O meu pai era motorista na empresa Rápido São Cristóvão, uma empresa de ônibus. nessa época eu tinha apenas dez anos. Todos os dias meu pai ia trabalhar, e eu ia esperá-lo na empresa só para dar a volta na praça de ônibus, porque ele ia guardar o ônibus na garagem.
Sempre que ele podia, me levava com ele, como eu gostava de viajar ao lado dele. Nós dois tínhamos muitas afinidades um com o outro.
Um belo dia ele trouxe balas para mim, eu era a filha queridinha e protegida dele, nada e ninguém podia fazer algo comigo. Meu irmão me pediu uma bala, ele era mais novo do que eu dois anos, eu não dei, então, quando eu me virei de costa, ele jogou um garfo e acertou meu bumbum, tenho a marca até hoje.
Quando meu pai soube correu atrás dele com cinto, mas não conseguiu o alcançar. Graças a Deus! Porque eu não deixaria meu pai bater no meu irmão por minha causa.