Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História

Lembro-me de chegar em um sábado. Fazia muito calor. Era bem menino, não mais de 13 anos, o que me garantia energia suficiente para carregar as caixas da mudança, descendo e subindo do caminhão baú sem pestanejar.

O lugar tinha um clima diferente, muita gente na rua, muita gente se cumprimentando, até o sol parecia diferente. Não demorou para que eu conhecesse os meus primeiros vizinhos. Logo percebi que aqui as brincadeiras eram outras, e confesso que muito mais legais do que as que eu já conhecia. Primeiro porque sempre tinha uns dez moleques para brincar e ainda sobravam alguns para fazer “próximo”.

Assim descobri os mistérios de cada jogo, fosse no peão, na bolinha de gude, nas pipas mandadas, na rebatida, no taco, no gol-a-gol, no pula cela, no vôlei com o varal amarrado entre dois postes, estávamos sempre lá com os chinelos Ryders pendurados nas mãos e os pés belos e faceiros no chão . Tudo iniciava rapidamente, durava algumas semanas e assim como veio, sumia e ninguém mais lembrava da brincadeira, pois já havia outra em seu lugar.

Agora, indescritível mesmo era a emoção de descer uma ladeira interminável de carrinho de rolemã. Para isso havia todo um ritual de montar o seu eixo perfeito para que o carrinho não desse cavalinho de pau, tivesse estabilidade e chegasse à máxima velocidade que os sonhos juvenis alcançassem. E se a velocidade era infinita, a distância não seria obstáculo. Íamos devagar. Primeiro as quadras vizinhas. Sabíamos o nome de cada cachorro do caminho, conhecíamos até mesmo as dimensões da boca de lobo que costumava engolir cruelmente as bolinhas de nossas brincadeiras, mas com a chegada da bicicleta as distâncias encurtaram-se rapidamente, pois o que era longe resolvíamos em poucos minutos pedalando tão rápido quanto fosse humanamente possível. Assim nos agrupávamos para buscar um quilo de carne para nossas mães ou procurar um remédio que não havia na Vila.

Deixem-me apresentar a...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.