Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 3 de setembro de 2015

Empatia pelo próximo

Esta história contém:

Empatia pelo próximo

Vídeo

Eu tenho 36 anos e nasci em Mogi das Cruzes. Meus avós da parte da minha mãe são de Hiroshima e da parte do meu pai de Okinawa. O meu vô da parte da minha mãe veio justamente por causa da Segunda Guerra Mundial, eles conseguiram escapar e vir para o Brasil. Foram para o interior de São Paulo. Ele trabalhou como caminhoneiro. Depois, veio para São Paulo e trabalhou numa cooperativa. Mais tarde ele começou a trabalhar como vendedor de bala, ele fazia balas artesanais e vendia e foi assim até nos últimos dias da vida dele. Casou com minha avó que era mineira, japonesa também, mas nasceu aqui. A parte do meu pai veio pro litoral de São Paulo, onde se fazia plantação de banana.

A parte do meu pai manteve a tradição japonesa de Okinawa, já parte da minha mãe o costume brasileiro era mais forte. A questão religiosa da minha vó por parte de pai, as comidas típicas, a gente tem ainda essa tradição, de comer; minha avó faz moti e é muito bom. Meu avô paterno faleceu recentemente. Fiquei um ano cuidando dele, eu pude conhece-lo mais, amá-lo, o tempo trocando fralda, dando banho. Apesar das debilidades, a gente dançava, a gente cantava junto, a gente teve um tempo precioso juntos.

Papai e mamãe se conheceram em São Paulo. Eram vizinhos e começaram a namorar. Logo em seguida ela engravidou dos filhos anteriores a mim, um ela perdeu e o outro foi tirado. Ela conta que a minha vó insistiu para ela tirar e isso causou um transtorno muito grande na vida dela. Ela se culpou e aquilo trouxe uma enfermidade mental muito grande para ela. Começou mesmo a se manifestar quando ela teve o meu irmão Marcelo, e ao longo dos anos foi aumentando.

Meu pai é eletrônico, trabalhou numa firma, depois se tornou autônomo e é até hoje. Eu falo que ele é um pai herói, um pai e mãe ao mesmo tempo, porque além de sustentar os quatro filhos, conviveu com o problema da mamãe. Ela tinha picos de agressividade muito grandes, palavras chulas, muito ciúmes...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Enfim, a terra prometida
Vídeo Texto

Raimundo Ivaldo Silva

Enfim, a terra prometida
Uma roda para Nossa Senhora do Rosário
Texto

Joana Rodrigues de Aguilar

Uma roda para Nossa Senhora do Rosário
Fé e política
Vídeo Texto

Paulo Sérgio Bezerra

Fé e política

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.