Outras vezes que eu estava na casa do meu padrinho eu saia pelo fundo do quintal atravessa o córrego e chegava em minha casa e lá ficava brincando com os animais domésticos ao redor da casa, as vezes até o meu pai chegar da roça. Uma coisa boa que me faz lembrar até hoje é a comida que ele fazia, que era muito gostosa. Ele, no fogão à lenha, colocava a carne seca que estava estendida num varal, dentro da panela de ferro e fritada bem, colocava o arroz e refogava depois ao colocar a água para cozinhar vinham juntos a batata doce produzida no quintal, a cenoura da horta e o quiabo colhido na hora. Depois de cozido, o arroz recebia uma cebolinha verde por cima retirada na hora de uma plantação em uma bacia velha que ficava próxima à porta da cozinha. Ainda me dá água na boca só de lembrar desta comida. Em minhas reflexões feitas depois de adulto, casado, com os filhos já com vida própria, morando só eu e minha esposa e com problemas na organização do trabalho na cozinha me fazia lembrar de como meu pai otimizava esse processo de fazer a comida e de lavar as vasilhas sujas da refeição. Mas a lição que aprendi foi, devido ele ter que fazer todo o processo, ele otimizava o seu trabalho fazendo toda a comida em uma única panela e com isso a quantidade de vasilhas pra lavar era menor. Assim, quando eu faço a comida aqui em casa eu lembro dele, alem de ficar mais gostosa, suja menos vasilha.

Um prato de comida gostosa