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História
Por: Museu da Pessoa,

O Pantera Negra do Vidigal

Esta história contém:

O Pantera Negra do Vidigal

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Meu pai é editor de cinema e minha mãe é manicure. Eu vejo os meus pais como os meus ídolos. Eu os admiro muito e tudo que eu sou hoje é por causa deles. Tenho três irmãos, e na minha casa a gente tem uma vida boa, normal, moramos na comunidade do Vidigal. Cresci lá. Minha família não tinha muita condição, mas a gente tinha o que dava pra ter e a gente era muito feliz com isso. Sempre tive muitos amigos onde eu moro, conheço bastante gente. A minha rua é uma ladeira, e jogar futebol na ladeira era o mais impressionante, porque não tem como você jogar futebol numa ladeira. A bola sempre vai rolar pra parte de baixo.

Era aquele futebol que valia tudo. A bola caiu na pista, não importava, a gente continuava o futebol na pista. A nossa grande quadra era a comunidade. Pipa sempre foi meu vício e até hoje é. Pique esconde a gente brincava a comunidade inteira. Lá é uma comunidade interessante, muito cultural. No Vidigal, todo mundo é humilde, mas tem esse pouquinho de dinheiro, então eu vou melhorar minha casa, minha vida. Se você tirar uma foto, você vai ver que muitas casas são coloridas. Ninguém vive nessa parada de tijolo e cimento. Quem pode, pinta a casa de uma cor. Quando eu nasci minha avó começou a fazer por mim tudo que ela não pôde fazer pela minha mãe. Se você falar assim: “Ô Isabel, você tem que atravessar o oceano para o Arthur poder viver”. Ela atravessaria. A minha avó é uma figura muito importante na minha vida.

Eu estudo muito a história da minha avó, muitos ditados, que eu não entendo muito, mas tem tudo a ver. Uma pessoa que também foi muito importante na minha vida foi o meu primo Wallace. Tem a mesma idade que eu. E a gente sempre teve os mesmos sonhos: e hoje em dia a gente começou essa carreira de músico. A gente tem um grupo de rap, os “Panteras Negras”, nessa linha dos primeiros panteras negras que existiram no mundo, que vieram com a missão de revolucionar. E esse nome...

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Dados de acervo

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P/1 – Arthur, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Queria começar pedindo que você me diga seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Arthur Bispo Ferreira Coutinho, nasci no Rio de Janeiro.

P/1 – Data?

R – Quatorze do seis de 1994.

P/1 – Arthur, o nome dos seus pais?

R – Carlos Henrique Moura Coutinho e Marivalda Bispo Ferreira.

P/1 – O que eles fazem?

R – Meu pai é editor de cinema e minha mãe é manicure.

P/1 – Fala um pouquinho deles. Como você os vê?

R – Eu vejo os meus pais como os meus ídolos. Eu os admiro muito e tudo que eu sou hoje é por causa deles. O meu convívio com eles me tornou quem eu sou hoje.

P/1 – E você tem irmãos? Quantos irmãos você tem?

R – Tenho três irmãos.

P/1 – Você é o mais novo?

R – Eu sou o mais velho.

P/1 – Você é o mais velho. Diga-me o nome deles.

R – Isabele, João Victor e Giovana.

P/1 – As idades.

R – Doze, sete e três.

P/1 – Conte-me um pouquinho da sua casa assim, como é?

R – Na minha casa moramos, eu, minha mãe e minha irmã Isabele, que são filhos do primeiro casamento do meu pai com a minha mãe. O João Victor e a Giovana são filhos do segundo casamento do meu pai. E na minha casa a gente tem uma vida boa, normal, moramos na comunidade do Vidigal.

P/1 – Você cresceu lá?

R – Cresci lá.

P/1 – Nasceu lá já e cresceu lá?

R – Nascido e crescido lá.

P/1 – E seus irmãos, você vê os seus meio irmãos também com frequência? Moram aqui perto?

R – Vejo com frequência. Eles moram na Barra da Tijuca. Mas eu os vejo sempre com frequência, porque eu vou muito lá. Eu os vejo sempre.

P/1 – Tá. E me conta assim, tem alguém na sua casa que gosta de contar história? Sua mãe, seus avós?

R – Minha avó. Eu estudo muita história da minha avó, muitos ditados, que eu não entendo muito, mas ela fala que tudo a ver, então tem tudo a ver, eu vou contrariá-la?

P/1 – Diga-me o nome da sua avó?

R –...

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