Cacos” é a reconstrução do sequestro que você sofreu.
Você está tomando um vinho maravilhoso ... quando começa a não escutar de um ouvido.
Quando sua audição retorna ela não é mais a mesma. Suas convicções tornaram-se também “corpos estranhos”.
Uma biópsia seguida de um tratamento invasivo e violento estilhaça suas convicções.
Quais eram elas?
Para tratar da dor você demarca o território atacado por aquela bomba de células equivocadas e cruéis. Protege o pescoço com um cachecol que alguém amorosamente tricotou para você.
Agora tem que catar os cacos de suas convicções e colá-los.
Não gosta do resultado da “cola”.
Sai para um passeio à beira-mar e pisa em um caco verde. Sangra. Dói.
Talvez seja melhor enfrentar as dores de ganhar novas convicções do que as dores de colar as convicções de outrora.
Nova convicção livre da dor. “Você ri porque só agora você me vê.”
“Ama-se como és”, na essência sempre foi...
“passei, passou”.
Você se liberta do cativeiro. Conquista uma liberdade que bem provável seja libertação. Porque liberdade é para o próximo livro..
(É muito bom viajar nesse intuito, o de resignificar todo o seu processo. Com certeza, de cura. Tudo que escrevo aqui são devaneios que permeiam a balada para um louco, movimentos em direção à criação de algo menos dolorido. Como sarar de um porre. Depois de uma ressaca absurda no qual o mundo girou antes de cair inteiro sobre sua cabeça. Acho que você vai conseguir se livrar desses militares intrusos e equivocados! )