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Personagem: Nise Yamaguchi
Por: Museu da Pessoa, 11 de agosto de 2009

Oncologia, o mergulho da Perséfone

Esta história contém:

Oncologia, o mergulho da Perséfone

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Eu tenho uma relação profunda com a vida. A gente precisa olhar para dentro e abrir os olhos da alma, porque aí você vai enxergar a pessoa dentro de você, no seu coração, na sua mente, na sua memória. Procuro trabalhar essa essência. Assim, muitas vezes a morte é como se fosse um abrir de asas pra poder voar com mais tranquilidade. É muito mágico quando a pessoa se torna essa essência e fica bem com ela mesma. O amor de todas as pessoas em volta ajuda a construir essa ponte. Então eu acredito que a morte é como uma curva na estrada a não ser vista, como dizia o Jorge Luis Borges, porque a gente marca as pessoas e a gente guarda todas as marcas que nos foram impregnadas. Tem que ser muito grata a isso e viver com muita alegria. Então eu não trabalho a morte, eu trabalho a vida. Assim eu consigo, sabe?

Desde muito cedo eu sabia que queria ser médica. Não sei dizer de onde veio essa vontade porque as referências médicas que eu tinha eram muito pequenas e não eram ícones, não eram pessoas que seriam referências como comportamento. Fui a primeira médica da minha família. O meu nome é Nise Yamaguchi e sou oncologista.

Quando eu me matriculei na faculdade, comecei a fazer vários cursos paralelos: homeopatia, acupuntura, medicina antroposófica. Participava também da Liga de Farmácia, da Liga de Febre Reumática, da Liga de Combate à Sífilis. Aos sábados, trabalhava como voluntária na paróquia de São Judas Tadeu e lá eu aprendi a cuidar de gente. O geriatra Wilson Jacó chegava, sentava na mesa e falava: “Dona Maria, como é que a senhora tá?” e abraçava todo mundo, ouvia as histórias e se interessava pelas pessoas. Foi quando aprendi a encontrar o ser humano. Também nas Ligas de Combate à Sífilis onde a gente fazia a entrevista dos pacientes, conversava com eles nos ambulatórios voluntários.

Eu sempre ficava com o paciente até o final do dia para conversar com a família, que às vezes vinha às sete horas...

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