Projeto Memória Petrobras
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Sandra Barbosa
Entrevistado por Márcia de Paiva
Mossoró, 16 de fevereiro de 2005
Realização Museu da Pessoa
Entrevista nº CB-RNCE-13
Transcrito por Marllon Chaves
Revisado por Isadora Catem Santos
P- Bom dia, gostaria de começar a entrevista pedindo que você nos diga seu nome completo, local de data de nascimento.
R- Sandra Mary Sales Barbosa, Fortaleza, no Ceará, 14 de março de 1968.
P- Sandra, conta pra gente como foi o seu ingresso na Petrobras?
R- Bom, meu ingresso foi um momento muito importante pra mim, na época que eu estava fazendo meu curso técnico, eu tinha pelo menos a ambição de ser estagiária. Era um sonho pelo menos estagiar na Petrobras. E quando eu fiz o concurso que eu consegui passar, eu fiquei muito feliz. Porque quando eu passei na antiga, a Lubnor antigamente era ASFOR, eu passei no primeiro concurso pra ASFOR, eram poucas pessoas, eu fiquei na lista de chamada.
P- Como que é, ASFOR?
R- ASFOR, era Asfalto Fortaleza, antigamente, né? É o nome antigo. E depois, com pouco tempo, como estava demorando, eu resolvi fazer pra, antigamente era RPNS, aí eu fiz pra RPNS e passei novamente.
P- E RPNS era o que?
R- Que é hoje a UN-RNCE (Unidade de Negócios Rio Grande do Norte e Ceará), antigamente era RPNS. Então quando eu consegui passar aqui, me chamaram, eu fiquei muito feliz, porque queria o estágio, de repente estava aprovada pra dois concursos pra Petrobras, foi tudo, foi muito bom. E num primeiro momento me chamaram, eu ia ser lotada em Fortaleza, mas eu tinha que começar por Natal, eu tinha que fazer um treinamento, conhecer o laboratório, conhecer as análises. O mundo de petróleo era um mundo que a gente não tinha muito conhecimento, então foi muito, muito interessante. Era tudo novo, era empresa, carteira assinada, era uma cidade nova, era você ter que se virar sozinha, era muita novidade.
P- Isso foi em que ano?
R- Isso foi em 87.
P- Sandra, você estava fazendo um curso técnico, que você falou, era um curso de?
R- Era profissionalizante, era um curso de Química, antigamente era Escola Técnica Federal do Ceará, que hoje é CEFET. Então, eu estava fazendo esse curso, ainda não tinha nem terminado. Foi a época, acho que foi tudo no momento certo. Foi a época que eu terminei e o tempo que me chamaram pra ingressar na Petrobras.
P- Então de Fortaleza você veio direto pra Natal, você nem ficou lá em Fortaleza?
R- Não, não cheguei, num primeiro momento eu nem cheguei a trabalhar lá. Eu fui posteriormente, mas a título de substituir um colega que estava de férias, se ausentou e eu fiquei fazendo o serviço dele, mas foi um período curto, 3 meses.
P- E como foi essa vida nova pra você, trabalho novo, cidade nova?
R- Ah, eu acho que foi mágico, foi muito bom, porque de repente você está entrando numa empresa de um porte muito grande, um peso muito grande, Petrobras. Está começando a trabalhar numa capital que você não tem o menor conhecimento. Aos 19 anos você tem que se virar e começar a aprender a andar numa cidade sozinha, sem ajuda de ninguém. Pra mim foi muito legal, primeiro porque eu comecei… Passei três meses aprendendo em Natal, o trabalho. Logo em seguida me mandaram pro polo de Guamaré, que também foi muito bom pra mim porque eu peguei o final da produção, né? Todos esses anos eu peguei todas as etapas do processo de produção. Então quando eu cheguei lá eu tinha que analisar o óleo que embarcava nos navios. Foi muito bom ver todo aquele processo, como o óleo chegava, separava, aqueles tanques muito grandes, aquele mundo que você desconhecia, então foi muito rico, foi muito rico e foi muito especial no meu amadurecimento profissional. Foram momentos muito especiais, que eu me sinto privilegiada em ter passado por eles, por essas fases.
P- E você tem alguma lembrança marcante desses anos todos que você está aqui na Petrobras, o que mais foi marcante pra você ?
R- Olha, foi tudo tão marcante. Eu costumo dizer pra os que estão entrando agora que a melhor coisa é você passar por todas as etapas no campo, no campo de produção mesmo, porque você amadurece, você entende como funciona a Petrobras.
P- Explica um pouquinho esse processos todos que você fala, quais as etapas, pra gente entender.
R- Então tá bom. O como seria, porque uma coisa é você estar num laboratório, e você entender um laboratório, você tem que fazer uma análise e você tem que dar um resultado. Mas o mais interessante, eu costumo dizer que a gente está assim, o nosso trabalho seria um palco, é você conhecer atrás das cortinas. Então é conhecer em que peso tem essa sua análise em todo o processo. É conhecer que aquela análise é importante pra um óleo que vai embarcar porque a refinaria tem uma especificação, você tem que atender aquele óleo, aquela condição daquele óleo. É você entender como aquele óleo sai de um poço e vai terminar em Guamaré. Como é que ele sai de um campo aqui, tão longe, no Riacho da Forquilha, que é um campo da gente, distante e vai terminar em Guamaré e de lá vai pra um navio que vai pra um outro estado. Então é você entender todo esse processo. A área como o operador precisa da informação, porque ele precisa bombear o óleo. O óleo tem que chegar na estação coletora, como aquele óleo tem que sair, aquela água, qual a especificação pra aquela água separar do óleo, o que fazem com aquela água que separam do óleo, como aquele óleo chega em Guamaré, o que eles fazem ainda quando esse óleo chega lá. Se ele vai puro, se vai misturado com outros óleos, de outros campos. E quais são os processos que ele passa pra poder entrar dentro de um navio. Tudo isso eu acho que é uma fase interessantíssima pra pessoa amadurecer profissionalmente pra nossa área também, a área de química também.
P- E cada passagem dele. Daqui do poço pro polo de Guamaré, ele tem um atestado, ele passa por um trabalho de laboratório e sai.
R- Ele passa, hoje nós temos exigências da ANP (Agência Nacional do Petróleo), mas ele passa sim. Quando esse óleo vai para uma estação ele é bombeado. Deixa eu voltar, me permita voltar um pouquinho, quando esse poço é pra produzir, ele precisa ter uma água pra injetar. Essa água pra injetar, ela precisa ter uma análise de compatibilidade, pra ver se essa água possa realmente ser injetada naquele poço. Porque pra produzir a gente hoje faz uso de recuperações secundárias. Nas nossa área a gente usa água, Fazenda Belém usa vapor. Então essa água quando ela vai ser injetada num poço, ela precisa estar dentro de uma especificação. O laboratório pra saber se pode ou não pode injeta água lá dentro do poço. O poço começa a produzir, entra o BSW.
P- BSW é o que?
R- Basic Sedment Wather, é a separação, quanto que aquele poço está produzindo de água e sedimentos. Então na nossa área a gente faz alguns, mas os operadores têm mais responsabilidade. Eles vêm quanto aquele poço está produzindo de água, mandam pra estação coletora. A estação coletora tem que separar essa água, porque não interessa essa água, querem só óleo. Então eles separam essa água. Quando separa essa água e vai pra, isso a gente chama Estação Coletora, esse óleo passa na ETO, Estação de Tratamento de Óleo. Quando esse óleo é separado na ETO, que sai a água, essa água vai para uma ETE, Estação de Tratamento de Efluentes. Aí a gente entra com assessoria para os operadores, a gente faz calibração de instrumentos, porque eles têm que monitorar o teor de óleo e graxa, que nós chamamos de TOG. E isso é um dos parâmetros importantíssimos pro meio ambiente. Que não pode ser injetada água nem muito TOG, com ele muito alto e nem pode-se descartar no meio ambiente, que também, tem um TOG muito alto. Então a gente entra nessa parte de assessoria aos operadores. Eles fazem a análise, nós também fazemos em paralelo, por métodos diferentes, mas nós assessoramos com uma parte de calibração de equipamentos. Quando essa água é separada, eles vão fazer todo um tratamento na ETE pra reinjetar, acho todo esse momento é importante. Quando esse óleo vai pra Guamaré, ele é novamente misturado com óleos de outras áreas. Esse óleo que saiu com pouca água, que chega lá com pouca água, vai ter novamente muita água, porque tem campos mais antigos com alta produção. Então lá eles separam novamente, entra o laboratório de lá com a especificação, porque eles precisam tratar esse efluente, eles vão descartar num emissário, precisa estar tudo dentro dos parâmetros, dentro de uma especificação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Basicamente é isso. E também tem o óleo, o óleo tem toda a especificação de novo. Separou, agora com outra finalidade, a finalidade das refinarias, ele tem que estar dentro das especificações das refinarias. Ele passa por várias etapas, mas com finalidades diferentes, né? O oleoduto não vai injetar, colocar muito óleo com água. Chega lá, separa a água porque também não que, mas o óleo também tem que estar dentro de uma especificação pra ver qual refinaria que vai atender. Então, tem todas essas etapas que é preciso atravessar.
P- E você passou por todas essas etapas?
R- Sim, já tive esse privilégio de passar por todas elas. Então eu sinto o quanto isso é importante, quanto isso amadurece, porque às vezes a gente sente colegas, contratados ou não, Petrobras ou não, que: "Pra que é esse TOG, o que faz esse TOG? Ah por que esse TOG está bom quando está com 5 miligramas por litro e está bom quando está com 20? Eu não entendo. O que é ETE, o que é ETO?" Então a gente que vivenciou, por exemplo, sim porque também tem a geração de vapor...
P- ETE e ETO?
R- Estação de Tratamento de Óleo e Estação de Tratamento de Efluentes. Aí tem Fazenda Belém, que é geração de vapor. "Por que lá o vapor é assim? Por que a gente faz? Por que são as operadoras que fazem isso, por que não somos nós?" Então tem perguntas. "Por que lá injeta vapor, aqui injeta água?" Então eu tive esse privilégio de acompanhar todas as etapas, é muito bom quando você chega uma hora, diz: "Não isso aí está acontecendo por isso, isso e isso. Porque o óleo lá, ele realmente tem um API baixo. Não, porque essa área tem que ser vapor, não tem condições..." Então é muito bom quando você fala, quando você está vendo um resultado. E a gente vai receber um laboratório novo agora. Então é muito bom, você viu pequenininho, aquele laboratório pequenininho. Hoje você já fala num laboratório de grande porte. É muito bom muito gratificante isso, sabe?
P- Quando você trabalhou no poço, você sentiu alguma sensação de ser diferente por ser mulher, como é que é uma mulher trabalhando no campo?
R- É diferente, você chega...
P- É muito homem trabalhando?
R- Muito homem trabalhando, muito homem. Você chega no ambiente, você já sente. Assim, eu já entrei, acho, muito nova numa empresa do porte da Petrobras, 19 anos eu acho que é muito nova. Aí você entra, aquele mundo de homem, cheio de homens, né? Aí você tem que tomar uma postura diferente, você tem que tomar uma atitude diferente e tem que ver como é o respeito que eles têm que lhe dar, porque não está ali a mulher, está a profissional que quer exercer as suas atividades, mas que tem uma limitação, né? A gente não, fisicamente a gente tem a nossa limitação, mas eu achei que o pessoal, que as pessoas, que os profissionais, eles souberam respeitar. E eu acho que eles sabem mais ainda hoje, com a quantidade de mulheres que nós temos. As mulheres sentem, a gente sente uma dificuldade quando entra.
P- Quando você entrou tinha menos, como era?
R- Ah, bem menos.
P- Tinha outra mulher trabalhando com você?
R- Não, pouquíssimas. Quando eu entrei, eu entrei no laboratório, tinha a parte administrativa, não senti tanto. Passei 3 meses em Natal, não senti tanto isso. Agora, quando eu fui pro polo, era só eu de mulher como técnica química, pra revezar com os outros técnicos. Tinha uma enfermeira e só. Os outros profissionais eram da cozinha. Então era muito assim, interessante, depois começou a aparecer mulher na área de instrumentação, aí foi melhorando. Mas no começo você sente, né, você não tem muita mulher assim, como é que eu vou explicar, as mulheres pra sentir no dia-a-dia os nosso momentos, TPM, os nossos momentos de ir subir um tanque ou fazer uma coisa, olha você tem que superar. Porque na verdade, a gente entra assim: "Poxa, não subir aquele tanque, não vou subir, isso é coisa pra homem". E você começa a vencer, que isso é coisa pra mulher também. Que a gente também pode fazer isso. E eu achava o máximo quando ouvia falar, alguns anos depois, em mulher operadora, que eu só conheci homem operador, só tinha homem. Quando eu comecei a ver isso também. "Poxa, as mulheres estão vencendo tantas barreiras, tantas dificuldades, não é mesmo?” E quando a gente chegou, os meninos mesmo, eles colocaram, eu estava me esquecendo esse fato, quando eu dizia: "Ah, eu não vou subir, eu não vou conseguir subir no tanque". "Pode, você vai subir no tanque". Ele ajudaram nisso. "Tá bom, eu vou subir no tanque". E comecei a subir no tanque, eram aqueles tanques de teto flutuante, lá em Guamaré. Eu tinha um verdadeiro pavor. "Meu Deus, eu não vou conseguir subir". E de repente, a tampa do tanque estava lá embaixo, eu: "Meu Deus". Mas eu acompanhei com operador a coleta do óleo.
P- Eles se mexiam com você assim em cima?
R- Ah, eles fizeram, me fizeram subir. "Vamos andar pra você ver como é que realmente é a fase de operação. Quando você pede pra coletar uma amostra, vamos ver como é que é, vamos nos acompanhar?" Então foi muito bom, subi no tanque, o tanque lá todo, a tampa é meio assim mole, subi com eles, andei na tampa, coletei amostra junto. Foi muito diferente. Porque de repente você achava assim: "Ah, coisa de mulher, coisa de homem". Você começa a ver que não tem isso não.
P- Não existe.
R- Não existe não, sabe?
P- Sandra, você tem alguma história engraçada, dessa época ou de qualquer outra época?
R- Engraçada...
P- Ou interessante...
R- Eu tentei tanto me recordar pra contar pra vocês, mas são tantos os momentos assim, que eu... Engraçado, engraçado, não.
P- Não tem importância, você contou a história do tanque que é uma história bem interessante.
R- É, agora sim, eu não sei se posso dizer, a parte emocional da Petrobras, é que se não fosse a Petrobras, hoje eu não estaria casada com quem estou.
P- Ah, é, você conheceu?
R- Não porque a gente trabalhasse na mesma gerência, mas porque a gente entrou, porque o nosso destino jogou muito com a gente. Quando eu fui tirar a minha documentação, eu estava acompanhada da minha mãe, e o rapaz, que hoje é o meu esposo, ele chegou junto e pediu o mesmo documento, eu nem sabia que era pra Petrobras, eu disse: "Mãe, esse rapaz está diferente pra mim, essa voz dele me soou, sabe aquela coisa, acho que foi assim um amor à primeira vista, bateu…”
P- Um estalo?
R- Um estalo, exatamente. Teve aquela percepção feminina, que deu aquele estalo pra ele, né? E comecei: "Mamãe, esse rapaz é diferente, né?" Senti aquela percepção, eu senti, né? Eu tive aquela percepção com ele...
P- Isso ainda na ficha de entrada?
R- Na ficha de entrada, nem sabia que ele ia tirar documento pra Petrobras. Comecei a tirar os mesmos documentos e ele também. Aí depois nós fomos na Secretaria de Segurança, tirar os outros documentos. Chego lá, ele de novo pra tirar os mesmos documentos. Aí nós fomos, a gente começou a conversar, eu puxei conversa com ele. "Você está tirando os mesmos documentos que eu e tal". Ele disse: "Não, eu vou entrar, eu estou tirando pra Petrobras". Eu disse: "Ah, e eu também". Depois ele disse: "Eu vou fazer o exame médico agora". "Eu vou também". Aí nós começamos a sair, foi no mesmo, no dia que nós, que me chamaram pra ir assinar a carteira, eu não sabia que ele ia, ele também foi chamado no mesmo dia. Aí o Rogério, que era o rapaz das relações humanas disse: "Onde eu vou trabalhar, pra onde é que vocês vão me colocar?" Ele disse; "Você vai trabalhar na parte 3". Aí ele estava do meu lado, perguntou: "E onde eu vou trabalhar também?" "Na parte 3". Eu disse: "Não, o destino está demais". Aí com 3 meses eu fui pra Natal e ele ficou lá. E com um mês que eu estava em Natal, ele foi fazer um treinamento lál. Eu cheguei: "Gente, eu não acredito". Aí fui contar a história. Eu dizia: "Não é possível". Aí no traçado, a gente começou, estava o meu primo junto, nós começamos a andar junto e foi saindo. Petrobras, aí eu passei uns meses em Fortaleza, também, ele também fazendo o mesmo regime que o meu. Então, se não tivesse essas coincidências, eu acho que nós não estaríamos casados. Porque eu não o conhecia, fez escola técnica também mas eu também não o conhecia. Então teve toda essa...
P- E entre esse flerte e o casamento quanto durou?
R- Quase 2 anos. Então a Petrobras assim, e ela influenciou muito em como a gente se encontrou. Porque ele começou a embarcar pra lá, eu embarquei pra Guamaré. Ficar no regime de embarcado. A gente embarcava junto. Eu vinha pra Fazenda Belém, substituir o pessoal quando estavam de férias os outros técnicos e ele vinha. E essa coisa também, dele ser operador porque eu falava da minha área pra ele, ele me falava, nós tínhamos o nosso horário técnico.
P- Ele era de qual área.
R- Hoje ele não é mais operador, ele está na comunicação empresarial aqui de Mossoró. Nós estamos trabalhando junto em gerências próximas.
P- Como é o nome dele?
R- Antônio Carlos.
P- Antônio Carlos, de quê?
R- Barbosa. Lá da Comunicação.
P- Sandra...
R- História engraçada, eu não me lembro.
P- Essa sua história foi maravilhosa, não precisa ser engraçada.
R- Ah, que bom.
P- Sandra, eu queria te perguntar, você é sindicalizada?
R- Não.
R- Não? tem por alguma razão?
R- Oh, desculpa! Eu não participo do sindicato, mas sou sindicalizada sim. Veio outra pergunta na minha cabeça, perdão! Sou sindicalizada sim.
P- Exerceu algum cargo?
R- Não, não exerci nenhum cargo não.
P - Sandra, eu queria terminar a entrevista perguntando o que você achou de participar do projeto memória e o que você acha dessa iniciativa do sindicato e da Petrobras estarem realizando esse projeto?
R- Olha, eu acho excelente, excelente, porque eu particularmente sou apaixonada pelas histórias. E aqui o pessoal é muito antigo, o pessoal tem muita história pra contar. Tem muita vivência, a Petrobras, ela nos ensina a amadurecer profissionalmente. Olha, a bagagem profissional que nós temos aqui, eu acredito que em outra empresa a gente não adquire, quando eu fui fazer a especialização na UN, que eu vi ao professor falando sobre gestão, e senti que os colegas tinham dificuldade e olhei pro outro que era da Petrobras, o colega disse: "A gente não passa por isso, não é mesmo?" Porque todos nós vivenciamos isso, a Petrobras compartilha muito com os profissionais dela, na criatividade, na questão do que você precisar. Eu acho que eu fui abençoada por Deus, em dons de organização, padronização, planejamento, e essas ferramentas eu consegui obter com a Petrobras também, ela me ajudou muito, pra eu amadurecer nisso. E eu acho super legal, muito bom, eu adoro ler as histórias, ouvir as histórias dos colegas daqui, é muito bom. O pessoal que trabalha com o pessoal do campo, o pessoal da terra, com as pessoas da terra. Muito, muito legal, muito o bom, achei tudo mesmo.
P- Está, Sandra, eu queria agradecer a sua participação, muito obrigada!
R- Obrigada também.
--- FIM DA ENTREVISTA ---
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