Projeto Conte sua História
Depoimento de Talita Isabel Soares
PCSH_HV860
Entrevista de Thalita Isabel Soares, entrevistado por Fernanda Regina, PCSH HV860, dia 23 de julho de 2020. Isabel, qual o seu nome, local e data de nascimento?
Meu nome é Thalita Isabel Soares, nasci dia 28 do 7 de 93, local de nascimento Paraná, Andirá.
Talita, quais os nomes dos seus pais?
Ana Isabel Soares, meu pai não consta no meu registro.
O que a sua mãe faz?
Minha mãe é costureira e faz, mexe com costura, reparos e etc.
Você lembra como era a primeira casa que você morou?
Lembro. Era bem simples, né? O quintal era grande, mas a casa era pequena. Muito mato, era bem afastado da cidade.
Você lembra de alguma história nessa casa? Alguma história que você viveu, que te marcou?
Uma história? Lembro uma vez que deu uma chuva muito, muito, muito forte onde eu morava, e aí levou o telhado, o vento levou o telhado e a caixa d'água, e essa história ficou marcada assim pra sempre.
Conta mais essa história, como foi esse dia?
Foi horrível. Assim, todos os vizinhos, né? Aconteceram isso. Ficou bem marcado porque eu era pequena. Eu achei aquilo horroroso. Ficou marcado.
Você tem irmãos?
Tenho uma irmã. Menor do que eu, né? Hoje ela tem 19 anos.
Como era a sua cidade quando você era criança?
Cidade? Ah, era bem mais simples, a gente brincava na rua, era uma... Brincava menino e menina, não tinha competição, não tinha nada. Era bem, bem legal.
Quais brincadeiras vocês costumavam brincar?
Ah, esconde-esconde, E aí tinha uns esconderijos bem difíceis, pega-pega, e a gente brincava de figurinha também, bater figurinha, sabe? Até escurecer e a mãe chamar.
Você tinha bastante amigos nessa época?
Tinha. A gente brincava bastante na rua. Eu lembro que todos os meus amigos tinham bicicleta, aí eu não tinha, aí eu tinha que esperar pra pedir pra dar uma volta na bicicleta deles.
Quais mais histórias você lembra com seus amigos na infância, que...
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Projeto Conte sua História
Depoimento de Talita Isabel Soares
PCSH_HV860
Entrevista de Thalita Isabel Soares, entrevistado por Fernanda Regina, PCSH HV860, dia 23 de julho de 2020. Isabel, qual o seu nome, local e data de nascimento?
Meu nome é Thalita Isabel Soares, nasci dia 28 do 7 de 93, local de nascimento Paraná, Andirá.
Talita, quais os nomes dos seus pais?
Ana Isabel Soares, meu pai não consta no meu registro.
O que a sua mãe faz?
Minha mãe é costureira e faz, mexe com costura, reparos e etc.
Você lembra como era a primeira casa que você morou?
Lembro. Era bem simples, né? O quintal era grande, mas a casa era pequena. Muito mato, era bem afastado da cidade.
Você lembra de alguma história nessa casa? Alguma história que você viveu, que te marcou?
Uma história? Lembro uma vez que deu uma chuva muito, muito, muito forte onde eu morava, e aí levou o telhado, o vento levou o telhado e a caixa d'água, e essa história ficou marcada assim pra sempre.
Conta mais essa história, como foi esse dia?
Foi horrível. Assim, todos os vizinhos, né? Aconteceram isso. Ficou bem marcado porque eu era pequena. Eu achei aquilo horroroso. Ficou marcado.
Você tem irmãos?
Tenho uma irmã. Menor do que eu, né? Hoje ela tem 19 anos.
Como era a sua cidade quando você era criança?
Cidade? Ah, era bem mais simples, a gente brincava na rua, era uma... Brincava menino e menina, não tinha competição, não tinha nada. Era bem, bem legal.
Quais brincadeiras vocês costumavam brincar?
Ah, esconde-esconde, E aí tinha uns esconderijos bem difíceis, pega-pega, e a gente brincava de figurinha também, bater figurinha, sabe? Até escurecer e a mãe chamar.
Você tinha bastante amigos nessa época?
Tinha. A gente brincava bastante na rua. Eu lembro que todos os meus amigos tinham bicicleta, aí eu não tinha, aí eu tinha que esperar pra pedir pra dar uma volta na bicicleta deles.
Quais mais histórias você lembra com seus amigos na infância, que você lembra da sua infância?
Nossa, bastante coisa. Eu lembro que a gente, quando íamos pra escola, a gente passava um na casa do outro pra ir junto. Na volta também da escola, voltávamos sempre juntos. É uma coisa bem mais unida, né?
Bem... Pode contar pra gente alguma história dessa época? História que você lembre que te marcou?
Tentando lembrar. Uma vez a gente fez uma competição de bicicleta, descendo um morro assim. Um morro íngreme, sem asfalto, sem nada, de bicicleta. Três, quatro crianças. Aí eu lembro que eu desci, bati na pedra e a bicicleta foi capotando assim. E aí eu levantei, meu nariz cheio de sangue Não tava doendo nada, mas tava todo mundo assustado E aí eu fui pro hospital e tinha quebrado o.
Nariz E aí, o que a sua mãe falou? Como é que foi?
Aí avisaram a minha mãe e ela foi me buscar lá no hospital e eu tava toda inchada E ela falou, não, essa não é Thalita. Eu tava feia Mas fazer o quê? No fim, deu tudo bem E a.
Sua relação com a sua mãe, como é que era? sua relação com a sua mãe?
Bem... Era bem próxima, bem... Nunca desentendemos, nem nada disso. Era bem apegada mesmo, né?
Você lembra de algum conselho que ela te deu? Alguma história com ela?
Conselho? Um conselho que ficou marcado Foi que quando eu comecei a namorar, e aí resolvi namorar, e aí eu resolvi sair de casa e ela falou, ah, não vai, não sei se tá preparada. E aí eu bati o pé e falei, não vou, e no final deu tudo errado mesmo. E aí é bom que a gente sempre tem que escutar, né? Sempre escutar a mãe, por mais que não pareça o que ela tá falando, eu acho que no final é realmente isso.
Você era adolescente nessa época desse primeiro namoro?
É, eu completava 19 anos. Rebelde.
Então vamos voltar um pouquinho. Você lembra do seu primeiro dia de aula quando você era criança?
Primeiro dia de aula eu lembro. eu lembro que no meu primeiro dia de aula, eles iam, na escola pública e tal, eles iam sortear três lancheiras, né, na escola, porque não tinha pra todo mundo, e eu lembro que eu fiquei muito feliz que eu fui sorteada, a lancheira vermelha. Aí eu voltei pra casa toda feliz pra contar. Eu acho que foi a sorte grande, assim, no primeiro dia de aula.
E como eram, Como era a sua relação com os professores? Tinha algum especial que fez parte da sua vida, que você se lembra?
Tinha a professora Marisol, né, do meu pré. Marcou bastante. Ela... Porque não é que ela me tratava assim, de forma diferente. Como ela tratava todo mundo isso. É bacana. Ela não tratava uma pessoa diferente, ela tratava todos, né?
E como era esse tratamento? Como vocês se relacionavam?
Então, é que, assim, depois de outros professores, aí a gente dá para fazer essa comparação, mas ela não era muito autoritária, se a criança estava chorando, ela não, sei lá, falava Depois você me conta. Não, ela chegava, conversava, e isso realmente marcou. Eu acho que não só pra mim, pra todo mundo que era da minha sala. A professora Marisol marcou todos nós.
Você tem alguma história na escola pra contar?
Que você se lembre. Não. Tudo que eu lembro é que eu gostava muito de educação física. pra não fazer lição. Era isso. Eu gostava muito de educação física, correr, e às vezes só tinha menina e eu gostava de ficar correndo lá. Era bem... Bem moleca.
E a sua irmã, você falou que ela era mais nova, né? Você lembra quando foi que ela nasceu? Como você se sentiu? Como foi esse momento pra família?
Ah, foi legal. A gente também era bem próximas, né? E aí eu achava, quando ela nasceu, eu achava que ela era uma boneca, né? Todos os cuidados. E é isso. Hoje a nossa relação também é bem próxima. Ela ficou bem mais alta do que eu. Então hoje ela cuida de mim.
E vocês duas têm alguma história juntas? Uma história que vocês se lembrem?
Eu tenho uma história bem bizarra. Quando a minha mãe, na época, trabalhava fora, e aí a gente brigava e brigava e falava de novo, sempre fomos assim, nunca deixamos de falar. E aí uma vez ela estava me perturbando, me infernizando, eu peguei aqueles carrinhos de alumínio, sabe? Eu falei, ai, para Larissa, joguei e taquei na cabeça dela e o carrinho ficou pendurado assim E eu comecei a chorar e ela também Comecei a chorar e a nossa preocupação era, a mãe vai bater em nós duas Não era nem de tirar o carrinho E como.
Que terminou essa história? Que machucou?
A sua mãe chegou, levou ela para o hospital e depois Deu uma bela de uma bronca em nós duas. No fim, deu tudo certo. Mas até hoje ela tem a cicatriz.
Moravam vocês três na casa? Como é que era?
Maravilhosa. Tanto que quando ela faleceu, nossa... Eu acho que foi o que mais senti, assim. Ela cuidou da gente, ajudou a minha mãe e tal. desde pequena, né?
Fala mais sobre a sua avó. Conta alguma história de vocês duas juntas.
Ela é uma senhora, mas ela também era bem agitada. Então, ela gostava de viajar. Ela ia vir de São Paulo para Paraná direto. E eu acompanhava ela sempre. Então, acho que a nossa relação foi bem, muito, muito ligada mesmo. Não consigo lembrar nenhuma história, assim, chocante com ela.
Não precisa ser uma história chocante, pode ser uma história comum do seu dia a dia. Como era um dia de vocês juntas, vocês quatro?
Ela gostava de cuidar das plantas, ela gostava de fazer biscoito de polvilho também. Era bem calmo, era bem tranquilo, não tinha nada dessa agitação aqui.
Quanto tempo no Paraná?
Isso! Quanto tempo? Eu vim pra São Paulo e pra Embu das Artes, né? Depois mudei pra São Bernardo.
E como foi essa mudança? Como você se sentiu? Você queria vir pra São Paulo?
Olha, eu queria, porque eu achava que lá onde eu morava era bem pacato, bem tranquilo Aí hoje eu já quero voltar pra lá Mas pela fama de São Paulo, uma coisa inovadora e tal, é isso que chamou a atenção Mas hoje, se você me perguntasse, eu gostaria muito de voltar pra lá.
E como foi chegar aqui em São Paulo?
Foi... Foi assustador. Pra mim, assustador, assim. No sentido de... Muita agitação, trollibus. Eu não sabia o que era trollibus. Trem, essas coisas. Não tinha nada de lá. Nunca tinha visto. Na escola também, eu fui aprendendo as gírias e aí tudo funcionou.
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