Raquel Maia - nome usado desde infância
Origem – nascida em SP capital descendendo de mãe Alagoana (Porto Real do ColégioAL – região da Tribo Kariri Xoco) e pai – Baiano nascido em Tapiraipe BA, mas ambos
criados em SP, onde se conheceram e tudo começou.
Atualmente: Cidadã Laurofreitense desde 09 de dezembro 2003
Palavra que me define - ATITUDE
• O início
Na infância, por ser a filha primogênita, fui amada e bem cuidada por mãe e pai, mesmo
diante das dificuldades de uma família que fugia do padrão patriarcal - homem cuida do
provento. Entendo que o amor da mãe, que trabalhava para o sustento da casa e o pai
alcoólatra que fazia a diversão com os dotes natos baianos com músicas regionais, violão,
capoeira e boemia. Acho que foi a mistura do que sou hoje.
No crescer aprendi que devia estudar e ser melhor para ter destaque. Criada num bairro
classe...besta... de SP... de brancos com famílias estruturadas. Estudando em escola
pública que na época usava os mesmos livros da escola particular. Tinha prazer em tirar
sempre a melhor nota, sem muito esforço e ainda gostava de ensinar as colegas ricas que
tinham aula particular e talvez não dessem o valor por ser da escola do povo da favela.
Desobediente, comecei a trabalhar por iniciativa própria aos 12 anos como palhaça em
festas infantis e a partir daí, tomei vontade para o desenvolvimento nas carreiras que dos
trabalhos que me envolvi. Qualquer dificuldade me motivava a fazer melhor, porque
pensava “Ruim é nada!”, “Não importa quem errou primeiro e sim quem vai consertar
primeiro”, eram frases que me acompanhavam para ser melhor todo dia.
Casei-me (juntei os trapos) cedo, por paixão e para sair de casa, tentando fazer uma página de história diferente. E no casamento repeti ser a mulher que fazia tudo, inclusive no
trabalho junto com o marido, mas ganhando menos que ele, hoje entendo. Até que a
faculdade de publicidade e propagando...
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Raquel Maia - nome usado desde infância
Origem – nascida em SP capital descendendo de mãe Alagoana (Porto Real do ColégioAL – região da Tribo Kariri Xoco) e pai – Baiano nascido em Tapiraipe BA, mas ambos
criados em SP, onde se conheceram e tudo começou.
Atualmente: Cidadã Laurofreitense desde 09 de dezembro 2003
Palavra que me define - ATITUDE
• O início
Na infância, por ser a filha primogênita, fui amada e bem cuidada por mãe e pai, mesmo
diante das dificuldades de uma família que fugia do padrão patriarcal - homem cuida do
provento. Entendo que o amor da mãe, que trabalhava para o sustento da casa e o pai
alcoólatra que fazia a diversão com os dotes natos baianos com músicas regionais, violão,
capoeira e boemia. Acho que foi a mistura do que sou hoje.
No crescer aprendi que devia estudar e ser melhor para ter destaque. Criada num bairro
classe...besta... de SP... de brancos com famílias estruturadas. Estudando em escola
pública que na época usava os mesmos livros da escola particular. Tinha prazer em tirar
sempre a melhor nota, sem muito esforço e ainda gostava de ensinar as colegas ricas que
tinham aula particular e talvez não dessem o valor por ser da escola do povo da favela.
Desobediente, comecei a trabalhar por iniciativa própria aos 12 anos como palhaça em
festas infantis e a partir daí, tomei vontade para o desenvolvimento nas carreiras que dos
trabalhos que me envolvi. Qualquer dificuldade me motivava a fazer melhor, porque
pensava “Ruim é nada!”, “Não importa quem errou primeiro e sim quem vai consertar
primeiro”, eram frases que me acompanhavam para ser melhor todo dia.
Casei-me (juntei os trapos) cedo, por paixão e para sair de casa, tentando fazer uma página de história diferente. E no casamento repeti ser a mulher que fazia tudo, inclusive no
trabalho junto com o marido, mas ganhando menos que ele, hoje entendo. Até que a
faculdade de publicidade e propagando que fazia em SP dobrou o preço e o incentivo do
marido foi dizer “Tranca”. Então, “tranquei foi o relacionamento. Entendi que nos
relacionamentos da vida as benesses, conquistas e vitórias devem ser de todos.
• A aprendizagem
Escola de 1º grau concluída (assim era o nome do atual Fundamental), ensino médio com
habilitação em Magistério aos 16 anos de idade. Sempre pensando em dedicar um pouco
do tempo a doação, trabalhos voluntários, lia o guia do estudante e não encontrava a
profissão a seguir, pesquisava voluntariado sem fronteiras, me contentei em fazer ações
em orfanatos em datas comemorativas. Tinha um sentimento de gratidão das pessoas que
ajudaram meus estudos doando material escolar e uniformes, que eram pagos mesmo na
escola pública. Pela pobreza financeira da família, não conseguia pensar na faculdade
privada por não poder pagar e nem tanto na publica pois diziam, em SP, que devíamos
estudar o dia todo. E, assim, não poderia trabalhar e ganhar o sustento.
Enfim, os trabalhos após os 16 anos, começavam com cargos básicos e evoluíam para
promoções e destaques.
Aos 20 anos, já estava com recebendo R$ 2.000,00 reais como salário e pense que hoje
com 47 anos (2023) nem chegou perto disso. Mas fruto da vontade da própria iniciativa
e motivação nos pensamentos positivos, Sempre achei que somente podia transformar
minha vida começando na transformação dos meus pensamentos. Assim, pagava todas
as contas de casa e dava o merecido descanso a minha mãe arrimo de família. Até que
perdi o emprego, naquele momento estava pagando um carro zero em 24 meses. Li sobre
reciclagem e comecei a “catar latinha “em bares, casa noturnas, festas, aonde ia. Recebi
muitas negativas e as pessoas tinham vergonha de mim, mas paguei o carro com esse
esforço. Inovação foi isso! Há 27 anos atras! E hoje em dia, é normal qualquer família
guardar suas latas e vender no ferro velho. Me recordo na virada do ano 1999/2000, que
passei na avenida paulista, embaixo de chuva pegando lata no chão, enquanto todos se
divertiam. Mas o foco e objetivo eram meus propulsores.
A partir de algumas viagens feitas, enquanto tive boa remuneração para tal, defini que
minha vida tinha que estar perto da natureza.
• O prazer
Encontrei êxtase em conhecer lugares, pessoas, observar vidas, costumes e histórias.
Assim, defini “quero ter uma casa e um filho aos 30 anos, num lugar que me deixe perto
da natureza”. E aqui na Bahia encontrei. Trabalhei em SP para obter a casa na Bahia e
trabalhei muito para entender a “lei do desapego” com amigos e família, pois éramos
muito felizes e unidos. Essa felicidade se dava ao fato de ter superado a escassez de coisas
materiais com a abundância de valores. De entender que uma família pobre e preta no
bairro nobre, podia ter respeito. De entender e ressignificar minhas vitorias. E ai vem outa
frase que me acompanha ... “o sucesso é o resultado do seu esforço”.
• O alcance
Já na Bahia comprei uma casa com paredes levantadas, sem portas sem banheiro, dormi
em papelão, conheci pessoas acolhedoras. Entendam, o dinheiro da compra da casa, era
o carro zero que conquistei e quando cheguei, estava na agência de veículos para ser
vendido. Pasmem! O dono da casa permitiu a entrada no imóvel sem o pagamento total.
Sempre encontrei anjos. Enfim, fiz xixi no balde, tomei banho em casa alheia, para não
dizer outas coisas, mas logo, em um ano, reformei e reconstruí a casa. E quando percebi
estava à beira dos 30 realizando o sonho da casa e em seguida do filho.
Repetindo a história da minha mãe, dei o melhor garantindo o bem viver para meu filho
e sempre fazia doações ou ações com parte do dinheiro que recebia.
Mas um dia, tudo acabou de novo. Menos minha energia, vontade e desejo de continuar
fazendo algo de bom. Onde me tornei voluntaria de várias associações, igrejas, grupos
que me acolheram, vendo a vontade de ajudar e aprender mais. Mas, que na verdade
escondiam a tristeza, de mais uma vez, não ter dado certo. Entendi que a felicidade e o
sucesso são momentâneos. Viva um dia de cada vez, ajude o próximo e seja ajudada
também. Lei da ação e reação e temos que aceitar.
Idealizei o NAC Núcleo de apoio a Comunidades, com o objetivo transformar vidas e
formar pessoas que pensassem e pudessem sentir esse mesmo prazer e satisfação que eu.
Tarefa não muito fácil, pois ainda há muito apego no ser humano, apego aos sentimentos,
status , coisas ..mas não desisto
• Objetivo futuro
O futuro não é amanhã, e sim hoje. Agora eu planto sorriso, boas ações, cultivo no dia a
dia bons sentimentos. E aos 47 anos, próximo de me formar em Serviço social. Pense que
passei por tentativas de faculdades de publicidade de propaganda, não conclui, tentei o
comercio exterior, onde ganhei dinheiro, conhecimento, experiência de vida, conheci
pessoas importantes e fiz e viagens até para o exterior. Nossa é mesmo! Agora lembrei
que já fui pra USA, Europa, América do Sul, China... Não tem importância, pois passou
... passado ... é história pra contar quando tiver o ouvido certo pra escutar. Mas, o futuro
.. ah.... é hoje, estudar, participar de controles sociais para contribuir com a sociedade,
motivar mulheres, ser exemplo, fazer tudo com prazer. Lembrar do outro, doar o sorriso,
informação, fazer a transformação de pessoas que queiram e amanhã ... quem sabe tenha
mais de mim fazendo por mais pessoas, pra multiplicar e sermos muito mais por aí.
Sem estresse, sem ansiedade, um dia de cada vez, um passo após o outro, se precisar
parar, respiro e retomo com mais força.
Tudo isso dependeu de muitos ombros, muitas mãos, muitas palavras de incentivo, de
muitas pessoas que estiveram ao meu redor. Então a dica é observar apenas o que o outro
tem de bom, pois é isso o que vai acrescentar pra na nossa vida ... e vai mais uma frase.
“Viver e não ter a vergonha de ser feliz”
Raquel Maia 25/05/2023 00:09
PROJETO NAC
Breve Histórico:
Raquel Maia – Graduanda em Serviço Social – Ativista e mobilizadora social. Presidenta
do Conselho Municipal de Educação 2023-2025, Conselheira atuante nos conselhos
municipais de Saúde, Alimentação Escolar e Igualdade Racial, também conselheira
suplente do Conselho Tutelar de Lauro de Freitas. Eleita Conselho de usuários da
Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública do Estado. Idealizadora do NAC – Núcleo de
Apoio a Comunidades, que atualmente age nas comunidades e associações, em conjunto
com agentes multiplicadores, movimentos e outras organizações voluntárias. Incluindo
sempre mulheres, negras, povos de comunidade tradicional e religiões afrodescendentes.
Instagram: @nucleodeapoioacomunidades @raquelmaia37
Youtube Raquel Maia – NAC https://www.youtube.com/watch?v=Pm959EA9Wyo
O Núcleo de apoio a Comunidades (NAC), vem desenvolvendo um trabalho de
atendimento às famílias, em diferentes pontos no município de Lauro de Freitas e outros.
Nasceu em 2020, publicamente durante o período em que que trabalhou para diminuir
os impactos da crise econômica resultada pela Pandemia Corona Virus (Covid 19), junto
com parcerias promovendo a doação de cestas básicas, máscaras e outras formas de
assistencialismo, evoluindo com o foco da transformação social oferecendo cursos, rodas
de conversas e oficinas em parcerias, e incentivando a economia solidária
Atualmente o foco tem sido pedagógico promovendo palestras e rodas de conversa para
as comunidades locais, público escolar e terreiros.
Atenciosamente,
Raquel Maia 71-99192-5673
NAC Investidora Social - @nucleodeapoioacomunidade
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