Foi no dia 12 de dezembro de 1964, no Seringal Nova Empresa (colônia são José) em sua própria casa, que sua mãe deu à luz a uma menina, Maísa Domiciano de Araújo, que já tinha dois irmãos e seus pais sonhavam em ter uma filha mulher. Depois vieram mais 3 filhos, Maísa vivia muito feliz com sua mãe, seu pai e seus irmãos numa casa no campo, onde seu pai trabalhava na roça plantando e colhendo os alimentos, como: arroz, milho, feijão, macaxeira e também tinha um pequeno rebanho de boi, ovelhas, porcos e aves como galinhas e patos.
Maísa cresceu em contato com a natureza, tomando banho no açude, comendo frutas direto das árvores como manga, goiaba, caju, ingá, cajá, buriti... sempre em companhia dos irmãos e alguns primos que vinham da cidade para passar férias com eles. Os brinquedos eram feitos por eles mesmos, boneca de pano ou de espiga de milho; os meninos fabricavam seus carrinhos de lata de conserva com borracha de sandálias, faziam balanços nos galhos das árvores, perna de pau e de latas, escorregador na parede do açude tudo era muito divertido, afirma ela.
Ela começou a frequentar a escola já com 9 anos, mas já havia sido alfabetizada por uma tia que morava em uma fazenda próxima, sua mãe pagava a ela para ensinar Maísa e os irmãos a ler e a escrever. O tempo passou e ela continuou a estudar, diferente dos irmãos que preferiam cuidar do rebanho e da lavoura com seu pai.
Maísa conseguiu terminar o ensino médio e, logo depois se casou, um casamento que não durou muito, mas que lhe deu uma filha. No dia 31 de março de 1985, nasceu sua primeira e única filha, que se chama Maraysa, pela qual teve que trabalhar, em casa de família, lojas, para poder criá-la. Foi aí que Maísa acordou para a vida e viu a necessidade de voltar a estudar, então, fez o magistério, que, na época era curso profissionalizante. Não atuou logo na área, pois faltou oportunidade, então, ela foi trabalhar como agente de saúde. Algum...
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Foi no dia 12 de dezembro de 1964, no Seringal Nova Empresa (colônia são José) em sua própria casa, que sua mãe deu à luz a uma menina, Maísa Domiciano de Araújo, que já tinha dois irmãos e seus pais sonhavam em ter uma filha mulher. Depois vieram mais 3 filhos, Maísa vivia muito feliz com sua mãe, seu pai e seus irmãos numa casa no campo, onde seu pai trabalhava na roça plantando e colhendo os alimentos, como: arroz, milho, feijão, macaxeira e também tinha um pequeno rebanho de boi, ovelhas, porcos e aves como galinhas e patos.
Maísa cresceu em contato com a natureza, tomando banho no açude, comendo frutas direto das árvores como manga, goiaba, caju, ingá, cajá, buriti... sempre em companhia dos irmãos e alguns primos que vinham da cidade para passar férias com eles. Os brinquedos eram feitos por eles mesmos, boneca de pano ou de espiga de milho; os meninos fabricavam seus carrinhos de lata de conserva com borracha de sandálias, faziam balanços nos galhos das árvores, perna de pau e de latas, escorregador na parede do açude tudo era muito divertido, afirma ela.
Ela começou a frequentar a escola já com 9 anos, mas já havia sido alfabetizada por uma tia que morava em uma fazenda próxima, sua mãe pagava a ela para ensinar Maísa e os irmãos a ler e a escrever. O tempo passou e ela continuou a estudar, diferente dos irmãos que preferiam cuidar do rebanho e da lavoura com seu pai.
Maísa conseguiu terminar o ensino médio e, logo depois se casou, um casamento que não durou muito, mas que lhe deu uma filha. No dia 31 de março de 1985, nasceu sua primeira e única filha, que se chama Maraysa, pela qual teve que trabalhar, em casa de família, lojas, para poder criá-la. Foi aí que Maísa acordou para a vida e viu a necessidade de voltar a estudar, então, fez o magistério, que, na época era curso profissionalizante. Não atuou logo na área, pois faltou oportunidade, então, ela foi trabalhar como agente de saúde. Algum tempo depois conseguiu trabalhar como professora com o programa jovens e adultos, pela pastoral da criança.
Quando a Fundação Bradesco foi fundada aqui em Rio Branco, 2001, Maísa foi selecionada para ser inspetora de aluno, ela afirma ter sido uma experiência muito boa, na qual percebeu que estava no caminho certo na educação. Logo após a sua demissão, em 2009, ela resolveu procurar trabalho na secretaria estadual de educação. Em 2010 conseguiu, mas em lugares onde ninguém queria, pois eram de difícil acesso. Ela passava até um mês sem contato com a família, que, por sinal, já estava bem grande, pois os netos já haviam nascidos.
Maísa percebeu que o magistério já não dava conta e precisava fazer uma faculdade de Pedagogia. Depois de concluir, fez concurso e, hoje, trabalha com ensino fundamental I. Ela relata que, na sala de aula, viu tantas crianças com dificuldades que decidiu estudar mais um pouco na intenção de ajudá-las e fez uma pós graduação em Educação Especial/ Educação Inclusiva/Múltiplas Deficiências. E também está atuando como mediadora. Atualmente, Maísa tem 57 anos, trabalha como professora no turno matutino e como mediadora no vespertino. Continua estudando para aprender a trabalhar remotamente, usar os artefatos e as tecnologias com o distanciamento. Participa frequentemente de grupos de estudos e formações.
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