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Personagem: Alzira de Oliveira
Por: Museu da Pessoa, 18 de outubro de 2018

Dona Alzira: disposição sem comparação

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Dona Alzira: disposição sem comparação

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Alzira de Oliveira, tem 72 anos, nasceu no dia 18 de Dezembro de 1945, nas Três Barras, em Santa Cruz do Rio Pardo-SP.

Entrevistada conta sobre sua infância no sítio em que morava e sobre como superou tantos desafios em sua vida.

"Nós trabalhava tudo na roça, até os nove anos fui na escola e depois chegava da escola e ia para o café, com o pai e a minha mãe. Somos em quinze irmãos, então trabalhava um perto do outro.

Brincava de roda, brincava de pique, ia para a escola, ai chegava em casa tirava o uniforme e ia pro cafezá, panhava café.

Chegava o dia de ir na cidade, minha mãe falava: tem que comprar qualquer coisa pra essas crianças. Meu pai ia pra cidade na época das Festa de São João, Santo Antônio, pra comprá as coisas para as crianças. Quando chegou na venda do seu Julio Scudeler, e antigamente as bonecas eram de papelão, bonecas grandes, ficamos todas cheias, comprou cinco, e cada um ficou com a sua. Chegando lá fomos dar banho nas bonecas. Eu fiquei sem a boneca, o mês inteiro porque o pai pagou caro, apanhei bastante. Ai o pai falou, no dia que eu for na cidade eu compro pra você. Ai o pai comprou outra com a cabeça pelada pra mim, só que era preta, ai eu não quis, e aí falei nunca mais vi e nem quero ver.

Vim para a cidade com quatorze anos, quando saiu a primeira vila na Estação, Vila Popular, o pai comprou uma casinha, foi morar lá, depois mudou pra Vila Divinéia, em seguida, depois deixei o pai com a mãe, e fui morar uma época para São Paulo, aí voltei. Meu primeiro filho, foi um menino e faleceu quando criança, depois arrumei seis filhas, tenho quinze netos, e seis bisnetos.”

Dona Alzira cata reciclagem, porque só aposentadoria não dá.

E o Carnaval?

- “O Piriquito Pretinho que arrumou um carrinho pra mim,... saio cedinho, quando é onze horas tô chegando, onde você passa e der pra você, você cata, não tem dia, é papel, alumínio, latinha, plástico, tudo. Quando é subida é duro, aí pego um...

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Santa Cruz do Rio Pardo Todo lugar tem uma história para contar

Depoente: Alzira de Oliveira

Entrevistador: Juliana Renóvio e Márcia Trezza

18/10/2018

SCRPHV 009

P/1 - Dona Alzira, se apresente para a gente. Fale seu nome, idade.

P/2 - Onde nasceu...

R - Eu nasci nas Três Barras, aqui no Santa Cruz, e sou nascida em 18/12/1945.

P/2 - E seu nome completo?

R - Alzira de Oliveira.

P/1 - Conta um pouco para a gente como foi sua infância.

R - A minha infância foi essa, nós morávamos no sítio, meu pai era empreiteiro, então nós trabalhávamos tudo para a roça. Até nove anos eu fui para a escola, depois da escola ia trabalhar no café com meu pai e minha mãe. Nós somos em 15 irmãos, então nós trabalhávamos tudo perto um do outro.

P/2 - Tinha brincadeiras também, nessa época?

R - Tinha na escola, negócio de São João, Santo Antônio, essas coisas. Nós morávamos no sítio e essas brincadeiras que nós tínhamos.

P/1 - A senhora se recorda de alguma professora?

R - Recordo, mas já não existe mais. Já faleceu, mas eu me recordo dela, é a dona Florinda (Colhato) [00:01:47] e a dona (Menaíde) [00:01:50] Isaias. Essas eu recordo. A (Menaíde) [00:01:53] foi do sítio, e a Florinda (Colhato) [00:01:56] foi aqui perto da igreja, na escola perto da paroquial.

P/2 - Por que elas marcaram a senhora? No que a senhora lembra delas?

R - Eram muito boas, não é? O que a gente aprendeu foi com elas. Foram muito boas.

P/1 - Quais eram as brincadeiras favoritas de vocês lá no sítio? Como era, do que vocês brincavam?

R - O sítio nunca teve uma força. Agora está tendo, mas antigamente não tinha, então eu brincava de roda, brincava de pique, essas coisas. E ia para a escola e trabalhar depois do almoço. Eu ia cedo, 7:00, até meio dia, meio dia e meia eu estava em casa, tirava o uniforme e subia para o cafezal, apanhar café, (inint) [00:02:47] a vida.

P/2 - Teve algum dia que aconteceu alguma coisa e a senhora lembra até hoje? De arte, de...

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