É visagem,,
Que Pescaria!!!
Era sábado, depois do almoço, tio Tavio chegou com o bornal enrolado debaixo do braço, e uma sacola na mão, no bornal duas garrafas de pinga, 2 volta de salsicho, e uns 10 paozinhos com cara de uns 3 anteontem, (Seu Juvino) meu pai, um eximio pescador tinha tudo preparado, de saída não podia faltar a cabeça de paia no borso de tras, só saíamos pra pesca depois que o compadre Vito, (outro fiel tomador de cachaça) aparecesse ou confirmasse se ía junto ou não. Bem, desse quaterno de pescador, só eu não enxugava uns goles pois afinal, tinha só 10 anos, o ponto favorito da pescaria era la no Úmbará onde um riozinho desembocava no Iguaçu, dava peixe a rolé, a pesca não faiava, só bagre criado, jundiá, taraira, mas poucos, ou talvez só nos arriscava posar lá, o lugar tinha fama de mal assombrado, se era não sei, mas acontecia uns episódios estranhos lá, embora eu mal acreditasse, então,,,medo eu???,, claro que tinha um pouco,, eu ía na garupa da velha monark barra forte do nhô Juvino, podia esquecê tudo, menos a lata de minhoca,(que seu Juvino exigente como era, só gostava de pescar com minhocas de gravata branca, e eles claro, cada um cuidava de sua mamadeira com o rotulo trevisan, falando em trevisan, assim que chegamos pra atravessar a velha ponte, os 3 já tinham secado uma, e sem nenhum espirito ecológico, já mandaram a garrafa vazia rio abaixo, tio Tavio, discretamente era o ultimo, de vez em quando só via que alumiava no ar mais uma trevisan sendo esvaziada, e compadre Vito ajudando, é claro. Só percebi que tinham esvaziado mais uma quando escutei o estalo de cacos que um deles, sem cerimonia nenhuma espatifou a garrafa no pé duma arvore, a essas as alturas os dois já tavam cuspindo que fazia laço no ar, seu Juvino, mais centrado ía afrente socando a velha monark cheia de catueiros mato adentro, de repente seu Juvino deu um assobio, como se fosse um código, e la embaixo, perto da curva do...
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É visagem,,
Que Pescaria!!!
Era sábado, depois do almoço, tio Tavio chegou com o bornal enrolado debaixo do braço, e uma sacola na mão, no bornal duas garrafas de pinga, 2 volta de salsicho, e uns 10 paozinhos com cara de uns 3 anteontem, (Seu Juvino) meu pai, um eximio pescador tinha tudo preparado, de saída não podia faltar a cabeça de paia no borso de tras, só saíamos pra pesca depois que o compadre Vito, (outro fiel tomador de cachaça) aparecesse ou confirmasse se ía junto ou não. Bem, desse quaterno de pescador, só eu não enxugava uns goles pois afinal, tinha só 10 anos, o ponto favorito da pescaria era la no Úmbará onde um riozinho desembocava no Iguaçu, dava peixe a rolé, a pesca não faiava, só bagre criado, jundiá, taraira, mas poucos, ou talvez só nos arriscava posar lá, o lugar tinha fama de mal assombrado, se era não sei, mas acontecia uns episódios estranhos lá, embora eu mal acreditasse, então,,,medo eu???,, claro que tinha um pouco,, eu ía na garupa da velha monark barra forte do nhô Juvino, podia esquecê tudo, menos a lata de minhoca,(que seu Juvino exigente como era, só gostava de pescar com minhocas de gravata branca, e eles claro, cada um cuidava de sua mamadeira com o rotulo trevisan, falando em trevisan, assim que chegamos pra atravessar a velha ponte, os 3 já tinham secado uma, e sem nenhum espirito ecológico, já mandaram a garrafa vazia rio abaixo, tio Tavio, discretamente era o ultimo, de vez em quando só via que alumiava no ar mais uma trevisan sendo esvaziada, e compadre Vito ajudando, é claro. Só percebi que tinham esvaziado mais uma quando escutei o estalo de cacos que um deles, sem cerimonia nenhuma espatifou a garrafa no pé duma arvore, a essas as alturas os dois já tavam cuspindo que fazia laço no ar, seu Juvino, mais centrado ía afrente socando a velha monark cheia de catueiros mato adentro, de repente seu Juvino deu um assobio, como se fosse um código, e la embaixo, perto da curva do rio a velha cabana fumegando, surge seu Laudelino na porta, esse tinha um bote furado, e cada vez que a galera resolvia pescar de bote, eu era o escalado da latinha pra esvaziar a água do bote. Guri esperto era eu, já me acarquei mato adentro juntar a lenha do fogo, pois o fogo também era comigo, depois de varias idas e vindas amontoando lenha pra noite, já notei 2 garrafas de trevisan que vazias descansavam ao pe duma arvore, já carculei, é hoje, eles,, já tavam pelas barrancas do Iguaçuzão armando catueiros, espinheis, linhas de mão, garateias, eu torrado de fome, já assaltei o encardido bornal do tio tavio, e já surrupiei uma meia volta de salsicho, derrepente aquele barulho,, olhei,, compadre Vito moiado como um pinto, e tio Tavio agarrado nele,, nem sei quem tava equilibrando quem,, o compadre viu 2 barrancos, e claro pisou no falso, indo de boca, melhor de cara dentro da água,, nesse rodeio já começava escurecer, la surge seu Juvino numa mão o veio lampião a querosene, e na outra, o fedorento paieiro, que quando ele tragava parecia que acendia outra lanterna na escuridão, se acocaram perto do fogo, e eu ali batendo uma varinha na chocolateira fervente cheia de cinza quase pronta água pro café com salsichão e pão, e reluzindo ao longe, bem no pé de outra arvore, a quarta garrafa já sem vida, melhor, sem nenhum liquido ardente dentro, e seu Juvino já grogue cuspindo no fogo que estalava, também não ia estalar, cada cuspida, era um jato de álcool diretamente no fogo, com era tio Tavio o fazedor de café, meio que se levantou colocou todo o pó dentro,, (do fogo claro) não na chocolateira fervente, quase apagou o fogo, pensei e agora, eu não bebo, era o café minha bebida predileta, resolveram sair pra uma revista, cada um com um ótimo equilíbrio,(segurando nas arvores, claro), como tavam esbanjando coragem, resolveram ir de bote, ao embarcarem eu já escutei, caiu, caiu,, sim um deles caiu de boca também, mas por sorte, pra dentro do bote,, o outro na veia de acudir o companheiro, largou o veio lampião de querosene, só que dentro do rio,,, pegou o remo, segurou no bico do bote pra alcançar o lampião que começa deslizar serenamente pelas águas caudalosas do rio, o bote só deu aquela guinada, la foi lampião, remo, e um deles de costa na água,, voltaram pra perto do fogo, e ficaram ali desmentindo a raça, e cuspindo no fogo, os 4 com a cara alumiando com o reflexo do fogo, claro alumiava do molhado mas também já o efeito alcoólico era visível na fisionomia de cada um destes maravilhosos pescadores, seu Juvino, conhecia cada lugar, cada toca daqueles barrancos, ia até sem lampião, e foi o que ele fez, me chamou a fomos fazer a dita revista, voltamos, e nada de ninguém falar em comer, ainda bem que já tinha dado o galope num pãozinho e numa meia volta de sasicho, então tava de boa, de repente tio Tavio, (assusta todos), apontando pro fogo, exclama:
O quê é isso??
meu pai, o que compadre?
Tio Tavio: Oiee, isso, (mirando no fogo)..
meu pai: não to vendo nada compadre,,
tio Tavio: o tição..
Compadre Vito: que que foi Tavio??
Tio Tavio; o tição tá ficando com cara de gente,, isso memo, por todos goles que eu já bibi, to vendo cara de gente no tição no fogo, e sem dar tréguas, agarra o tição, e com certa dificuldade de locomoção vai até o barranco e pincha o tição na água e fica só de pisciné, aquele tronco de quase dois metros, com parte sem queimar, descer caudalosamente rio abaixo, ´so que la em baixo, tinha tipo uma enseada, e a agua dava um giro forte naquele lugar e volta rio acima costeando o barranco, o tição também depois de fazer esse giro, deu a volta e voltou rio acima vindo pro lado dele…
Oia,, Oia,, (bradou tio Tavio),,, a visage tá nadando rio acima, eu avisei,,eu avisei que era visage, oia ele aqui vindo de vorta,, e se agarrando nas arvores e vindo de ré,, se acocou perto do fogo, puxou um cobertor veio daqueles corta febre, se acocou perto da fogueira deixando só os pés de fora,, e dizia: eu avisei que era visage, eu bem disse,, era visage..
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