Olá sou a Professora Léia Teixeira Lacerda, atuo no Curso de Pedagogia e no Programa de Mestrado e Doutorado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em Campo Grande. Nas últimas décadas, tenho me dedicado ao desenvolvimento de uma metodologia ativa de Educação Preventiva das IST/HIV/Aids e hepatites virais, que envolve os povos originários — Guató, Kadiwéu, Kinikinau e Terena — como protagonistas das Oficinas de Prevenção dessas infecções. Essa metodologia, diferentemente da metodologia adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil nos Programas de Prevenção, abre uma escuta sensível e um diálogo continuo com os códigos históricos, linguísticos e culturais da vida privada dessas comunidades.
Atualmente estou desenvolvendo em parceria com um grupo de professoras da UEMS e da UFMS um projeto de pesquisa com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul/Fundect.
Essa proposta visa analisar os impactos do Programa de Educação Preventiva de IST/Aids desenvolvido em parceria com acadêmicos(as) indígenas que participam das ações do Núcleos da Rede de Saberes Indígenas, vinculados à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/UEMS e à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/UFMS, localizados em Campo Grande e em Aquidauana, respectivamente.
O material didático produzido para as atividades — expressa a visão de educação e saúde dos (as)indígenas e as relações que estabelecem com suas culturas, as aldeias e os territórios — oportuniza que eles se reconhecessem, pois passam a se referir ao que vivenciam. Esse aspecto significa utilizar tanto as escolas como as universidades como espaço de fronteira, onde as trocas simbólicas ocorrem e as tradições de pensamento ocidentais que geraram o processo educativo nos moldes escolares e suas tradições...
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Olá sou a Professora Léia Teixeira Lacerda, atuo no Curso de Pedagogia e no Programa de Mestrado e Doutorado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em Campo Grande. Nas últimas décadas, tenho me dedicado ao desenvolvimento de uma metodologia ativa de Educação Preventiva das IST/HIV/Aids e hepatites virais, que envolve os povos originários — Guató, Kadiwéu, Kinikinau e Terena — como protagonistas das Oficinas de Prevenção dessas infecções. Essa metodologia, diferentemente da metodologia adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil nos Programas de Prevenção, abre uma escuta sensível e um diálogo continuo com os códigos históricos, linguísticos e culturais da vida privada dessas comunidades.
Atualmente estou desenvolvendo em parceria com um grupo de professoras da UEMS e da UFMS um projeto de pesquisa com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul/Fundect.
Essa proposta visa analisar os impactos do Programa de Educação Preventiva de IST/Aids desenvolvido em parceria com acadêmicos(as) indígenas que participam das ações do Núcleos da Rede de Saberes Indígenas, vinculados à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul/UEMS e à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/UFMS, localizados em Campo Grande e em Aquidauana, respectivamente.
O material didático produzido para as atividades — expressa a visão de educação e saúde dos (as)indígenas e as relações que estabelecem com suas culturas, as aldeias e os territórios — oportuniza que eles se reconhecessem, pois passam a se referir ao que vivenciam. Esse aspecto significa utilizar tanto as escolas como as universidades como espaço de fronteira, onde as trocas simbólicas ocorrem e as tradições de pensamento ocidentais que geraram o processo educativo nos moldes escolares e suas tradições que demandam a escola e as IES, com suas especificidades, constituem as múltiplas formas de se conhecer e pensar o mundo.
Para grupos que possuem demograficamente um reduzido número de pessoas e estão frequentemente em contato com doenças do mundo contemporâneo, ações dessa natureza geram impactos sociais responsáveis pela melhoria da qualidade de vida, podendo ser replicadas em diferentes contextos, respeitando-se as singularidades culturais de cada povo indígena.
Os resultados evidenciam que o conhecimento a respeito dessas infecções se constituiu em atitudes preventivas, ou seja, a informação tem sido gradativamente incorporada à formação desses sujeitos.
Com relação aos 40 anos de história da Aids no Brasil implementada pelo Museu da Pessoa considero que nos ajudarão a compreender essas história e as legislações que nos amparam para fazer a articulação desse conteúdo com as disciplinas que ministro, tanto no Curso de Pedagogia, quanto no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de maneira dinâmica, dialógica e interativa junto aos(às) acadêmicos(as) e professores(as) indígenas e não indígenas.
Referências:
LACERDA, Léia Teixeira; SILVA, Giovani José da. A Prevenção das IST/Aids em Escolas Indígenas do Pantanal Sul-Mato-Grossense, Brasil: Interfaces da Educação & Saúde. Interfaces da Educação, [S. l.], v. 14, n. 41, p. 226–252, 2024. DOI: 10.61389/inter.v14i41.7612. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/interfaces/article/view/7612 Acesso em: 29 nov. 2025.
LACERDA, Léia Teixeira. Corpos indígenas, cultura e alteridade Kadiwéu em fronteiras. Curitiba: CRV, 2021.
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