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Por: Museu da Pessoa, 28 de fevereiro de 2019

Patrícia, mãe rara

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Patrícia, mãe rara

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Não sei por que minha mãe escolheu esse meu nome, Patrícia. Eu não fui criada por ela, fui criada pela minha avó, mãe dela. Minha mãe preferiu viver a própria e desregrada existência e nos deixou - eu, minha irmã e meu irmão - para sermos cuidados por dona Ambrósia, avó com dedicação e carinho de mãe. O que aconteceu é que quando eu era bem pequena, meu irmão um simples bebê e minha irmã um pouquinho maior, nossa mãe nos largou à própria sorte, ausentando-se de qualquer responsabilidade. Minha avó então recorreu ao Conselho Tutelar, requereu a guarda e criou como pôde. Foram tempos de muita dificuldade, passamos privações, só não passamos fome. Mas tivemos a resistência, a fé e a persistência, além dos ensinamentos de vó Ambrósia. Bem ou mal, passamos a infância cercados de tias e primos, e isso foi importante do ponto de vista de pertencimento a uma família.

Agora, nada foi fácil. Desde a sobrevivência até a convivência. Porém, recebemos da minha avó uma criação rígida, uma formação religiosa, um cuidado quanto a não tomar descaminhos, o que nos conduziu para o lado decente da sociedade. Tivemos uma infância gostosa, apesar de tudo. É bem verdade que cheia de limitações, de carências. Brincou-se como pôde, estudou-se o quanto quis, nem sempre seguiu-se o rumo que era apontado; em verdade, nossa avó só conseguiu nos segurar até os dez anos. Fomos terríveis. Na escola e fora dela. Hoje há muito arrependimento pelas oportunidades desperdiçadas, pelos desvios da coisa certa. Que o diga as vezes em que pulamos o muro da escola para namorar; o quanto inventamos de trabalho escolar para ir para a casa das colegas; as repetências na escola. Mas, de uma maneira geral, soubemos aproveitar os exemplos, os princípios, a formação que recebemos da avó que chamávamos de mãe. E que era, verdadeiramente, a melhor mãe. Porque a biológica fez outras escolhas, nelas não estando incluídos os...

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