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Personagem: Talita Isabel Soares
Por: Museu da Pessoa, 23 de julho de 2020

Sobrevivendo 2020

Esta história contém:

Sobrevivendo 2020

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Tá sendo super difícil. É complicado [trabalhar na pandemia de Coronavírus] você tem que atender pessoas, você tem que se cuidar e cuidar da pessoa. É complicado porque você tem que fazer um exercício de lavar a mão toda hora, você tem que sair do seu local, eu acho que é um exercício, mas espero que a gente aprenda, além de você se cuidar, você tem que cuidar da pessoa que está ao seu lado. A visão que eu tenho é que não dá para ser egoísta agora.

O que mudou na minha vida? Além do salário? Salário cortado pela metade. Como eu gostava muito de sair, eu acho que foi isso, fui brecada (risos). Eu acho que agora a gente está aprendendo a ter que conviver com a gente mesmo, não tem para onde correr, “Ah, estou triste, vou para um barzinho”. Não dá, estou triste vamos tentar resolver se olhando no espelho em casa, acho que é isso.

Teve redução de horário e de salário. Então a gente está fazendo seis horas agora, final de semana não abre. Eu acho que antes [do Corona] eu não encarava, se eu estava triste eu ia no barzinho, cinema, tudo para disfarçar a tristeza. Aí veio o Coronavírus e me fez enxergar.

Agora, a gente tem que tentar se reerguer. Fiquei dois meses [de quarentena], aí voltaram a chamar de novo. Voltar para o trabalho foi complicado, porque [para] atender as pessoas a gente fica meio insegura, eu não me sinto totalmente segura com a máscara, por mais que eu troque, lave as mãos, fica esse sentimento de insegurança, qualquer dor de garganta você já acha que está com vírus. Eu acho que até o final do ano [de 2020] a gente vai ter essa insegurança mesmo.

Eu passei dois meses desenhando, eu ficava postando e o pessoal falou: “Ah, ficou legal”, pode se dizer que dois meses eu fiquei treinando meus desenhos para não surtar. Foi [um hobby que descobri na quarentena], eu falei: “Vou começar a desenhar a partir de desenhos da internet” que eu copiava, aí depois eu...

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Projeto Conte sua História

Depoimento de Talita Isabel Soares

PCSH_HV860

Entrevista de Thalita Isabel Soares, entrevistado por Fernanda Regina, PCSH HV860, dia 23 de julho de 2020. Isabel, qual o seu nome, local e data de nascimento?

Meu nome é Thalita Isabel Soares, nasci dia 28 do 7 de 93, local de nascimento Paraná, Andirá.

Talita, quais os nomes dos seus pais?

Ana Isabel Soares, meu pai não consta no meu registro.

O que a sua mãe faz?

Minha mãe é costureira e faz, mexe com costura, reparos e etc.

Você lembra como era a primeira casa que você morou?

Lembro. Era bem simples, né? O quintal era grande, mas a casa era pequena. Muito mato, era bem afastado da cidade.

Você lembra de alguma história nessa casa? Alguma história que você viveu, que te marcou?

Uma história? Lembro uma vez que deu uma chuva muito, muito, muito forte onde eu morava, e aí levou o telhado, o vento levou o telhado e a caixa d'água, e essa história ficou marcada assim pra sempre.

Conta mais essa história, como foi esse dia?

Foi horrível. Assim, todos os vizinhos, né? Aconteceram isso. Ficou bem marcado porque eu era pequena. Eu achei aquilo horroroso. Ficou marcado.

Você tem irmãos?

Tenho uma irmã. Menor do que eu, né? Hoje ela tem 19 anos.

Como era a sua cidade quando você era criança?

Cidade? Ah, era bem mais simples, a gente brincava na rua, era uma... Brincava menino e menina, não tinha competição, não tinha nada. Era bem, bem legal.

Quais brincadeiras vocês costumavam brincar?

Ah, esconde-esconde, E aí tinha uns esconderijos bem difíceis, pega-pega, e a gente brincava de figurinha também, bater figurinha, sabe? Até escurecer e a mãe chamar.

Você tinha bastante amigos nessa época?

Tinha. A gente brincava bastante na rua. Eu lembro que todos os meus amigos tinham bicicleta, aí eu não tinha, aí eu tinha que esperar pra pedir pra dar uma volta na bicicleta deles.

Quais mais histórias você lembra com seus amigos na infância, que...

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