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História
Por: Museu da Pessoa, 21 de junho de 2011

Não gosto de ficar quieta, não

Esta história contém:

Não gosto de ficar quieta, não

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P/1 − Dona Guilhermina, eu queria que a senhora começasse dizendo seu nome inteiro.

R − Meu nome é Guilhermina Vieira Cuco.

P/1 − Seu local de nascimento e a data de nascimento.

R − O local onde eu nasci? Eu nasci no Bairro dos Ferreiras, no município de Porangaba.

P/1 − Que dia?

R − No dia vinte e um de dezembro de 1928.

P/1 − Está certo. E quais os nomes dos seus pais?

R − Meu pai se chamava Leandro Sebastião Vieira e minha mãe se chamava Maria Hortência.

P/1 − E o que eles faziam?

R − Eles trabalhavam na roça.

P/1 − Lá em Porangaba?

R − Não. Eles trabalharam muito tempo aqui. Depois mudou para o Paraná. Quando foi que a gente mudou para lá em 1942 ou 1943. Por aí que nós mudamos para o Paraná.

P/1 − E a senhora já nasceu?

R − Eu nasci aqui em São Paulo. Em Porangaba. Bairro Ferreira.

P/1 − E a roça que a senhora está falando é em Porangaba?

R − É. Nós não tínhamos casa. Meus pais moravam aqui e depois resolveram ir embora para o Paraná. E foi. Naquela época de sertão. Porque essa época lá era sertão. E nós mudamos para lá.

P/1 − Quantos anos a senhora tinha?

R − Devia ter uns treze, quatorze anos, por aí... Mas depois nós chegamos lá no meio do mato e eu não pude nem... Meu pai fez uma casa de vara, sabe? Não era nem de tábua, nem nada. Era vara cortada lá no meio do mato. Era aquela casa de vara lá. Morava lá. Nós ficamos lá. E de noite a minha mãe pegava o pano de bater feijão e colocava todo assim em volta da parede para tapar os buracos, para não aparecer para fora. Medo. Porque tinha criança pequena e tinha medo de onça. E a gente ficava lá. Depois os mosquitos começaram a morder muito a gente, e ficou muita ferida em mim. Em todos nós. Aí ele pegou e pediu para um homem que era conhecido dele, que morava mais perto de Bandeirante, para a gente ficar na casa...

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