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História
Por: Museu da Pessoa, 5 de setembro de 2019

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Um novo sobrenome

Tem a história do meu bisavô, que veio para o Brasil, foi para o Rio Grande do Sul, inicialmente. Não sei em que época mais ou menos, eles vieram para São Paulo e se associaram com uns ingleses e justamente compraram essa fábrica de tecidos que chamava-se Fábrica de Tecidos Carioba. “Carioba”, na língua indígena, quer dizer “tecido branco”, da mesma maneira que “carioca” quer dizer “casa branca”, ou “casa de branco”. Então "cari" é branco. E a família estão se fixou em Americana [SP] e desenvolveram, modernizaram a fábrica de tecidos, enfim, até criaram uma usina hidrelétrica para tocar a fábrica. Eu não lembro dessa época, eu era muito, muito pequeno. Eles venderam a fábrica em 1945, qualquer coisa assim, eu realmente não me lembro. Sei que tinha uma piscina, tem algumas fotos que eu lembro de ter visto, vi filmes que eles faziam, e brincadeiras dos irmãos e coisa e tal. E essa fábrica se desenvolveu em Americana e modernizou muito, cuidava dos empregados, e se formou uma comunidade em volta chamada Vila Carioba. Os funcionários todos tinham suas casas e tinha clube, tinha cinema, tudo isso promovido lá pelo pessoal, pela família. Depois eles, na época da guerra, acabaram vendendo a fábrica para os Abdala, aí a coisa toda acabou e eles saíram de Americana.

Foi justamente nessa época [que foi adotado o sobrenome Carioba], porque eles eram os Muller, e tinha muitos Muller, e esses eram os Muller de Carioba. E não sei se é exatamente isso que aconteceu ou não, mas um dos irmãos do meu avô era médico. E tinha o doutor Muller, e tinha um outro doutor Muller, e ele era o doutor Muller de Carioba. E ele acabou incorporando o nome Muller Carioba e os irmãos fizeram a mesma coisa. Então é um nome que foi adotado pela família nessa década de 1940 ou 30, sei lá quando.

Professor marcante

Eu tive uma pessoa que foi muito importante, que me ensinou coisas,...

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Dados de acervo

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Projeto Instituto Vladimir Herzog

Depoimento de Gunnar Carioba

Entrevistado por Luiz Egypto e Luis Ludmer

São Paulo, 05/09/19

PCSH_HV802

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Carolina Dias

Revisado por Luiz Egypto

P/1 - Bom dia.

P/2 - Gunnar, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite. Para começar, eu gostaria que dissesse o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R - Francisco Gunnar Muller Carioba, nasci no dia 26 de março de 1940, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

P/1 - Em São Paulo?

R - Em São Paulo.

P/1 - O nome dos seus pais, por favor.

R - Meu pai chama-se Francisco Adolfo Muller Carioba, minha mãe chama-se Grace Mion Isabela Muller Carioba.

P/1 - Grace?

R - Grace. Ela é sueca.

P/1 - O que faziam seus pais?

R - Minha mãe era dona de casa, cuidava da casa, enfim, e gostava muito de orquídeas, de mexer no jardim. A gente tinha uma casa gostosa e ela sempre mexeu muito com as plantas de jardins e cuidava da casa. E meu pai ele era formado em administração, alguma coisa assim, economia talvez, não sei direito. Aí ele trabalhou em várias empresas dentro da área financeira, às vezes fundos de investimento, na época que existia muito, os fundos cresciam de outros fundos e tal, e esse era o trabalho dele.

P/1 - E nessa casa onde vocês viviam, como que era, onde ela era?

R - De início era uma casa no Jardim Paulista, perto da esquina da [avenida] Brasil com a Nove de Julho, a rua Maestro Elias Lobo. E depois, quando minha mãe recebeu uma herança por falecimento dos pais dela, eles construíram uma casa no Brooklin. E aí era uma casa maior, com jardim muito grande e tudo, e era uma casa muito gostosa.

P/1 - Você tem irmãos?

R - Tenho dois irmãos. Mais novos do que eu, Pedro e Johnny.

P/1 - Você é o primogênito.

R - Eu sou.

P/1 - E essa casa que vocês mudaram, para essa casa no Brooklyn, você tinha que idade?

R - Ah, eu tinha 18 anos já.

P/1 - Ah, já. Mas voltando a essa infância...

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