\"Embora minha história no movimento social e como profissional de saúde não tenha décadas de atuação, sinto desejo de partilhar minha história. Dedico minha trajetória profissional a integrar a clínica, pesquisa científica e ativismo social no enfrentamento do HIV, ampliando vozes silenciadas e combatendo estigma
Nasci no interior de São Paulo, e atualmente sou médico infectologista na cidade de São Paulo. Foi através do trabalho com pessoas vivendo com HIV que descobri um propósito ainda mais profundo: oferecer não apenas tratamento, mas cuidado integral e empático, compreendendo como determinantes sociais — estigma, desigualdade, desinformação — influenciam a saúde. Essa filosofia de prática clínica, inspirada no modelo biopsicossocial/integral, é um alicerce do meu trabalho.
Ha aproximadamente 4 anos frequento algumas organizações não governamentais e me envolvi porque vi que não basta as consultas ambulatoriais e os cuidados hospitalares; é urgente enfrentar estigmas, desinformação, e comunicar de forma sensível. Muitas vezes aprendo formas de melhorar minha relação nas consultas
Além disso tenho me dedicado à formação de outros profissionais de saúde por meio de palestras e atividades educativas — ajudando a construir ambientes mais acolhedores e competentes no atendimento a pessoas com HIV. Desejo que outras gerações herdem não só conhecimento, mas também empatia, consciência social e coragem para dialogar sobre saúde, prevenção, luta e dignidade.
O HIV entrou na minha vida sem aviso — e, inesperadamente, transformou-se em uma paixão que guia meu trabalho, tornou-se a razão de uma missão de vida. E apesar do pouco tempo de atuação, já agraciado com reconhecimento do movimento social de São Paulo. Descobri um espaço onde o olhar clínico encontra os determinantes sociais da saúde, revelando pessoas em sua complexidade. Compreendi que cada pessoa é mais do que seu corpo: é...
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\"Embora minha história no movimento social e como profissional de saúde não tenha décadas de atuação, sinto desejo de partilhar minha história. Dedico minha trajetória profissional a integrar a clínica, pesquisa científica e ativismo social no enfrentamento do HIV, ampliando vozes silenciadas e combatendo estigma
Nasci no interior de São Paulo, e atualmente sou médico infectologista na cidade de São Paulo. Foi através do trabalho com pessoas vivendo com HIV que descobri um propósito ainda mais profundo: oferecer não apenas tratamento, mas cuidado integral e empático, compreendendo como determinantes sociais — estigma, desigualdade, desinformação — influenciam a saúde. Essa filosofia de prática clínica, inspirada no modelo biopsicossocial/integral, é um alicerce do meu trabalho.
Ha aproximadamente 4 anos frequento algumas organizações não governamentais e me envolvi porque vi que não basta as consultas ambulatoriais e os cuidados hospitalares; é urgente enfrentar estigmas, desinformação, e comunicar de forma sensível. Muitas vezes aprendo formas de melhorar minha relação nas consultas
Além disso tenho me dedicado à formação de outros profissionais de saúde por meio de palestras e atividades educativas — ajudando a construir ambientes mais acolhedores e competentes no atendimento a pessoas com HIV. Desejo que outras gerações herdem não só conhecimento, mas também empatia, consciência social e coragem para dialogar sobre saúde, prevenção, luta e dignidade.
O HIV entrou na minha vida sem aviso — e, inesperadamente, transformou-se em uma paixão que guia meu trabalho, tornou-se a razão de uma missão de vida. E apesar do pouco tempo de atuação, já agraciado com reconhecimento do movimento social de São Paulo. Descobri um espaço onde o olhar clínico encontra os determinantes sociais da saúde, revelando pessoas em sua complexidade. Compreendi que cada pessoa é mais do que seu corpo: é história, contexto, luta.
Ofereço meu relato para este projeto porque acredito que histórias como a minha — atravessadas por ciência, cuidado humano e ativismo — ajudam a construir uma memória viva não apenas do HIV/Aids, mas também de nossas possibilidades de superação e transformação social.
É também uma maneira de honrar todas as pessoas que me ensinaram a enxergar o HIV para além do diagnóstico.\"
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