Meu nome é Regina Lucirene Macedo de Oliveira, tenho 57 anos de idade, nascida no município de Itaituba. Descendente de uma família tradicional, mistura de negros e portugueses.
Sou a primeira de dez filhos. Filha de Benony Gomes Leite – Garimpeiro e Dona Iracema dos Santos Macedo – Costureira, meus tataravôs chegaram no Brasil nos navios negreiros, escravos fugitivos que vieram para o Mato Grosso, posteriormente refugiando-se no Alto Tapajós na Barra de São Manoel. Por isso considero-me uma família quilombola.
Casei ao 16 anos de idade, tive quatro filhos dos quais orgulho-me de ter como meus filhos: Moisés Mendes de Oliveira Filho, Marcelene Lucila Macedo de Oliveira, Milena Regina Macedo de Oliveira e Marcio Dalton Macedo de Oliveira, que deram-me treze netos lindos e maravilhosos, faço questão de registrar em meu memória: Kelly Poliana Silva de Oliveira, Jennys Lenny Macedo Jennins, Mirley Daiane Macedo de Oliveira, Karoline Regina Silva de Oliveira, Nathalin Evellyn Oliveira Jennins, Marcela Marrana Biula de Oliveira, Markis Mayan de Oliveira Biula, Inara Iandra Santos Oliveira, Mahara Dalton da Costa Oliveira e Kassia Larina Silva de Oliveira, Marcio Dalton Freitas Macedo , Samuel Kedson Macedo Batista, Dann Regiano Macêdo dos Santos.
Sou bisavó de seis bisneto lindos e maravilhosos: João Pedro Jenning Arouca, Isabelly Stafaneli Jennings Menezes, Julia Evelin Jenings Menezes, Rebecca Yohana Oliveira Barata, Ana Clara Oliveira, Tiffany Melina Macedo Botelho.
Minha infância não foi ao lado dos meus pais, apesar de esta ao lado de minha mãe, fui criada com meus avos materna, que eram muitos severos, exigentes e rígidos, como eu era muito levada apanhava muito de (galho seco de cujuba), mas apesar de tudo isso, fui muito feliz, apesar de meu pai estar sempre ausente, porque trabalhava no garimpo e jogador, considerado na época como um dos melhores da região. Sabe porque considerava-me feliz! Porque tive a oportunidade de...
Continuar leituraMeu nome é Regina Lucirene Macedo de Oliveira, tenho 57 anos de idade, nascida no município de Itaituba. Descendente de uma família tradicional, mistura de negros e portugueses.
Sou a primeira de dez filhos. Filha de Benony Gomes Leite – Garimpeiro e Dona Iracema dos Santos Macedo – Costureira, meus tataravôs chegaram no Brasil nos navios negreiros, escravos fugitivos que vieram para o Mato Grosso, posteriormente refugiando-se no Alto Tapajós na Barra de São Manoel. Por isso considero-me uma família quilombola.
Casei ao 16 anos de idade, tive quatro filhos dos quais orgulho-me de ter como meus filhos: Moisés Mendes de Oliveira Filho, Marcelene Lucila Macedo de Oliveira, Milena Regina Macedo de Oliveira e Marcio Dalton Macedo de Oliveira, que deram-me treze netos lindos e maravilhosos, faço questão de registrar em meu memória: Kelly Poliana Silva de Oliveira, Jennys Lenny Macedo Jennins, Mirley Daiane Macedo de Oliveira, Karoline Regina Silva de Oliveira, Nathalin Evellyn Oliveira Jennins, Marcela Marrana Biula de Oliveira, Markis Mayan de Oliveira Biula, Inara Iandra Santos Oliveira, Mahara Dalton da Costa Oliveira e Kassia Larina Silva de Oliveira, Marcio Dalton Freitas Macedo , Samuel Kedson Macedo Batista, Dann Regiano Macêdo dos Santos.
Sou bisavó de seis bisneto lindos e maravilhosos: João Pedro Jenning Arouca, Isabelly Stafaneli Jennings Menezes, Julia Evelin Jenings Menezes, Rebecca Yohana Oliveira Barata, Ana Clara Oliveira, Tiffany Melina Macedo Botelho.
Minha infância não foi ao lado dos meus pais, apesar de esta ao lado de minha mãe, fui criada com meus avos materna, que eram muitos severos, exigentes e rígidos, como eu era muito levada apanhava muito de (galho seco de cujuba), mas apesar de tudo isso, fui muito feliz, apesar de meu pai estar sempre ausente, porque trabalhava no garimpo e jogador, considerado na época como um dos melhores da região. Sabe porque considerava-me feliz! Porque tive a oportunidade de brincar bastante, brincadeiras como: jogar bola, pular macaca e corda, andar de bicicleta, jogar peteca e triangulo, brincar de roda e pira, como dizem hoje, brincadeiras do tempo as vovó.
Nesta época a educação era muito autoritária, como era muito levada, fui muito castigada, tanto na escola como em casa, e o castigo era maior quando
minha avó sabia das minhas danações na escola. Vou registrar alguns castigo que marcaram minha vida.
Devido ser nervosa, por ter apanhado muito, tinha medo de errar que acabava errando e isso era castigo, tanto da professora como era colocada para gozação dos colegas. Lembro-me que um dia errei uma palavra tanto na escrita como na pronuncia, fui castigada por todos e pela minha avó, que além de bater, colocava-me de joelho na porta da rua de braço aberto com o livro em cima do banco, para quando meus colegas passagem da aula mim vissem, e minha avó dizia que era para eu criar vergonha na cara.
Outro castigo, quando não sabia ler a lição pegava bolo de ficar com as mãos enxadas. Tudo isso e muito outros que não registrei fiquei com o trauma que até hoje eu sinto, tanto que tenho medo de escrever e falar errado, principalmente na frente dos que se acham sabidos, porque hoje tenho essa deficiência, que incomoda-me muito, tomei uma decisão de fazer valer o meu discurso, quando falo da leitura, leitura essa que deixei de colocar em prática, a partir dessa minha pós-graduação, vejo a necessidade de voltar a ler, ler e reler.
Como casei muito cedo, abandonei meus estudos, e só voltei a estudar novamente quando tinha meus quatros filhos, a necessidade obrigou-me a estudar e a trabalhar, tudo isso porque tinha um marido ciumento e pão duro. Neste período considerava-me uma “Amélia”, vivia exclusivamente para a família e cuidar de casa.
Um belo dia recebi um hóspede, primo do meu marido, que, ao chegar em casa, fez algumas crítica ao meu respeito: “você estar parecendo uma velha, cadê aquela Lucirene que conheci alguns anos atrás, e que, falava que iria estudar, se formar e o que vejo agora uma velha”. Imediatamente fui olhar-me no espelho para ver se era verdade, até porque Naquela época eu tinha apenas 23 anos.
No período da noite, voltamos a conversa sobre estudar de novo, ele me fez um convite. “Eu vou estudar. Você vai ou não?” RespondI que gostaria muito, mas com certeza o marido não iria deixar. Realmente no outro dia pela manhã perguntei para meu marido o que ele achava de eu voltar a estudar, que me respondeu um não, E disse mais “ se o Ademar veio para colocar minhoca em sua cabeça, vou logo te dizer, aqui ele não fica”, isso para mim foi como se tivesse dado-me um tapa, ele foi embora para o trabalho, já fiquei com raiva, comecei a chorar e passei a manhã toda pensando o que fazer. A noite, convidei o Ademar para irmos a Escola Deodoro da Fonseca, pedi a vizinha que cuidasse dos meus filhos, enquanto eu ia à escola. Ela resolveu me ajudar, falou-me a vizinha o seu marido não vai gostar. “Respondi não se preocupasse que dessa vez ele iria me dominar, estava convencida que iria voltar a estudar.Aconteça o que acontecer. Graça a Deus que o Ademar apareceu para incentivar-me e fui embora, aproveitando que o mesmo estava indo para o colégio, na época, lembro-me que ele estudava o 2• grau em Administração, na Escola Maria de Matias.
Ao chegarmos a Escola, fomos bem recebido pelo Diretor, Sr. Ubiraja, que nos informou que havia vagas, mas somente para a 4ª Etapa do supletivo com isso o Ademar conseguiu uma vaga, mas não pode me matricular pois havia parado na 5ª série do ginásio, e já faziam uns 8 anos, fiquei com medo de não dar conta, queria mesmo era a 3ª etapa. O que achei mais engraçado de tudo, é que fui atrás de vaga sem nenhum documento escolar. Ao chegar em casa, escrevi uma carta para minha mãe, contando tudo e pedindo urgência na minha transferência e material escolar, que eu gostaria de estudar. Já fui avisando sobre tudo que poderia acontecer, e dizendo ela não se preocupasse que se Deus quiser vai dar certo.
Duas semana depois recebi um recado do Diretor solicitando que comparecesse a Escola, munidos de todos os documento, que tinha uma vaga para mim, fiquei muito alegre, mas preocupada porque, até aquela altura, ainda não tinha recebido nem uma resposta da carta que enviei para minha mãe, e mas difícil porque naquela época nos só se correspondia por carta ou telegrama, teria que rezar para que chegasse logo a resposta.
No outro dia conforme solicitação do Diretor fui atende-lo e contei que ainda não tinha chegado minha transferência mais assim que chegasse entregaria. Mas o que eu queria mesmo era estudar. Como o Diretor tinha observado meu interesse em estudar, aceitou-me como aluna, mas não contei nada, sobre o marido não ter deixado, eu estudar, voltei alegre, mas pensando de como fazer a partir daquele momento, eu mim perguntava. Quem vai tomar conta dos meus filhos se o mais velho tinha somente 4 anos? Como vou pagar uma empregada se não tenho dinheiro? Será que vou passar, se estou fora da escola bastante tempo? E fiquei mim questionando e entreguei na mãos de Deus. Nesta noite não consegui dorme, só pensando nos problemas e como fazer, e o problema de tudo que eu não tinha para quem pedir socorro. Com não tinha a quem conversa procurei minha vizinha uma grande amigas, e gostava muito dos meus filhos, tanto que eles chamavam de vovó, contei tudo e pedi sugestões a mesma, que ao escutar-me, respondeu-me, porque você quer estudar, se você tem um marido que trabalha, coloca de comer, você sabe como seu marido é, vocês só vão brigar, filha a gente quando casa é para tomar conta de casa e filhos, mas você é quem sabe se precisar de mim estou aqui para ajuda-la, aproveitou e colocou-me a filha. Aproveitei e perguntei se ela a filha de 13 anos para tomar conta das crianças e que ela iria de vez em quanto ir em casa, ver como estavam. Agora imagine se eu não tinha dinheiro e nem tinha direito em pegar em dinheiro, porque tudo era ele controlado por ele e dizia que o dinheiro não dava. Nesta noite passou tanta coisa na minha cabeça, que até pensar em roubar do marido dinheiro, pensei, mas tinha que estudar, e se Deus o permitir vou trabalhar também para ter dinheiro para comprar as coisas para mim e meus filhos. Mas trabalhar de que, se não tenho estudo e nem tempo. Há sim posso ser lavadeira.
Na hora do café, pedi para o marido comprar um caderno para eu copiar umas receitas e o mesmo respondeu, não tenho dinheiro para gastar com besteira, levantou-se e foi embora, pensei quando ele voltar para o almoço, vou fazer o meu primeiro roubo, vou roubar dinheiro para compra meu material, mais não vou deixar de estudar. Realmente quando ele foi descansar ao meio dia, aproveitei, peguei e comprei meu material, o nervoso foi tão grande que quase fui pega, porque sai derrubando tudo que tinha pela frente. Preparei-me para ir a escola, quando ele saiu para a escola, que virou o canto da rua, eu corro para a minha escola, combinei tudo isso com o Ademar e a vizinha, realmente quando ele sai, e que, virou o canto da rua pequei minha bicicleta e fui para a escola, já chequei atrasada, mais como foi o 1 dia entre, sentei na ultima carteira nos fundo da sala, no segundo horário o Diretor que era meu professor de Historia e Geografia apresentou-me para a turma, pediu para que os colegas que mim ajudassem com os apontamentos atrasados para eu copia. A aula começou e eu não conseguia concentrasse-me, primeiro pensando nos filhos, principalmente no que mamava. Antes de terminar o ultimo tempo, levantei-me e sai escondida para chegar em casa, antes que o marido chegasse e também porque os peitos começou a vasa leite, era sinal que meu filho estava chorando com fone. Sai a toda velocidade, isso eu fiz durante uns dois meses, chegando atrasada e saindo antes de terminar a ultimo tempo, com medo do marido descobrir.
Lembro que ao chegar atrasada, fui interrompida pelo diretor, quando fui passando no corredor o mesmo pediu que eu acompanhasse até a Diretora, ao chegar perguntou-me porque não tinha freqüência em suas aulas, como eu iria fazer a avaliação, o que estava acontecendo, porque tinha implorado tanto por uma vaga e não estava freqüentando as aulas, tive que falar a verdade, aproveitei e contei o que estava acontecendo, quando terminei de contar, ele perguntou-me quem era meu marido, respondi é o Moises Chefe do Ministério do Trabalho, imediatamente falou-me que conhecia, que no dia seguinte ao meio dia passaria para o 46 km, aproveitaria e passaria em casa para falar com ele, até porque já o conhecia, porque além de ser Diretor, também era executor do Incra. Mais uma noite de desespero, passei muito mal, não conseguia dorme e na hora marcada o Diretor chegou em casa, bateu na porta e eu fui atende-la, realmente era o Diretor, perguntou pelo marido, pedi que entra-se e senta-se que o mesmo iria recebe-lo , voltei para a cozinha, dizendo tem um homem ai, quer falar como você, parece que é do INCRA. O mesmo levantou-se e foi atender, ao chegar, cumprimentou, o diretor, perguntou o que desejava, o mesmo respondeu vou ser curto e grosso, estou aqui porque sua esposa estuda, há dois meses a mesma não tem freqüência, dessa maneira não dar para ela continuar, já conversamos, ela contou-me que você não deixa ela estudar, você não pode fazer isso, não podemos viver sem estudar, concluindo, o marido respondeu eu jamais farei isso, por mim ela pode sim estudar, eu estava no quarto escutando tudo, aquelas palavras doíam nos meus ouvidos, porque só faltei implora para ele deixar eu estudar e ele disse que já mais deixaria. E naquele momento falei para mim mesma, esse cara mim paga. O professor se decidiu e foi embora, ao retornar para a cozinha fui ao seu encontro muito zangada e ao encontrar-me foi logo, dando-me, um tapa que até hoje vejo estrela. A partir dai minha vida virou um inverno, mais Graças a Deus que com minha fossa de vontade, continuei a estudar, mais devem imaginar o que passei para realizar esse sonho. Foram 5 anos de muita luta, perseverança para chegar, onde cheguei, mais consegui, terminei meus estudo que deu-me condições para trabalhar e realizar meus sonhos.
O meu grande desejo era estudar, trabalhar para conseguir comprara as coisas para mim e para os meus filhos, que nas passagens do Natal, Dia da Criança e outros momentos, eles pudesse ter o privilegio de ganhar presente, quando viam brinquedos de outras crianças dos outros, choravam pedindo, perguntavam, porque eu não comprava brinquedos para eles, eu respondia que um dia compraria e foi o que fiz quando recebi meu primeiro salário, foi uma alegria tão grande que até hoje vejo aqueles rostinhos lindos sorridentes.
Foi quando terminei meus estudos, e comecei a trabalhar, a novela aconteceu novamente, mais como eu não era mais a Amélia, e sim a Regina a rainha, a guerreira, que sabia se sair muito bem e não aceitava mais ser mandada e não pedir mais, só informar do que aprendi a ser determinada, vencer obstáculos, lutar no dia a dia conquistar com dignidade e respeitando meu espaço. Como disse Lair Ribeiro no titulo de um de seus livros “O sucesso não ocorre por acaso” e realmente é verdade, pois temos que suar muito para conseguir ser respeitada e conhecida e a através de meu trabalho, posso dizer que alcancei ser respeitada e conhecida.
O Sucesso é algo que não se ganha, ele é conquistado quando a sinceridade, humildade e perseverança mora dentro de nós. Ninguém ganha sucesso. Ele é conquistado. E essa conquista é fruto de uma busca constante. A busca pelo sucesso deve vir de dentro da pessoa.
Graças a Deus que consegui alcançar minha autonomia como mulher, foi através de força de vontade que alcancei um dos meus objetivos, ser respeitada principalmente pelo ex-marido. Conquistei meu espaço, tendo autonomia para direcionar minha vida profissional, sendo respeitada e admirada por todos.
Nos dez anos que morei em Altamira – Pará, tive a oportunidade de trabalhar como Caixa de uma loja de eletrodoméstico e como Kardecqista, foram 10 anos de aprendizado, de crescimento e amadurecimento. No ano de 1985 retorno para Itaituba, minha cidade natal, terra querida, voltei com a esperança de fazer algo pelo meu município, só não sabia ainda o que fazer mais tinha sansão de que faria algo. Como vim transferida, mais de férias, neste período organizei minha casa e nas horas vagas, tecia crochê para vender, fazia muitos jogos de toalhas bonitos e vendia para ajudar nas despesas e para comprar as minhas coisas e das crianças.
Antes de completar o mês de férias, fui convidada pela minha tia Irenice, que era secretaria da Escola Alice Carneiro, perguntou-me se eu não gostaria de ser professora, respondi imediatamente que não até porque não gostaria de cometer sobre esses pecados, os pecados que tinha cometido como aluna, ela perguntou-me quanto eu ganhava no meu trabalho, respondi, ela falou-me, na sala de aula, você vai receber o mesmo salário, vai trabalhar somente um horário, outro vai ficar em casa tomando conta da tua casa, disse que era para eu pensar, no outro dia eu respondesse. A noite conversei com o marido e minha cunhada que já tinha sido professora, diretora e aposentada na educação, disseram que eu não poderia perder essa oportunidade, que ela ajudaria-me a organizar o plano de aula, orientaria no que mais ela pudesse, o marido já com outro cabeça, também aceitou. No outro dia fui a Escola, apresentada a Diretora, depois de horas de conversa, aceitei, já sai com o material escolar para retornar no outro dia, para lecionar para uma 3ª série. Nesta época os diretores e coordenadora Municipal de Educação, sai atrás de professor. Concluo este capitulo dizendo o quando foi bom fazer o que fiz para chegar aonde estou, se não fosse ser audaciosa, jamais concretizaria meus sonhos.
Minha Trajetória como Coordenadora do CPADC
Durante minha vida no Clube de Ciências, Grupo Pedagógico e Centro Pedagógico.
Neste capítulo demonstrarei a minha vida profissional, desenvolvida no CPADC, como amiga do Clube de Ciências, como Vice-Coordenadora do GPADC e como Coordenadora do GPADC e CPADC.
Procurei registrar tudo que realizei no Centro Pedagógico, todo os problemas, todo os avanços e as conquistas que adquiri como amiga do Clube de Ciências, Vice- Coordenadora, e Coordenadora do Grupo Pedagógico. Com 17 anos de Coordenação do Projeto, participei, realizei, assessorei, avaliei e ministrei cursos, oficinas, seminários, palestras e muito outras ações que desenvolvi no Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico.
Ainda durante as décadas de 80 e 90, feiras de ciências e outras atividades voltadas à divulgação da produção cientifica de alunos, continuaram a ser realizada, tanto no Brasil como em outros paises da América Latim. Em 1986, estudantes brasileiros apresentaram seus trabalhos no Uruguai (em Flores), durante a 1ª FEINTER (Feira Internacional de Ciências e Tecnologia Juvenil). Na Argentina (em Gualeguaychú), no ano seguinte, vários países foram representados por seus estudantes na 2ª FEINTER, contando com a participação de diversos brasileiros. A 3ª FEINTER foi realizada em Blumenau-SC, com trabalhos de vários países da América Latina, com destaque para os trabalhos de estudantes brasileiros.
Embora sem vinculação com os Centros ou Secretarias de Educação, outras feiras importantes foram realizadas durante muitos anos, em âmbito nacional, merecendo menção e evidencia nessa retrospectiva história por ser papel fundamental de divulgação do conhecimento cientifico e no destaque de talentos estudantis.
O 1º Concurso Cientista de Amanhã foi lançado em 1957, no salão nobre da Faculdade de Medicina da USP, estando presentes autoridades como o Reitor Gabril Teixeira de Carvalho e Anísio Teixeira. Na ocasião, o Dr. Reis teve a feliz idéia de convidar o IBECC a sediar o Concurso durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência(SBPC).
Deve ser mencionada ainda, por sua grande importância na divulgação da ciência, a ocorrência da Mostra Nacional da Ciranda da Ciência, organizada pela Fundação Roberto Marinho e Hoechst do Brasil, realizada de 1988 até 1995, sempre na cidade de São Paulo. A partir daí o Estado do Pará já participava demonstrando seus trabalhos.
Foi nesta década, que o município de Itaituba através de cursos e oficinas ministrada pela NPADC, criamos o Clube de ciências dando culminância para o GPADC e posteriormente para CPADC.
Baseado no Programa Nacional de Apoio às Feiras de Ciências da Educação Básica – FENACEB, poço dizer e registrar do nosso desenvolvimento moral, intelectual, social, cultural e educacional. consegue desenvolver o trabalho através das Feiras de Ciências.
À partir de 1989 a 2005 participei como orientadora, coordenadora e avaliadora de Sete Feiras Regionais de Ciências, Matemática e Educação Ambiental, Oito Feiras Estaduais –FECIPA, Cinco Encontros de Liderança do Oeste do Pará, e outros eventos importante para o engrandecimento do CPADC e para o meu desenvolvimento profissional.
Fui orientadora de vários projetos, onde irei registrar alguns dos projetos que tive a oportunidade de orientar como: “Malária” esse foi o primeiro projeto que desenvolvi, e o primeiro que foi apresentado pelo município, como Professora da Escola Engenheiro Fernando Guilhon com a participação dos alunos de 7ª Série, sendo eles: Manoel Lameira, José Bezerra da Silva Neto, Pedro Silva Araújo, Elias da Silva Felipe, Maria Rosário P. da Silva e Silva, Janete Alves Batista, Rosangela Bezerra de Holanda, que deram um show na apresentação do projeto, esses foram os meus primeiros alunos a participar de feiras, atualmente todos são casados, uns professores. Sempre que nos encontramos lembramos desses momentos, importantes e ousadia nas nossas vidas. Outros projetos foram: as Plantas Medicinais, Mercúrio, Hanseníase, Cacau e suas Importância, Índio, Ecologia, Coração: Número de Batidas X Reações, A Vida em 1º Lugar, somente a partir da VI Feira Regional não participei mais como orientadora de projetos, mas como coordenadora de todo o processo que o GPADC ou CPADC exigia de mim, para o seu bom desenvolvimento.
Através das Feiras fui privilegiada de conhecer os municípios do Estado do Pará: Santarém, Oriximiná, Óbidos, Monte Alegre, Breves, Rurópolis. Nestas Feiras fui avaliadora, onde conheci vários projetos, aprendi muito e tentei contribuir da melhor maneira possível em todos aqueles que avaliei.
Como Coordenadora conduzi os mais diversos alunos, professores, diretores, acompanhando os mesmos a participarem das Feiras, saindo de ônibus e barcos lotados com 150 pessoas, função de grande responsabilidade e de muita preocupação, pois tínhamos participantes de 10 a 50 anos, mas Graças a Deus íamos e voltávamos sem nenhum problema. Nestes momentos era considerada a “Maizona”. Na preparação das viagens providenciava tudo e ainda tinha que sair de casa em casa pedindo aos pais para deixar os seus filhos participarem das Feiras, aproveitava o momento explicava como seria a viagem para que os mesmos pudessem deixar seus filhos viajarem.
No momento do embarque tinha todo o controle de organização, separando os homens das mulheres, colocando os professores para tomar conta das turmas, evitando assim, problemas. Com uma hora de viagem todos já alojados, tornávamos a reunir e ditar as ordens e a disciplina, dividindo tarefa a todos para que pudéssemos fazer uma boa viagem. De todas essas aventuras, tivemos um grande problema com o Professor Jorinaldo, que ao chegar em Oriximiná, sofreu um infarto, eu estava avaliando um projeto, quando uma professora da Coordenação, pediu que eu acompanhasse, porque tinha o aluno meu pensamento mal, sai correndo, entrando de porta a dentro e ao chegar na emergência encontrei o professor Jorinaldo, todo roxo, pegando choque, ao ver este sofrimento sai chorando desesperada, pedindo socorro, foi quando apareceu um médico, aproximou-se de mim pedindo que eu ficasse calma, para poder resolver as coisas, pois naquele momento ele precisava muito de minha ajuda, Graças a Deus que nessa viagem foi dois atendente de enfermagem, professores e pais, que chegaram e conduziram o processo, ligando imediatamente para a Prefeito Wirland da Luz Machado Freire, comunicando o que estava acontecendo. O mesmo pediu a todos que tivesse calma, que ele mandaria um avião para levarmos o mesmo para Santarém, pediu para falar comigo, como estava muito nervosa, sem condições de falar o Médico pediu que ele retornasse a ligação depois que eu estivesse calma. Realmente depois de medicada e mais calma, recebi outra ligação onde o mesmo pedia que eu tivesse calma, para conduzir as coisas, e dizia-me: “acredito muito em você, assim que o avião chegar conduza para o Hospital Santa Terezinha, que já está esperando, caso não melhore, você terá que conduzir para Belém, estamos providenciando tudo”. Realmente uma duas horas depois o avião chegou e Graças a Deus, que o mesmo já estava melhor e não foi preciso levar para Belém. Esse caso abalou a cidade, lembro-me que Prefeito, médicos e outras autoridades vieram para o hospital e pediu aos médicos, toda assistência necessário para o paciente e para mim, porque fiquei no estado nervoso, que nem eu sei como isso aconteceu. No momento do desespero, quando fechava os olhos via o professor no caixão e os alunos todos chorando, e me condenava porque andava com muitos, e me perguntava o que eu estava fazendo, Graça a Deus, tudo ocorreu como tínhamos planejado o avião chegou, o professor seguiu viagem para Santarém, em companhia dos atendentes de enfermagem e eu retornei de barco, com todos, muito triste. Ao passarmos em Santarém fomos visitar o mesmo, que já estava a nossa espera.
Não poderia deixar de registrar um dos cursos muito especial, que foi o I Curso Prático de Atualização de Professor em Ensino de Ciências, ministrado pela Professora Terezinha Valim, no período de 19/09/89 a 30/05/1991, com uma carga horária de 180 horas, que dava-me a oportunidade de coordenar o GPADC e nos ajudar a ganhar 5% a mais no nosso salário, mas infelizmente nunca fui contemplada com esse apoio financeiro e todos esses anos coordenei e ganhando o salário bruto sem nem uma gratificação. O Curso proporcionou o conhecimento em atividades de descoberta e redescoberta com 3 horas, projetos com 10 horas e participação em Feiras de Ciências com 15 horas. Lembro-me que neste curso participaram vários professores, mais não finalizaram, somente eu conclui o curso.
E para complementação deste capitulo registro minha participação como avaliadora nas Feiras realizadas nos Municípios de Rurópolis, participei de três Feiras Municipais de Ciências e Matemática.
Jacareacanga, tive a oportunidade de avaliar quatros Feiras de Ciências. Trairão avaliei três Feiras. Novo Progresso duas Feiras. No Distrito de Moraes de Almeida uma Feira Escola.
No período de 1983 a 1998 participei de: Cursos, Congresso, Oficinas, Seminários, Mini-Cursos na área de ciências e Matemática. Foi através desses cursos que adquiri um melhor conhecimento, para que eu pudesse organizar e realizar as ações do GPADC.
I Encontro de Professores de Ciências e Matemática do Oeste do Pará com o mini-curso “Feiras de Ciências em 1990. V CNECIM – participando do Mini-curso “A Matemática na Pré – Escola e a Morfologia da Flor de Angiosperma, com a carga horária de seis horas, ministrado pelo NPADC/UFPA no período de 24 a 27/11/1992. II Encontro de Grupos de Liderança de Ciências e Matemática do Oeste do Pará, em 1994. III Encontro de Grupo de Liderança de Ciências e Matemática do Oeste do Pará, em 1995. I Encontro de Extensão Universitário de Itaituba, em 1995. Curso de Metodologia do Ensino de Ciências do 1º Grau, em 1995. Acadêmica “o NPADC e Suas Atividades em 1997. IV Encontro de Grupos de Liderança de Ciências e Matemática do Oeste do Pará, em 1996. V Encontro de Grupos de Liderança de Ciências e Matemática do Oeste do Pará, em 1997.. Semana do Químico 98 e do I Encontro Paraense de Ensino de Química, realizado na Universidade Federal do Pará, em 1998. Curso intitulado “Refletindo Sobre o Desenvolvimento Profissional do Professor, ministrado pela Professora Terezinha Valim, em 1998. Curso de Técnica de Projeto e Material Didático em 1998. VI Encontro de Grupos de Liderança do Oeste do Pará, em 1998. I Encontro de Coordenadores dos Centros e Grupos Pedagógicos de Apoio ao Desenvolvimento Científico em 1998. VIII Encontro Nacional de Clube de Ciências em Novo Friburgo – RJ em dezembro de 1998, como ministrante de oficina “Jogos Didático”, realizado no Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro. II Semana do Meio Ambiente e da Ecologia de Itaituba, ministrado pela SECTAN em 1998. I Encontro das Organizações não-governamental conservacionistas, em Altamira-Pará, em 1989 ministrado pela SOPREN – Sociedade Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia.
Seminário Político Para o desenvolvimento Sustentável de Itaituba em 1999. VII Congresso Norte/Nordeste de Educação em Ciências e Matemática – VII CNMECIM, com a participação de mini-curso “Auto-Massagem”, como melhoria da Saúde do Professor e a oficina de “Reciclagem de Papel” como parte integrante das comemorações dos 25 anos de existência do Clube de Ciências da UFPA/NPADC. V Seminário Paraense de Educação em Ciências e Matemática – V SPECIM: “Novos Saberes para o Tempo Presente” – em 2003, participei do Painel Temático de Experiência Pedagógicas I: Ensino como Pesquisa, apresentando o Tema: Projeto de Investigação no Ensino de Ciências com pretexto nesta temática, estive presente como palestrante juntamente com o Reitor da UFPA e a Professora Terezinha Valim Coordenadora do NPADC, foi uma honra ser convidada para expor os trabalhos desenvolvidos pelo CPADC de Itaituba. Além desses cursos nas áreas de ciências e matemática, participei de várias reuniões promovida pelo NPADC, com o objetivo de melhoria dos GPADCs e CPADCs.
Em 2005 participei do Projeto Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, na categoria Ciências e Tecnologia, ficando classificada em 3º lugar, este foi um dos projeto que me elevou, ficando conhecida e sendo parabenizada por várias pessoas que tiveram o conhecimento deste projeto, recebendo um certificado de participação do qual orgulho-me por ter sido escolhida entre vários outros projetos.
Em 2006 encaminhei para o Premio Ambiente GIs um projeto ambiental o qual foi submetido, passando por uma criteriosa avaliação técnica, e foi considerado “apto” para participar do processo de seleção do Premio, desta participação recebemos também um certificado de participação.
De honra ao mérito recebi do 15º Batalhão da Policia Militar com o titulo de “Amiga do 15º BPM, pelo relevantes serviços prestados à organização Política Militar, participando do Projeto “Bom Menino”, como palestrante, ministrante de cursos de jogos e materiais didáticos e a elaboração do I Projeto “Bom Menino” a este titulo sinto-me gratificante por ter sido convidada pelo comandante e o Sargento Adelson na época coordenador do Projeto por ter dado-me esta oportunidade de escrever o projeto. A ele minha considerações pela amizade e companheirismos nas ações dos CPADC e Bom Menino.
Em 2005, fui novamente homenageada pelo Projeto “Bom Menino, que conferiu-me o presente certificado de colaboradora, por ter mantido e garantido a presença em todas as ações, eventos e atividades promovidas na Instituição no serviço prestado a criança e adolescente do município.
Minha participação nas Feiras, Congressos, Seminários, Cursos e Oficinas, foram muito louváveis, onde deram-me condições de conduzir o CPADC, além de está criando ações, desenvolvida durante vários anos de existência.
Neste capitulo irei registrar nossa criatividade como coordenadora do Centro, criando e elevando a educação do Município. Em março de 1993, assumo a Coordenação do Grupo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico – GPADC, devido o seu desenvolvimento ser de grande relevância, passa de GPADC para CPADC, ficando sobre sua responsabilidade a Coordenação Regional dos Municípios de Jacareacanga, Novo Progresso, Trairão, Rurópolis, Aveiro e Placas, para não ficar só no papel, parto para a luta e crio nos municípios os GPADCs, desenvolvendo cursos de técnicas de Projetos para que pudéssemos criar os Grupos, todo esses Grupos criados, foram feitos com muita dedicação sem cobrar ônus algum para o município, tirando dinheiro do meu bolso arcando com as despesas, mais ia com uma responsabilidade de desenvolver e melhorar a metodologia de ciências e matemática nos municípios de minha responsabilidade, tinha que aproveitar a empolgação das Feiras do nosso município, que causava um grande impacto nos educandos e educadores. Em 1997 criamos o GPADC de Trairão, Jacareacanga e Novo Progresso em 1999, em Placas e Rurópolis em 1993, todos através de cursos de técnicas de Projeto ministrado pela minha pessoa.
De 1988 a 1997, ministrei quatro cursos de metodologia de ciências, atendendo 180 professores.
Dois cursos de metodologia de matemática, atendendo 72 professores. Curso de metodologia de ciências e matemática, atendendo 142 professores em duas etapas. Três cursos de Técnica de Projeto, atendendo 368 professores. Curso de Técnica de Projeto, atendendo 124 professores. Curso de Material didático, atendendo 250 professores. Curso de Metodologia da Pré-Escola, atendendo 50 professores. Curso de Avaliação de Feiras, atendendo 50 professores.
Realizei 16 oficinas e três palestras. Passando sobre minha orientação centenas de alunos.
Ao assumir a Coordenação do CPADC em 1993 criei vários eventos como: Feira Municipal da Cultura Indígena, este projeto foi criado através de um projeto da cultura Indígena Munduruku, que foi apresentado na II Feira Municipal, pela Escola Engenheiro Fernando Guilhon, dando-me condições para criação da Feira da Cultura Indígena. Este evento foi de grande relevância para a Educação e para os Indígenas, tendo como objetivo expandir o amor a cultura indígena, incentivando o intercâmbio entre os povos Munduruku e as escolas, comunidade e o município. A Feira era realizada com a participação das escolas, no período da semana do índio, mas infelizmente sem apoio deixamos de realizar, causando grandes prejuízos a cultura do município como também aos indígenas que passaram a ser reconhecidos, respeitados, deixando assim de desenvolver sua cidadania, e por falta de opção cultural, também a população perdeu. Neste mesmo período criamos a Feira do Livro, onde conseguimos realizar ainda duas Feiras com uma participação total das escolas que aproveitavam para mostrar o potencial de seus escritores através de livros reproduzidos pelos alunos principalmente na área de poesia, por motivo de autoritarismo da Diretoria da 12ª Unidade Regional de Ensino Professora Oneide Neves, deixamos de realizar, porque a mesma chamou-me e disse que esse evento não era de nossa competência e sim da Diretoria de Ensino e que à partir daquele ano quem iria realizar o evento era a Diretoria, concluindo, não deixou realizar e nem tão pouco realizaram, deixando de acontecer um evento de tão grande envergadura para o Município e quem perdeu foi novamente a população.
Criei também, a Gincana Pedagógica realizada com a participação da classe educandário nos eventos, por motivos de apoio financeiro deixamos também de realizá-lo.
Baseada no Núcleo Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico/NPADC vem atuando na região Norte há mais de duas décadas, desenvolvendo estudos, pesquisas e ações para a melhoria do ensino de Ciências, Matemática e Educação Ambiental, com vista à qualificação docente. Tivemos a oportunidade de participar, colocando em prática ações desenvolvendo no município, tudo aquilo que adquirimos, criando a campanha de arborização e a semana do meio ambiente, esses eventos fizeram sucesso, onde tivemos a oportunidade de arborizar uma grande parte da cidade, onde orgulho-me do trabalho desenvolvido sobre minha coordenação, juntamente com a participação das escolas.
Criei a Semana do Meio Ambiente, onde tive a oportunidade de desenvolver grandes eventos, levando a comunidade Itaitubense, principalmente aos alunos o privilegio de participar de cursos, oficinas e palestras de como preservar o meio em que vivemos.
Neste processo constante do desenvolvimento educacional através da pesquisa criamos as Feiras Escolares com a participação de todas as escolas municipais, conveniadas, particulares e Estaduais que a cada ano crescia, elevando os trabalhos desenvolvidos pelo CPADC, neste período tínhamos uma correria muito grande em dar conta de avaliar todas e selecionar os projetos para participar da Feira Municipal de Ciências, Matemática e Educação Ambiental. Atualmente ainda acontece algumas Feiras Escolares, mas como uma proporção bem menor, acredito que das 42 escolas existente na zona urbana, somente umas cinco realizam, esse evento tão significante no processo do ensino aprendizagem, e só quem perde é o município, que em vez de proceder esta degredindo a educacionalmente.
Neste período criei o Laboratório de Materiais Pedagógico, criando e copiando os mais diversos jogos nas diversas área do conhecimento. Foi através deste laboratório que tive a oportunidade de participar em Novo Friburgo VIII Encontro Nacional de Clube de Ciências, ministrando essa oficina com a participação de 150 professores em três momentos. Esse foi um dos momentos mais importante, por ter sido convidada a ministrar e participar apresentando meu estado e porque não meu município, e o orgulho foi maior porque neste período só tinha o magistério e estava ministrando oficinas para 150 professores graduados. Quando peguei as fichas de inscrição e observei a qualificação dos participantes fiquei apavorada, mais como tinha certeza do meu potencial ministrei e fui parabenizada pelos participantes, porque quando terminei a oficina e falei de minha qualificação, ficaram de boca aberta, mais disse também que eu tinha esse potencial porque o NPADC através de cursos nos deu esta oportunidade.
Um do meu orgulho maior de minha vida é ter podido contribuído para vários estudantes na elaboração de seus TCC e monografias, bem como aos pesquisadores que vieram de outros estados e paises como: Holandeses, Americanos e Franceses para elaborarem suas pesquisas nas mais diversas áreas.
Dando uma volta às décadas de 80 e 90 mostra que os professores das disciplinas ditas “científicas” foram os primeiros a incorporarem o “ método cientifico” ( então em grande moda) em suas atividades práticas, em sala de aula, laboratórios ou mesmo em atividades extra classe, ocasionando a idéia de que as feiras de ciências seriam produtos de suas atividades como os alunos. Neste mesmo período, começaram a surgir, em todo o Pará, os clubes de ciências que, embora não estivessem obrigatoriamente ligados às feiras, direcionaram sua produções para o evento, de modo que muito (talvez a maior parte) do que foi produzido nos clubes foi divulgado através das feiras de ciências.
A responsabilidades dos clubes coube também, desde o inicio, aos professores da área “científica”.
Na época, os professores das outras áreas do conhecimento sentiram-se excluídos e, portanto, desobrigados de estimular seus alunos a desenvolver atitude investigativa. Por muitos anos, nas feiras de ciências de todo o estado, só foram admitidos como “cientifico” os trabalhos das áreas já citadas.
Com o passar do tempo, no entanto, alguns professores, como os de Português, Geografia, Historia, Religião, foram se apropriando das técnicas especificas de investigação então conhecidas e começaram a incentivar a pesquisa em suas disciplinas, gerando excelentes trabalhos, já expostos por alunos, em muitas feiras de ciências.
Durante esses anos todos, realizamos dez Feiras Municipal de Ciências, Matemática e Educação Ambiental, com a participação de 67 Escolas da Educação Infantil, do Ensino Médio e Universitários, atendendo 4.282 alunos, 800 professores. Também neste período todas as Escolas criaram suas Feiras escolares dando ênfase para as Feiras Municipais, ficando conhecidas como uma atividade pedagógica e cultural com elevado potencial motivador do ensino e da prática cientifica no ambiente escolar. Tanto para os alunos e professores, quanto para a comunidade em geral, as feiras vinha contribuindo de aprendizagem e de entendimento sobre as etapas de construção do conhecimento cientifico.
Para desenvolver minha participação com avaliadora, passei por várias oficinas a fim de adquirir conhecimento adequado para desenvolver a função de avaliadora, hoje observo que tive oportunidade de passar pelo processo da avaliação tradicional, atualmente acho que precisamos mudar essa avaliação e alcança a avaliação participativa.
O novo tipo de avaliação atendia aos anseios de muitos que já participavam há anos, porém insatisfeitos com as classificações e premiações. A Avaliação Participativa tornou-se logo conhecida e, já em 1990, era testada em muitas escolas, em todo o Estado do Rio Grande do Sul.
No Estado do Pará apesar de sua evolução, continuamos a avaliar no método tradicional, por falta de orientações adequada para nosso desenvolvimento, como também não procuramos pesquisa para observar a evolução desse processo.
Atualmente sei da importância de buscarmos conhecimentos para continuarmos nosso trabalho, partindo da fundamentação teórica que embasa a Avaliação Participativa está alicerçada em Paulo Freire por propor que deve haver uma relação dialógica horizontal, de dupla troca, não só na Educação como um todo, mas também no processo avaliativo dos eventos tipos feiras ou mostras de ciências e tecnologia.
Foi ai que tive oportunidade de desenvolver a avaliação de 2.641 projetos dos quais orgulho-me por ter feito parte desse processo orientando, avaliando e incentivando a todos de uma forma direta e indireta, pelo seu desempenho na apresentação de seus projetos. Tive a oportunidade de conhecer todos os projetos que passaram pelas Feiras. Foram momentos de alegria de tristeza e de muita batalha para organizar e coordenar. Quantas vezes chorei, sorri, gritei de alegria quando tudo dava certo e chorava quando não dava certo, mas contudo, realize assim mesmo, quantas vezes usei todo o meu salário e tive ajuda financeira do meu Ex – Esposo Moises para concretizar as Feiras.
Gostaria muito de registra tudo o que aconteceu mas levaria dias e meses para escrever, contudo irei relatar alguns acontecimento que acho necessário ser registrado como por exemplo: quando começamos a desenvolver as técnicas de Projeto e Pesquisa eu usava na sala de aula com os alunos para desenvolverem seus trabalhos, e fui apelidada de “Maria projeto”, simplesmente porque uma equipe de alunos da 7ª série, ficaram zangados comigo por causa de certificados, ficaram de mal comigo, falavam o essencial, terminarão o ano e deixaram de falar por completo, porém o mais importante de tudo foi que o tempo passou e um belo dia, um dos alunos passou no concurso da INFRAERO e foi estagiar e estudar EM São Paulo. Um belo dia ao chegar em casa encontrei uma carta em baixo de minha porta, peguei, olhei e não sabia que era o tal de Antonio, curiosa abri a carta e para minha surpresa era do aluno que me chamava de “Maria Projeto” e dizia o seguinte: Professora desculpe-me por ter chamado por várias vezes de “Maria Projeto” e por ter deixado de falar com a Senhora, mais quero lhe dizer que se não fosse a senhora com sua persistência de nos ensinar a elaborar projeto eu não sabia o que seria de mim, porque aqui tudo e na base de projeto e eu sou o único que sei desenvolver, por favor perdoe-me, ao ler a carta chorei muito e disse a Deus que atendesse esse aluno, dando-lhe oportunidade de passar e se suceder no seu emprego, atualmente somos bons amigos.
Outro caso que gostaria de registra é a historia de um aluno que já estava jogado nas drogas, era meu aluno de 6ª série da Escola Castelo Branco, quando um certo dia sua mãe procurou-me para pedir que eu ajudasse o seu filho, pois estava dando muito trabalho, não sabia mais o que fazer, fiquei muito preocupada porque o mesmo não era tão danado na escola, mas também não se preocupava de participar dos trabalhos da Feira de Ciências. Prometi a mesma que iria conversar e procurar dar mais atenção a ele e incentiva-lo a fazer parte de um projeto deixando ele bem à vontade para escolher sua equipe e seu projeto. Para minha surpresa esse foi o pontapé inicial para mudança do meu aluno, ele escolheu o tema para desenvolver “Drogas” realmente aquilo que ele praticava, no momento deu-me vontade de saber porque esse tema, mais deixei de lado, deixando para outro momento. Como era meu aluno eu não poderia avaliar e esse seria o momento para eu questionar sobre o tema, chamei o avaliador e pedi muito atenção para o projeto, orientei o avaliador, que procurou fazer todas as perguntas necessária para o trabalho que gostaria de fazer posteriormente com o mesmo. Antes de terminar o evento a equipe solicitou minha presença em seu estande, imediatamente fui atendê-los, os mesmos gostariam que eu os avaliasse, apesar de não poder, mais eles gostariam muito de explicar o projeto para mim, escutei e aproveitei para fazer minhas perguntas e alcançar meus objetivos.
Concluindo, aquele moleque que dava muito trabalho para sua mãe, de estar na rua bebendo, roubando e se drogando, mudou sua vida, dedicando-se mais a escola.
Aproveitei e criei um projeto sobre as Drogas e convidei a equipe para ajudar-me nas palestras, precisava tirar meus alunos da lama, e tudo deu certo, eles se empolgaram tanto que já me incomodava e comecei a dar sugestões, para outras atividades como criar um Clube de Ciências no quintal de sua casa, os mesmos não mediram esforço em criar o Clube e a partir daí o Paulinho e sua equipe não queriam mais só apresentar projetos, mais sim orientar os outros projetos. Essa foi uma grande conquista, que vi acontecer da noite para dia, a partir daí sua mãe aproveitava para dar testemunhos da importância dos alunos estarem desenvolvendo projetos. Atualmente meu grande aluno formou-se em História, professor de uma Universidade Particular e Funcionário do Município, desenvolvendo suas atividades no Museu Aracy Paraguaçu. Uma outra coisa importante era a participação dos pais nas Feiras, que ajudavam seus filhos a apresentar seus projetos. Quantas vezes que encontrei pais na rua, que vinham perguntar o que fazer para ajudar seus filhos. Isso me deixava muito feliz.
Esse foi um dos grande sucesso realizado, além desses, tem muito outros, mais infelizmente não dar para registrar.
Um outro trabalho que realizamos foi ao II Encontro de Professores de Ciências e Matemática do Oeste do Pará, com a participação de 10 municípios, 238 professores, sobre minha coordenação e ministrado pelo NPADC com a participação de seus orientadores.
Além de outras realizações, alguns eventos marcaram o nosso compromisso com a educação e como coordenadora pela força de vontade em organizar e concretizar esses eventos, como por exemplo: O V Encontro de Liderança do Oeste do Pará, que aconteceu no Município de Itaituba com a participação de cinco municípios com 89 professores, dez diretores e trinta alunos do ensino médio.
Outro evento que teve grande repercussão no município de Itaituba foi a realização da XI FEICIPA – Feira Estadual de Ciências com a participação de 1.200 alunos, 400 professores, 22 municípios, 15 escolas locais e 01 município do estado do Amazonas, neste período que o GPADC passou para CPADC, tudo isso devido a relevância do desenvolvimento que o Centro realizava através de minha coordenação com determinação, ousadia e coragem de realizar com muito carinho as ações criadas com objetivo de melhorar a educação e proporcionar a população lazer e cultura.
Outro evento marcante foi a realização dos 10 e 15 anos do CPADC que foi realizado com muito carinho, parecia que era eu quem estava completando os 15 anos, festa que não tive, devido ser de família pobre e humilde, nesta duas grandes festa realizado com bolo, vela e valsa e tudo que um aniversário precisa, com a participação de toda a sociedade educacional e demais políticos e autoridades do município e municípios circunvizinhos, que prestigiaram com muita honra, com certeza toda essa atividade vai ficar na historia. Tudo isso que realizei foi com muita dedicação, carinho e muita força de vontade, com apoio financeiro dos empresários, prefeitura, comerciante que acreditavam nos trabalhos que eu realizava. Chegou um momento que não deu mais para continuar por falta de apoio principalmente pela NPADC/UFPA, que nos abandonou na hora que mais precisávamos, para falar a verdade carreguei este nome, sem nunca receber um apoio financeiro, para manter-se em pé. Referente ao Município também muito pouco se fez para continuar esse trabalho maravilhoso. Quanto a SEDUC essa foi a que mais vez para que o CPADC acaba-se e eu mim senti também acabada, porque o CPADC era como se fosse um filho meu, que aprendi a amar, dediquei toda a minha vida, todas as minhas economias, se eu tivesse guardado o dinheiro que gastei com o CPADC, com certeza teria hoje dinheiro guardado para gastar em minha velhice, porém não me arrependo do que fiz, se fosse hoje voltaria a fazer tudo outra vezes. Quando vejo o CPADC na situação que se encontra agora, e como se tivesse tirado um pedaço do meu coração, ou matado um filho meu, com descaso e o desrespeito da SEMECD com o CPADC. Durante esses 17 anos de vida do CPADC, aprendi muito, conheci muita gente, aprendi a gostar e defender meu município.
Concluindo tudo aqui que foi feito até hoje não foi concretizado, mais tenho certeza de minha missão cumprida e gostaria muito de ter continuado, mais nem tudo depende de nossa vontade. Ate ai, ainda funcionava o CPADC cambaleando para um lado e outro, mais ainda funcionava. Para a minha surpresa assume uma tal Diretora da 12ª URE, chamada Rubelits, que veio só para acabar com o CPADC, tirando todo os funcionários lotados inclusive eu fui uma das que foi demitida pela SEDUC, depois de 17 anos de muita luta, sacrifício, dedicação e amor ao meu trabalho. Fui jogada da SEDUC, como se fosse um objeto descartável, sem direito a nada, até o mês trabalhado, não recebemos, a única tristeza de tudo esse sacrifício já na época de minha aposentadoria. Sai sem direito a nada ate o PAS que agora que preciso, paguei a tanto tempo seu usar, agora que preciso não posso usufruir de meus direito. A partir daí tentei de todos os lados levar em frente o CAPDC, mais até hoje não pode mais continuar com o trabalho de 17 anos de muita persistência, de muita luta, dar-se uma pausa no CPADC, deixando muita saudades dos trabalho desenvolvido que conseguimos através dessa sigla conhecida por todos como um grande trabalho desenvolvido na educação do município e que fez muita diferença, levando tudo de bom para o desenvolvimento da classe educandário de Itaituba. Gostaria muito de concluir este capitulo, dizendo “No Brasil muitos educadores deixaram seu nome na história da Educação Cientifica por iniciativas pioneiras que vieram a florescer mais tarde, gerando outras ações importantes” Eu apesar de não ser uma especialista na área de ciências, tenho certeza que deixarei meu nome na história da educação do meu município, através das feiras de ciências.
Tudo que desenvolvi no CPADC tinha o desejo de mudança, buscando uma qualidade maior e melhor para nossas escolas e nossos alunos.
Quando vejo um trabalho tão bonito como era desenvolvido as feiras através de projeto, que permitia articular as disciplinas, buscando analisar os problemas sociais existenciais e contribuía para a solução por meio da pratica concreta dos alunos e da comunidade escolar. Quando me refiro a projetos não estou falando de projeto pedagógico, mas de uma metodologia que tem a característica muito especiais para o aprendizado do aluno, despertando a curiosidade, mobilizava as energias dos jovens, trazia sorriso de descobertas, despertava nos alunos o desejo de aprender e de participar da construção do próprio conhecimento.
Concluindo este capítulo é como fala Fernando José de Almeida e Fernando Moraes Fonseca Junior é através de Projetos que o aluno aprende fazendo, agindo, experimentando é o modo mais natural, intuitivo e fácil de aprender. Isso é mais do que uma estratégia fundamental de aprendizagem é um modo de ver o ser humano que aprendi. Ele aprendi pela experimentação ativa do mundo. Criando possibilidades de ruptura por se colocarem como espaço corajoso, no qual é possível unir a matemática a biologia, a Química a História, a Língua Portuguesa à formação de uma identidade cultural.
Trabalhar com projeto é uma forma de facilitar a atividade, a ação, a participação do aluno no seu processo de produzir fatos sociais, de trocar informações enfim, de construir conhecimento.
As feiras de ciências levava o professor há ensinar, porque ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino e como fala Paulo Freire enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquisa para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.
Ao longo de minha experiência política pedagógica tenho certeza de que plantei uma semente, ela cresceu deu bons frutos e atualmente ela foi atacada pelo fungo chamado descaso, por falta de apoio da Secretaria Municipal de Educação que ainda não deu a importância desejada que o Centro Pedagógico precisa para dar continuidade nas ações desenvolvida pelo CPADC, por falta de políticas educacionais, voltada para o bom desenvolvimento da educação municipal.
Devido toda as condições materiais, econômicas, sociais e políticas , culturais e ideológica em que se encontra a educação várias atividades que criamos e realizamos e que fez a diferença na educação ou na aprendizagem do ensino deveria ser superado resgatado mas devido toda essa mudança gerando barreiras de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica.
Um dos meu papel com o CPADC era agir da melhor forma para todos, principalmente para os educandos, contribuindo para a formação de cidadãos, autônomos, criativos, buscando na sociedade de paz ou criativa, que busque o desenvolvimento das sociedades contemporâneas, tornando-se fundamental a promoção de uma cultura cientifica que propicie melhores condições para a busca do conhecimento.
Quando vejo hoje algumas escolas realizando suas feiras escolares, por livre e espontânea vontade, divulgando a importância que uma feira faz de diferente no ensino aprendizado do aluno e que tem um papel dos mais relevantes na difusão dessa cultura cientifica, pois o conhecimento e os valores da cidadania são imprescindíveis para a compreensão da vida cotidiana, desenvolvimento do pensamento autônomo e inserção critica na sociedade. Eu pergunto-me onde está sendo aplicada A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que nos dar este direito, como podemos evoluir, porque aqui em nosso município não está sendo aplicada, de fato e direito para o bom desenvolvimento da educação.
Atividades desenvolvidas Paralelo ao CPADC e Depois do CPADC. Além desses cursos nas área de ciências e matemática participei também de outros, que vieram somar para o meu desenvolvimento profissional e pessoal. Muitos poderão até, achar insignificante os cursos que participei, mas para mim é como se tivesse acontecido ontem, por este motivo registrei todos, pois foi através deles que alcancei minha vitória como coordenadora do Centro. Se o NPADC continuasse a desenvolver estes cursos, oficinas, encontro e seminários que desenvolvia a alguns anos atrás, com certeza os GPADCs e CPADCs, não teriam acabados,, teriam continuados, porque, apesar de não recebermos ajuda financeira para conduzir mas os cursos dariam respaldo e segurança para continuação esse trabalho maravilho que foram as feiras de ciências, que deram ênfase para o desenvolvimento da pesquisa. Participei também do I Treinamento de Educação Artística em 1984. Treinamento de Educação Física, em 1985. Curso de Reciclagem Pública em 1983, este foi o primeiro curso que participei na minha vida profissional.
Curso de Atualização para Professores da Pré –Escola em 1986. I Seminário Municipal de Educação de Itaituba em 2004 – ministrado pelo Professor Hamilton Wernek com a palestra – Profissão Professor: Desafios da Atualidade. I Oficina “Museu Memória e Cidadania”, realizada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 2007. Oficina de Formação de Projetos Culturais, ministrado pelo Instituto de Artes do Pará , em 2007. I Encontro Pedagógico/2002, tema “Educação Pública com Qualidade”, ministrando oficina sobre: “Como desenvolver o processo de Leitura nas Séries Iniciais. Como jurada no VIII Festival de Bandas Escolares 2000. Treinamento para docentes do Projeto Vídeo Escola em 1995. II Encontro de Chefes de SEMAES, ministrado pela Secretaria de Estado de Educação, através da Diretoria de Assistência ao Estudante em 1990, com a carga horária de 40 horas. V Encontro Pedagógico de Professores da Rede Municipal de Ensino, ministrado pela Secretária Municipal de Educação, no período de 20 a 23 de janeiro de 1992. Curso de Metodologia nas Disciplinas de 1ª a 4ª série e Multisseriados, ministrado pela Secretaria Municipal de Educação no período de 20 a 24/06/1992. I Circuito de Encontros de Integração entre Educadores, ministrado pela Secretaria de Estado de Educação, com a carga horária de 40 horas no período de 23 a 27/09/1991. Conferencia Municipal de Saúde, ministrado pela Secretaria Municipal de Saúde e Bem Estar Social no período de 05 a 07/07/1994. I Fórum de Educação ministrado pela 14ª Unidade Regional de Educação e Secretaria Municipal de Educação, com o tema “Valorizar a Educação e Construir para o Engrandecimento de um Povo” no período de 22 a 23/07/1994. Curso de Atualização de Profissionais que atuam no Ensino Fundamental, com a carga horária de 40 horas no período de 19 a 23/06/1995 ministrado pela Secretaria de Estado de Educação. Seminário Estadual de Educação do Campo ministrado pelo Ministério de Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada da Alfabetização e Diversidade – SECAD no período de 11 a 13/06/2005. Elaboração do Plano de Ações Articuladas – PAR do Plano de Metas Compromisso todos pela Educação ministrado pelo Ministério da Educação no período de 14 a 17/09/2007.
Paralelo e depois do CPADC deu para observar, tive oportunidade de coordenar o SINTEPP como primeira presidente, Supervisora Educacional da Zona Rural, Diretora da Merenda Escola, Diretora das escolas pública Padre José de Anchieta e Engº Fernando Guilhon, Coordenadora do Núcleo Universitário,, Coordenadora do PRONERA e ultimamente Diretora de Cultura.
Como Presidente da ATEI atualmente SINTEPP, foi um momento de grande conhecimento, posso dizer que foi a base do meu conhecimento de aprendizado, foi através do Sindicato que aprendi a defender meus direitos e da categoria, como também saber falar ao publico. Foi do Sindicato que tive a oportunidade de conhecer alguns estados do Brasil como: Belém, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro, conheci muitas pessoas, fizemos grandes amizades. Fui a primeira presidente, fizemos varias greves com sucesso, conseguimos reivindicar salário justo para a categoria e condições de trabalho. Foi em minha administração que conseguimos o terreno da Sede onde hoje fica situado o Prédio do Sindicado. Foi neste período que vários professores tiveram a oportunidade de morar sem pagar nada, e conseguiram comprar suas casas, tudo isso porque eu morava em um prédio de dois andares, onde constava vários quartos, ai dei para alguns professores morarem gratuitamente, como por exemplo: meu colega de curso Martinho que através dessa oportunidade comprou a sua casa. Neste período consegui para Itaituba a instalação do PASEP. Como sindicalista participei pela primeira fez do V Encontro Estadual da FEPPEP – Federação Paraense dos Professores da Educação Publica, na qualidade de delegada, realizado no período de 11 a 14 de novembro de 1987, com o tema “Educação Participação e Compromisso.
No período de 1987 a 1989 participei de três congressos estaduais, três congressos nacionais como delegada da XXI Congresso Nacional da Confederação dos Professores do Brasil – CPB, realizado em Brasília – DF, no período de 16 a 21 de janeiro de 1988, do XXII Congresso Nacional Anual, realizado no período de 07 a 12 de janeiro de 1989, em Campinas – SP e do XXIV Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação, realizado no período de 07 a 10 de janeiro de 1993 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Participei também do II Congresso Regional do Baixo e Médio Amazonas na cidade de Oriximiná no período de 21 a 23 de julho de 1989. I Congresso do Trabalhadores em Educação, promovido pela Regional da FEPPEP do Baixo e Médio Amazonas e Tapajós no período de 08 a 10 de julho de 1988 na cidade de Alenquer.
Lembro-me de tudo que fazia com presidente, para que pudéssemos participar dos congressos e levar os delegados, sai pedindo para os empresários e conseguíamos dinheiro suficiente para levar os professores a participarem e saberem lutar pelos seus direitos. Recordo-me de uma viagem que iria participar em Belo Horizonte no Congresso e não tinha dinheiro, fui até o Sr. Zesão do Abacaxi, pedir patrocínio para viajarmos, para minha surpresa o homem sai de seu gabinete com um saco de papel até a boca de dinheiro, suficiente para ir e voltar sem nenhum problema deu para eu e as minhas três colegas participarem. Atualmente não temos mais empresários nem garimpeiros que façam isso, mais foi um período muito bom, porque aprendemos muito com a nossa participação.
Como Supervisora Escolar da Secretária Municipal de Educação, desenvolvendo minhas atividades na Zona Rural, foi outro trabalho que aprendi muito, como também passei por grandes momentos na minha vida, passando por perigo inesquecível. Todos os dias saíamos de voadeira, para visitar as escolas da zona ribeirinho, dependendo da distancia, visitava de quatro a cinco escolas por dias, fazíamos algumas coisas que hoje como lembro, acho graça, sabe porque, a metodologia e o papel do supervisor naquela época era muito tradicional, mais era importante, porque averiguava os planos de aula, fazíamos teste de leitura, para verificar se realmente o aluno sabia ler, tomávamos a tabuada e só passava mesmo quem soubesse. Orientávamos da melhor maneira possível, para que o professor pudesse ministrar suas aulas e ter resultados concretos. Atualmente não vemos mais esse tipo de trabalho e pergunto-me quem sabe se acontecesse algumas coisas que acontecia alguns anos atráz, muita coisa não estaria como hoje, por exemplo: não vejo mas a Secretaria preocupada com algumas itens que acho prioridade na educação, apesar do avanço tecnológico educacional. Neste período tive a oportunidade ver coisas absurdas como por exemplo: a “palmatória” que ainda era usada nas escolas e o pior de tudo que cada uma recebia um nome, conforme o que primeiro apanhava, recebia o nome, principalmente na hora da tabuada. Esses problemas aconteceram, faz pouco tempo, foi na época de 80 e nós íamos trazendo todas para a Secretaria de Educação e íamos expondo e mostrando as outras os absurdos que a encontrávamos nas escolas. Vou registrar dois acontecimentos que até hoje lembro com muita nitidez, ao chegarmos em uma escola da comunidade Independência, encontramos uma criança chorando muito, e a professora ao nos vê, correu para perto do aluno e começou a passar a não em sua cabeça, fazendo carinho, mas a criança não aceitava e ia se afastando dela com muita raiva, logo observamos de que estava acontecendo e perguntei para a professora o que estava acontecendo a mesma não sabia o que responder e o irmão foi quem respondeu, ele apanhou da professora e foi logo chorando e dizendo que iria contar para seus pais, pegamos a criança que choraca e olhamos para suas mãos que estavam avermelhadas, neste momento a minha vontade era de pegar aquela palmatória e dar na professora e lembrava da época que eu apanhava por causa das lições, vivi naquela momento o mesmo drama que aquela criança estava passando. Ficamos por alguns minutos calados, olhando um para o outro, pensando o que fazer, primeiro porque não queríamos prejudicar a professora apesar dela merecer e em segundo não queríamos que as crianças pensassem que ela fazia aquilo a mando da Secretaria, porque era o que ela dizia. A aula ficou sem clima, a única solução foi pedir a professora liberar as crianças, para conversarmos, ela mandou as crianças e sentamos para conversarmos, a primeira pergunta foi com ordem de quem você faz isso? Porque você bate nas crianças? E assim foram feitas várias perguntas sem obter uma resposta a não ser, se eu não fizer isso eles não aprendem e nei me respeitam. Solicitamos que a mesma comparecesse a Secretaria. Pegamos a palmatória “raimundinho” e espero por você na Secretaria.
Quando retornamos passamos na residência dos pais da criança e para minha surpresa, pensava que eles estavam com raiva, mas não foram logo dizendo fui eu quem mandei, só assim eles aprendem, professora ela e a segunda mãe dos meus filhos. Perpleta, responde estamos no século XX não podemos aceitar, se a juíza souber disso a professora e vocês serão chamados e quem sabe processados, não é dessa maneira que educamos nossos filhos. Outro momento era que a professora não distribuía a merenda para as crianças, somente os filhos delas merendavam, porque somente ela pagava o INSS, por isso as outras não merendavam. Ao saber do que estava acontecendo procurei conversar com a professora para saber que horas era a merenda, se as crianças estavam gostando do cardápio, ela respondia tudo direitinho como manda o figurino. No outro dia segui viagem exclusivamente para chegar na hora da merenda e para minha surpresa encontrei a professora e seus filhos merendando e as outras crianças não tinham merendado, estavam brincando ou merendando o que trouxeram de casa. A mesma foi descarada perante seus alunos e pais, sendo afastada das funções.
Como Supervisora participei por várias vezes de Encontro de Supervisores do Oeste do Pará, criado pela 15ª Unidade Regional de Ensino de Santarém, eu comecei a participar do V Encontro no período de 21 a 22 de agosto de 1989, tendo como tema central “O Educador no Processo de Democratização da Escola”, VI Encontro aconteceu no período de 20 a 22 de agosto de 1990, tendo com tema central “Escola, Instrumento de Transformação ou Alienação da Sociedade”. Depois de participarmos do VI Encontro pedi que o encontro fosse realizado em outros municípios, para que todos podessem participar para o bom desenvolvimento do processo supervisional, foi quando realizamos o VII Encontro no período de 22 a 24 de agosto de 1991, com o tema “Educar para a Vida é Nosso Dever”, ix Encontro aconteceu em Óbidos com o tema “ Educar Trabalho Árduo para Hoje, Trabalho duro para Agora” no período de 26 a 28 de agosto de 1992. X Encontro aconteceu no município de Oriximiná no período de 25 a 27 de agosto de 1993. XI Encontro aconteceu no município de Alenquer no período de 20 a 24 de agosto de 1994. XIV Encontro, aconteceu na cidade de Monte Alegre de 21 a 23 de agosto de 1997 para participarmos desses encontros nos organizávamos o ano todo financeiramente, fazendo bingos churrasco para conseguirmos levar um grupo grande de participantes, até porque neste período a educação tinha supervisores para todas as escola, com a participação buscávamos muitas novidades e toucávamos muitas experiências educacional a ser aplicada em nossas escolas. O que eu achava de mais importante de tudo isso, era que não tínhamos nenhuma formação na área, tínhamos simplesmente o magistério, mais participávamos.
Como Coordenadora da Merenda Escolar foi um dos trabalhos que procurei desenvolver com muita dedicação, fui convidada pela Diretora da 12ª Unidade Regional de Educação, na época Professora Antonieta Assunção Nascimento Lima, no ano de 1992 pela portaria nº 13720/88 DIVAP/DAPE, dando-me oportunidade de criar o departamento Municipal da Merenda Escolar, no dia três de abril homenageava as merendeiras, oportunizando a elas os mais diversos divertimentos e lazer, através de passeios como brincadeiras, premiações com churrasco e bolo, para mostrar a importância que elas tinham e tem como ser humano.
Neste período o Departamento da Merenda Escolar era coordenado pela SEDUC, através do Departamento de Educação e Assistência ao Estudante. Divisão de Dinamização dos Programas Assistências, que encaminhava a merenda via navio e nós entregávamos para os seguintes municípios: Aveiro, Trairão, Novo Progresso, Rurópolis, Jacareacanga e Itaituba. A merenda escolar era muito usada para a campanha política dos prefeitos, que usavam e abusavam da mesma. Ao assumir observei tudo, o que acontecia e tomei uma decisão de denunciar as irregularidades, que eram muitas que não sabia nem o que fazer. Como tinha decidido acabar com essa roubalheira, fui em frente, e o primeiro a ser denunciado foi o Prefeito Wirland da Luz Machado Freire, que além de ser Prefeito era empresário e dono de garimpo. Em uma de suas fazendas que ficava localizado na comunidade Tucunaré, a professora comunicou-me de que os trabalhadores estavam usando a merenda. Ao receber o comunicado, procurei a Promotora, os Vereadores e o meio de comunicação, que não mediram esforço, em se deslocar para averiguar de perto a denuncia. Ao chegarmos a comunidade constatamos a irregularidade, a Promotora foi logo dando ordem de prisão ao casal que encontrava-se na cantina, conferindo a merenda, até porque essa merenda era para as escolas do garimpo do Crepurizão. Ao retornarmos para Itaituba, encontramos o gerente que já vinha ao nosso encontro, não sabemos como ele soube, só sei que ele apareceu e recebeu ordem de prisão, retornando conosco.
Concluindo não obtivemos muito sucesso, porque o bandidão não pagou e nei foi preso. Outro acontecimento foi com o Prefeito de Aveiro, que também usou a merenda na campanha eleitoral, foi denunciado por moradores. Lá fui eu resolver o problema, até porque tinha autonomia e apoio da SEDUC, ao chegar no município fui ao encontro do prefeito, como já tinha conhecimento de outros denuncias, e que o mesmo já tinha passagem na Policia Federal. Depois de conversarmos e ter feito visita no deposito, aproveitei para dizer que dentro de 72 duas horas, se ele não entregasse a merenda, denunciaria na Policia Federal. Imediatamente o mesmo ligou para Santarém, solicitando a compra da merenda e aproveitasse o barco Aveiro, e encaminhasse imediatamente para Itaituba. Conforme acordo feito, no prazo certo, chegou a merenda em minhas mãos e no mesmo dia retornei a merenda para Aveiro. Lembrei, agora do que aconteceu neste dia, depois de estar quase um ano afastada do município devido não lê na cartilha do prefeito fui demitida, na hora da saída para o município de Aveiro, recebi a visita do Secretário de Educação Professor Felipe Melo dos Santos, pedindo que eu acompanhasse até a prefeitura que o Prefeito gostaria de falar comigo, responde que não, porque não tinha nada para falar com ele, e perguntei o que ele queria o Secretário respondeu-me que não sabia, depois de muita insistência dos colegas e do Secretário acompanhei, ao chegar lá fui muito bem recebida pelo mesmo, que parabenizou-me pelo trabalho que estava desenvolvendo, aproveitou pediu-me desculpa por tudo o que tinha acontecido e que a partir daquele momento eu estava sendo recontratada para o município, ao terminar o que ele falou, perguntei se era só isso, o mesmo disse que sim, agradeci e retornei para o barco, seguindo viagem para o Município de Aveiro, comprii com o meu trabalho. A parti daí ficamos amigos e sempre era elogiada pelo desempenho de meu trabalho a frente da merenda. Um belo dia ao chegar a Prefeitura o Prefeito fez-me uma pergunta. Você aceitaria ser a delegada das Mulheres, sorri para ele e agradeci, respondendo que eu nunca tinha pensado nisso, até porque eu gostava mesmo era de educação. Mais a minha vontade era de dizer que sim e o primeiro a ser preso seria ele, por bater na mulher. E perguntei o porque do convite, o mesmo respondeu-me, devido você ser uma mulher corajosa, não manda recado e foi uma das que teve a coragem de me enfrentar e é desse tipo de mulher que eu admiro, por isso estou lhe convidando.
Acredito que todo o apoio que tive no CPADC foi em sua administração, principalmente na realização das Feiras, participando de todas as Feiras Regionais e Estaduais, foi em sua administração que não médio esforço em apoiar como coordenadora o CPADC.
No período de Diretora da Merenda escolar, tive a oportunidade de participar do II Encontro de Chefes de SEMAEs, realizado em Belém no período de 17 a 21 de maio de 1993, com uma carga horária de 40 horas.
Como diretora da Escola Padre José de Anchieta, procurei desenvolver e fazer o melhor para administrar, fazendo com que os educandos e educadores tivesse o melhor da educação do município. Na função de administradora tive muitos problemas.
Lembro-me agora dos problemas que acontecia, devido aqueles alunos problemas, que brigavam, que usavam drogas que não queriam nada com a vida. Quando assumi a Escola Padre José de Anchieta com uma semana voltei a Secretaria para entregar, porque era tantos problemas que não sabia nem como começar, quando cheguei com o Secretário de Educação Professor Ozemias, ele perguntou o que eu desejaria, houve algum problemas, respondi sim muitos, estou aqui para entregar, acho que não sou capaz de direcionar, o Secretário respondeu-me “não acredito, convidei você porque acredito em seu potencial e agora quer envergonhar-me”, tornei a responder que eram tantos problemas que não sabia como começar, depois de muita conversa resolvi continuar, lembro-me que ele falou-me assim “vá para casa coloque a cabeça no travesseiro que com certeza ira brotar muita coisa boa, tudo isso porque sei que você ira fazer um grande trabalho”. Saí da Secretaria pensando, ora se ele acredita em mim porque não posso fazer alguma coisa, e disse para mim mesma Regina o que é isso, vá para a escola e resolva os problemas de frente, estou te desconhecendo, cadê aquela mulher determina, corajosa e agora o que vejo é uma mulher medrosa. Realmente em vez de ir para casa fui para a escola, e a partir daí só saí com a mudança de governo. Dessa administração foi registrar alguns acontecimentos, primeiro recebi a escola sem o mínimo de estrutura, até porque era uma escola de periferia, sentei, observei o que precisava para administrar meu trabalho, anotei e no dia seguinte fui a Prefeitura para falar com o Prefeito Botelho e contei da minha decisão e se você quiser que eu direcione resolva esses problemas que depende somente de você. Passei as anotações para ele ler, ao terminar perguntou qual era o prazo que ele teria para resolver, respondi que como era começo de ano, cancelaria as aulas e lhe daria de 15 a 30 dias, garanto a você que vou procurar fazer o melhor para essa escola, uma das melhores de Itaituba, concordou chamou o Secretário de Obras e o mestre de obra e mandou que resolvessem em um mês as solicitações. Voltei para a Escola convoquei os professores, funcionários e conselho para comunicar de minha decisão, todos concordaram e aqueles que não acreditaram ficaram duvidando, quando terminou a reunião solicitei da Secretaria da Escola que preparasse um convite ao pais e encaminhasse urgentemente para comunicar de nossa decisão.
No outro dia na hora marcada a escola estava repleta de pais, todos questionando, querendo saber o porque daquela reunião. Para mim foi surpresa porque a Diretora passada disse-me que poucos pais compareciam na reunião e naquele momento estava cheia a escola. Contei de minha decisão em continuar as aulas se a Secretaria desse condições de trabalho e ditei as minhas condições para fazer dessa escola uma das melhores, e solicitei: primeiro não quero mais esse barracão, quero mais três salas de aula, bebedouro ate porque as crianças tomavam água através de um panelão onde cada um que chegava metia o copo e tomava a água, era uma epidemia de boqueira que fazia nojo, terceiro quero um banheiro digno, um poço artesiano e a pintura da escola, todos ficaram observando concordaram e disseram a escola esta precisando de uma Diretora desse jeito. Aproveitei e comuniquei que mandaria os alunos para a escola, que avisarei da nossa decisão e que os mesmo voltassem a um mês depois, e assim foi feito. No outro dia recebi os alunos da manhã comunicando-os das decisões, para minha surpresa nesta hora já chegava um carro com vários trabalhadores e materiais para a construção juntamente com o Secretário de Obras, Secretário de Educação e o Engenheiro já com a planta na mão, perguntou “E isso que a senhora quer? respondi que sim. Realmente com o mês estávamos com uma escola linda e maravilhosa, toda pintada decorada, com murros e portões, tudo que tinha solicitado estava pronto, agora inauguramos e continuamos nosso trabalho. Isso foi o pontapé inicial para começar a administrar e resolver as questões de responsabilidade, compromisso dos alunos e dos pais daqueles que não queriam nada com a vida, foi outra briga que tive que conduzir com a força e a coragem, porque como sabemos lutar com marginal é muito difícil e fui a luta com o apoio dos professores e funcionários. Comecei indo visitar o Juiz, Delegado, Promotora, Juizado e Assistente Social comunicando como era a escola e ao mesmo tempo convidando os mesmos para palestrar, depois de vários conversas, marquei a I reunião que para minha surpresa quem se prontificou em ajudar-me foi o Juiz Dr. Mairton, que disse-me se todos Diretores fizesse o que você estar fazendo, com certeza as escolas iriam mudar. No dia marcado lá estava o Juiz, muitos pais todos empolgados com a visita do Juiz no Bairro. Lembro-me que quando começou a reunião o Juiz começou a falar a colocar o que predendia a fazer uma das mães fez uma pergunta, ai ele falou que não aceitava mais o filho que a única maneira era bater ou amarrar para prender o filho em casa, o Juiz respondeu que não era assim, que procederia, ai ela respondeu o que, que o Senhor quer que eu faço, a única maneira que eu tenho para fazer é isso. Ele já irritado com a mãe pediu que a mesma se afastasse da reunião que falaria com ela depois, que ele tinha que aprender a educar seus filhos. Conclusão depois dessa reunião já senti uma mudança e toda semana vinha um convidado para reunir com os alunos e os pais. Nesta Escola vi aluno fumando maconha, vi aluno puchando arma para outro, vi aluno brigando e furando outro com faca, vi tanta coisa de ruim, que quando eu lembro pergunto-me será que eu ainda gostaria de passar por tudo isso. Mandei prender aluno que aprontava, no outro dia ia tirar, e neste momento junto com Delegado Mascarenhe que ajudou-me muito, dávamos uma lição de moral e eu mesmo sai no carro da policia entregar para as mães seus filhos.Tínhamos um aluno muito inteligente era padeiro de primeira, fazia bolo, confeitava, tanto que a mãe não sabia mais o que fazer, tinha hora que eu aconselhava, brigava com ele, quando eu nem bem esperava recebia telefonema do Delegado comunicando que o mesmo estava preso porque tinha roubado e dizia “venha aqui professora que além dele tem outros que dizem ser de sua escola”, lá ia eu para a delegacia, tirava, dava uma lição de moral de fazer nego chorar e levava para suas casas, quando era horário de aula tornava a chamar e aconselhar isso eu acredito que levei mais ou menos um ano lutando e tentando fazer a diferença, e para minha surpresa aqueles mais danados melhoraram 80%, já não fazia mais danações, tentei controlar todos, a melhor maneira possível, sai da Escola por motivo político, os pais queriam que eu continuasse, queriam fazer manifestações não deixei e disse assim como eu fiz outras virão e com certeza farão o melhor. Lembro-me que o meu envolvimento era grande que dançava quadrilha com eles, brincava de bola e outras atividades para que pudesse ficar amiga deles e poder resolver os problemas.
Passou mais quatro anos na próxima administração foi divulgado a nova Diretora Regina, só que não divulgaram o sobrenome, quando foi a noite ao retornar da Universidade encontrei um grande numero de alunos na porta de minha casa a minha espera, de longe as conheci e me perguntava o que esse meninos estão fazendo em casa, não estou entendendo, ao chegar perto perguntei o que estavam fazendo e o que queriam, os mesmos responderam todos juntos viemos buscar a Senhora, não é a senhora a nossa Diretora, sorri e respondi estão enganados, não sou eu não.
Voltaram todos triste porque não era eu era a Regina Maia. Isso aconteceu também na Escola Fernando Guilhon, mas com menos problemas, contudo valeu a pena, porque tenho certeza que fiz o que pude. Atualmente estou morando em um bairro perto do Bairro Santo Antonio, nas minhas caminhadas passo por este bairro e tenho encontrado alunos que perguntam porque eu não volto para a escola e respondo porque vocês não gostava de mim, eu era muito enjoada. O mesmo respondeu engano seu, foi em sua administração que a Escola Padre José de Anchieta foi conhecida e respeitada no município. Quando ele falou-me de minha administração, lembrei de um momento especial, quando estava fazendo a minha graduação, realizamos uma atividade nos bairros da cidade cada equipe escolheu um bairro, uma das equipe, na hora de sua apresentação parabenizaram-me pelo meu trabalho na escola, porque ao fazerem a pesquisa com os moradores do bairro, disseram que a melhor diretora e que tinha feito um grande trabalho foi a Professora Regina, fiquei muito alegre e emocionada por saber que ainda era lembrada pelo trabalho desenvolvido na escola. E lembro-me como foi para assumir esta esta escola, antes de ser convocada. Durante a administração do Ex – Prefeito Botelho, fui excluída de alguma função e continuava sendo só professora e coordenadora do CPADC, neste período o Sindicado dos Professores fizeram um grande movimento por causa de aumento de salário, a prefeitura queria aumentar mais não o solicitado pela categoria, a briga estava feita, quando fui chamada para defender a Prefeitura pelo amigo que dizia ao Secretário de Educação a pessoa sertã para defender está causa chama-se Regina, e para minha surpresa fui convidada pelo Secretário que colocou-me o que estava acontecendo e o Secretario poderia ofertar aos professores, como a equipe era de pessoas novatas, consideradas os importados e tinham medo de perderem a briga, solicitaram a ajudar a defender a proposta. Aceitei, e pedi que me explicasse tudo para que eu pudesse ter o conhecimento e poder defender. Para minha surpresa foi marcada a data da reunião, neste dia o grupo da Secretaria era muito pequeno, e o grupo do sindicato era grande e foram para aquela reunião com vontade de brigar. Ao começar a reunião foram apresentadas as duas equipes, que iriam defender as propostas. Como era a 1ª vez que a categoria estava tendo o privilegio de receber um aumento, foi fácil para me defender a proposta da prefeitura e para minha surpresa depois do meu discurso, foi feita a votação ganhando a proposta que eu defendia, não fiz por interesse mas pela categoria. No dia seguinte fui embora para o Município de Trairão ministrar uma disciplina pelo Projeto Gavião, e passaria duas semanas, para minha surpresa recebi um telefonema do Secretário de Educação perguntando o que eu estava fazendo em Trairão, respondi, que estava lecionando, foi quando ele comunicou-me que o Prefeito gostaria de falar comigo, que assim que chagasse procurasse o mesmo, para falar com ele. No outro dia torno a receber um telefonema do Prefeito e dizia assim: “em primeiro lugar quero parabenizar pelo seu apoio, coragem de fazer o que fez, em segundo lugar peço-lhe que volte e gostaria de convidar você a participar de minha administração, direcionando uma das escolas, que estão precisando de Diretora”. Agradeci e disse que quando eu voltasse procuraria ele, mas precisava pensar. Durante esses dias pensei e decidi aceitar, porque sempre pensei que varias coisas acontece uma vez em nossas vidas, e não podemos deixar passar.
Como Diretora do Núcleo Universitário uns dos trabalhos que dediquei-me com muito carinho e dedicação, até porque várias pessoas já tinha assumido essa função e nunca tinha avançado, sempre era na mesmice, nunca saia de escolas emprestada para o funcionamento e não passa de um a dois cursos. Um belo dia fui convidada pelo Secretário de Educação Valdo Luiz para participar de uma reunião com a equipe da Universidade Federal do Pará, para tratarmos assunto referente ao Núcleo Universitário e que os mesmos gostariam de conhecer o CPADC. No dia marcado fui participar da reunião, estavam presente uma equipe de sete componentes, começou a reunião com os questionamentos, perguntas e mais perguntas.
Levantei apresente-me e fiz uma proposta, onde eu dizia assim: se mós fizermos uma campanha para conseguirmos materiais se conseguíssemos a Prefeitura poderia arcar com a construção e perguntava o que a UFPA faria. O Pro Reitor respondeu-me assim, gostei da sugestão a UFPA, entraria com os curso e depois de pronta um pavilhão com seis salas e o pavilhão administrativo, a parti daí a UFPA assumiria o resto da construção e posteriormente os funcionários. Em seguida apresentei-me e disse mais que eu gostaria que eles ganhecesse o CPADC. Conclusão essa proposta foi aceita pela UFPA e por todos presentes. Ao terminar a reunião seguimos para o CPADC e lembro-me que disse também que eles não se preocupasse com o prédio, mais sim com o que estava exposto, la dentro que esse trabalho de vários anos, e que durante esses anos todos tinha Carregado a UFPA em minhas costa, representando e desenvolvendo em todos os aspectos e que a minha maior tristeza era de que a UFPA, nunca tinha olhado com carinho para o nosso trabalho. A noite fui convidada para jantar com a equipe, Prefeito Benigno Olazar Reges e Secretário de Educação Valdo Gaspar, aceitei o convite e para minha surpresa fui convidada para coordenar o Núcleo Universitário, que não medi esforço em aceitar o convite, foi uma festa e a partir daí acompanhei a equipe nas reuniões de decisões e organização, para realização de criamos posteriormente um campin. Ao assumir tomei o primeiro passo de mudar de escola, levando o Núcleo para uma Escola de melhor qualidade para o funcionamento. Em seguida lutar por outros cursos para atender nossa clientela, até porque o Pró-Reitor tinha prometido e para nossa surpresa conseguimos os seguintes cursos: Matemática, Informática, Letras e Pedagogia. Segundo passos, fazer a campanha que me dispus a realizar, preparei a campanha convidei o Pró – Reitor Dr. Francisco Matos a participar. Nesta campanha conseguimos um carro volante saí pedindo pelas ruas e fazendo a maior festa, andando em todos os bairros. Conclusão ganhamos cimentos, madeira, brita, tijolos, areia, barro, tudo que uma construção precisa, material suficiente para a construção das seis salas e uma parte do pavilhão administrativo. Mais infelizmente mudou-se de secretario e a secretaria que assumiu, não deu a mínima para a construção deixando somente a fundação pronta. Neste período tudo aconteceria morosamente aquela festa, todo que tínhamos feito, acabava-se deixando-me muito triste pela falta de apoio e concretização da construção, todo mundo acreditava que íamos concretizar um sonho que a tanto tempo queríamos realizar, foi tudo por água a baixo, por falta de administração por parte da Secretária de Educação Maria Alves e Prefeito Benigno Olazar Reges que não cumpriram com sua palavra. Neste período também conseguimos com muita dificuldade o laboratório de Informática, lembro que até cheque meu foi envolvido para a compra deste laboratório, mais graça a Deus, conseguimos instalar com muito choro, tristeza por todo esforço de minha parte e da população, não conseguimos construir por falta de políticas publicas educacional, voltada para o município, saí desta coordenação com a mudança de Prefeito.
Coordenadora do Pronera, outra coordenação de desafio na minha vida profissional, desafio esse de grande responsabilidade e que me deu o privilégio de conhecer uma parte de meu município, que ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer, que era a área dos assentamentos da reforma agrária.
Quando fui convidada para coordenar, não imaginava que seria tão importante para mim, até porque não sobra da dimensão do projeto.
Quando assumi, fui ver a importância que o projeto tinha para o meu conhecimento educacional, social e cultural.
Pronera: Programa Nacional de Educação na reforma Agrária que proporciona o Projeto de Escolarização cidadã na Região do Tapajós,desenvolvendo o curso de Escolarização pelo princípio da Educação popular, sendo entendido enquanto um instrumento que possibilita a emancipação humana e a transformação social, que se caracteriza por meio do diálogo entre educador e educando.
Miguel Arroyo em seu livro A Educação Básica e o Movimento social do campo dizem assim: “Educação popular consiste numa dinâmica dialógica, libertadora, interdisciplinar e transformadora, onde o ato de educar é constituído coletivamente, assim o/a assentado/a é agente do Processo, portanto reflete sobre os problemas comuns a todos/as, buscando enfrenta-los”.
Trata-se, pois, de garantir a participação ativa de todos/as no sentido de construir passo a passo o processo que possibilitará não só aprender a ler e escrever, como também conhecer melhor o mundo que o cerca, enfim, alfatizar-se, escolarizar-se no verdadeiro sentido da palavra. Sua metodologia está diretamente relacionada com a realidade dos projetos de assentamento de reformar agrária.
Desde de 2002 estou a frente deste projeto como coordenadora Regional, organizando, orientando e articulando para o bom desenvolvimento. O Projeto é formado por 110 turmas no total de 2.328 alunos, abrangendo cinco municípios, Itaituba, Aveiro, Trairão, Rurópolis e Placas.
Este projeto visa resgatar e valorizar os valores culturais típicas do povo do campo.
Durante esses anos tive a oportunidade de viver com os mesmos momentos importantes na troca de experiência, onde tenho adquirido mais conhecimento do que ensinado, onde tenho aprendido novos valores, nova cultura através dos vários gestos que impressionam, chocantes, que obrigam a pensar e repensar neste país.
Miguel Arroyo diz mais: “Para mexer com a enxada o educando não precisa de muitas letras, para sobreviver com uns trocados, levando mata na feira, não precisa de muitas letras, o que importa é apenas o que o aluno tem que aprender a ler, aprender a escrever e a contar.”
Lembro-me da frase de Dom Tomás Balduino: Terra é mais do que terra, como também a que diz: “A terra é mais do que terra, a produção é mais que produção. Porque? Por que ela produz a gente, a cultura da roça, do milho é mais do que cultura, é cultivo do ser humano, é o processo em que ele se constitui sujeito cultural. Por isso vocês não separem produção de educação, não separem produção de escola.
A escola os saberes escolares são direito do homem e da mulher do campo, porém esses saberes, os valores, a cultura, o modo de vida , o homem e mulher do campo fossem uma espécie em extinção.
A gente não interpreta o mundo apenas com a leitura. É importante dominar a leitura, é um dever de todos. A escola tem que fazer de tudo para garantir esse direito, porém consiste do que o direito ao conhecimento e a cultura é muito mais do que ler, escrever, contar. Não se trata de empobrecer a educação do campo, mas de enriquecê-la.”
O saber socialmente constituído sim, mas insisto que devemos ter cuidado em como colocamos esse saber letrado, como se fosse a única janela para entender o mundo.
Coloco também outro pensamento de Paulo Freire:
Aprender a ler o mundo é tão importante quanto aprender a ler a cartilha. O importante é ler a cartilha para ler melhor o mundo, mas não como sendo a única janela do mundo.
Essas foram as palavras que ouvi em um congresso estadual, onde aprendi a valorizar mais o homem do campo, pelas suas mãos calejadas de tanto trabalhar para alimentar esse país preconceituoso que menospreza os pobres.
Aprendi também que a velhice no campo carrega a sabedoria da natureza, e orgulho-me mais uma vez por esta oportunidade impa em minha vida, principalmente quando escuto os mesmos dizerem que o Pronera deu a eles a oportunidade de aprender a ler e escrever, de poder ler a minha bíblia, de não passar mais vergonha na hora de assinar meu nome, agora eu escrevo leio e não sujo mais meu dedo.
Trabalho há muitos anos na busca constante, no resgate da história de minha terra natal, ressaltando o valor desse resgate em tudo que trabalho, seja em sala de aula ou em direção de departamentos.
No ano de 2006, foi reconhecido todo o meu esforço nesta “luta”, sendo eu chamada para assumir a direção da Diretoria de Cultura, convite feito pela Vice-prefeita do município Antonieta Lima.
Fiquei mais tarde sabendo que quem sugeriu meu nome para este cargo foi o Silvio de Paiva Macedo, meu primo e ex-prefeito de Itaituba.
Admito que foi uma alegria imensa este convite, que por fim me deu suporte para realizar um dos meus grande sonhos, que era de implantar o museu municipal. Com muito esforço e com ajuda do Senhor meu Deus, concretizei este sonho, e no dia 17 de novembro de 2006, inauguramos o Museu Aracy Paraguaçu.
Daí então, comecei a realizar projetos que viessem resgatar a cultura e a história do meu povo, sendo esses projetos bem aceitos pela população, e agradável aos olhos de Prefeito. Na verdade o apoio moral para a realização dos mesmos não tem faltado, no entanto o financeiro tem sido escasso, me impossibilitando muitas das vezes desistir de alguns deles, mas nunca sem lutar antes.
Na Direção da Cultura sinto que posso ir muito além do que imagino, realizando grandes festivais que alavancará a economia do município, melhorando a renda de muitos que trabalham como vendedores ambulantes. Porém me deparo a todo instante na barreira da politicagem, que muitas das vezes busca interesse próprio, contudo acredito piamente que um dia esse quadro será mudado.
Tive também a felicidade de realizar o 1° Fórum Cultural e a 1° Conferencia Intermunicipal de Cultura em Itaituba com a participação do Secretário de Cultura do Estado, o Vice-governador e o Superintendente da Fundação Carlos Gomes, Superintendente do IAP, Superintendente Fundação Tancredo Neves e demais assessores e técnicos da Secretara de Cultura, como também autoridades do município e a população em geral, foi um momento que ficará com certeza na história do município.
Também não poderia deixar de registrar o 1° Concurso Gastronômico de Itaituba, intitulado “Delícias do Tapajós”, que teve a participação de pessoas que trabalham com comidas regionais há muito tempo em nosso município, a participação desses profissionais com o seus pratos típicos surpreendeu aos jurados, e proporcionou a todos presentes um momento único.
Tive também uma grande e significativa participação no aniversário de Itaituba no ano de 2006, podendo cooperar na organização do evento, evento este, que acredito ter sido um dos melhores que já houve. Na ocasião foi apresentado ao povo um bolo de 150 metros em comemoração aos 150 anos de existência da cidade, realmente foi um dia inesquecível, pois todos que estiveram presentes poderam se deliciar com o enorme bolo, que ocupou parte da principal avenida da cidade.
Também criamos a Lei Célia Larges Virgulino, Lei de incentivo a cultura do Município. Além desses também realizamos o Concurso de Banda e o Festival Folclore de Itaituba.
Continuo hoje, trabalhando arduamente para ver as coisas acontecerem, não sei até quando ocuparei este cargo, mas sei que sairei certa de que fiz tudo que estava ao meu alcance, e que de certa forma minha passagem pela Diretoria de Cultura contribuiu para alguma coisa.
Além de todas essas atividades, fui juradas em vários municípios como: Óbidos, Trairão, Rurópolis, Novo Progresso, Itaituba e ultimamente estive avaliando o Festival das Araras: Azul, Amarela e Vermelha, festival de grande relevância que acontece todos os anos neste município.
Quanto ao Museu foi criado de fato é de direito dia 17 de novembro de 2007, com uma solenidade muito bonita. O Museu é composto de 011 acervos como: Arqueologia, História, Colonial, Indígena, Cultural, Icnográfico, Arte, Comunicação, Música, Educação e Esporte, além da Biblioteca Samuel Bemerguy.
Para desenvolver meu trabalho como curadora, coordenadora e pesquisadora tive que buscar cursos que mim proporcionou mais conhecimento para melhor desenvolvimento para que eu pudesse desenvolver as atividades do museu. Foi através de cursos que construímos o plano museológico do Museu.
Durante estes 06 que estive no museu consegui buscar conhecimento através de vários cursos.
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