Hoje, 14 de fevereiro de 2012, estou relembrando o belíssimo passeio que fiz ao paraíso, ele tem nome, chama-se Fernando de Noronha. Gostaria de compartilhar esse momento de felicidade com todos que conheço. Desculpe-me, se aos seus olhos isso parecerá “amostramento” de minha parte, mas não o é, até poderá ser, mas não o faço com tal intenção. A intenção é de instigá-los a ir conhecê-lo também e para os que já conhecem de compartilhar impressões.
Essa representação da beleza de Deus na Terra, há muito vive no meu pensamento, mas sabia o quanto seria dispendioso financeiramente ir até ele. A vida, no entanto, é feita de desafios e “nunca devemos dizer nunca”, pois podemos desafiá-la a realizar os nossos sonhos. O caminho é persistência, fé em Deus acima de tudo e correr atrás do que realmente se quer.
Uma vez eu li, não lembro onde, que uma viagem começa muito antes de concretizar-se. Pura verdade. Foi assim com todas que já realizei, não seria diferente com Noronha.
Quando adolescente iniciei minhas primeiras viagens através dos cartões postais que trocava com meus queridos e amados amigos por correspondência. Lembro-me do primeiro postal de Noronha que recebi, mostrava o Morro Dois Irmãos, enormes blocos de pedra. A memória já não me permite mais lembrar quem enviou, para isso teria que procurar em meus arquivos. Na época o território ainda pertencia ao meu estado, ou seja, ao Rio Grande do Norte.
Eu jamais imaginaria, naquela metade da década de 1980, que um dia conheceria esse lugar. Era muito menina, não havia concluído nem o ensino fundamental, na época conhecido como o ginásio. No entanto sonhava, sempre fui muito sonhadora, sonho inclusive com um mundo de amor e paz, onde a natureza seja respeitada, onde todos amem os animais e eles possam viver livres, sem riscos de agressão por parte dos seres humanos que se dizem racionais.
O tempo passou, iniciei minhas viagens na graduação em História...
Continuar leituraHoje, 14 de fevereiro de 2012, estou relembrando o belíssimo passeio que fiz ao paraíso, ele tem nome, chama-se Fernando de Noronha. Gostaria de compartilhar esse momento de felicidade com todos que conheço. Desculpe-me, se aos seus olhos isso parecerá “amostramento” de minha parte, mas não o é, até poderá ser, mas não o faço com tal intenção. A intenção é de instigá-los a ir conhecê-lo também e para os que já conhecem de compartilhar impressões.
Essa representação da beleza de Deus na Terra, há muito vive no meu pensamento, mas sabia o quanto seria dispendioso financeiramente ir até ele. A vida, no entanto, é feita de desafios e “nunca devemos dizer nunca”, pois podemos desafiá-la a realizar os nossos sonhos. O caminho é persistência, fé em Deus acima de tudo e correr atrás do que realmente se quer.
Uma vez eu li, não lembro onde, que uma viagem começa muito antes de concretizar-se. Pura verdade. Foi assim com todas que já realizei, não seria diferente com Noronha.
Quando adolescente iniciei minhas primeiras viagens através dos cartões postais que trocava com meus queridos e amados amigos por correspondência. Lembro-me do primeiro postal de Noronha que recebi, mostrava o Morro Dois Irmãos, enormes blocos de pedra. A memória já não me permite mais lembrar quem enviou, para isso teria que procurar em meus arquivos. Na época o território ainda pertencia ao meu estado, ou seja, ao Rio Grande do Norte.
Eu jamais imaginaria, naquela metade da década de 1980, que um dia conheceria esse lugar. Era muito menina, não havia concluído nem o ensino fundamental, na época conhecido como o ginásio. No entanto sonhava, sempre fui muito sonhadora, sonho inclusive com um mundo de amor e paz, onde a natureza seja respeitada, onde todos amem os animais e eles possam viver livres, sem riscos de agressão por parte dos seres humanos que se dizem racionais.
O tempo passou, iniciei minhas viagens na graduação em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mas nada de Fernando de Noronha entrar na minha pauta de prioridade, pois o meu foco passou a ser museu, casarão antigo e fui conhecer cidades como Salvador, São Luís, Recife, Ouro Preto, Mariana, Sabará, entre outras. Todavia, depois da minha viagem a Belém do Pará, a natureza passou a ter mais vez nas minhas viagens, acho que influência do Mangal das Garças, do Bosque Rodrigues Alves, do Museu Emílio Gualde (com algumas ressalvas).
Voltemos a Noronha... Em 2011 uma vontade muito grande, “mais que demais”, brotou em meu coração: PRECISO IR A FERNANDO DE NORONHA!!!! Como sou assinante da revista Viagem e Turismo, já havia lido algumas reportagens sobre o paraíso. Conheço pessoas que já estiveram lá, mas nenhuma delas, que eu lembre, falou-me com emoção o fato de tê-lo conhecido.
Pode até não parecer, mas sou uma pessoa muito intensa no que faço, sou de me doar de coração em tudo que realizo, com viagens não é diferente. Mas ir a Noronha sozinha não tem graça, né? Como vocês sabem, permaneço solteira (com a graça de Deus) e sem namorado. Apelei para as amigas. Imediatamente liguei para Kelly e Rute que também sonhavam em ir para o paraíso. No final formamos um grupo de cinco pessoas, fora elas duas, foram também Teresinha (mãe de Rute) e Bianca (sobrinha de Rute).
No dia 02/11/2011 estávamos nós na CVC fechando o pacote para o período de 10 a 13/02/2012 para Fernando de Noronha. Quatro dias e três noites no paraíso. A moça da CVC não foi muito honesta conosco, nos deu o nome de uma operadora de pousadas domiciliares como se fosse à pousada que fôssemos ficar, descobri a tempo de evitar uma catástrofe, pois corríamos o risco de ficarmos em pousadas diferentes. Quando chegou perto de irmos, liguei várias vezes para ela definir a pousada e para ficarmos juntas.
O espaço de tempo da compra do pacote até o dia da viagem foi suficiente para ler e reler várias reportagens sobre Noronha, e, para pesquisar na internet. Sai de Natal com o nome de todas as praias do mar de dentro, do mar de fora, dos melhores restaurantes, das poucas atrações existentes, dos passeios que poderia realizar. Sentia-me até uma noronhense, embora nunca tivesse ido lá.
Em fim chegou o dia 10/02/2012, às 10h00 estávamos embarcando no voo da Trip rumo ao paraíso que eu pensava já conhecer de “cabo a rabo”, afinal minha veia de pesquisador é muito apurada (quanto convencimento!!!) e não vou a lugar nenhum às cegas.
Chegamos a Noronha ao meio dia, mas o voo só durou uma hora, como pode? Lá não está no horário de verão. O fuso horário é uma hora a mais, sendo que nessa época o horário coincide com o de Brasília. Ao chegarmos ao aeroporto, antes de pegarmos as bagagens, fomos pagar a taxa de preservação ambiental também conhecida por taxa de permanência. Em seguida, partimos para o que seria uma palestra do IBAMA ou de introdução a ilha, mas o que vi foi uma propaganda de passeios turísticos, por sinal, irresistíveis. Ao término, todo mundo estava ansioso para contratá-los. O nosso pacote já incluía o passeio tradicional de barco e a caminhada histórica. Contratamos o Ilhatur e o Projeto Navi.
Às 14h00 chegamos à pousada para tomar banho, sem tempo para o almoço, pois às 15h00 o ônibus da agência passaria para nos levar para o passeio da Navi. Estávamos todas ansiosas para esse passeio em um barco que tem no seu centro uma grande lupa para ver o fundo do oceano. Foi uma decepção, só conseguimos ver peixinhos, uma tartaruga e parece que alguém viu uma arraia. Não nos avisaram (é claro) que o passeio é um engodo, a desculpa foi que o mar não estava propício... Sem falar que é muito desconfortável ficar olhando para o fundo do barco, vendo-o balançar o tempo todo, 99% das pessoas ficaram enjoadas, inclusive eu. O interessante desse passeio foi que paramos no Museu do Tubarão, um lugar bem agradável, próximo ao porto, cheio de esculturas de ferro, com vista para o buraco e o consolo de Raquel.
Ao término do passeio fomos para a pousada e às 21h00 saímos para jantar rumo ao restaurante do Zé Maria, onde também fica a pousada de mesmo nome. É um dos lugares mais chiques de Noronha com festival gastronômico aos sábados. Nós merecíamos um jantar de rainha, embora fosse nos custar o olho da cara.
A vantagem de se está no paraíso é o índice de criminalidade zero, pode-se andar a qualquer hora da noite ou do dia sem medo de ser assaltada ou coisa do gênero. Andamos um pouquinho da pousada até o restaurante. Perguntávamos a um e a outro onde ficava e a resposta era sempre a mesma: “é bem ali”, desconfio que os noronhenses são parentes dos mineiros, rsrsrs. Em fim chegamos. O restaurante é muito agradável, tirando os mosquitos que nos atacam, mas o garçom nos trouxe solícito o repelente para afugentá-los. Há pouca luz nas mesas ao ar livre, complementada com velas, um charme. Como sou vegetariana fui logo para o cardápio de saladas e para demonstrar meu carinho pelo restaurante (indicação da minha revista Viagem e Turismo) pedi a salada Zé Maria, nome da pousada, do restaurante e do dono de ambos. Gente do céu! Nunca vi prato de salada tão grande e estava uma delícia, deu para nós cinco e ainda sobrou. Os pratos individuais são enormes. Ainda belisquei do prato de Teresinha e de Kelly. Quando terminamos o jantar, resolvemos ir ao Bar do Cachorro, onde à noite acontece em Noronha. Pensei que não chegaríamos lá, descemos uma ladeira horrível e só de pensar em subi-la, travava as pernas. Não contávamos com um detalhe, pagava para entrar e ver o forró. Somos todas “ótimas” dançarinas de forró, nem perguntamos qual era a atração, demos meia volta e voltamos, afinal no dia seguinte teríamos o ilhatur logo cedo. Ainda assim dormimos muito tarde, imagine se tivéssemos entrado.
Dia 11/02/2012, sábado no paraíso, acordei cedo, fui a primeira a tomar café na pousada, depois chegou Teresinha, Rute e Bianca, por último Kelly. Por volta das 8h35min chegou a 4X4 que nos levaria ao passeio. No carro já se encontrava um casal do interior de Pernambuco e três pessoas de São Paulo. O guia apresentou-se e disse que passaria o dia conosco, em pouco tempo parecíamos uma família.
A nossa primeira parada foi em uma das praias do mar de fora, Praia do Leão (apenas para foto), um lugar belíssimo como todo o litoral de Noronha. O nosso primeiro banho de mar foi na Praia do Sueste, onde as pessoas também praticam mergulho, não foi o nosso caso. Ficamos mais de uma hora aproveitando a água e fazendo caras e bocas para nossas máquinas fotográficas. Amei o caranguejo albino que posou para a foto assustado.
Em seguida fomos rumo a uma das praias mais bonitas do mundo, considerada a primeira do Brasil, Praia do Sancho, primeiro a visualizamos de cima, junto com a Baia dos Porcos, depois descemos por escadas de ferro colocadas em uma fenda entre as rochas. O caminho é muito íngreme, mas o sacrifício é compensado pelo visual que vislumbramos. O mar é bravio, não merece confiança, tomei banho à milanesa como dizem os guias (água com areia). Terezinha quase me deixa louca, ultrapassou a quebrada das ondas, o guia disse-me ser perigoso. E a volta? Um sufoco para subir tudo que havíamos descido!!
Ah! Já ia esquecendo, nós tivemos um paparazzo nos filmando! Maior barato, ele sumia e depois aparecia nos lugares mais improváveis. Segundo ele, filmaria todo nosso percurso, balela!
Após o almoço passamos pelo mirante do Boldró, Praia do Americano, do Bode, Cacimba do Padre, enfrentamos umas “pedrinhas” e chegamos à pé a Baia dos Porcos, voltamos para o mirante para apreciarmos o pôr-do-sol, ao fundo o famoso Morro Dois Irmãos. O pôr-do-sol é lindo em qualquer lugar do mundo, mas em Noronha ele é especial, tem uma magia no ar, inexplicável com palavras, é preciso senti-lo com o coração. Sentamos no chão e ficamos admirando esse espetáculo da natureza, registrado em nossas câmeras.
Estávamos em um impasse para o dia seguinte, tínhamos passeio de barco para o turno vespertino, mas queríamos fazer a trilha da Praia de Atalaia. O guia foi conosco à agência para mudarmos o passeio de barco para segunda-feira pela manhã, até porque o mar estaria mais calmo e a probabilidade de vermos os golfinhos seria maior. Assim fizemos.
A nossa segunda noite em Noronha não teve glamour, comemos nossos biscoitos e fomos a uma lanchonete chamada Mundo Verde, onde servem açaí, interesse de Bianca, Rute e Terezinha, depois andamos pelas lojinhas próximas à Praça do Flamboyant e voltamos para a pousada. Bianca não gostou, queria cair na “gandaia”.
No dia 12/02/12 tivemos que sair cedo para conseguirmos vaga na trilha de Atalaia que funciona de acordo com a maré e com autorização do IBAMA, dessa vez o casal de pernambucanos não nos acompanhou. O tempo que passamos esperando para fazer a trilha estreitou nossos laços com as simpáticas pessoas de São Paulo. Acho os paulistas em geral simpáticos, afinal tenho amigas muito queridas morando por lá.
Só entramos na trilha às 12h30min com direito a 30min para banho. Atalaia é uma reserva de corais, para não os agredir, não se pode entrar na água usando protetor solar, para poder vê-los é necessário por equipamento adequado e em hipótese alguma pode sentar, o tempo todo tem que boiar, por isso só fiquei na areia. A praia é linda, como todas em Noronha.
Na volta fomos almoçar no Ousadia, pense que amei o banheiro feminino desse restaurante, vaso e descarga cor-de-rosa, paredes com flores em textura. Não resisti, tirei foto!!! Após o almoço, caminhada histórica com direito a banho na praia da Conceição. A minha turma não entrou logo na água. Kelly e Terezinha ficaram conversando com Fábio, o guia. Rute e Bianca foram caminhar. Ainda bem que o pessoal de São Paulo resolveu cair na água. Eu e Rosarita ríamos muito com as ondas que nos derrubávamos!! Eram altas e fortes, nós duas baixinhas e medrosas.
Enquanto tomávamos banho, admirávamos as aves que mergulhavam a procura de peixe, um belo espetáculo! Depois um pescador entrou com a rede e veio trazendo peixes, as aves o acompanharam, foi lindo!
O pôr-do-sol desse dia admiramos do alto do forte de Nossa Senhora dos Remédios, mas não foi tão lindo quanto o anterior, as nuvens acabaram encobrindo. Já ia esquecendo, ainda no segundo dia, voltamos ao Museu do Tubarão, próximo fica o buraco da Raquel. Diz a lenda que Raquel era filha do comandante da ilha, que servia de prisão para bandidos perigosos, quando estava triste era consolada no tal buraco por soldados. A mesma costumava se inspirar em um monte fálico, conhecido como consolo de Raquel.
A memória já não anda tão boa, sabe como é... Estou aproximando-me dos quarenta... Então, vez ou outra, em vez de dizer consolo de Raquel, dizia de Tereza, isso virou piada no grupo por causa de Terezinha.
A nossa terceira e última noite em Noronha foi regada a pizza quatro queijos e rúcula da Pizzaria na Moita, indicação do guia Fábio. Um lugar literalmente na moita, a luz de vela e muito agradável, tirando os mosquitos...
Em 13/02/12 o nosso retorno... Buá, buaá, buáááá, mas ainda teve muita aventura, fomos para o nosso passeio tradicional de barco... MUITO SUSPENSE! Queríamos ver os golfinhos de Fernando de Noronha! Antes de encontrá-los, tivemos uma parada para banho em alto-mar, próximo a Praia do Sancho, até alugamos coletes salva-vidas para esse fim. Eu não sei nadar! Nunca fiz tal peripécia, mas me aventurei a descer, as pernas tremiam, o rapaz disse que poderia pegar a boia também para me sentir mais segura. Foi hilário, eu entrei em pânico, parecia que ia me afogar... Kelly estava tirando minhas fotos de cima do barco, quando vi, ri muito, pois no meu possível afogamento, se quer as minhas pernas estavam para baixo, “morri” só do medo da água!!!
O passeio de barco foi ótimo, fechamos com chave de ouro quando vimos os adoráveis golfinhos, fiz vídeo com eles. E assim terminou nossa odisseia no Paraíso, voltamos para a pousada, seguimos para o aeroporto e chegamos a Natal.
Amo a natureza, amo os animais, amo as coisas boas da vida, só tenho que agradecer a Deus por ter concedido essa oportunidade ao lado de pessoas que já são minhas amigas há tantos anos. Cada viagem que realizo, cada passeio, considero um presente de Deus para mim, como recompensa pelo meu bom comportamento na Terra, espero poder merecer muito mais. Desculpe-me o aluguel, mas momentos de felicidade terrena, merecem ser compartilhados com pessoas especiais.
Bjs,
Eliane
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