego dessa informação, então existem essas duas partes, nos filiamos os estabelecimentos e depois, lógico depois de filiado, nós somos responsáveis pelo tráfego dessas informações.
P/2: E você nos colocou a questão de quando foi criado o nome vocês criaram uma estratégia, vamos dizer assim, de colocar essa empresa no mercado...
R: Exato.
P/2: Conta um pouquinho dessa estratégia, como ela foi feita em cada segmento que vocês se relacionavam, como é que foi pensado isso dentro da organização?
R: bom, um dos trunfos que nós tivemos e que nós digamos que nem precisamos vender isso, nós apenas deixamos isso claro para os nossos parceiros, ou seja, para os estabelecimentos, para os bancos é que ficassem tranquilos porque a Redecard era uma empresa que estava nascendo com todo o conhecimento, com toda a expertise já daquilo do que estava sendo criado, nós já tínhamos a inteligência do negocio, nós já fazíamos aquilo, apenas nós estávamos dentro de uma empresa, nós estávamos, hoje nós poderíamos atendê-los de uma forma melhor, estaríamos nos dedicando exclusivamente pra ele, agora nós temos uma empresa que te atende ela não é uma área dentro de outra, agora você ter uma empresa pra te atender o nome dela é Redecard, ela vai cuidar de todo esse relacionamento que você necessita com relação a equipamento, a tecnologia que é necessária para que você receba o teu cliente que é o portador do cartão que você consiga efetuar uma venda da melhor forma possível, com rapidez, com qualidade, com recebimento garantido, com o mínimo possível de fraude, então tudo isso a Redecard assim está nascendo e está levando pra você de uma forma assim separada, tentando olhar só pra você, né, isso foi uma das estratégias e foi muito bom que...difícil o começo terem entendido, porque era um nome novo, muitas vezes você ficava meio ressabiado de chegar no estabelecimento, vai lá bater na porta do estabelecimento: “Oi tudo bom? Eu sou da Redecard vim saber se está tudo bem com você?” “ Da Redecard?”. Então até a pessoa se acostumar com essa mudança, então agora a pessoa que te atende, que te auxilia, a relação comercial no que diz respeito ao cartão de crédito é a Redecard, então as vezes tínhamos até que falar: “ Não eu sou da Credicard”, aí porta aberta aí lá explicávamos pra ele, um a um, que nem todos ficaram sabendo, a mídia apesar de ter passado isso de uma forma, olha foi criada a Redecard, por conta disso, disso, disso tanto a mídia eletrônica como a escrita passou-se de uma forma muito bacana, mas assim lógico que nem todos ali, naquele instante estavam sabendo que quem atenderia agora era a Redecard.
P/2: Segundo o que você está colocando, qual foi a estratégia da organização para que ficasse muito claro essa ideia de comunicação, a diferença entre Credicard e Redecard...
R: Isso confundiu muito, exatamente foi isso que eu falei a Credicard ela é a empresa responsável pela emissão do cartão, esse cartão ele vai ser direcionado para um público que utiliza para efetuar as compras, essa foi a explicação dada, então aquela empresa que cuidava de criar o cartão, confecciona o plástico, passar ela ao portador e depois ela também receber a informação da compra que esse portador está fazendo com o cartão que ela emitiu não vai ser mais ela, então vão ser coisas diferentes. A Credicard vai continuar emitindo cartão para os clientes dela e a bandeira que é utilizada que é a Mastercard ela também vai continuar sendo emitida pelos bancos emissores, porém você não tem mais nenhuma ligação no que diz respeito à transação do cartão com a Credicard, a transação, aquele momento que o cliente vai lá, nessa maquininha, que não é mais propriedade da Credicard, essa máquina que é o POS ela é da Redecard, ela é responsável por tudo que acontece aqui, nessa máquina, então se o cliente for lá passar o cartão, utilizar dessa máquina, a Redecard é responsável, se você tiver um outro estabelecimento que você queira que aceite o cartão, você não vai mais ligar na Credicard, você vai ligar para a Redecard, nós é que somos responsáveis pela, pelo te trazer o equipamento, te trazer essa tecnologia, software que vai limitar essa máquina que vai ter a inteligência de fazer esse tráfego de informação, a visibilidade do estabelecimento para o público nós é que somos responsáveis, então nós é que vamos sinalizar esse também é um papel da Redecard é deixar o estabelecimento não só tecnologicamente preparado para funcionar, mas também visualmente e sinalizando ele e dizendo: “Ó aqui aceitamos” Uma bandeira que é fantástica que é a Mastercard, Maestro, né, então nós somos responsáveis. A Credicard ela não é mais responsável por isso, porém se você tiver um cliente aqui que ele estiver passando o cartão e ele tiver problema com o cartão aí o senhor pode até auxiliá-lo a ele ligar, a diferença, ele ligar para a Credicard, pra resolver o problema dele com o cartão, agora aqui na maquininha se alguma coisa ocorrer, e você precisar de alguma coisa, nós é que cuidamos, então portador de cartão aquele que anda com a carteira dentro da bolsa, da carteira esse daí a Credicard é responsável, aqui dentro do estabelecimento nós somos responsáveis, então você viu os públicos diferentes, eu não tenho mais nenhuma coisa assim, talvez, lógico que não vamos dizer que não temos mais nada a ver, indiretamente sim, pela propaganda pela parceria, mas não tenho mais nada haver com o portador do cartão, com aquele que vai fazer compra, nós temos haver com o estabelecimento, onde ele vai fazer a compra.
P/1: Itamar você falou que utilizou muito a mídia impressa, eletrônica, mas alguma ação específica para estabelecimento?
R: Isso, sim, foram feitos algumas, como é que se fala, fizemos mala direta explicando o surgimento dessa empresa então ‘algumas dos materiais’, além dos veículos que foram a mídia impressa, foi também a eletrônica, aí tivemos também assim foram feitos mala direta, lógico, para todos os estabelecimentos tivemos um cuidado muito grande de mandar isso assim para o dono do estabelecimento, proprietário do estabelecimento que isso não fugisse muito da mão dele porque é a pessoa que realmente deveria entender o negócio, né, como é que isso estava sendo transformado então nessa mala direta foi exatamente explicado, lógico, de uma forma mais compacta até mais sucinta do que seria a Redecard para ele a partir do dia seis de Novembro, 1 de Novembro acho que...
P/1: Três ou um.
R: Três ou um? Isso de Novembro de 1996 isso eu lembro.
P/1: E como é que foi a aceitação da Redecard junto a esses estabelecimentos, nesse primeiro momento?
R: como eu falei no começo nem todos entendem qual é esse processo como é que é essa passagem, alguns ficam preocupados eles mesmos, ou mesmo o próprio estabelecimento ele não sabe, ixi, mas pra quem eu vou falar agora, né? Aí ligava pra Credicard, aí a Credicard falava assim: “Olha senhor não é conosco, o senhor está precisando, por exemplo, de selo para colocar na sua vitrine? Não é conosco o senhor liga pra Redecard até passa o telefone é tal”, aí ligavam pra gente: “Olha eu to com um problema no cartão aqui do senhor João” “ Ó desculpa o problema de cartão não é aqui, o problema de cartão é lá na Credicard, o senhor liga para o número tal”(risos), trocavam os telefones e assim com o tempo, mas não foi assim, eu digo, foi um, primeiro impacto é lógico que numa mudança desse porte é lógico que algumas não vou dizer que foi assim extremamente tranquila, não foi nada muito, teve choque, teve impacto, como eu falei alguns representantes comerciais tiveram até que chegar as vezes lá com o nome no estabelecimento e falar eu sou da Credicard, porque nessa primeira abordagem pra que você chegasse logo a falar com o dono do estabelecimento ele já logo abrisse as portas, porque a Credicard é conhecidíssima no Brasil todo, é um nome forte, trouxe um nome forte em cima da Credicard e aí depois que você conseguisse, olha não na realidade é o seguinte eu trabalhei na Credicard, porém não sei se o senhor recebeu e falávamos até foi enviado um comunicado, os representantes comerciais também andavam com este comunicado nas suas pastas lá e procuravam deixar com senhor, com a senhora mais um, o mesmo comunicado que nós passamos e olha o meu nome é tal, continuo te atendendo sou a mesma pessoa, só mudou a empresa, inclusive os mesmos funcionários, o mesmo representante que atendia o estabelecimento ‘A’ continuam sendo aquele mesmo cara atendendo o estabelecimento ‘A’, foi só a empresa que __________, mas assim foi indo eu acredito que depois de uns seis meses isso foi assim, já foi mais tranquilo, um ano eu diria que já estava bem sossegado. Olha eu diria até que internamente também tiveram algumas pessoas que fizeram assim, ficaram um pouco, não entenderam assim qual é o meu momento? Ainda falo, por exemplo, até em marketing nas minhas peças, no envio de uma mala direta para o estabelecimento eu coloco o que aqui? Eu sou a bandeira Mastercard, mas envolvo Credicard, então mesmo assim muitos não estavam com isso muito bem como é que se fala, ajustado assim no entendimento, mas também foi algo, é lógico pra gente foi muito mais rápido que essa dúvida passasse, mas que aqui também causou uma certa confusão causou. (risos)
P/2: Então pegando um pouquinho esse gancho a Redecard ela surge em termos de pessoas que trabalhavam na Redecard da VP comercial da Credicard...?
R: Da VP comercial da Credicard...
P/2: A estratégia utilizada foi porque essas pessoas trabalhavam na ponta com o seu estabelecimento?
R: Perfeito...
P/2: Então por isso que a base de pessoas...
R: A base de pessoas na realidade era a área comercial, a empresa eu diria que se formos levar em conta, assim isso aqui é uma área comercial, lógico que não é mais porque como em toda a empresa ela necessita da sua área financeira necessita também que internamente você tenha as suas áreas cada uma trabalhando para atender essa área comercial, mas nada assim, vamos falar bem resumidamente, é isso que você falou a Redecard surge da área comercial de uma empresa, sai todo aquele pessoal da área comercial de uma empresa e cria-se a Redecard.
P/2: A estratégia utilizada para isso qual foi?
R: eu acho que, você diz a estratégia...
P/2: Para o mercado?
R: Para o mercado...?
P/2: O que...
R: Ah, olha Redecard, existia até um slogan na época que era o seguinte, era Redecard, como que era?, ai meu Deus, é assim a gente pegou muito na expertise do negócio foi essa a estratégia e tinha até um slogan que depois mudamos até, mas ele ficou sendo o nosso carro chefe durante acho que um ano, como é que é? Não sei o que por princípio de qualidade de por vocação, era, poxa vida, isso era uma frase que ficou durante um tempão e essa era o nosso slogan, o carro chefe que a gente chegava e falava assim Redecard, poxa, eu não me lembro, que pena, mas eu lembro que era algo tipo assim, a experiência por princípio e qualidade por vocação, lembrei (risos). É que nessa parte do slogan eu já não participei tanto eu nessa fase já ‘tava’ mais preocupado no seguinte, em como vai ser a minha vida aqui na Redecard?(risos) Primeiro eu fiquei preocupado com a criação depois, aí é que, com a minha permanência nela, não com a permanência será que eu fico ou não, não houve isso todos éramos indicados. Mas só voltando para firmar e foi isso, era assim calcamos muito na experiência por princípio e qualidade por vocação.
P/2: Itamar você colocou que até as pessoas ficavam um pouco confusas você acha que a empresa, ela surgiu com uma identidade própria?
R: Olha eu acho que não, assim uma identidade própria eu não sei com relação aos estabelecimentos ela já tinha se você for ver pelo âmbito comercial, ela já nasceu totalmente preparada pro jogo (risos), já nasceu, pra nós estava muito claro qual era o jogo como é que tínhamos que atuar, sim lógico, fora esses pequenos ajustes e onde entra agora o emissor Credicard, como é que a gente aparta isso, abandona de uma vez? Nossa!! Éramos ontem Credicard, mas assim eu acho que já nascemos com toda essa expertise, com toda essa qualidade, a identidade dela eu acho que, pensando bem, eu acho que já nasceu com uma identidade sim, eu acho que nasceu sim, nasceu com uma identidade já forte e acho que isso a cada dia mais está ficando mais forte e hoje eu vejo passado dez anos como isso é muito bacana, como o nosso nome está assim, muito junto ao nosso público que é que são os estabelecimentos, está muito forte,está muito bem sedimentado, o que a gente tem que fazer agora é meio como o nosso presidente falou: “ Cada vez mais se esforçar pra gente ter um reposicionamento”, assim pra deixar cada vez mais, começamos o nome Redecard, acho que forte, deu tudo muito certo, mas periodicamente também passado um certo tempo você precisa cada vez mais se reposicionar no mercado, o que que é? Oferecendo cada vez mais um serviço melhor, é você dando todo o subsídio que o estabelecimento precisa, ser parceirão dele mesmo tem que está cada vez mais, deixar ele tranquilo, olha o que você precisar da Redecard a gente está lá para te atender, nós estamos lá pra isso, eu acho que nada, a Redecard nada mais é e existe única não única, mas 90%, é lógico que pra isso, é pra atendê-los é para os estabelecimentos, o nosso negócio é esse, são os estabelecimentos comerciais.
P/2: Itamar vamos voltar um pouquinho lá no começo qual foi a estratégia utilizada para as regiões do Brasil, foram estratégias diferenciadas para as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste ou foi uma estratégia única?
R: Olha eu realmente não lembro na época se as mesmas, se foi utilizada a mesma estratégia, eu sei que para São Paulo, a região Sudeste utilizamos mais essa, a mídia para que fosse feita toda essa apresentação, eu não lembro...Agora no que diz respeito a passar uma mala direta, comunicação de escrita que nós fizemos isso foi padrão para todo o Brasil é lógico que demos ênfase na mídia eletrônica pro pólo onde nós temos um público maior inclusive de clientes que é São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais são os grandes pólos mesmo, lá em Salvador eu não lembro se foi feito algo. Eu lembro que pra essa região foi usada a mesma estratégia de São Paulo, Rio, pra todos não foi nada muito diferente e sempre nessa da expertise que já nascemos para uma vocação para aquilo, entendeu?
P/2: Me diga uma coisa não sei se você vai saber nos informar, mas a região de Ribeirão Preto parece que teve uma dificuldade muito grande de aceitação por parte dos estabelecimentos com a questão do cartão porque era visto como uma...
P/1: Uma espécie de endividamento...
P/2: Endividamento por ser um crédito qual foi a estratégia utilizada para uma região com poder aquisitivo tão alto que poderia ser um público alvo interessante de fazer essa emissão de cartão para essa questão de aceitação desse cartão, qual foi a estratégia utilizada você sabe nos informar?
R: Eu não, olha eu lembro que teve alguma coisa na época com relação a esse pólo Ribeirão Preto, né, eu lembro que houve muito, como eu te falei essa confusão de Credicard e Redecard, eu lembro que na época teve afetaram, Ribeirão foi uma, um desses pólos aí, mas eu não lembro exatamente, eu infelizmente não posso te explicar, eu realmente não lembro, tem algumas coisas assim, eu também não era envolvido em todas as ____________________.
P/2: Quais foram os projetos que você estava diretamente envolvido?
R: Então foi esse projeto primeiro da criação assim eu fui um dos, lógico que não foi só eu, mas eu tive a felicidade de ser um dos integrantes para cuidar do lançamento da empresa, né, dessa parte, primeiro com a nossa agência de publicidade, olha vamos ter que criar um nome e depois vamos ter que passar isso muito que tranquilamente pros nossos clientes, então isso foi um dos jogos que eu achei que foi fantástico, acho que importante, ...
P/2: Quem foi a agência?
R: A DPZ na época foi a DPZ, eu lembro que na época muito conhecida, o público que trabalha com a agência a Angélica Armentano foi uma das pessoas que nos ajudou muito nessa parte...
P/2: Angélica?
R: Angélica Armentano, Angélica Armentano era diretora de conta e uma das conta dela que ela cuidava era a da Credicard, que também depois passou a cuidar da Redecard e ela foi uma das pessoas que nos auxiliou isso, e também ela foi também uma ponte o Dualib, o Petit Zaragoza que era um dos proprietários da DPZ, também lógico que foram envolvidos porque nada nada era uma criação de uma empresa, né, e eles entenderam muito de início a importância disso, né, desculpa você falou fora a ...
P/2: Quais os outros projetos que você esteve envolvido?
R: Olha eu tive..Bom eu tive envolvido em projetos depois da Redecard como já nascida, eu tive envolvido em projetos por exemplo do RAV, o RAV é um produto que nós utilizamos aqui na empresa e eu estive um bom tempo trabalhando com esse produto, vi o nascimento dele também, mas eu trabalhava sempre indiretamente na área de marketing como um divulgador deste produto para os estabelecimentos: “Olha o RAV é um produto que você pode utilizar, ele pode, você pode utilizar assim, assim assado dessa forma”, depois eu na realidade fui trabalhar na área de produtos e aí nessa área de produtos, um dos produtos da empresa fora os nossos produtos principais que é crédito e débito tínhamos o RAV também, aí eu meio que me envolvi mais no RAV e por exemplo ajudei muito na, até na, como é que se fala, na mudança, na atualização desse produto, hoje o sistema que nós utilizamos que é um sistema bem melhor do que tínhamos lá no início, um sistema que melhora muito a utilização disso por parte do estabelecimento, eu também tive a felicidade de ajudar bastante, ajudei nessa construção também...
P/2: Mas o que é o RAV?
R: O RAV é o recebimento, são as letras do...Recebimento Antecipado de Vendas, né, então o cliente depois que efetuava a transação ele pode na realidade antecipar esse volume em 24 horas, a partir do momento que ele foi transacionado, então você, eu trabalhei nessa parte no desenvolvimento lá atrás não com tanta ênfase, porém depois ele ____ do carro construído eu ajudei muito ele no aperfeiçoamento e na adequação ainda maior desse produto RAV que é o Recebimento Antecipado de Vendas, né, para o estabelecimento e hoje por exemplo o estabelecimento ele tem algumas formas de poder utilizar esse produto graças a essa remodelação que houve no produto isso foi um...
P/2: Explica um pouquinho como é que ele trabalha esse produto só pra gente entender?
R: Esse produto, como eu te falei, a partir do momento que o portador do cartão vai lá e faz uma compra, vamos supor uma compra de 100 reais o estabelecimento pelo fluxo de caixa dele, ele acha por bem ou acha melhor pra ele antecipar esse recebido, nós pagamos geralmente o estabelecimento num prazo de 30 dias a partir daquela data transacionada porém como eu falei o estabelecimento se ele quiser antecipar ele pode encurtar esse período, então uma transação feita no dia primeiro que ele vai receber no dia primeiro do mês seguinte ele pode receber no dia seguinte, no dia dois do mesmo mês, ele liga pra Redecard existe um telefone especial e exclusivo com uma turma que eu diria muito boa que trabalha muito bem esse trabalho de antecipação e o estabelecimento pode antecipar esse recebível, existe lógico uma taxa de desconto pra isso, porque nós já temos uma taxa especificada para esse período de pagamento de 30 dias, nós encurtando ela nós aplicamos uma taxa que é proporcional a esse período e no dia seguinte esse dinheiro está lá facilmente na conta do cliente para utilização da melhor forma que ele achar.
[Fim do CD 01]
R: Com relação aos projetos...
P/1: Mas antes a gente estava fechando sobre o RAV, então o RAV é um produto pioneiro Redecard ou é um produto que já existia?
R: É um produto pioneiro Redecard, né, eu acredito que devam ter copiado esse produto aí e até hoje acredito que andam atrás de saber, como é que isso funciona tão bem aqui, como é que isso é feito, eu acredito que sim, e aqui graças a Deus continua funcionando muito bem e tomara que em outro lugar estejam com dúvidas do que esteja acontecendo (risos), mas é um produto pioneiro sim, um produto nosso, assim como outros produtos tarifário, outro produto também participei a criação não foi minha, eu participei de alguns, o Vitor Esteves que é uma pessoa também que tem aí algum tempo de casa, também criou algumas coisas, ele criou o Tarifar e eu também pude participar, quando eu estava em finanças até por conta do RAV um grande projeto que eu achei bacana foi aí já além de ter feito, ter tido um interface com sistemas existiu um sistema GE que liga os gerenciadores dos estabelecimentos que ele também foi remodelado e na parte no que diz respeito a parte financeira que a gente utilizava para o RAV também eu participei dessa mudança da, do GE, né, então algumas, alguns projetos, né, mas fortemente mesmo eu posso dizer que o RAV é onde eu tive sempre muito próximo, agora mais quando eu posso, quando sou solicitado no que eu posso ajudar eu ainda faço, consulto, dou uma consultoria a respeito, ah! Como era tal coisa? No que eu posso ajudar eu ajudo agora mais na parte de análise e tudo mais.
P/2: As suas atividades hoje como consultor de marketing quais seriam?
R: Eu to como eu falei na área de BI (business inteligence) ou inteligência de negócios, né que eu acho que é o nome mais apropriado seria esse inteligência de negócios, e dentro desta, da área de inteligência de negócio, existem algumas gerências eu estou na gerência de análise e desenvolvimento de mercado, hoje eu além de ter algumas atribuições específicas como cuidar de alguns ________ como eu falei ou seja de alguns relatórios gerenciais para outra direção até gostaria de falar de um deles que a maioria da empresa conhece que é a diária, nós temos uma diária que onde a gente faz um acompanhamento do diário de como está a nossa evolução do dia a dia, como, o que ocorreu nas nossas vendas no dia anterior de débito, crédito e as antecipações, né, o RAV e fazemos esse acompanhamento junto as nossas metas e desafios que nós temos, então eu sou um dos responsáveis emestá sempre dando manutenção a isso colaborei na criação, no BI na minha entrada no BI eu justamente ajudei a automatizar essa diária, hoje nós temos ‘n’ páginas de informação gerencial com relação ao que ocorre no nosso dia a dia e também com relação a nossa meta e podendo proporcionar assim rapidez na visualização dessa informação, nós remodelamos toda ela, hoje ela é feita de forma automatizada e enviada automaticamente via e-mail para alguns gestores e alta direção.
P/1: Itamar só pra entender você está no grupo Credicard desde 1989...
R: Isso.
P/1: Em 1996 com a Redecard queria entender esse percurso 1996 a 2006 as suas áreas?
R: Então a primeira área que eu entrei hoje já não é nem tanto, mas na época existia uma vice presidência chamada área bancos foi a primeira área que eu entrei, foi na área bancos, era uma área totalmente direcionada a ter o relacionamento com os bancos, porque os bancos é que vendiam, quem eram os vendedores dos cartões? São os bancos, né, eram não, são, quem vendia os cartões eram os bancos, então eu trabalhava nessa vice presidência numa área que cuidava de premiação e incentivo de campanha pros vendedores dos bancos foi isso que eu cuidei, foi o primeiro sisteminha que eu ajudei a confeccionar foi esse sistema de premiação, então nós tínhamos lá um sistema que premiava os vendedores de cartões dos bancos, tipo o funcionário da ACEF vendia uma quantidade de cartões e nós tínhamos um sistema que fazia uma premiação pra ele em cima dessa venda, montamos o sistema, esse sistema ele tinha era totalmente parametrizado de acordo com a pontuação que era sendo feita, ou seja, de acordo com quantidade de vendas de cartões, pagávamos um prêmio a esse funcionário e saia desde rádio relógio até automóveis, né, nossa e foi muito legal podemos pagar de prêmio aí de automóveis foi fantástico assim, foi muito bom, dessa área bancos, aí começou a ocorrer junções de áreas, essa área bancos depois virou comercial e bancos, ou seja, foi feito uma junção com a área comercial da empresa e com essa área de relacionamento com bancos que eu trabalhava, aí sim eu tive o convite quando teve essa junção de área comercial de bancos tínhamos uma área de marketing lá dentro que era um marketing específico, era um marketing de relacionamento com os nossos estabelecimentos, e aí é que comecei a me embrenhar mesmo na área de marketing, dessa área que eu tinha que era um relacionamento com o banco e eu também costumava fazer até algumas coisas assim alguns comunicados já com banco a respeito da campanha o pessoal começou a ver: “Poxa, mas ele se comunica com o banco, ele faz algumas, Poxa mas é que marketing também a gente faz isso com os estabelecimentos, a gente faz algum tipo de comunicação, a gente tem esse relacionamento de marketing” e me convidaram pra cuidar, além dessa parte de premiação que continuou tendo, também com uma parte da, de marketing mas relacionado a estabelecimento, aí comecei a fazer as duas coisas. Um certo tempo eu abandonei essa parte de relacionamento com bancos e fiquei único e exclusivamente trabalhando na área de marketing com relacionamento a estabelecimentos, aí sim era um marketing relacionado a estabelecimentos, nesse período é que houve essa transição, na realidade eu tive duas áreas, assim essa, eu estive em duas áreas enquanto Credicard, em 1996 quando surgiu a Redecard eu já estava nessa área de marketing comercial e bancos, com marketing lá dentro mas nessa comercial lá dentro e bancos atendia ___________________, e aí então eu migrei agora mais como, aí ficou só comercial, deixou essa história de comercial e bancos, ficou sendo só essa parte e fomos todos pra Redecard, né, e aí eu continuei em marketing, aí daí eu em marketing eu fui convidado para trabalhar, na área de marketing, mas com produtos aí já entrou o Vitor Esteves eu tive o convite do Vítor Esteves para trabalhar com ele na área de produtos, aí sim que eu me envolvi com os nossos produtos, crédito, débito, RAV, parcelado sem juros,, ‘n’ produtos, e aí fizemos um trabalho eu e o Vitor durante um tempo isso foi até 1997 mais ou menos, de 1996 surgiu a Redecard até 1997 finalzinho de 1997, em 1998 eu tive um convite, da área de finanças para trabalhar em finanças, porque um dos produtos que o marketing cuidava que era o RAV estava indo pra ser cuidado lá em finanças, até por conta de uma série de operações que são feitas com o RAV que internamente envolve captação financeira e tudo mais, então por bem foi definido que esse produto era legal ficar sob custódia de finanças e aí eu fui convidado pra trabalhar acompanhando o produto, fiquei em finanças de 1998 a 2002, até Maio de 2002 trabalhei muito com RAV e única e exclusivamente com o RAV e foi onde eu tive essa oportunidade que eu falei de estar remodelando o RAV, participei dessa mudança do RAV, um pouco da mudança do GE, do gerenciador de estabelecimento e tudo mais, junto com o pessoal lá de, um grupo de pessoas não só eu, mas alguns de finanças também e pessoal de sistemas. Em Maio de 2002 eu que tinha abandonado o Vitor pra ir trabalhar na área de finanças de novo o Vitor me fez o convite para voltar a trabalhar com ele (risos), o Vitor já tinha montado uma área totalmente diferente nada haver com aquela área que eu tinha saído quando eu fui pra finanças era área de ______________ que, _______________ nada mais é do que iniciozinho, o embrião da área de BI de business inteligence que hoje a gente passou o nome para inteligência de negócios, mas aí o Vitor me convidando eu achei muito legal, eu ouvi a proposta dele, então ele tinha uma proposta de trabalho fantástica e aí sim talvez eu estivesse mudando para aquilo que eu tinha me proposto lá atrás quando eu me formei, porque é uma área onde você utiliza muito número, eu não deixaria de fazer o que eu gosto mais que é cuidar de MAS, que é formação gerencial que eu gosto muito, gosto muito de construir a informação, então ele falou você não vai deixar de construir informação, muito pelo contrário você vai continuar construindo só que aqui você vai ter o seguinte, aqui é uma área, aqui é o armazém de dados, aí eu fiquei maravilhado, nossa!, uma área que tem um armazém de dados? Ele falou: “Pois é e aqui nós temos algumas ferramentas que além das que você já conhece você vai poder aprender com essas ferramentas”, ele me deixou totalmente a vontade pra isso, eu fui cuidando lógico de outras tarefas, mas ao mesmo tempo em paralelo fui aprendendo como mexer nessa ferramenta para extrair todo essa gama de dados e tudo mais para poder oferecer o melhor que a gente pode oferecer de informação, aí ele me deixou até responsável por alguns relatórios para alta direção, né, a diária foi um deles que a gente conseguiu dar uma remodelada legal nela, deixamos ela uma coisa dinâmica e automática então ficou mais supervisão, antes eu fazia aquilo na mãozona treze, quatorze páginas assim e pega planilhas de Excel e concatena com outros dados e para depois surgir um relatório era terrível, mas chegava mais cedo tinha que fazer ________________, e aí to com o Vitor de lá pra cá até hoje, mesmo dentro da área o Vitor não, o Vitor agora ele na realidade foi feito um convite ao Vitor ele saiu esse ano ele está cuidando da área de POS lá na vice presidência de marketing de produto e, mas assim até então eu tô lá na área do BI e também mesmo lá dentro já passei por algumas transformações, já houve um convite também na época o próprio Vitor falou: “Olha aqui dentro do BI eu to criando, a minha intenção é fazer com que nós tenhamos uma inteligência do negócio para que essa inteligência de negócios fique funcionando de forma plena eu vou precisar de um estatístico, eu vou precisar de uma área que entenda o mercado, eu vou precisar de uma área que cuide de campanhas, vou precisar...entendeu? Ele criou realmente, ele idealizou o que era necessário para que uma área de inteligência de negócio pudesse ser tocado da melhor forma possível, ele falou eu estou criando uma área de análise e desenvolvimento de mercado, “você não vai me deixar de novo”, ele falou: “Você não vai deixar as suas atribuições, você vai continuar sendo o responsável” que eu até agradeço eles muito por isso e por isso eu tento fazer o melhor, continuar a fazer o que você fazia é o que nós achamos de muita responsabilidade são relatórios que vão pros nossos, para alta direção, então você vai continuar fazendo esses relatórios, porém você vai tá ajudando a gente num outro aspecto, você vai começar a analisar o mercado junto com os nossos, com esse armazém de dados que nós temos aqui, então é tentar entender o mercado como é que ele tá como é que está a evolução das coisas, como é que está o comportamento de certos segmentos, como é que está por exemplo o ramo de farmácia, como é que está o ramo da construção civil, como é que está o ramo é supermercadista, como é que está o ramo tudo isso você vai tentar entender isso, não faço sozinho, faço sob a gerência da _______________ mas tem um par meu lá que faz isso brilhantemente, você vai tentar entender como é que está a evolução dos nossos parceiros, por exemplo, dos bancos, dos emissores e vai tentar entender lá fora, entender aqui dentro e vai fazer o quê? um mix de informação que é uma coisa muito dinâmica e muito bacana.
P/2: Itamar deixa eu te perguntar uma coisa esse relatórios eles são relatórios específicos só para alta direção, pro resto da companhia tem um relatório também?
R: Olha, não não, na realidade é assim existe uma área dentro, por isso que to falando, foi o que lhe falei como é que a área é estruturada? Tem a nossa área aqui que cuida assim, é uma área de análise de desenvolvimento de mercado, que ficou uma parte eu cuido de uma parte que é pra alta direção, mas existe uma área específica lá no BI que é uma área que atende a companhia toda, inclusive é uma área extremamente dinâmica, os nossos olhos são assim super voraz no que diz respeito à necessidade de informação e lá atendemos também a empresa como um todo. Foi feito agora há pouco tempo uma estatística por um colega nosso lá Silvio Vilela e ele até apresentou pra mim, essa semana, e a gente, nós confeccionamos a informação assim num nível absurdo de relatórios, né, é uma máquina que está constantemente digamos soltando informação eu exatamente os números eu não sei, mas passa aí de 100 mil relatórios ou coisa do tipo a cada mês, é algo grandioso assim, é muito grande, mas eu também tem alguns relatórios que além de ser relatório da alta direção são relatórios também que passam como um todo, passamos pra empresa por exemplo tem um relatório que nós confeccionamos junto com as nossas informações que é a pesquisa mensal do comércio que sai pelo IBGE pegamos essa pesquisa mensalmente que sai no IBGE e também fazemos um comparativo de como é que está o mercado lá de acordo com a pesquisa do comércio varejista junto aos nossos clientes aqui da Redecard, esse é um relatório que por exemplo é de interesse de todos da companhia estarem sabendo nós passamos isso daí sem nenhum problema não existem também essa, é que é polivalente atendo um pouco lá um pouco aqui, mas...
P/2: Qual a estratégia que está por trás disso?
R: você diz da...?
P/2: dessa inteligência do negócio, qual a estratégia que está por trás disso?
R: Olha cada vez mais que, a estratégia é que isso cada vez mais atinja um nível de excelência, de trabalho, de informação e que isso ajude a empresa no nosso planejamento estratégico é essa a principal, o principal foco, a empresa hoje ela tá cada vez mais, mas esse ano, ela está cada vez se desenvolvendo, entendendo mais como é que é o planejamento, como é que isso vai te ajudar lá na frente, como é que isso vai estruturar para você caminhar melhor, pra que você consiga atingir suas metas é fazendo planejamento a Credicard está com essa nova, digamos, essa nova tarefa e está com muita vontade de fazer isso, eu também estive envolvido um pouco na história do planejamento mais na parte de suporte com a informação, atendendo o pessoal na informação, a minha gerência aqui tá mais na linha de frente junto com o grupo do planejamento, mas resumindo é isso, a estratégia é ajudar na estratégia da empresa, a estratégia que isso você tenha cada vez mais rapidez, hoje acontece um evento com poços de combustíveis e isso vai afetar ou não? Fizemos um planejamento no que isso afeta vamos parar de usar cartão, tão boicotando, então nós temos que estar preparados para estar com informação desse segmento com mais as nossas, juntar isso e vê o que isso pode impactar no nosso negócio, então é isso cada vez tendo um serviço, um trabalho mais lapidado, muito mais qualidade e rápido para que a gente atenda a nossa empresa no nosso planejamento estratégico.
P/2: Quais foram os principais desafios que você enfrentou na Redecard, Itamar?
R: Principais desafios, olha vou te falar uma coisa a Redecard é uma empresa dinâmica até quando o pessoal fala assim: “Quanto tempo você está no grupo?”, então não vou falar nem de Redecard, vou falar de grupo, falo eu to a dezessete anos :”Nossa parece muito né, a quanto tempo você está na empresa?”, falando em Redecard todo dia a gente tem um desafio (risos) e todo dia é um dia de aprendizado eu acho que uma pessoa falar que saiu da Redecard sei lá seja por um convite ter saído, falar que aprendeu tudo a respeito não é verdade, isso aqui é uma novidade a cada dia,a gente, por que? Porque ela tá sempre querendo inovar isso é uma das primeiras coisas que tá assim na cabeça do redecardiano é isso, na inovação e é impressionante como isso é uma escola _______ eterno, cada ano eu acho que eu estou mais assim, nossa, eu estou maduro com relação a isso, aí eu mudo um pouquinho de área pelo amor de Deus é tudo de novo, é mais um desafio, um maior desafio acho que foi no início, foi tá numa empresa onde apesar, eu ainda mais que tive um esclarecimento maior do que seria, mas sempre fica aquela dúvida o que vai ser a Redecard? Será que ela vai dar certo? Quanto tempo vai durar? Será que vai durar dez anos, quinze, vinte? Hoje eu vejo que vai durar muito, né, eu vejo um tempo longo ainda para explorar, né, tomara que eu tenha ainda como é que se fala, tenha cada vez eu me desenvolva, como eu venho me desenvolvendo eu tento sempre tá andando em paralelo com a Redecard, por isso pela inovação eu tento sempre andar em paralelo com a inovação, sempre me adequando para superar todos esses desafios, tá sempre junto e, graças a Deus, estou a esse tempo, mas eu acho que o primeiro grande desafio foi esse, foi entrar numa empresa iniciando, nova sem saber muito o que tem lá no fim do túnel, se bem que no dia da mudança efetiva pra somos Redecard eu tive um convite da Credicard pra voltar, até pelo trabalho que eu tinha feito dessa passagem de Credicard pra Redecard, pessoal de marketing da Credicard me abordou falou assim: “Você quer voltar?” eu falei eu não sei, “mesmo assim nós temos uma ótima proposta pra você” e realmente era uma proposta financeira boa e degrau também eu ia tá ocupando o degrau maior e ia tá, poxa, era tudo que eu queria, mas eu também fiquei meio com medo do que seria a Credicard sem a Redecard, ó que engraçado, aí eu fui atrás de uma pessoa que eu achei que pudesse me ajudar, essa pessoa, cabelo grisalho, estava lá na época já era vice presidente aí eu: “Dá licença” “Pois não?” “Olha estou vindo te perguntar uma coisa, um conselho, eu sempre achei que você tivesse uma visão bem lá na frente do que as coisas podem acontecer e eu vejo que você tem uma grande experiência, uma grande experiência até no grupo, o que você acha de continuar na Redecard?” “Olha...”ele falou e explicou a Redecard é uma empresa assim tal, vai funcionar dessa forma, a gente tem um trabalho pra fazer grandioso daqui pra frente vamos ter uma batalha árdua, não vou falar que vai ser fácil a gente vai trabalhar duro, mas vai ser muito bacana, agora lá na Credicard você também tem essa proposta, mas eu te garanto que se você ficar não vai demorar muito pra você conseguir o que estão te oferecendo lá e com mais dinamismo e com um tempo muito legal de duração e realmente aconteceu, depois de um ano e meio aí eu tive a mesma promoção, subi o mesmo degrau que fosse subir lá e eu diria que numa empresa que ainda continua sendo Redecard e a Credicard é lógico tomou o rumo dela, não vou dizer que foi um rumo assim assim, assado, certo e errado, não existe isso, business é business e foi, hoje ela tá da melhor maneira possível tenho que agradecer a Credicard e agradecer a pessoa que me aconselhou porque eu tive assim sempre de lá pra cá algumas promoções, pude sempre contribuir e acredito que seja ainda uma pessoa que ainda vá poder contribuir muito, né?
P/1: Quem é a pessoa?
R: É o Anastácio Ramos que hoje é o nosso presidente que eu fiquei muito feliz, não só eu, mas eu também eu falei, poxa vida, olha o Anastácio não sei se ele vai lembrar disso, mas acha que lembra eu, bem mais magrinho eu cabelo preto, ele com menos branco e bem mais novo, bem mais jovem entrando lá e eu tava meio perdido realmente e é o que você falou, como é que vai ser o desafio, então eu acho que agora é lógico temos o desafio sempre, porque eu acho bacana, porque se não fosse tão desafiador eu que acho até eu estaria meio que assim, poxa, já não vejo tanto desafio aqui, falo eu não vejo assim a Redecard como algo que se estanca assim, podia até dar uma paradinha em um momento, bom que a gente respira e depois, daqui a pouco retoma tudo de novo.
P/2: E o Anastácio nessa época ele estava em que área?
R: O Anastácio ele estava na área comercial, o Anastácio foi um cara muito comercial, sempre comercial, tínhamos o outro vice presidente na realidade era o António Costa que também continua sendo muito amigo do Anastácio e continua sendo também...
P/2: E por que você procurou o Anastácio?
R: Então o Anastácio sempre me transmitiu assim uma tranquilidade, experiência, e eu nunca vi o Anastácio dá assim um, fazer, titubear numa decisão isso que eu acho bacana, a decisão pode não ser a mais correta do mundo, melhor a se for a mais assertiva possível, mas eu sempre vi ele assim, poxa o Anastácio sempre deu os passos dele legais, sempre foram assertivos e eu não sei, acredito que ele também, como todos nós erramos, mas sempre foi um cara dinâmico, sempre teve uma visão lá na frente do negócio ele sempre, como eu falei, ele se dinamismo todo que a Redecard exige, ele até hoje me surpreende, as vezes no elevador ele tá descendo, ele, nós também estamos, ele :”Olha fiquei sabendo que o mundo de cheques tá assim, tiveram, nós tivemos uma queda, aí não sei o que?”, aí eu falei caramba ele já tá sabendo não saiu ontem no Banco Central? E ele já tá leu?, então é muito bacana, ele não perde esse pique, né, e eu falei, pô, é um exemplo pra mim, assim não é demagogia não, tá sempre no pique eu sempre procuro tá no pique também é uma coisa que ele falou outro dia que gosta e eu também adoro que é o trabalho, você ficar sem trabalhar não é legal, você estando trabalhando e fazendo aquilo que gosta é um prazer então você faz, tá fazendo aquilo que você faz e ainda curtindo, né, a Redecard te proporciona também isso, se talvez você não esteja mais curtindo aquilo existe a possibilidade de você tá’ se deslocando para uma outra área e eu mesmo sou prova disso, passei pro, por várias áreas e tive a felicidade de ser convidado também para trabalhar, isso é fantástico, quando a gente convida alguém: “Vem trabalhar aqui, eu gostaria de trabalhar com você tal”, mas eu agradeço ao Anastácio queria até deixar o meu agradecimento a ele, porque no final olha aí já vê que estão fazendo dez anos e aquele conselho que ele deu lá atrás que eu não ia, não que eu tenha duvidado, mas até assim nos primeiros anos eu falei: “Caramba, Anastácio, olha...” e ficava com aquele pensamento, eu não vou dizer que não fica pensando na Credicard, aquele cargo, aquele salário e a gente também pensa nisso, né, também todos nós temos a sua vaidade, né, a sua missão, mas foi muito bacana, eu achei que valeu a pena e aí é legal, quando você faz um trabalho e pensa: “Calma, calma, você vai ser reconhecido no tempo certo, você talvez tenha um pouquinho de pressa agora, mas aí você vai comer, né, quem tem pressa come cru e quente, então aí eu acho que foi bom.”
P/1: Itamar a gente falou sobre projetos que você desenvolveu, desafios e pessoas você presenciou ou participou de alguma situação de que foram tomadas decisões que envolviam pessoas aqui na Redecard?
R: decisões que envolviam pessoas, você diz assim essa pessoa seria a melhor ela está indo pra tal área ou seria a melhor estar aqui conosco? Alguma coisa do tipo?
P/2: Aham.
R: Eu já fui consultado (risos), mas diretamente eu nunca diretamente eu confesso que eu nunca fui, nunca fui responsável por uma mudança ou não...
P/2: Mas você vivenciou isso, você nos contou que você foi convidado a mudar, sair, assim até pra ir pra outras áreas, quais são os valores que você acha que permearam ou as razões que permearam essas tomadas de decisões envolvendo pessoas?
R: geralmente eu acredito que envolve essa situação com as pessoas de mudança ou você desloca ela de um lado para outro ou você às vezes até tirá-la do time porque não tem jeito, existe aí uma, um fator eu procuro seguir o seguinte pra mim uma das coisas que eu acho que me ajudou e as pessoas, não sei se é conselho, não sei se estou nesse ponto já para conselho, mas ser maleável sempre, eu sempre fui uma pessoa maleável, eu sempre tive uma boa vontade e aceitar sempre de peito aberto um novo desafio em ta me adequando aquela nova situação em alguns momentos a gente passa, a gente passa por mudanças, não só eu como as outras pessoas passam por mudanças aqui, as vezes não são muito lá o que a gente pretende, mas também a gente tem que ter um pouco de paciência foi aquela conversa que eu tive com o Anastácio atrás a gente não sabe o que vai ser na frente de repente pode surgir uma coisa ali que você vai se dar até melhor do que você acha que tá, mas a gente fica _____ de conforto também, né, isso faz com que a gente não pense muito e o mudar acho que é legal e...
P/2: Você está falando isso, desculpa, mas você está falando isso por você e a organização como é que você vê, quais são os valores e as razões que levam, que levaram, por exemplo, no teu caso, ou de alguém que você presenciou pra essa tomada de decisão dessas pessoas?
R: deixa eu ver, o principal fator, eu acho que é pra mim sempre foi dinamismo, sempre, sempre, ser dinâmico e inovador é uma coisa que sempre foi desde o início como eu falei lá no slogan lá que fizeram é que nós nascemos com a qualidade e com a experiência para tal, já com a expertise e que que vão ser sempre inovadores, a gente sempre passa isso, então tem que ter sempre aquela tecnologia de ponta e você? Você tá preparado pra acompanhar esse dinamismo? Eu acho que a gente tem que ter um dinamismo e ser inovador, buscar sempre isso, ser dinâmico, inovador e tá sempre motivado, né, mas eu acho que motivação ela vem do nosso dia a dia, vem do resultado do seu trabalho, a Credicard também procura sempre tá dentro do fator motivador, nunca desmotivador.
P/1: Além do Anastácio, que nesse momento de dúvida na sua vida foi importante, alguma outra pessoa no desenvolvimento da sua carreira?
R: Lógico, bom eu falei minha esposa, na época namorada, namorada? Não já tava casado (risos), já estava casado, lógico também que eu questionei, ela falou “Olha eu não posso te aconselhar como companheira”, como sua conselheira que eu espero ser sempre muito nota dez, mas ela falou isso antes de eu falar com o Anastácio, “Seria bom na tua cabeça você visualizar algumas ou uma pessoa que você possa conversar pra tirar essa dúvida” né, o que essa pessoa acha e vê essa pessoa que decidiu ir com tanta vontade e com tanta assim tranquila, com tanta tranquilidade dá esse passo assim porque que ela tá indo sem medo o que que ela acha disso e foi o que, tá vendo, foi o primeiro conselho legal, aí eu pensei em falar com o Anastácio depois lógico que eu falei com o meu vice presidente para saber se ele não ia ficar enciumado de eu estar falando com o pai dele, mas ele disse não que isso nunca aconteceu, mas é lógico que ele também falou a mesma coisa que a Rede tal, tal, tal, mas a palavra do Anastácio foi, fiquei um tempinho com ele falando, foi uma meia horinha, quarenta e cinco minutos assim de papo legal, ele me deu uma atenção especial e foi isso que aconteceu, praticamente minha esposa e o grande chefe hoje que tá, que me aconselhou.
P/1: É o Vitor né?
R: Eu digo o Anastácio.
P/1: Sim.
R: O Vitor também, eu, olha é uma pessoa que eu não posso esquecer de forma alguma eu gostaria também de registrar isso, o Vitor foi uma pessoa que sempre, sempre, sempre, sempre assim confiou na minha pessoa, ele sempre que pôde me ajudou nos momentos difíceis assim a gente passa lógico, momentos de, conturbados também isso faz parte, ele sempre me resgatou também em alguns momentos talvez que eu te falei assim que eu talvez achasse que, ah será que ainda eu to nesse dinamismo todo? Ele “Não meu amigo tem sim, tem isso, isso, isso ainda pra fazer, a gente tem um planejamento de tal assunto” e ele sempre, sempre me ajudou em tudo, foi um conselheiro, é um conselheiro até hoje graças a Deus porque está conosco e eu acredito que vá continuar e eu acho quem sabe ainda volto a trabalhar com o Vitor né, não sei, (risos), o mundo, duas vezes eu fui, voltei, eu fui, voltei com ele hoje ele saiu da área foi um pouco de chora chora, né, tal porque ele foi o criador do BI, foi o criador da área de inteligência de negócios, ele começou do nada com essa área começou com duas, três pessoas algumas ainda estão até conosco lá, conosco hoje e, poxa, foi muito legal quando ele chegou, foi me chamou no momento que eu mais precisava, muito legal eu não acreditei falei o Vitor é assim uma pessoa fantástica e é bacana que a empresa tenha também um cara com a cabeça do Vitor, ele montou essa área, foi uma área hoje que tem aí doze, treze funcionários, tem três, quatro gerências a todo vapor e acredito que a gente tá aprendendo já muito no planejamento estratégico da companhia.
P/2: Quais os valores que você percebe em função da sua, do que você nos contou aí, que existe e que permeia as relações da Redecard?
R: Desculpa?
P/2: Quais são os valores que você percebe nas relações da Redecard, porque você nos colocou essa mudança, essa iniciativa do Vitor de começar uma coisa lá de baixo, quais são as relações que permeiam, quais são os valores?
R: Ah, eu a Redecard ela tem uma coisa que eu acho que é difícil ter em outra empresa primeiro que é essa aproximação, muitos falam até que você no ambiente de trabalho, você não consegue ter amizade eu não concordo com isso não, aqui eu tenho amigos mesmo, tenho vários até que o envolvimento vai além do trabalho, então uma das coisas que faz com que você, umas das características da Redecard eu acho que é isso a informalidade, mas essa informalidade dentro dos, dos limites do permitido onde você pode chegar, por exemplo, com o Anastácio e questionar algo diretamente a ele, onde o presidente também pode chegar um dia ter uma dúvida pegar e falar poxa, porque eu não tirar uma dúvida diretamente com o funcionário? É esse tipo de relacionamento, isso que eu acho importante, relacionamento aqui nós temos um relacionamento que até hoje eu ainda pergunto pra amigos meus como é que é o relacionamento na empresa dele eu vejo que aonde nós estamos com isso já há a dez anos que é o nosso tempo de existência, já tem isso a frente, eles estão começando agora então é, o voice __________ é uma coisa que nós temos, algumas empresas estão tendo essa agora, tão começando por incrível que pareça ‘tamo’ no terceiro milênio, mas tem empresa que só agora tão dando o direito a você dizer o que você acha da empresa, nós temos essa liberdade de poder falar o que achamos e o que não achamos existe, mas eu acho isso, é o relacionamento que faz com que a gente consiga...
P/2: E qual é o papel do RH nessa...?
R: Eu acho fantástico, nossa o RH também eu vou te falar que sempre foi assim um, nas horas que eu precisei e que foram necessárias lógico eu escutei algumas o que eu deveria escutar, mas também já me passaram a mão na cabeça e me ajudaram em muita coisa. Eu penso na área de recursos humanos como uma área que tem que pensar no funcionário e a Redecard nesse ponto recursos humanos eu não sei se eu cheguei a comentar com o Eirele, teve um review de todos, de tudo aquilo que RH está envolvido com o funcionário há um tempo atrás quando nós abríamos a nossa, o nosso micro no início do dia pra começar o trabalho, tinha um flash, um programa em flash mostrando, eu fiquei assim abismado de ver o mundo de coisas que RH nos proporciona e que faz com que nós podemos ter esse tipo de relacionamento, eu acho que é o RH que permite que nós tenhamos esse tipo de relacionamento com outra empresa que não, vamos ter dentro do limite pra ter essa boa convivência, então isso é uma coisa que RH sempre transmite, sempre já nasceu com isso aqui e eu acho bárbaro, né, fora isso recursos humanos sempre foi ouvidos pra todo mundo, nunca chegou funcionário olha bati lá nos recursos humanos para falar e não deixaram escutar, isso acho que é uma coisa bacana o suporte que dá pro funcionário para que ele consiga, tá com alguma dúvida? Tá com alguma incerteza? Tá com alguma, tá te incomodando algo? O Eirele mesmo quantas vezes eu conheço caso de pessoas que olha falei com o Eirele caramba foi falar com o Eirele? Poxa ele tem o dia a dia dele é terrível, ele tem milhões de coisas pra cuidar e mesmo assim como o Anastácio tá lá sempre pronto, preparado teve festa junina agora uma coisa que eu acho bacana, o Anastácio e o Eirele os dois passaram por mim e foram lá conversaram com a minha filha perguntaram “E o papai tá fazendo? Papai só come não faz exercício,né?” pra minha filha “Fala pro papai que ele precisa fazer exercício”, então tem essa preocupação com relação ao nosso bem estar não só aqui como fora a Redecard proporciona pra gente, temos aí aula de ginástica laboral que é uma coisa muito legal, sempre tá surgindo programas, olha vamos ter aí através até dessa empresa que traz ginástica pra gente aqui olha vamos ter no fim de semana passeios, vamos ter como é que se fala? Corridas, caminhadas, é poxa, isso é fantástico os cuidados com a saúde sempre melhorando o que é possível dentro do plano de saúde pra gente tá sempre olha vai lá, vai fazer o seu teste anual, vai ver como é que você tá, direto recebemos aí, conselhos digamos de recursos humanos em como melhorar a sua postura que eu digo fisicamente pra você tá melhor, acorda um pouco mais cedo, faça seu café da man mas ricamente, são conselhos que a mãe e o pai dão pra gente, minha esposa, né, então isso aí eu acho muito bacana isso é uma das coisas que faz com que eu não imagine sair da Redecard, não que eu tenha aqui o meu local e ele eu esteja, esteja fincado e não vá sair há qualquer momento a empresa pode falar não de repente hoje a gente tá com algumas mudanças e eu também posso me vislumbrar por algo, mas é difícil, é difícil continua sendo ainda eu acho que o supra sumo em relação as outras empresas, já ganhamos outra coisa também que aí acho é mérito de RH junto com os funcionários, ganhamos vários prêmios como a melhor empresa para se trabalhar isso a gente não pode deixar de falar, espero que, não que tenhamos deixado de ser, mas não estivemos assim no topo entre os dez, quinze, ficamos aí em alguns anos seguidamente, mas eu acho que vamos voltar com certeza, acho que o pessoal tá voltando de novo com aquela....
P/2: O que você acha que significou pra Redecard estar entre estas 100 melhores empresas para se trabalhar?
R: Ah eu acho que é o troféu é o reconhecimento de uma, de uma jornada toda de uma, de um processo, de um ano trabalhado, de um período trabalhado é alguém chegar e falar assim olha parabéns, porque que a empresa é a melhor empresa para se trabalhar? Por causa do conjunto, pelo serviço que nós prestamos pela excelência de serviço que nós temos, pelo comportamento dos funcionários que envolve isso que nós já falamos, e por quê que os funcionários são assim são felizes? Porque tem alguma coisa por trás disso, ninguém entra aqui alegre porque tem um recurso humanos eu acho que a parte, dos gestores tem que ser sempre trabalhada isso é uma preocupação da Redecard também, então ela tem trabalhado fortemente nessa, não digo na formação, até na formação de gestor, mas também na melhoria cada vez mais dos gestores da Redecard, porque são eles também digamos que são sargentos que motivam ou desmotivam o seu soldados é isso, mas é pra Redecard eu acho que isso foi fantástico, depois de alguns anos com um tempinho de vida a empresa, a gente vê empresas centenárias aí, lógico que hoje em dia no mundo corporativo as empresas centenárias não, uma compra a outra, uma adquire a outra mas por causa dessa globalização, mas nós com pouco anos de vida, ganhando seguidamente ainda como o prêmio da melhor empresa pra se trabalhar isso não tem preço (risos) isso não tem preço.(risos)
P/1: Itamar e como é que você avalia o impacto da sua passagem pela Redecard na sua vida pessoal e profissional?
R: ontem inclusive eu fui a uma festa de aniversário e aí na reunião com meus tios com a minha família lá foi um aniversário de um parente do meu primo aí eles perguntaram assim e a Redecard como é que tá? Aí a minha filhinha respondeu “Está muito bem, o papai trabalha lá” e ela assim acabou curtindo uma coisa que talvez as empresas não pensem, mas assim e o vice versa e o de casa passa um pouco pro trabalho, não adianta falar que não passa, mas passa e do trabalho também pode passar pra casa, então pra ela ter falado isso acredito que esteja legal, porque até ela vem aqui na Redecard uma vez por ano para poder ver como nós trabalhamos, o que o papai e os amiguinhos do papai fazem que é o programa também que foi implantado por recursos humanos e ________ hoje eu vou trabalhar com você, então assim e eu pergunto pra ela, ela também, o que você acha do trabalho do pai? É muito bacana, é organizado, é assim ela como uma pessoa inocente vamos pegar essa pessoa também a primeira impressão é o que ela fala, nossa é tudo muito organizado, é bacana o pessoal é alegre, por isso que eu to falando é uma característica, né, é ser alegre, motivado porque senão não vai pra frente e lá é muito bacana e vocês tem sempre festa lá (risos), uma festa, mas ela sempre vê eu falar que fim de ano temos a nossa festa de confraternização que em Junho nós temos a nossa festa junina e sempre que possível a Redecard envolve a família também tem isso. A minha passagem na Redecard tá graças a Deus sendo fantástica eu não posso reclamar de nada, o que a gente tem que fazer é isso, é como eu falei é ser dinâmico é tá sempre acompanhando esse dinamismo pra andar junto pra nem você adianta ficar muito à frente, nem ficar muito atrás, nem, se você tiver a frente ótimo, você tem a oferecer a empresa, mas nunca tá pra trás dela, né, tá sempre andando junto, eu acho fantástico eu agradeço a Redecard de paixão assim, eu sou um eterno apaixonado já declarei isso pra algumas pessoas e talvez os recursos humanos eles saibam isso, eu já falei (risos).
[Pausa]
P/2: Itamar eu queria que você em cima disso que você colocou como foi a influência da Redecard na sua vida pessoal e tal e você quer continuar aqui, se você imagina a Redecard daqui a dez anos?
R: Eu imagino não sei se exatamente como está, mas eu, não sei se até estarei aqui mas eu gostaria muito que ela continuasse e eu vejo ela duma forma um pouco diferente mais dinâmica ainda do que está com uma tecnologia assim fantástica evoluindo de acordo com esses dez anos e espero que vão exigir da gente, né, eu falo da gente porque eu também acho que vou estar lá, aliás dia dez de Agosto, ou seja, daqui há alguns dias eu completo os dezessete anos de empresa e consequentemente to, eu vou completar os anos de Credicard e Redecard também, mas eu acho que, eu vejo assim um futuro brilhante pra Redecard talvez tenhamos mais concorrentes lá na frente isso não é muito difícil que aconteça isso também é uma, é algo que o mercado talvez venha exigir, mas eu to achando que ela vai sempre continuar sendo a pioneira...
P/2: E por quê?
R: Por ter sido sempre a inovadora a que nasceu com a inteligência a que sempre persiste no melhor resultado, na melhor forma de como fazer as coisas e ela vai ser sempre acredito, um ponto de referência por todas essas qualidades, por ter sempre essa vontade de inovação, de perfeição, de tá sempre agregando seus funcionários, deixar que nós sempre juntos, sempre cada vez mais com essa transparência do que é a Redecard de quais são os objetivos isso é sempre um ponto de referência acredito pra as que vão estar surgindo e eu acredito que cada um que sai daqui da Redecard, eu já percebi que plantam um pouquinho dessa coisa boa que nós temos aqui.
P/2: Como é que você viu o mercado de cartão de crédito hoje e como é que você vê daqui a dez anos?
R: Isso eu vejo muito diferente a forma como você efetuou as compras acho que vão ser totalmente diferentes, eu acho que o plástico em si é uma coisa que vai ficar fisicamente plástico é uma coisa que vai ficar para segundo plano, você vai conseguir fazer compras de forma totalmente diferente da que ocorre hoje, com a tecnologia sempre ajudando que isso se transforme, de um celular você vai poder fazer talvez o celular já seja algo inócuo para isso, mas você vai ter vamos dar um exemplo de hoje, que hoje temos celular que já é algo que teve bastante transformação, é um produto da tecnologia você vai poder efetuar compra através de um celular, você vai poder, através de uma Internet fazer mil coisas se que você tenha que se deslocar, ir numa loja, você já tem lá você vai filiar o estabelecimento tudo remotamente, você deseja? Vai o desejo, o equipamento, já vai pronto pra aceitar isso ou não equipamento, isso aí talvez também o estabelecimento tenha uma outra forma de receber essa transação como já temos isso hoje que não é necessariamente a máquina em o POS o point off_____ né, a maquininha, você já tem uma outra forma de você, faça isso de forma totalmente eletrônica, sistêmica, mas essa, esse processo não vai terminar a essência não termina que é o consumidor, é o vendedor e é a forma de pagamento no meio, isso ele não vai deixar de existir, o cartão é o que eu falo que a única coisa que vai, que eu acredito que não vai sumir é você estar andando ou talvez para uma necessidade sabe-se lá talvez o estabelecimento lá no futuro que tenha uma maquininha seja aquele que infelizmente não deu de alguma forma pra gente chegar nele e colocar uma outra forma de captura que eu acho que não vai ser a Credicard, a Redecard que vai ser a causadora disso, é uma das nossas metas ir pensando lá na frente um dos nossos pilares é isso, é que não importa onde seja, lá, você acha que no fim do mundo existe um estabelecimento, nós vamos lá ele, o cliente acha que pode ter alguém que utilize o cartão, então nós vamos levar a maquininha, nós vamos colocar o selinho, nós vamos filiar o estabelecimento ele vai tá apto para utilizar o cartão.
P/2: Essa transformação ela não vai tá no_________ você acredita que vai tá no emissor do cartão?
R: Existe também esse é um outro lado existe o que eu acabei de falar, cresce mais na parte de tecnologia digamos assim, lá existe uma transformação pra esse vai e vem,né, nessa via de mão dupla, mas com relação aos emissores eu acredito que muitos deles estarão tomando esse nosso share não só nosso como do concorrente com relação a esse trabalho, muitos deles vão estar se transformando em __________ adquirentes eles mesmo, como são os emissores eles provavelmente vão fazer a filiação de acordo com a carteira que eles tem de cliente, eles mesmo, eles vão lá filiar colocar a carinha deles lá, a carinha da Redecard foi o que eu falei, eu talvez não tenha explicitado tanto no começo quando você me perguntou, me questionou, mas é o que eu te falei, talvez seja uma maturidade que o mercado vai exigir é bem provável, é bem provável também que a Redecard não fique só ela e mais um ou dois Aquarius como é hoje no Brasil é bem provável que isso não tenha só as três talvez tenhamos trinta daqui a dez anos.
P/2: Então pelo que você está colocando desse movimento o ___________ vai ter que ser antes um banco?
R: Olha ele não necessariamente tem que ser um banco, não necessariamente tenha que ser um banco mas eu acredito que o banco está mais próximo de ser um aquário entendeu? Eles estão muito mais aptos a isso, porque hoje eles já conhecem bem o processo, eles já estão fazendo um trabalho de filiação, alguns fazem, alguns já conhecem o estabelecimento comercial por serem clientes dele e muitas vezes o cliente que é do banco ele acaba se tornando um cliente Redecard e as vezes também o inverso, cliente Redecard ele falou pô, vou ser um cliente Redecard e vou abrir conta no banco e de repente nós também falamos, podemos olha temos esses bancos aqui, não falamos um, mas todos os nossos parceiros bancários para ele trabalhar, mandamos também clientes para eles, mas eu acho que o que você falou faz sentido.
P/2: E qual é a estratégia desta visão que você está nos passando da Redecard nesses dez anos?
R: Olha a estratégia é você também se transformar de acordo com os que estão se transformando, né, eu acho que a estratégia é um pouco segredo (risos).
P/1: Itamar, o que você acha da Redecard comemorar os seus dez anos de existência colhendo depoimento dos seus funcionários, ex-funcionários e alguns colaboradores?
R: Fantástico eu acho que passar um período como esse, uma data como essa dez anos e não tomar o depoimento de uma das coisas mais preciosas que uma empresa tem que é o valor dos seus funcionários, acho que, é lógico, não é do perfil da Redecard, mas é um perfil do mercado, tipo empresa que passa um tempo seja lá cinco, dez anos o tempo que você possa comemorar um tempo de existência e poxa, e aí o que que vocês estão achando? Como é que tá a vida? Eu acho que é muito, a Redecard é ‘esse uma’ das culturas da Redecard que cativa a gente, né, é uma das coisas que ela tem aqui internamente pra nós e a gente também (se puder?), extrapola isso fora da empresa é essa união, essa preocupação a gente tenta fazer isso até com os nossos, fora daqui, com os nossos parceiros, eles ligam pra cá e tentamos transmitir essa vontade e essa alegria da melhor forma possível, né, e eu acho muito legal, acho bárbaro tá de nota dez, né, o (Eirele?) e o Anastácio eu sei que não são só eles temos outras pessoas aqui que tão outros colaboradores, mas eu sei que eles estão sempre se empenhando nesse papel acho nota dez.
P/1: E hoje qual o seu maior desafio dentro da Redecard?
R: Olha meu maior desafio na Redecard, não sei, eu falei pra mim todo dia é desafiador, meu desafio é tá sempre tentando caminhar junto não perder o pique é o desafio é também pensar que tá preparado pra fazer as mudanças lá na frente é tá preparado também para ajudar a empresa na hora que ela vai precisar ajuda demais, então nessas mudanças que provavelmente virão aí na, nos próximos anos que eu acredito que virão sim é eu tá preparado pra não desistir, tá sempre do lado dela eu acho que é muito fácil,né, quando dá a impressão que o barco tá desviando um pouco o rumo, você chegar e falar tchau, eu acho que não a Redecard vai tá sempre arrumada, vai tá sempre no rumo certo e eu pretendo o meu maior desafio é tá junto nesse barco aí tá navegando é ver qual o melhor vento pra gente caminhar né, ver as turbulências tá preparado para enfrentá-las, né, eu acho que o maior desafio é isso, né, é no dia a dia não vejo nada assim, é tá preparado pra, pro inusitado.
P/1: Qual seu maior sonho?
R: Meu maior sonho, eu tenho vários, mas o meu maior sonho é poder ver as minhas filhas, as minhas crias, né, numa situação que eu graças a Deus que eu me encontro hoje que eu posso dizer que é uma situação, Graças a Deus, até confortável, uma família ótima, numa empresa boa, com companheiros do dia a dia ótimos, porque isso faz uma diferença terrível e acho que é isso que mantém muito uns ligados aos outros que tá aqui, que isso não termine nunca, não se acabe essa força que um dá pro outro pra que não, poxa, _____________ e essa, esse, como se diz, esse amparo que também os recursos humanos vira e mexe dá um _______ respira fundo, ___________,mas é o meu maior desejo é que minha família esteja daqui uns anos, estejamos todos rindo como estamos hoje pra mim é meu maior, assim meu maior tesouro é a minha família, todos me apóiam independente de idade, do mais novo até o mais velho e eu espero, meu maior desejo é isso, é que eu esteja bem, espero que esteja na Redecard (risos) nos próximos dez anos que eu acho que vou estar mais ou menos na mesma idade já de estar me aposentando, mas esteja aqui ainda brigando e bem como eu estou hoje eu espero também que vocês estejam fazendo aqui comigo...
P/1: Os vinte anos...
R: Os vinte anos da Redecard e é isso.
P/1: O que você achou de participar dessa entrevista?
R: Eu adorei, não que talvez eu ficasse_____________________ eu ia ficar com aquele pinguinho de inveja de ouvir a dos outros, dos que participaram, mas achei muito legal, eu sou uma pessoa um pouco tímida, eu uma das coisas que eu preciso melhorar é isso, até o meu gestor sabe eu não sou muito chegado a falar assim pras pessoas ou em público eu sou muito na minha eu gosto de trabalhar, trabalhar bem com energia, com vontade, mas assim no meu canto que eu acho que eu produzo mais eu acho que tem as pessoas que tem um jeito diferente de fazer isso, podem fazer melhor do que eu, mas eu adorei tá falando, poxa pra Redecard, ela me dando essa oportunidade de estar falando, né, de novo eu agradeço muito, muito, muito e pra mim é algo assim, eu acho que pra todos que estão aqui que estão trabalhando esses dez anos acho que é um presente que tem que comemorar essa data fantástica, mas pra mim é um presente, né, tá aqui poder falar, poxa, olha o Itamar tá aqui, tá comemorando com a gente, ele fez, poxa, faz parte desse processo todo, desses dez anos, né, bacana me sinto meio que um pedacinho dessa célula, né, Redecard, fazendo um pouco parte desse corpo todo, né, muito bacana. (risos)
P/2: A gente queria agradecer a sua presença aqui esse seu depoimento, obrigada.
R: Obrigada vocês.
P/1: Obrigada Itamar.
[Fim da Entrevista]
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