Correios – 350 anos aproximando pessoas
Entrevistado por Olívia Paradas
Depoimento de Jefferson Santos Ramos da Silva
São Paulo, 13/06/2013.
Realização Museu da Pessoa
CM_CB005_Jefferson Santos Ramos da Silva
Transcrito por Cristiana Sousa
MW Transcrições
P/1 – Bom Jefferson, vamos começar com você dizendo o seu nome completo, data e local de nascimento.
R – O meu nome é Jefferson Santos Ramos da Silva, nasci no dia nove de Outubro de 1996 em São Paulo.
P/1 – E Jefferson, qual é a origem da sua família, você sabe de onde eles vieram?
R – O meu pai é paulista, nasceu em São Paulo mesmo e a minha mãe nasceu em Boquim, Sergipe.
P/1 – E você sabe como eles se conheceram?
R – Bom, o meu pai conheceu a minha mãe por meio do trabalho dela porque ela trabalhava no Pão de Açúcar, os dois se conheceram nesse lugar.
P/1 – Entendi e você passou a sua infância aonde?
R – Bom, eu passei a minha infância em Francisco Morato, a minha infância inteira até hoje.
P/1 – E você sabe como os seus pais foram morar lá em Francisco Morato?
R – Bom, o meu pai convenceu a minha mãe a ir morar em Francisco Morato porque o meu pai já tinha uma casa lá, o meu pai tinha no bairro, aí se mudaram pra esse bairro, aí depois de certo tempo eles se mudaram pra outro bairro, aí eu tô morando lá até agora.
P/1 – Entendi e como é que, você mora sempre na mesma casa? Desde que você nasceu você mora na mesma casa?
R – Isso.
P/1 – E como é que é a sua casa?
R – Bom, a minha casa não é muito grande, é uma casa simples, tem quintal, eu tenho dois cachorros, é uma casa bonita de se ver.
P/1 – E você, bom, vê diferenças no seu bairro desde quando você era criança até hoje? Coisas que mudaram do passado para os dias de hoje?
R – Coisas que mudaram? Eu lembro que o meu bairro, por exemplo, quando eu era bem criança, tinham poucos moradores, a rua não era asfaltada, nós jogávamos bola na rua, na lama quando chovia,...
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Correios – 350 anos aproximando pessoas
Entrevistado por Olívia Paradas
Depoimento de Jefferson Santos Ramos da Silva
São Paulo, 13/06/2013.
Realização Museu da Pessoa
CM_CB005_Jefferson Santos Ramos da Silva
Transcrito por Cristiana Sousa
MW Transcrições
P/1 – Bom Jefferson, vamos começar com você dizendo o seu nome completo, data e local de nascimento.
R – O meu nome é Jefferson Santos Ramos da Silva, nasci no dia nove de Outubro de 1996 em São Paulo.
P/1 – E Jefferson, qual é a origem da sua família, você sabe de onde eles vieram?
R – O meu pai é paulista, nasceu em São Paulo mesmo e a minha mãe nasceu em Boquim, Sergipe.
P/1 – E você sabe como eles se conheceram?
R – Bom, o meu pai conheceu a minha mãe por meio do trabalho dela porque ela trabalhava no Pão de Açúcar, os dois se conheceram nesse lugar.
P/1 – Entendi e você passou a sua infância aonde?
R – Bom, eu passei a minha infância em Francisco Morato, a minha infância inteira até hoje.
P/1 – E você sabe como os seus pais foram morar lá em Francisco Morato?
R – Bom, o meu pai convenceu a minha mãe a ir morar em Francisco Morato porque o meu pai já tinha uma casa lá, o meu pai tinha no bairro, aí se mudaram pra esse bairro, aí depois de certo tempo eles se mudaram pra outro bairro, aí eu tô morando lá até agora.
P/1 – Entendi e como é que, você mora sempre na mesma casa? Desde que você nasceu você mora na mesma casa?
R – Isso.
P/1 – E como é que é a sua casa?
R – Bom, a minha casa não é muito grande, é uma casa simples, tem quintal, eu tenho dois cachorros, é uma casa bonita de se ver.
P/1 – E você, bom, vê diferenças no seu bairro desde quando você era criança até hoje? Coisas que mudaram do passado para os dias de hoje?
R – Coisas que mudaram? Eu lembro que o meu bairro, por exemplo, quando eu era bem criança, tinham poucos moradores, a rua não era asfaltada, nós jogávamos bola na rua, na lama quando chovia, hoje mudou muita coisa porque agora está asfaltado, quase a rua toda está ocupada por pessoas, ficou mais comercializada a rua.
P/1 – Conta um pouco das suas brincadeiras de infância.
R – Bom, quando eu era criança, como a minha rua tinha bastante criança nós jogávamos bola, a gente passava a tarde toda jogando bola, batíamos cards, era bem conhecido naquela época, jogávamos bolinha de gude, a noite nós brincávamos de esconde-esconde, eu lembro disso, escondíamos em várias casas, bem interessante.
P/1 – Você tem alguma história da sua infância que te marcou?
R – Que marcou bastante? Uma história que marcou bastante foi no dia do meu aniversário, fui fazer o meu aniversário na praia com o meu pai. É uma situação que eu acho que mais marcou a minha vida, porque o meu pai me levou pra praia, no mar, eu estava aqui nele, no ombro dele, aí de repente ele me soltou, para mim aquilo tava muito baixo, só que para ele estava aqui nele ainda, ele começou, ele me tirou, eu me desesperei, ele me pegou. Eu acho que foi uma coisa que marcou muito a minha infância isso. E tem outra coisa no meu aniversário também, sempre, como o meu aniversário é perto do dia das crianças, tinham aqueles carrinhos de doce distribuindo doce para as crianças e eu corria atrás deles pra pegar doce.
P/1 – Entendi e Jefferson, conta um pouquinho pra gente da sua escola, você está na mesma escola desde de pequeno? Ou você mudou de escola?
R – Não, ao todo eu estudei em quatro escolas diferentes, vamos dizer assim, da primeira a quarta série eu estudei no Recanto Feliz. Depois eu estudei em outra escola, o PPA, da minha sexta a sétima série, aí por problemas nessa escola a minha mãe me colocou em uma escola melhor que era tida como a melhor escola da cidade. A partir daí eu prestei um pré-seletivo pra entrar na ETEC Francisco Morato, aí do primeiro ao terceiro ano eu estudei lá. É uma escola assim, maravilhosa onde os alunos que estudam ali eles querem aprender muito, muito mesmo e o estudo é visado no vestibular...
P/1 – Entendi.
R –... Aí a pessoa que estuda ali quer passar no vestibular, mas para uma faculdade boa, ter um futuro melhor.
P/1 – Entendi e você já sabe o que você quer prestar para o vestibular?
R – Vestibular?
P/1 – É.
R – Eu estou em dúvida, mas o que eu mais quero prestar é pra Direito.
P/1 – E Jefferson, você contou pra gente que você é umbandista, como é que é a religião dentro da sua família? Como é que você se envolveu?
R – Na minha família, o meu pai, a princípio, o meu pai ele é umbandista, desde criança, desde criança não, desde jovem vamos dizer assim. Ele conheceu a minha mãe, a minha mãe não era umbandista, ela virou umbandista por causa do meu pai e desde criança eu convivo com essa religião. Os meus pais cultuam essa religião, assim, eu conheci muito, eu vivi aquilo, eu aprendi muito com isso, aprendi muito a melhorar a minha vida, a valorizar a vida.
P/1 – Entendi e Jefferson, eu comentei com você se você tinha memórias de cartas, de Correio, de encomendas.
R – Sim, eu tô numa época que geralmente é e-mail, facebook, eu já recebi alguns e-mails marcantes na minha vida, de namoradas, de amigos. A última carta que eu recebi foi de uma amiga minha, sem querer, nós acabamos nos afastando e ela me mandou uma carta falando da nossa história desde que nos conhecemos até os dias de hoje e porque nós nos afastamos, a causa, bom, isso me decepcionou um pouco porque eu fiquei um pouco triste com isso, mas me ajudou a desenvolver muito, a entender a vida e porque me afastei dela.
P/1 – Entendi e você chegou a responder essa carta?
R – Pessoalmente.
P/1 – Pessoalmente, entendi. Bom Jefferson tem alguma história que você gostaria de contar pra gente, dos seus dias de hoje?
R – Dos dias de hoje? Atualmente, eu quero fazer Direito, certo? Só que eu quero dançar muito, eu gosto muito de dança, de break e eu estou nessa divisão de dança e direito, eu queria fazer os dois, eu acho que é muito difícil e tem, fora os amigos que me apoiam a dançar, o meu pai quer que eu faça direito. Os meus amigos falam que eu tenho cara de fazer direito, só que assim, eu gosto muito de dançar, eu vejo os vídeos, eu me emociono, quando eu ouço a música eu quero dançar também. Eu faço capoeira porque é tudo junto as coisas. A história que eu quero contar é que a minha história como tá ainda começando, vamos dizer assim, é que assim, eu jovem eu quero fazer tudo, eu quero ser tudo mesmo agora, dança, direito, capoeira, o ruim é que eu acho que eu vou ter que escolher uma pra fazer e é fazer essa decisão, isso que é ruim.
P/1 – Entendi e quais são os seus sonhos hoje?
R – O meu sonho? Assim, eu li um artigo um dia que fala que os jovens hoje sonham mais, eu não sei por que. Eu nunca tive o sonho de ser advogado, ser médico, eu sempre tive o sonho de ser um dos melhores, eu nunca tive um sonho assim, focado, o meu sonho sempre foi um leque de possibilidades, eu sempre quis ser o melhor em alguma coisa, ser assim, reconhecido por alguma coisa e eu tô em busca disso.
P/1 – Entendi, bom Jefferson, eu queria agradecer por você ter compartilhado com a gente um pouquinho da sua história.
R – Certo.
P/1 – Se você tiver mais alguma coisa que você queira contar pra gente...
R – Não.
P/1 – Muito obrigada.
R – Obrigado eu.
FINAL DA ENTREVISTA
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