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Por: Museu da Pessoa, 20 de fevereiro de 2001

O cantador da cultura nordestina

Esta história contém:

O cantador da cultura nordestina

P/1 – Sebastião, boa tarde!

R – Boa tarde, meu caro José!

P/1 – Eu queria começar a entrevista pedido para o senhor dizer seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Nome completo, Sebastião Marinho da Silva, nome de guerra, Sebastião Marinho, nascido dez de março de 1948, numa região denominada Bonsucesso, região do Alto de _______, na nossa Paraíba, no município de Solânea.

P/1 – Em que ano?

R – 1948.

P/1 – E o senhor podia dizer o nome de seus pais e qual a atividade profissional deles?

R – Bem, o nome do meu pai é Manoel Anulino da Silva. A minha mãe, Damiano Marinho da Silva, de quem herdei o sobrenome. Já naquela época, nos anos quarenta, a velha já era feminista (risos), gostava de mandar na coisa. São onze irmãos. A minha mãe disse: “Os meninos todos levam meu sobrenome. As mulheres levam o seu sobrenome”, falando para o meu pai. Então as mulheres são Anulino, e os homens são Marinho. E assim, caiu pra mim, eu sendo o primeiro dessa prole... E meus pais eram lavradores. E eu também, logo menino, entrei na vida de lavradores junto com eles, trabalhávamos no campo. Nós tivemos a grande influência dos cantores daquela época, no meu tempo, no final dos anos quarenta para os cinquenta, então era muito forte a literatura de cordel, não havia televisão, o acesso ao rádio era muito pouco, e jornais muito menos no nosso interior. O que mais nós recebíamos era influência dos escritores de cordel. A gente lia impecavelmente Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde. Leandro Gomes de Barros já era falecido, e Zé Camelo, que era autor do “Pavão Misterioso”, era nosso vizinho, natural de Pilõezinhos, antigamente Guarabira. Então nós pegávamos os trabalhos dos grandes cordelistas e naquela caminhada, nós, meninos da época, seguíamos nossos grandes desafios, que não tinha outro caminho a não ser cantador, porque a...

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Museu Aberto

Depoimento de José Santos Mato

Entrevistada por

São Paulo, 20/02/2001

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número MA_EA_HV114

Revisado por Luiza Gallo Favareto

P/1 – Sebastião, boa tarde!

R – Boa tarde, meu caro José!

P/1 – Eu queria começar a entrevista pedido para o senhor dizer seu nome completo, data e local de nascimento.

R – Nome completo, Sebastião Marinho da Silva, nome de guerra, Sebastião Marinho, nascido dez de março de 1948, numa região denominada Bonsucesso, região do Alto de _______, na nossa Paraíba, no município de Solânea.

P/1 – Em que ano?

R – 1948.

P/1 – E o senhor podia dizer o nome de seus pais e qual a atividade profissional deles?

R – Bem, o nome do meu pai é Manoel Anulino da Silva. A minha mãe, Damiano Marinho da Silva, de quem herdei o sobrenome. Já naquela época, nos anos quarenta, a velha já era feminista (risos), gostava de mandar na coisa. São onze irmãos. A minha mãe disse: “Os meninos todos levam meu sobrenome. As mulheres levam o seu sobrenome”, falando para o meu pai. Então as mulheres são Anulino, e os homens são Marinho. E assim, caiu pra mim, eu sendo o primeiro dessa prole... E meus pais eram lavradores. E eu também, logo menino, entrei na vida de lavradores junto com eles, trabalhávamos no campo. Nós tivemos a grande influência dos cantores daquela época, no meu tempo, no final dos anos quarenta para os cinquenta, então era muito forte a literatura de cordel, não havia televisão, o acesso ao rádio era muito pouco, e jornais muito menos no nosso interior. O que mais nós recebíamos era influência dos escritores de cordel. A gente lia impecavelmente Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde. Leandro Gomes de Barros já era falecido, e Zé Camelo, que era autor do “Pavão Misterioso”, era nosso vizinho, natural de Pilõezinhos, antigamente Guarabira. Então nós pegávamos os trabalhos dos grandes cordelistas e naquela caminhada, nós,...

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