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Personagem: Jorge Silva Araújo
Por: Museu da Pessoa, 6 de setembro de 2013

Um carteiro que escreve cartas

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Um carteiro que escreve cartas

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Sou Jorge Silva Araújo, nascido em Ituiutaba, Minas Gerais, em 5 de maio de 1980. Minha mãe é de Acari e meu pai de Florânia, Rio Grande do Norte. Meus avós paternos, felizmente eles ainda estão vivos. Meu avô com 97 anos, minha avó com 93. Agora, os maternos eu não conheço porque minha mãe, de nove irmãos ela foi a única adotada, então meu avô postiço pegou ela e levou pra Ituiutaba, na época era uma cidade próspera, capital do arroz, e eles foram morar lá e eu nunca conheci a minha avó, nem meu avô. Os paternos na época eles foram pra Ituiutaba também pra trabalhar como lavradores, plantavam arroz. Naquela época um pai conhecia o outro pai e falava: “Você casa com a minha filha e tal”, arranjaram o casamento da minha mãe com o meu pai. Meu avô por parte de pai e meu avô que criou a minha mãe. Ele deve ter começado a beber com dez eu acho, ele era alcoólatra. Graças a Deus ele hoje em dia, tem muitos anos já que ele não bebe nem quentão. Ele pegou, começou a trabalhar numa cerealista no caso, que ela tratava o arroz, empacotava e vendia pro país inteiro. Minha mãe toda vida trabalhou lavando roupa pra família que tinha um poder aquisitivo maior, cuidando dos cinco irmãos, sempre ficou em casa, mas trabalhando. Continuaram morando em Ituiutaba, tem até história da minha mãe, que diz que quando ela era pequena tinha que pular a janela da casa do vizinho pra limpar a casa pra ganhar três bolachas. Tinha uma casinha no fundo, da cerealista, e eles cederam essa casa pra ele e a gente morou muitos anos, até que fechou a cerealista e nós tivemos que mudar. Morei lá uns 15 anos. Tiveram cinco filhos. Sou o caçula.

Eu lembro que, como a gente não tinha muito dinheiro pra comprar brinquedo, eu pegava aquelas manguinhas verdes, espetava quatro palitinho de fósforo e criava o meu rebanho, ia brincar de fazendinha, como se as mangas fosse as vaquinhas. Minha mãe trabalhava o ano inteiro pra no final do ano me...

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