Sempre que busco uma memória sobre o Natal, a que me vem a mente em primeiro foi o natal de 1984.
Eu estava internado com diagnóstico de esquistossomose já bem avançado e minha mãe não tinha como comprar o medicamento que na época era muito caro.
No hospital, a pediatria estava enfeitada com a temática, teve até visita do Papai Noel que levou alguns brinquedos para os internos.
Pela janela duas coisas me chamavam a atenção, a vista de uma piscina onde eu ficava me imaginando lá, a outra era até um pouca assustadora, eu via toda movimentação do necrotério, onde vi a mãe de um interno que ficava no leito ao meu lado, naquele dia depois de uma grande movimentação em torno dele no dia anterior eu acordei e o leito estava estendido e só eu ali, a tia Gal \\\"pediatra\\\" pegou na minha mão e falou:
- O João já saiu, em breve você também irá sair .
Eu alimentei essa frase com esperança de voltar para casa, quando ela estava descrevendo meu quadro clínico.
Minha internação foi no dia 1 de dezembro ja estávamos no dia 23, minha mãe de resguardo ( por acaso fui internado, na véspera do nascimento da minha irmã, implorei para faltar aula naquele dia minha mãe ia apenas pegar alguns resultados de exames, fui com ela e no caminho senti fortes dores no abdômen e febre, como já estávamos ali ela marcou uma consulta que resultou na internação.) depois de tentar ajuda na rádio, foi em vão e ela chegou ali cheia de fé e esperança, me disse que Deus ia me curar e me contou que o garoto João havia falecido.
Um médico mobilizou uma arrecadação entre eles e arrecadou o valor para o medicamento, no dia 25 a tia Gal me acorda e com alguns médicos e me diz:
- Trouxemos seu presente de natal, não é brinquedo mas vai fazer você nunca se esquecer do natal de 84, estamos de dando de volta a vida!
Me deu um comprimido do tamanho de uma moeda .
No dia 29 tive alta .
Este se tornou o Natal inesquecível.
Gratidão a Deus, minha...
Continuar leitura
Sempre que busco uma memória sobre o Natal, a que me vem a mente em primeiro foi o natal de 1984.
Eu estava internado com diagnóstico de esquistossomose já bem avançado e minha mãe não tinha como comprar o medicamento que na época era muito caro.
No hospital, a pediatria estava enfeitada com a temática, teve até visita do Papai Noel que levou alguns brinquedos para os internos.
Pela janela duas coisas me chamavam a atenção, a vista de uma piscina onde eu ficava me imaginando lá, a outra era até um pouca assustadora, eu via toda movimentação do necrotério, onde vi a mãe de um interno que ficava no leito ao meu lado, naquele dia depois de uma grande movimentação em torno dele no dia anterior eu acordei e o leito estava estendido e só eu ali, a tia Gal \\\"pediatra\\\" pegou na minha mão e falou:
- O João já saiu, em breve você também irá sair .
Eu alimentei essa frase com esperança de voltar para casa, quando ela estava descrevendo meu quadro clínico.
Minha internação foi no dia 1 de dezembro ja estávamos no dia 23, minha mãe de resguardo ( por acaso fui internado, na véspera do nascimento da minha irmã, implorei para faltar aula naquele dia minha mãe ia apenas pegar alguns resultados de exames, fui com ela e no caminho senti fortes dores no abdômen e febre, como já estávamos ali ela marcou uma consulta que resultou na internação.) depois de tentar ajuda na rádio, foi em vão e ela chegou ali cheia de fé e esperança, me disse que Deus ia me curar e me contou que o garoto João havia falecido.
Um médico mobilizou uma arrecadação entre eles e arrecadou o valor para o medicamento, no dia 25 a tia Gal me acorda e com alguns médicos e me diz:
- Trouxemos seu presente de natal, não é brinquedo mas vai fazer você nunca se esquecer do natal de 84, estamos de dando de volta a vida!
Me deu um comprimido do tamanho de uma moeda .
No dia 29 tive alta .
Este se tornou o Natal inesquecível.
Gratidão a Deus, minha mãe, Drª. tia Gal e os anjos que contribuíram para que hoje eu pudesse contar minha história.
Recolher