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Personagem: Morena Leite
Por: Museu da Pessoa,

Tempero sustentável, cozinha de amor com sabor

Esta história contém:

Tempero sustentável, cozinha de amor com sabor

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Meu nome é Morena Leite, sou canceriana, do tipo carente, nasci em São Paulo, no ano de 1980. No final da década de 70, meus pais mudaram-se para Trancoso, na Bahia. Chegaram lá num Gurgel, com um saco de arroz integral, adeptos da comida macrobiótica, entusiasmados com a questão da sustentabilidade, dispostos a fundar uma comunidade hippie. Eu, nascida em São Paulo, cheguei lá com menos de um ano; lá aprendi a andar, a falar. Não demorou muito e meus pais, que tinham suas respectivas formações – ele, Administração; ela, Arquitetura – integraram-se ao espírito do lugar: passaram a fazer e vender pão integral; transformaram a preferência pela macrobiótica num ponto de encontro, e daí num restaurante, e montaram uma pousada. Moravam em casa de pau a pique, que eles fizeram; usavam fogão a lenha, plantavam o que comiam; enfim, uma existência baseada na sustentabilidade.

Eu, de meu turno, logo cedo me mostrei diferente da maioria dos que me rodeavam: eu era determinada, meio agitada, focada em crescer e “conquistar o mundo”. Portanto, nada a ver com o perfil contemplativo daquela comunidade. Mas com valores de inclusão social, de luta pela preservação e sustentabilidade do planeta, bem presentes. Comecei a ajudar no restaurante da família e logo ficou claro que eu tinha um dom. Pessoas aconselharam minha mãe a que eu saísse, fosse estudar fora. E assim aconteceu: fui estudar na Inglaterra.

Eu, desde pequena, gostava de observar as pessoas. De entendê-las. Quando me disseram que a Antropologia se prestava a estudar o ser humano, eu decidi que seria antropóloga quando crescesse. Ocorre que, estudando na Europa, sozinha, e em contato com várias nacionalidades, eu descobri que o que as pessoas comem – seus hábitos alimentares – falam muito, também, sobre elas. Desse período, Paris foi a maior revelação: percebi, então, que a França “respira gastronomia, culturalmente”.

Então, eu...

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Dados de acervo

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PCSH_HV_766_Morena_Leite _ rev.

ENTREVISTA DE MORENA LEITE

ENTREVISTADA POR LUCAS LARA

SÃO PAULO, 22 DE ABRIL DE 2019

PROJETO PROGRAMA CONTE SUA HISTÓRIA

ENTREVISTA NÚMERO PCSH HV 766 _ rev.

TRANSCRITA POR SELMA PAIVA

REVISÃO – PAULO RODRIGUES FERREIRA

P/1 – Bom, Morena, em primeiro lugar eu queria agradecer por estar aqui com a gente, fazer parte agora da ________ da Pessoa e, para começar, eu queria que você dissesse para mim o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Morena Leite, eu nasci em São Paulo, em 1980. 30 de junho.

P/1 – E qual é o nome do seu pai?

R – Meu pai chama-se Fernando e minha mãe chama-se Sandra.

P/1 – Você os descreve, um pouquinho, para mim? Quem eles são, o que eles fazem?

R – Meu pai é um pisciano altruísta. Nunca vi meu pai julgar ninguém. Meu pai está sempre pronto para acolher e ajudar todos que se aproximam dele. Eu acredito em outras vidas, em reencarnação, sou espírita e eu acho que meu pai já completou o número de vidas suficientes para evoluir e, sabe aquelas pessoas que voltam na Terra só para acompanhar a gente? Meu pai é uma pessoa que... Eu fui a uma missa na semana passada e o padre falou da diferença entre as pessoas inteligentes e as pessoas sábias. Que, às vezes, algumas pessoas inteligentes vão por caminhos errados. As pessoas sábias buscam a paz. E a paz traz felicidade. E falou sobre o cordeiro de Deus, as pessoas que não reagem. As pessoas que aceitam e acolhem. Acho que meu pai tem muito disso. Ele é uma pessoa que não é reativa. Ele aceita as situações. E eu fui enxergando ao longo da vida – eu sou mais firme, minha mãe também – que talvez essa coisa acolhedora acaba fazendo com que as coisas se resolvam por elas mesmas e da maneira que tem que ser. Minha mãe é uma mulher forte, é uma mulher que acho que veio também para ajudar outras pessoas, muito firme, muito íntegra, muito curiosa, uma grande inspiração. Eu digo...

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