Título: Uma princesa ou um monstro?
Eu era uma criança inocente que amava interagir com as pessoas, amava brincar, assistir desenhos, desenhar e criar pequenas histórias. Mas tudo mudou quando aos 5 anos minha mãe me matriculou no Basílio\\\'s Colégio e Curso, eu queria fazer amigos e conseguir um príncipe, sim, eu era iludida pela Disney, mas a única coisa que eu consegui foram 3 anos de bullying, Vinícius e Gustavo foram os primeiros, eu cheguei a gostar deles em épocas diferentes, mas eles me tratavam tão mal, me chamaram de feia, esquisita, ratazana, gorda, e mesmo assim quando fui pedir conselho para a coordenadora, ela disse que ele gostava de mim sim (Vinícius no caso), então eu continuei aturando o bullying dele até ele me empurrar. Na mesma época, tinha uma outra garota chamada Vitória, cabelo loiro, olhos azuis, magra, ela contribuiu para o meu bullying juntamente com meu professor de Biologia: Leandro Maurício. Vou falar alguns casos: Me chamar de Jabuti porque eu escrevia devagar (Leandro), rasgar um desenho que ela sabia que era meu (Vitória), Brigarem porque queriam Vitória no grupo delas e me ignoraram completamente, como se eu fosse insignificante e quando eu voltei pra casa eu estava menstruada e ficar sem comer por causa de dois garotos que estavam me incomodando e a culpa foi PRA MIM, COMO TODAS AS VEZES!
Foi então que com 8 anos eu planejei me suicidar me jogando de um dos pequenos prédios que tem ao redor do Basílio\\\'s, mas 4 coisas me fizeram repensar e ter um motivo real para viver, minha gata (Shirley), minha primeira amiga (Kimberly), um grupo de K-pop que me fez rir novamente e a história que eu e Kimberly criamos juntas. Tudo bem que eu conheci outras pessoas além da Kim, mas ela foi a única da época da pandemia que ficou, eu estava verdadeiramente feliz com ela e com Shirley, até meu avô falecer, ele era o único homem que me chamava de bonita, boneca e princesa, no dia que ele morreu eu me encolhi na...
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Título: Uma princesa ou um monstro?
Eu era uma criança inocente que amava interagir com as pessoas, amava brincar, assistir desenhos, desenhar e criar pequenas histórias. Mas tudo mudou quando aos 5 anos minha mãe me matriculou no Basílio\\\'s Colégio e Curso, eu queria fazer amigos e conseguir um príncipe, sim, eu era iludida pela Disney, mas a única coisa que eu consegui foram 3 anos de bullying, Vinícius e Gustavo foram os primeiros, eu cheguei a gostar deles em épocas diferentes, mas eles me tratavam tão mal, me chamaram de feia, esquisita, ratazana, gorda, e mesmo assim quando fui pedir conselho para a coordenadora, ela disse que ele gostava de mim sim (Vinícius no caso), então eu continuei aturando o bullying dele até ele me empurrar. Na mesma época, tinha uma outra garota chamada Vitória, cabelo loiro, olhos azuis, magra, ela contribuiu para o meu bullying juntamente com meu professor de Biologia: Leandro Maurício. Vou falar alguns casos: Me chamar de Jabuti porque eu escrevia devagar (Leandro), rasgar um desenho que ela sabia que era meu (Vitória), Brigarem porque queriam Vitória no grupo delas e me ignoraram completamente, como se eu fosse insignificante e quando eu voltei pra casa eu estava menstruada e ficar sem comer por causa de dois garotos que estavam me incomodando e a culpa foi PRA MIM, COMO TODAS AS VEZES!
Foi então que com 8 anos eu planejei me suicidar me jogando de um dos pequenos prédios que tem ao redor do Basílio\\\'s, mas 4 coisas me fizeram repensar e ter um motivo real para viver, minha gata (Shirley), minha primeira amiga (Kimberly), um grupo de K-pop que me fez rir novamente e a história que eu e Kimberly criamos juntas. Tudo bem que eu conheci outras pessoas além da Kim, mas ela foi a única da época da pandemia que ficou, eu estava verdadeiramente feliz com ela e com Shirley, até meu avô falecer, ele era o único homem que me chamava de bonita, boneca e princesa, no dia que ele morreu eu me encolhi na minha cama e chorei, chorei até dormir novamente e não almocei, mas a Kim me ajudou a me animar.
Eu aguentei o bullying até finalizar o fundamental, e fui para o CEEP, com vários traumas, homens era um deles, mas no CEEP eu finalmente achei pessoas que realmente viam uma princesa em mim, não um monstro. Quando cheguei, eu estava com medo, porém graças ao pequeno período de terapia que fiz eu voltei a ser comunicativa, consegui vários amigos e muitos me ajudaram quando eu estava em crise, perdi um pouco do meu medo de homens por causa dos garotos gentis que conheci lá, mas eu tive várias crises de choro e até ansiedade, e minha mãe disse que era frescura duas vezes.
Agora eu estou bem na medida do possível, mas infelizmente a minha Shirley sumiu, ela me ajudou tanto, mas se ela se foi, tenho certeza que ela tá feliz que fiz novos amigos, vou fazer 18 anos e recentemente fui diagnosticada com autismo, eu não estou bem, mas vou viver por aqueles que se importam comigo, que me vêem como uma Princesa Guerreira, não como um Monstro.
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