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Por: Museu da Pessoa,

Separações e aquisições

Esta história contém:

P/1 – Doutor Estelita, eu queria começar a entrevista com o senhor dizendo para a gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Bom, meu nome é Romeu Estelita Cavalcanti Pessoa Filho. Nasci na cidade de Manaus, Amazonas. No dia 23 de setembro de 1929.

P/1 – E como chama, chamava seu pai?

R – Meu pai chamava-se Romeu Estelita Cavalcante Pessoa.

P/1 – E sua mãe?

R – Minha mãe, Aldeída Gomes Estelita.

P/1 – E o seu pai fazia o quê, doutor Estelita?

R – Era advogado, e quando fomos para Goiás ele entrou na magistratura. Ele foi juiz de direito.

P/1 – O seu pai é do Ceará?

R – É do Ceará.

P/1 – Ele também teve uma carreira, por que é que o senhor nasceu em Manaus?

R – Ele formou-se em Pernambuco, em Recife, pela Faculdade de Recife e foi advogar no interior de... advogar em, no Amazonas. Passou por Belém, conheceu minha mãe, se casou. E estava advogando no interior do Amazonas quando veio a crise da borracha. Justamente em 1929. O ano do meu nascimento. E com a crise da borracha acabou-se Amazonas, acabou-se Acre, acabou-se Pará e eles se mudaram para o sul.

P/1 – O senhor tem irmãos?

R – Tenho uma irmã, já nascida em Goiás.

P/1 – Então a família toda se transferiu para Goiás?

R – Não. Antes passamos pelo Rio, um pouco aqui em São Paulo e fomos para Goiás. Meu pai era muito bravo, dizia que tinha caído no conto do vigário do Getúlio Vargas na Marcha para o Oeste. (riso) E ele ficou muito bravo. E quando ele chegou em Goiás tinha muito serviço para ser feito só não tinha dinheiro para pagar. Todo mundo queria pagar com frango, com porco, com vaca. E ele dizia: “Eu não quero isso.” (riso) Então o jeito que teve foi fazer um concurso e entrou para a magistratura. E ficou lá até a morte.

P/1 – E o senhor era menino então nessa mudança para Goiás? Que idade o senhor tinha?

R – Para Goiás...

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Dados de acervo

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Projeto Memória Votorantim - Nossa gente faz história

Depoimento de Romeu Estelita Cavalcanti Pessoa Filho

Entrevistado por Judite Zuquim e Cláudia Fonseca

São Paulo, 03 de março de 2005

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista MV_HV031

Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva

Revisado por Teresa de Carvalho Magalhães

P/1 – Doutor Estelita, eu queria começar a entrevista com o senhor dizendo para a gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Bom, meu nome é Romeu Estelita Cavalcanti Pessoa Filho. Nasci na cidade de Manaus, Amazonas. No dia 23 de setembro de 1929.

P/1 – E como chama, chamava seu pai?

R – Meu pai chamava-se Romeu Estelita Cavalcante Pessoa.

P/1 – E sua mãe?

R – Minha mãe, Aldeída Gomes Estelita.

P/1 – E o seu pai fazia o quê, doutor Estelita?

R – Era advogado, e quando fomos para Goiás ele entrou na magistratura. Ele foi juiz de direito.

P/1 – O seu pai é do Ceará?

R – É do Ceará.

P/1 – Ele também teve uma carreira, por que é que o senhor nasceu em Manaus?

R – Ele formou-se em Pernambuco, em Recife, pela Faculdade de Recife e foi advogar no interior de... advogar em, no Amazonas. Passou por Belém, conheceu minha mãe, se casou. E estava advogando no interior do Amazonas quando veio a crise da borracha. Justamente em 1929. O ano do meu nascimento. E com a crise da borracha acabou-se Amazonas, acabou-se Acre, acabou-se Pará e eles se mudaram para o sul.

P/1 – O senhor tem irmãos?

R – Tenho uma irmã, já nascida em Goiás.

P/1 – Então a família toda se transferiu para Goiás?

R – Não. Antes passamos pelo Rio, um pouco aqui em São Paulo e fomos para Goiás. Meu pai era muito bravo, dizia que tinha caído no conto do vigário do Getúlio Vargas na Marcha para o Oeste. (riso) E ele ficou muito bravo. E quando ele chegou em Goiás tinha muito serviço para ser feito só não tinha dinheiro para pagar. Todo mundo queria pagar com frango, com...

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