Desde criança, sempre fui muito animada, brincalhona e bem inquieta, isso me moldou como pessoa e sei que posso continuar sendo assim e sendo ao mesmo tempo madura. Mas a história de hoje não vai ter haver com a minha evolução pessoal e sim sobre uma das presepadas que aconteceu quando eu ainda era um bebê.
Eu tinha dois anos de idade quando ocorreu, eu estava no Morro da Conceição à noite brincando na pracinha junto com a minha irmã mais velha, Mariana. Meus pais avistaram uma cama-elástica cheia de crianças e decidiram pagar para Mari ir brincar, já eu, que era muito pequena, não pude ir. Vendo minha irmã se divertindo, logo comecei a chorar querendo ir também, mas minha mãe muito insegura aconselhou ao meu pai que não me pusesse lá. Com pena, meu pai disse que não custava nada e ela com raiva disse \"Se ela se machucar, a culpa não vai ser minha\". E lá fui eu, me diverti somente por uns instantes até meu joelho ficar preso entre as molas da cama-elástica e o tecido, pelo impulso, virei minha perna e aconteceu o esperado: eu torci meu joelho.
Fomos ao hospital e eu não parava de espernear enquanto minha irmã batia na porta gritando para me soltarem, quando finalmente colocaram o gesso, nos levaram para casa e se seguiu a semana. Minha mãe me contou que ligou para nossa babá perguntando como eu estava e ela disse \"Ela tá lá fora andando de bibite\" (era o jeito que eu chamava meu pequeno quadricíclo). No mesmo dia, meu pai chegou do trabalho e me viu deitada no chão da cozinha e com dó chamou meu nome e eu fui correndo na sua direção, detalhe, eu ainda estava com o gesso. No final, meu pai quebrou ele em casa com um martelo já que eu estava andando, correndo e ainda brincando no meu \"bibite\".