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Por: Museu da Pessoa, 13 de março de 2009

Memória privilegiada

Esta história contém:

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Projeto Memória Compartilhada – A Luta pela Autonomia Política do DF

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Affonso Heliodoro

Entrevistado por Aurélio Araújo (P/1) e Luiz Egypto (P/2)

Brasília, 12 de março de 2009

Código: MDF_HV_030

Transcrito por Michelle de Oliveira Alencar

Revisado por Marina Tunes

P/1 – Coronel, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Gostaria de começar pedindo pra você falar o seu nome completo, local e data de nascimento.

R - Eu me chamo Affonso Heliodoro dos Santos. Nasci em Diamantina, na Rua da Glória, no ano de 1916, no dia 17 de abril, no dia 16 de abril do ano de 1916. Como eu tava lhe falando lá em cima, era um Domingo de Ramos que a Diamantina toda estava em festa esperando a chegada do Senhor, e aí chega esta porcaria lá [risos], foi uma decepção pra cidade. Mas como era Domingo de Ramos, o meu pai só me registrou no dia 17, então na minha certidão de nascimento está o meu nascimento no dia 17 de abril. Mas a minha mãe, que era muito católica, como meu nascimento foi no Domingo de Ramos, que é uma festa móvel da Igreja. Domingo de Ramos, no ano seguinte, caiu no dia 18, ela então festejou o meu aniversário, meu primeiro aniversário no dia 18 de abril. E isto ficou ao longo da minha vida até que um dia, eu já adulto, já subchefe do gabinete civil da Presidência da República precisei fazer uma viagem e fui tirar um passaporte. Quando eu vou tirar o passaporte, o homem lá da Polícia Federal: “O senhor não existe!” “Não existo como, se eu estou aqui?!” Ele falou: “Não, sua mãe não é Maria Dolores dos Santos e seu pai não é José Heliodoro dos Santos? O senhor não nasceu no dia 18 de abril [risos]?” Que nos meus documentos estava tudo isso. Aí que eu fui ver. Então eu peguei aquela folhinha retrospectiva e fui ver: descobri que o 16 de abril foi um Domingo de Ramos do ano de 1916, e 1917 foi no dia 18 de abril, daí mamãe ter feito essa confusão. Então...

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