Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Jacob Pomerancblum
Por: Museu da Pessoa, 26 de março de 2015

Um navio chamado Zelândia

Esta história contém:

Um navio chamado Zelândia

Vídeo

Meu nome em português, Jacob Pomerancblum. Nasci na Polônia, em 1914, dia 12 de setembro. O meu pai chamava Moisés e minha mãe chamava Brandola. Nasceram na Polônia. A família da minha mãe morava numa aldeia e a família do meu pai morava numa cidadezinha chamada Staszów. O casamento foi com um intermediário. Chamava chacham, o rapaz que ia casar ou a moça que queria casar tinha o chacham, ele procurava e apresentava. Se o negócio saía, ele ganhava comissão. Era uma cidade pequena, praticamente, uma cidade planejada. Esse era o centro de Staszów, aqui tinha uma construção de armazéns e as ruas saíam assim, para cá, para cá, para cá e para cá. Eu morava numa rua que esse era o centro, as ruas saíam do centro, tinha o mercado. Somos, como se diz, judeus, meu pai era judeu, meu avô era judeu, meu bisavô era judeu, meu tataravô era judeu, todos judeus.

Minha infância foi ótima! Tinham dois rios, em vez de ir na escola, eu deixava o livro atrás da porta e ia brincar no rio, tanto no verão, ia brincar no rio e no inverno ia deslizar no gelo. Era muito frio. Tinha noites de inverno que a temperatura caía de 15 a 20 graus abaixo de zero. Tinha quase um metro de neve, mas ninguém lidava, quando conseguia arrumar pedaços de madeira que a gente fazia um pequeno trenó, a gente ia até em cima, até o rio era declive, a gente então sentava um no meio, um na ponta aqui, outro na ponta aqui e o outro de pé, a ponta só, porque não cabia mais e a gente deslizava, no meio da descida, rolava… quem ligava, subia de novo e assim a gente brincava. Isso no inverno. Em Staszów tinha caverna, em Staszów passavam dois rios, os rios que atravessavam eram rasos, não eram fundos e a gente ficava assistindo de longe.

Eu não fui na escola em Staszów. Eu tinha um tio que morava pegado, o ofício dele, como se diz? Quando a pedra tubular que faz as letras, ele fazia o serviço dele era esse aqui, alguém falecia, precisava pôr a pedra, então...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Texto

Adam Edward Drozdowicz

"Eu sou um sobrevivente, óbvio"
Precocemente adulta
Texto

Stefan Wohl

Precocemente adulta
Tempos cruzados
Texto

Moriz Lax

Tempos cruzados
Uma judia guerreira
Texto

Krystyna Drozdowicz

Uma judia guerreira
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.