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Por: Museu da Pessoa,

Tecelagem forte

Esta história contém:

Tecelagem forte

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Minha mãe é baiana, o meu pai descendente de italiano. Eles trabalhavam na roça. Trabalhamos na roça até 79. Eles sempre trabalharam na roça, mudamos pra cidade em 79. Meu pai trabalhou mais 16 anos em Americana, na tecelagem e aposentou; minha mãe sempre foi dona de casa, nunca trabalhou fora. Tenho irmãos, tenho cinco irmãos vivos. Uma, que era antes do que eu faleceu. O cachorro mordeu, sarou muito rápido e parece que deu alguma coisa por dentro e em 45 dias ela morreu. Então, tenho cinco irmãos vivos. Não lembro o nome da primeira professora, mas eu lembro bem uma que me marcou. Depois dela que eu comecei a ir bem na escola, eu lembro que eu até corrigia alguma coisa pra professora, e era elogio, era gostoso, era coisa boa. Mas tive que trabalhar na roça. Terminei a quarta série, os pais precisavam que a gente trabalhasse, então, não teve aquele incentivo, não tinha condição pra continuar o estudo. Eu comecei a trabalhar em tecelagem, entrei fazendo limpeza, trabalhei um mês fazendo limpeza e já fui promovido. Trabalhei mais dois meses e também fui promovido, aí trabalhei cinco anos nessa empresa Com 17 anos eu queria trabalhar por conta, já tinha na cabeça trabalhar por conta. Aí eu fiz um curso de cabeleireiro em Campinas, foi um ano todo domingo fazendo o curso porque eu queria trabalhar por conta. Então, comecei fazendo isso daí. Depois, eu era muito nervoso então vinha bastante mulher pra cortar o cabelo, só que eu tinha feito o curso masculino. E, pelo fato de eu ser nervoso, eu fazia bem, só que eu não estava bem. Então, eu larguei isso daí porque eu não me sentia bem, simplesmente por causa do meu nervoso. Vinha bastante mulher pra cortar cabelo, eu tinha feito curso masculino, não tinha feito feminino, mesmo assim eu cortava, mas sempre com medo de errar, de alguém não gostar. Logo que eu casei, eu tinha na cabeça que os filhos tinham que vir sem problemas nenhum, sem ela tomar remédio ou passar um tempo....

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Dados de acervo

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P/1 – Bom, seu Antônio, vamos começar com o senhor se apresentando pra gente. O senhor pode dizer o seu nome, a data e local de nascimento

R – Antônio Aparecido Golin. Nasci em 14 do seis de 65

P/1 – Onde?

R – Em Lucélia, estado de São Paulo

P/1 – Antônio, conta um pouquinho dos seus pais pra gente. O que eles faziam?

R – Minha mãe é baiana, o meu pai descendente de italiano. Eles trabalhavam na roça. Trabalhamos na roça até 79. Eles sempre trabalharam na roça, mudamos pra cidade em 79. Meu pai trabalhou mais 16 anos em Americana, na tecelagem e aposentou; minha mãe sempre foi dona de casa, nunca trabalhou fora

P/1 – Como eram os nomes deles?

R – Meu pai é Ermelindo Golin, e Laurita de Assis Golin

P/1 – E vocês sabem como eles se conheceram?

R – Eles só se viram praticamente, aí acertaram de casar, parece que não houve muito contato. É a história que conta. Aí casou

P/1 – Entendi. Você sabe porque sua mãe veio da Bahia, pra Lucélia?

R – Não. Eu acho que foi pra mudança de vida. Mas não sei também porque meus avós eram sitiantes lá, então acredito que não era assim tão ruim. Mas mesmo assim...

P/1 – E você chegou a conviver com seus avós?

R – Sim

P/1 – Tem lembranças deles? Conta pra gente como é que era

R – Ah, meu avô, ele capava muito porco, vamos falar assim, vivia fazendo isso, além de trabalhar na roça também. Minha avó, eu gostava de ir na casa dela pra poder comer a comida dela que era muito boa

P/1 – O que ela fazia pra você?

R – Fazia carne de panela, gostava muito de visitar eles

P/1 – E como é que foi a sua infância em Lucélia? A casa que o senhor morava?

R – A infância. Eu não brincava muito com menino porque no lugar não tinha muito menino, brincava com as meninas. Eu considero que foi uma infância boa, sem grandes problemas

P/1 – Você tem irmãos?

R – Tenho irmãos, tenho cinco irmãos vivos. Uma, que era primeira do que eu faleceu. O...

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