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Por: Museu da Pessoa,

Simplicidade, afeto e música. Um retrato do Brasil

Esta história contém:

Simplicidade, afeto e música. Um retrato do Brasil

P/1 – Então, para começar, gostaria que você dissesse nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é José Rodrigues de Oliveira, nascido no dia 18 de junho de 1950, no município de Boa Viagem, no sertão do Ceará.

P/1 – Toda a família é da mesma cidade?

R – Os que não são da mesma cidade são vizinhos, mas meus irmãos mesmo são todos da mesma cidade... Nasceram na mesma casa.

P/1 - Pais? Avós?

R – Os pais e os avós, os pais dos maternos nasceram em Boa Viagem. E os pais dos paternos nasceram no município de Quixeramobim. Que é vizinho.

P/1 – Como se chamam os seus avós maternos?

R – Os maternos chamam Joaquim Rodrigues Carneiro e Maria Amélia Rodrigues Carneiro.

P/1 – Você os conheceu?

R – Graças a Deus.

P/1 – Conta um pouquinho como eles eram, a vida deles.

R – Você quer saber fisicamente, ou a forma como viviam?

P/1 – As duas coisas. [risos]

R – As duas coisas? Meu avô era um cidadão um tanto humorista. Ele observava e sempre fazia críticas gracejantes. Era uma forma dele. E era também reconhecido como conselheiro. Quando alguém estava com dificuldade em determinados problemas o procurava para obter dele um conselho para uma melhor solução do problema. Às vezes quando não conseguia resolver o problema, também não multiplicava. Antes, sempre amenizava. E, apenas um exemplo, lá no interior do Nordeste tem todas aquelas questões de terras. Para vocês pode até ser estranho. Você compra aquela determinada quantidade de terras, que lá chama léguas. Meia légua, uma légua, duzentas braças e assim por diante. Então você tem muito aqueles questionamentos. Que são aqueles piques tirados há tantos anos. Depois o mato crescia e escondia aqueles limites e, um mais esperto começava a explorar a terra do outro. Aí começava aquele atrito entre famílias. Aquela questão, aquela briga. Saía até morte muitas vezes por causa...

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Dados de acervo

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Projeto: Aché

Depoimento de: José Rodrigues de Oliveira

Entrevistado por: Eliana Reis e Immaculada Lopez

Data: 15 de julho de 2002

Local: Guarulhos

Realização: Museu da Pessoa

Código: ACHE_HV025

Transcrito por: Maria da Conceição Amaral da Silva

Revisado por: Luíza Barboza Gomes

P/1 – Então, para começar, gostaria que você dissesse nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é José Rodrigues de Oliveira, nascido no dia 18 de junho de 1950, no município de Boa Viagem, no sertão do Ceará.

P/1 – Toda a família é da mesma cidade?

R – Os que não são da mesma cidade são vizinhos, mas meus irmãos mesmo são todos da mesma cidade... Nasceram na mesma casa.

P/1 - Pais? Avós?

R – Os pais e os avós, os pais dos maternos nasceram em Boa Viagem. E os pais dos paternos nasceram no município de Quixeramobim. Que é vizinho.

P/1 – Como se chamam os seus avós maternos?

R – Os maternos chamam Joaquim Rodrigues Carneiro e Maria Amélia Rodrigues Carneiro.

P/1 – Você os conheceu?

R – Graças a Deus.

P/1 – Conta um pouquinho como eles eram, a vida deles.

R – Você quer saber fisicamente, ou a forma como viviam?

P/1 – As duas coisas. [risos]

R – As duas coisas? Meu avô era um cidadão um tanto humorista. Ele observava e sempre fazia críticas gracejantes. Era uma forma dele. E era também reconhecido como conselheiro. Quando alguém estava com dificuldade em determinados problemas o procurava para obter dele um conselho para uma melhor solução do problema. Às vezes quando não conseguia resolver o problema, também não multiplicava. Antes, sempre amenizava. E, apenas um exemplo, lá no interior do Nordeste tem todas aquelas questões de terras. Para vocês pode até ser estranho. Você compra aquela determinada quantidade de terras, que lá chama léguas. Meia légua, uma légua, duzentas braças e assim por diante. Então você tem muito aqueles questionamentos. Que são aqueles piques...

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