Essa pandemia mexeu e mexe muito com minha cabeça. Estou desde o final de março sem sair de casa como antes. Só saio para coisas estritamente necessárias, como levar meu gato no veterinário. Eu e minha família, percebemos que não precisamos mais ir ao mercado, ao hortifrúti, à farmácia, a lojas em geral. Isso é bom, porque simplifica a vida, mas é ruim, porque não temos mais o contato físico e presente com outras pessoas. Mas vamos lá às coisas boas da pandemia: percebemos o quanto nossa família (eu, meu marido e minha filha) é unida e se ama, pois estamos nos reinventando e reinventando nossas relações. Não enjoamos uns dos outros. Aprendemos a ficar mais juntos e valorizar essa nossa relação. Quanto aos meus irmãos e sobrinhos, percebi que eles são importantes na minha vida, porque sinto saudades, mesmo tendo contato pela internet. Quanto aos amigos, nossa, esses eu sinto ainda mais saudade, sinto falta dos abraços, dos beijos, de sentar em praças. Sim, hoje eu valorizo muito mais esses espaços como as praças. Quanto à tecnologia, ah, ela tem sido muito importante. Com ela, consigo continuar meu trabalho, me reinventar na profissão (sou professora) e estudar mais do que antes. O lado ruim da pandemia: não sair às ruas, não ver gente, não viajar (amo viajar). Nunca pensei que ficaria tanto tempo sem dar um passeio. Acho que é isso.