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Hoje é um dia muito particular. Faz trinta anos que o Estado assassinou o grande jornalista Vladimir Herzog. “Recordar não é vingar”, como diz Frei Betto na entrevista "Herzog, Memória subversiva", publicada na Folha de São Paulo de hoje. Pois bem. Em março de 1975, então com 21 anos, eu ingressei na equipe técnica da Cestesb, em São Paulo. Recordo que, por três vezes, presenciei um dos jornalistas da Assessoria de Comunicação Social daquela instituição, Anthony de Christo, receber Vladimir Herzog. Da última vez, lembro-me bem, conversaram no jardim, com semblantes apreensivos. Anthony de Christo disse qualquer coisa para uma rosa (sic) e Cícero, um dos meus colegas de Setor, falou baixinho "sempre achei esse cara meio doido" (e ele era e ainda o é: doido pela veracidade dos fatos, além de um lutador incasável pelas causas ambientais). Pouco tempo depois, as prisões se sucederam pelo II Exército: Vladimir Herzog, Anthony de Christo e outros jornalistas como Sérgio Gomes, Marinilda Marchi, Paulo Sérgio Markum, Ricardo de Morais Monteiro, Luiz Paulo da Costa, Frederico Pessoa da Silva, Rodolfo Konder, Luiz Pola Galé e Egger Moellward, além da mulher do jornalista George Duque Estrada. Em 25 de outubro daquele ano, ocorreu no DOI-Codi o que todos vocês sabem. E a imagem de Vlado" dependurado feito um suicida, ficou gravada no meu "microchip-matriz". E penso aliviado: mas já passou. Então, leio "Em nome da verdade (2) - Erasmo Dias" e me dá nojo, arrepios. Erasmo Dias, um dos ícones daquela época nefasta, hoje é Coronel reformado do Exército e vereador do Partido Progressista (PP) na Câmara Municipal de São Paulo. A leitura a que me refiro resulta de uma nota distribuída pelo gabinete do vereador em 12/11/2004 e publicada pelo Observatório da Imprensa / Jornal de Debates em 16/11/2004 (003/005). O texto de Erasmo Dias é uma resposta ao artigo do jornalista Audálio Dantas publicado na mesma data pelo Jornal da Tarde (Audálio...

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