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Por: Museu da Pessoa,

Nos gramados da Vila

Esta história contém:

Nos gramados da Vila

P/1 – Gostaria que o senhor dissesse o seu nome completo.

R – José Nunes de Azevedo.

P//1 – O senhor nasceu quando, onde e em qual cidade?

R/ - Eu nasci na cidade de Lençóis, Bahia. Em quinze de abril de 1933.

P/1 – Nome dos pais?

R – José Florêncio de Azevedo e Avelina Nunes de Azevedo.

P/1 – O senhor disse que nasceu na Bahia e que faz tempo que está aqui, conta um pouco como foi a sua infância, as brincadeiras, como era o relacionamento e como era a sua época de menino?

R – Ah, criança, você sabe, criança brinca muito. Mas eu não tive muita brincadeira porque ia para o colégio, logo comecei a trabalhar... Com a idade de sete, oito anos eu já fui trabalhar no garimpo “mais” meu pai. Então, não tive muita infância.

P/1 – Teve que trabalhar bem cedo...

P/2 – Trabalhava onde?

R – Garimpo, garimpo de diamante, na lavra Diamantina.

P/1 – Olha, interessante isso... E como era o trabalho do garimpo?

R – Olha, o garimpo, você tira o cascalho, né? Naquele tempo... Hoje está mais fácil, que lava com peneira, mas naquele tempo era com bateia, aquelas coisas grandes pra você lavar pra poder tirar o cascalho, lavava, pra poder pegar o diamante.

P/1 – O senhor trabalhava menino de tudo no meio dos adultos...

R – Trabalhava, trabalhava... É, trabalhei sempre junto com meu pai, meu pai e meus irmãos.

P/1 – Todos eram garimpeiros?

R – Tudo era, tudo era.

P/1 – E dava pra tirar o sustento?

R – Claro, nós vivíamos sempre do diamante, porque o diamante sempre quando pegava dava, quando não pegava a gente plantava uma mandioca, um feijão... Sempre tinham as coisas da roça.

P/1 – A cidade vivia mais do garimpo, Lençóis?

R – É, mais do garimpo.

P/1 – O senhor trabalhou no garimpo até quando?

R – Trabalhei até 1954 quando eu vim parar aqui. Trabalhei no...

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Dados de acervo

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P/1 – Gostaria que o senhor dissesse o seu nome completo.

R – José Nunes de Azevedo.

P//1 – O senhor nasceu quando, onde e em qual cidade?

R/ - Eu nasci na cidade de Lençóis, Bahia. Em quinze de abril de 1933.

P/1 – Nome dos pais?

R – José Florêncio de Azevedo e Avelina Nunes de Azevedo.

P/1 – O senhor disse que nasceu na Bahia e que faz tempo que está aqui, conta um pouco como foi a sua infância, as brincadeiras, como era o relacionamento e como era a sua época de menino?

R – Ah, criança, você sabe, criança brinca muito. Mas eu não tive muita brincadeira porque ia para o colégio, logo comecei a trabalhar... Com a idade de sete, oito anos eu já fui trabalhar no garimpo “mais” meu pai. Então, não tive muita infância.

P/1 – Teve que trabalhar bem cedo...

P/2 – Trabalhava onde?

R – Garimpo, garimpo de diamante, na lavra Diamantina.

P/1 – Olha, interessante isso... E como era o trabalho do garimpo?

R – Olha, o garimpo, você tira o cascalho, né? Naquele tempo... Hoje está mais fácil, que lava com peneira, mas naquele tempo era com bateia, aquelas coisas grandes pra você lavar pra poder tirar o cascalho, lavava, pra poder pegar o diamante.

P/1 – O senhor trabalhava menino de tudo no meio dos adultos...

R – Trabalhava, trabalhava... É, trabalhei sempre junto com meu pai, meu pai e meus irmãos.

P/1 – Todos eram garimpeiros?

R – Tudo era, tudo era.

P/1 – E dava pra tirar o sustento?

R – Claro, nós vivíamos sempre do diamante, porque o diamante sempre quando pegava dava, quando não pegava a gente plantava uma mandioca, um feijão... Sempre tinham as coisas da roça.

P/1 – A cidade vivia mais do garimpo, Lençóis?

R – É, mais do garimpo.

P/1 – O senhor trabalhou no garimpo até quando?

R – Trabalhei até 1954 quando eu vim parar aqui. Trabalhei no garimpo e fui sapateiro. Também aprendi, comecei a trabalhar de sapateiro e trabalhava no garimpo.

P/1 – O senhor aprendeu...

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