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História
Personagem: Orlando Nascimento
Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2012

Uma canção para cada momento

Esta história contém:

Uma canção para cada momento

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P/1 - Isla Nakano

P/2 - Laura Lucena

R - Orlando Nascimento

P/1 – Bom, Seu Orlando, primeiro queria agradecer ao senhor por ter tirado um pouco do seu tempo para sentar-se conosco e contar a sua história.

R – Não tem problema.

P/1 – Quero que o senhor fale o seu nome completo, onde e quando o senhor nasceu.

R – Meu nome é Orlando Nascimento, nasci em Cedro de São João, Sergipe, Aracaju, no dia 7 de outubro de 1941. Vou completar, em outubro, 71 anos bem vividos, graças a Deus. E a minha história é longa, vou contar pelo menos uma parte. Não tenho vergonha de falar: vim de Sergipe em pau de arara, rodei em cima do caminhão por 16 dias, em 1961, para vir a São Paulo. Inclusive, fiz até uma música a respeito da minha viagem, que é mais ou menos assim: “Andei de noite e de dia para poder lhe encontrar, lá vou eu, lá vou eu. Procuro qualquer caminho para poder lhe encontrar. Salve a grande São Paulo, Rio, Brasília e Portugal, lá vou eu, lá vou eu.” Essa é do Orlando Nascimento. Tenho mais músicas ainda, entendeu? Cheguei aqui em São Paulo na estaca zero. Onde estava, não ficava. Sem saber ler nem escrever nada. Não sabia o que era um ‘a’. Estudei cinco anos para aprender a ler e a escrever. Já fui à televisão, inclusive, tenho uns troféus que ganhei na música e faço alguns shows também. Infelizmente, a minha esposa veio a falecer tem um ano e pouco. Tenho 23 netos e 22 bisnetos; uma filha mais velha, com 50 anos, [que] já tem sete netos e tenho neta, bisneta também com 13 anos. Acho que vou ser tataravô, porque as netas com 13 anos, de repente, se casam... Por incrível que pareça, todas as pessoas admiram-me. Estou namorando e a minha namorada é sogra do meu neto. Quando a conheci, cantei uma música para ela para começarmos a nos entrosar e a se conhecer, que era mais ou menos assim, veja bem: “Ao te ver pela primeira vez eu tremi todo, uma coisa tomou conta do meu...

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Dados de acervo

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Projeto: Braskem – Um Novo Lembrar / Compartilhando Experiência Entre a

Comunidade e a Organização

Depoimento de Orlando Nascimento

Entrevistado por Isla Nakano e Laura Lucena

Local: Mauá - SP

Data: 25 de setembro de 2012

Realização: Museu da Pessoa

Código da entrevista: BK_HV011

Transcrito por Claudia Lucena (MW Transcrições)

Revisado por Grazielle Pellicel

P/1 - Isla Nakano

P/2 - Laura Lucena

R - Orlando Nascimento

P/1 – Bom, Seu Orlando, primeiro queria agradecer ao senhor por ter tirado um pouco do seu tempo para sentar-se conosco e contar a sua história.

R – Não tem problema.

P/1 – Quero que o senhor fale o seu nome completo, onde e quando o senhor nasceu.

R – Meu nome é Orlando Nascimento, nasci em Cedro de São João, Sergipe, Aracaju, no dia 7 de outubro de 1941. Vou completar, em outubro, 71 anos bem vividos, graças a Deus. E a minha história é longa, vou contar pelo menos uma parte. Não tenho vergonha de falar: vim de Sergipe em pau de arara, rodei em cima do caminhão por 16 dias, em 1961, para vir a São Paulo. Inclusive, fiz até uma música a respeito da minha viagem, que é mais ou menos assim: “Andei de noite e de dia para poder lhe encontrar, lá vou eu, lá vou eu. Procuro qualquer caminho para poder lhe encontrar. Salve a grande São Paulo, Rio, Brasília e Portugal, lá vou eu, lá vou eu.” Essa é do Orlando Nascimento. Tenho mais músicas ainda, entendeu? Cheguei aqui em São Paulo na estaca zero. Onde estava, não ficava. Sem saber ler nem escrever nada. Não sabia o que era um ‘a’. Estudei cinco anos para aprender a ler e a escrever. Já fui à televisão, inclusive, tenho uns troféus que ganhei na música e faço alguns shows também. Infelizmente, a minha esposa veio a falecer tem um ano e pouco. Tenho 23 netos e 22 bisnetos; uma filha mais velha, com 50 anos, [que] já tem sete netos e tenho neta, bisneta também com 13 anos. Acho que vou ser tataravô, porque as netas com 13 anos, de repente, se...

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