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Por: Museu da Pessoa, 3 de outubro de 2025

O mar cura

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O mar cura

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Amor à vida

Vai fazer dois anos agora.

É, dia 20. Tu acredita que eu tive uma adrenalina?

Ia eu e meu marido quando chegou no meio do cais o motor do barco parou, era maré de lua.

O motor parou.

Aí ele, já meio em pânico, jogou o ferro. A corda era de mil metros e não segurou. E a correnteza ali é assim, ó… E a canoa rolando, ó, eu segurando aqui e ele, coitado, passando mal. Eu estava com uma caixa de peixe e mais peixe na rede, que tinha tirado. Aí ó, a canoa só foi rolando no peso da água.

Quando chegou nos pilares do cais, ela ia fazer assim, eu digo: “Pô, São José, desvia!”.

Deu medo.

Depois eu olhei assim para cima e tinha um rapaz, eu digo: “Ei, me salva, pede uma salva!”. E comecei a fazer sinal para ele. E meu marido: “É culpa de tu!”. E eu, ‘seriiinha’ aqui no leme, ó, firme no leme da canoa, só desviando. Ficamos assim até que apareceu um navio, mandaram uma lancha azul grandona e prestou socorro.

Meu marido nem conseguia ficar em pé; o rosto dele, o beiço estava assim ó, amarelinho, amarelinho. Se tremia: “Essa mulher não tem amor à vida!”, ele falava. E os homens lá só olhando, até que um perguntou: “Seu marido tá passando bem?”. Eu disse: “Não, tudo bem, tá só no estado de choque”.

Mas eu não desisti.

Deu uns poucos dias, já estava lá, pescando. No mesmo lugar. Não sei como vai ser minha velhice porque eu gosto, eu amo o mar.

A minha adrenalina é na maré.

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