Projeto Opera Urbana
Entrevistado por Márcia Ruiz
Depoimento Biagio Chica Filho
Local São Paulo, 05/08/2009
Realização Museu da Pessoa
Depoimento OPSESCSP_CB008
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
P – Bom dia.
R – Bom dia.
P – Eu gostaria que o senhor me dissesse o seu local de nascimento, nome e a data de nascimento.
R – Eu nasci em São Paulo, precisamente no bairro do Sumaré. Nasci, na verdade, minha mãe teve o parto foi na Maternidade São Paulo, uma travessa aí da Paulista. E eu nasci no dia 23 do dezembro de 1950.
P – E qual que é o seu nome, por favor?
R – Meu nome é Biagio Chica Filho.
P – Eu queria que o senhor falasse um pouquinho como é que é a sua relação com a Paulista? Quais os caminhos que o senhor faz para chegar aqui, se o senhor trabalha aqui perto? Como é que é?
R – Bom, eu trabalho, eu tenho vários clientes aqui na Paulista. Então freqüente, geralmente venho quase uma vez por semana eu venho para a Avenida Paulista e faço todo o itinerário da Paulista inteiro. Eu tenho cliente daqui até o Conjunto Nacional. Então eu vou peregrinando a pé até lá, certo? Entendeu? Pra vir de carro para a Avenida Paulista é meio difícil. Então eu prefiro, como eu estou morando agora na Vila Mariana eu pego, o que eu faço? Eu pego ônibus e venho de ônibus até a Paulista e da Paulista eu vou andando até lá o Conjunto Nacional.
P – Qual que é a sua profissão?
R – Minha profissão eu sou promotor de vendas de locação de equipamentos.
P – Eu queria que o senhor contasse uma história, já que o senhor freqüenta tanto a Paulista, uma história da Paulista pra gente.
R – Bom, eu tenho várias histórias da Paulista. Eu vou contar uma história que, de 55 anos atrás. Veja bem, meus avós eram moradores na Avenida Angélica esquina com, com Avenida Paulista. Que era ali no comecinho da Paulista onde que tinha o, a Pracinha Olavo Bilac. E meu pai, de costume, todo final de semana...
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Projeto Opera Urbana
Entrevistado por Márcia Ruiz
Depoimento Biagio Chica Filho
Local São Paulo, 05/08/2009
Realização Museu da Pessoa
Depoimento OPSESCSP_CB008
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
P – Bom dia.
R – Bom dia.
P – Eu gostaria que o senhor me dissesse o seu local de nascimento, nome e a data de nascimento.
R – Eu nasci em São Paulo, precisamente no bairro do Sumaré. Nasci, na verdade, minha mãe teve o parto foi na Maternidade São Paulo, uma travessa aí da Paulista. E eu nasci no dia 23 do dezembro de 1950.
P – E qual que é o seu nome, por favor?
R – Meu nome é Biagio Chica Filho.
P – Eu queria que o senhor falasse um pouquinho como é que é a sua relação com a Paulista? Quais os caminhos que o senhor faz para chegar aqui, se o senhor trabalha aqui perto? Como é que é?
R – Bom, eu trabalho, eu tenho vários clientes aqui na Paulista. Então freqüente, geralmente venho quase uma vez por semana eu venho para a Avenida Paulista e faço todo o itinerário da Paulista inteiro. Eu tenho cliente daqui até o Conjunto Nacional. Então eu vou peregrinando a pé até lá, certo? Entendeu? Pra vir de carro para a Avenida Paulista é meio difícil. Então eu prefiro, como eu estou morando agora na Vila Mariana eu pego, o que eu faço? Eu pego ônibus e venho de ônibus até a Paulista e da Paulista eu vou andando até lá o Conjunto Nacional.
P – Qual que é a sua profissão?
R – Minha profissão eu sou promotor de vendas de locação de equipamentos.
P – Eu queria que o senhor contasse uma história, já que o senhor freqüenta tanto a Paulista, uma história da Paulista pra gente.
R – Bom, eu tenho várias histórias da Paulista. Eu vou contar uma história que, de 55 anos atrás. Veja bem, meus avós eram moradores na Avenida Angélica esquina com, com Avenida Paulista. Que era ali no comecinho da Paulista onde que tinha o, a Pracinha Olavo Bilac. E meu pai, de costume, todo final de semana aos domingos a gente vinha almoçar na casa dos meus avós. E dali nós tínhamos, eu tinha uns primos meus que já eram grandões, já estavam passando a adolescentes, eu era pequeno. E depois, após o almoço o que é que nós fazíamos? Nós vínhamos até o começo da Paulista ali, onde que a gente colocava um, fazia ali um campinho de futebol e jogávamos bola na Avenida Paulista. Meus primos ficavam, deixavam a gente jogar, eles eram grandões, eles ficavam jogando ali na Avenida Paulista e a gente ficava lá com eles lá. Às vezes em quando aparecia um carrinho que vinha aqui de baixo, aí o carrinho vinha para lá e tal, e a gente saía da rua. Esperava o carro passar, punha o campinho de novo e continuava jogando lá na Paulista. Essa marcou bastante. Sem contar a volta que a gente dava de Tico-tico. Naquela época lá a gente ficava dando volta, saindo da Avenida Angélica, passávamos pela Paulista, entravamos na Consolação e entravamos na Angélica de novo. Hoje não existe mais essa bifurcação, porque é aonde que está o viaduto que vai cair lá na Doutor Arnaldo.
P – E, me diz uma coisa, como é, era asfaltado? Como é que era o entorno?
R – Não, paralelepípedo. Naquela época era paralelepípedo. O Conjunto Nacional, o Conjunto Nacional era, tinha acabado de ser reconstruído naquela época. Foi na, estou falando para você na época de 1955, 1954, 1955 mais ou menos. E depois que foi instalado, até tinha instalado o relógio, o relógio da Willians, instalaram o relógio da Willians em cima do Conjunto Nacional. Onde você podia, em qualquer região, eu tinha parentes meus que moravam em Santana, lá de Santana a gente avistava o relógio. Que era o relógio da Willians, que anunciava a hora e a temperatura. Hoje eu nem sei se tem mais isso daí, certo?
P – Tá bom, então. Eu queria agradecer a sua participação. Muito obrigada a você.
R – Nada, que é isso, obrigado a vocês.
FIM DA ENTREVISTA
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